18-08-2013, 10:43 AM
Neste fim-de-semana estava dando uma olhada no Equilibrium, e resolvi (tentar) traduzir um texto que achei interessante (link: http://www.ministeriodeequilibrio.com/vi...14&t=26456, publicado originalmente em http://www.intereconomia.com/noticias-ga...a-20130710)
Obs: Grifos originais do texto.
Crescer sem pai é uma mágoa para toda a vida
Por Begoña Marín, em 10/07/13
As crianças que se criam somente com a figura materna sofrem mais de transtornos emocionais, de conduta e de aprendizagem
“Meu pai nunca estava nem aí para mim”, explica Mike, um jovem de 30 anos que passou dois anos preso e esteve envolvido em vários problemas. Agora tem um filho pequeno e assegura que “não haverá nada neste mundo que o separe de seu pequeno”. As crianças que crescem sem seus pais têm mais probabilidades de ter desordens emocionais graves, problemas educacionais e tendências agressivas. As leis de divórcio expressas, a maioria das custódias fracassadas em favor da mãe, e a promoção da maternidade solitária mediante produção in vitro têm provocado um