16-10-2013, 11:51 AM
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 16-10-2013, 11:53 AM por Búfalo.)
por Leandro Roque, quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Não importa se o movimento é feito por funcionários públicos ou por empregados de empresas privadas: o fato é que greves não são um movimento de resignação em massa, o que seria um direito dos trabalhadores. Greves são simplesmente uma tentativa de punir empregadores e consumidores por meio de uma total paralisação dos serviços. (No caso de uma greve de funcionários públicos, o pagador de impostos é ao mesmo tempo o empregador e o consumidor punidos).
Para garantir o sucesso de sua empreitada, sindicalistas e grevistas sempre recorrem à violência — ou à ameaça de violência — contra os "fura-greves" e contra os trabalhadores não sindicalizados, ambos formados por pessoas que querem e estão dispostas a trabalhar sob os salários vigentes. Por causa disso, por causa desse recurso à coerção, uma greve sempre será ilegítima.
Sindicatos, por sua vez, nada mais são do que uma organização de pessoas que têm ódio visceral a seus benfeitores, os empregadores (ou aos contribuintes, no caso de funcionários públicos). Quando eles não conseguem o que querem — isto é, receber mais e trabalhar menos —, eles simplesmente recorrem a medidas que irão prejudicar a empresa para a qual trabalham (e todos os trabalhadores não sindicalizados), quase sempre utilizando de violência ou de ameaça de violência. Desnecessário dizer, é claro, que essa coerção sindical é totalmente defendida pelo governo, formado majoritariamente por gente oriunda desse mesmo ambiente.
Prejudicar seus patrões e seus consumidores — que são justamente quem garante seu sustento — é exatamente o que os sindicatos querem, dado que essa gente possui a mesma visão e a mesma ética do escorpião da fábula de Esopo, que, ao ferroar o sapo sobre o qual está montado atravessando o rio, morre junto com ele.
Não são poucas as pessoas que dizem coisas do tipo, "Veja bem, é verdade que hoje os sindicatos se corromperam, mas o fato é que suas intenções iniciais eram boas." Isso é cascata. No caso dos sindicatos dos funcionários públicos, obviamente, nunca houve sequer uma boa intenção. O objetivo sempre foi o de pilhar ao máximo o bolso dos pagadores de impostos, exigindo cada vez mais benefícios, cada vez mais dias de férias e cada vez menos horas de trabalho. E caso suas exigências não sejam atendidas, eles simplesmente paralisam os serviços, os quais, por serem monopólios estatais, inevitavelmente afetam o cidadão comum, principalmente os mais pobres. Portanto, para os sindicatos de funcionários públicos, a frase acima nunca foi cabível.
E nem para os sindicatos do setor privado. Estes também não mudaram em nada. Suas intenções em seus primórdios eram as mesmas de seus objetivos atuais: ser um braço ideológico e político de movimentos socialistas, sempre alinhando os interesses de sua classe aos interesses da elite política que está no poder, e utilizando essa aliança para minimizar os impactos gerados pela concorrência — veja o exemplo dos sindicatos das montadoras, que conseguiram um aumento de 30 pontos percentuais no IPI de automóveis importados; isso garantiu ao mesmo tempo mais receitas para o governo e mais estabilidade e maiores salários para os empregados das montadoras, ao custo do bem-estar do resto da população.
O objetivo dos sindicatos sempre foi e sempre será o de substituir as forças de mercado por uma ordem intervencionista estatal, a ser dirigida pelo governo, pelos próprios sindicatos e pelas grandes empresas aliadas ao governo.
Por fim, nada como recorrer à lógica: empregados fazem greve porque, em teoria, creem que seus salários estão ruins. Logo, por uma questão de lógica, se eles acham que seus salários estão baixos é porque se acham plenamente capacitados para ganhar salários maiores do que ganham atualmente — caso contrário, não estariam fazendo greve. Sendo assim, a coisa mais sensata e moral a fazer seria simplesmente pedir demissão e ir atrás de empregos mais rentáveis. Pois se eles se acham plenamente capacitados para salários mais elevados, então não terão dificuldade alguma em encontrar empregos mais "generosos" em termos de salário.
Sempre que você vir um empregado privado ou um funcionário público insatisfeito com seu salário, pergunte a ele: por que não pede demissão e vai procurar outro emprego, já que você é tão capacitado?
Leandro Roque é o editor e tradutor do site do Instituto Ludwig von Mises Brasil.
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1186
Não importa se o movimento é feito por funcionários públicos ou por empregados de empresas privadas: o fato é que greves não são um movimento de resignação em massa, o que seria um direito dos trabalhadores. Greves são simplesmente uma tentativa de punir empregadores e consumidores por meio de uma total paralisação dos serviços. (No caso de uma greve de funcionários públicos, o pagador de impostos é ao mesmo tempo o empregador e o consumidor punidos).
Para garantir o sucesso de sua empreitada, sindicalistas e grevistas sempre recorrem à violência — ou à ameaça de violência — contra os "fura-greves" e contra os trabalhadores não sindicalizados, ambos formados por pessoas que querem e estão dispostas a trabalhar sob os salários vigentes. Por causa disso, por causa desse recurso à coerção, uma greve sempre será ilegítima.
Sindicatos, por sua vez, nada mais são do que uma organização de pessoas que têm ódio visceral a seus benfeitores, os empregadores (ou aos contribuintes, no caso de funcionários públicos). Quando eles não conseguem o que querem — isto é, receber mais e trabalhar menos —, eles simplesmente recorrem a medidas que irão prejudicar a empresa para a qual trabalham (e todos os trabalhadores não sindicalizados), quase sempre utilizando de violência ou de ameaça de violência. Desnecessário dizer, é claro, que essa coerção sindical é totalmente defendida pelo governo, formado majoritariamente por gente oriunda desse mesmo ambiente.
Prejudicar seus patrões e seus consumidores — que são justamente quem garante seu sustento — é exatamente o que os sindicatos querem, dado que essa gente possui a mesma visão e a mesma ética do escorpião da fábula de Esopo, que, ao ferroar o sapo sobre o qual está montado atravessando o rio, morre junto com ele.
Não são poucas as pessoas que dizem coisas do tipo, "Veja bem, é verdade que hoje os sindicatos se corromperam, mas o fato é que suas intenções iniciais eram boas." Isso é cascata. No caso dos sindicatos dos funcionários públicos, obviamente, nunca houve sequer uma boa intenção. O objetivo sempre foi o de pilhar ao máximo o bolso dos pagadores de impostos, exigindo cada vez mais benefícios, cada vez mais dias de férias e cada vez menos horas de trabalho. E caso suas exigências não sejam atendidas, eles simplesmente paralisam os serviços, os quais, por serem monopólios estatais, inevitavelmente afetam o cidadão comum, principalmente os mais pobres. Portanto, para os sindicatos de funcionários públicos, a frase acima nunca foi cabível.
E nem para os sindicatos do setor privado. Estes também não mudaram em nada. Suas intenções em seus primórdios eram as mesmas de seus objetivos atuais: ser um braço ideológico e político de movimentos socialistas, sempre alinhando os interesses de sua classe aos interesses da elite política que está no poder, e utilizando essa aliança para minimizar os impactos gerados pela concorrência — veja o exemplo dos sindicatos das montadoras, que conseguiram um aumento de 30 pontos percentuais no IPI de automóveis importados; isso garantiu ao mesmo tempo mais receitas para o governo e mais estabilidade e maiores salários para os empregados das montadoras, ao custo do bem-estar do resto da população.
O objetivo dos sindicatos sempre foi e sempre será o de substituir as forças de mercado por uma ordem intervencionista estatal, a ser dirigida pelo governo, pelos próprios sindicatos e pelas grandes empresas aliadas ao governo.
Por fim, nada como recorrer à lógica: empregados fazem greve porque, em teoria, creem que seus salários estão ruins. Logo, por uma questão de lógica, se eles acham que seus salários estão baixos é porque se acham plenamente capacitados para ganhar salários maiores do que ganham atualmente — caso contrário, não estariam fazendo greve. Sendo assim, a coisa mais sensata e moral a fazer seria simplesmente pedir demissão e ir atrás de empregos mais rentáveis. Pois se eles se acham plenamente capacitados para salários mais elevados, então não terão dificuldade alguma em encontrar empregos mais "generosos" em termos de salário.
Sempre que você vir um empregado privado ou um funcionário público insatisfeito com seu salário, pergunte a ele: por que não pede demissão e vai procurar outro emprego, já que você é tão capacitado?
Leandro Roque é o editor e tradutor do site do Instituto Ludwig von Mises Brasil.
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1186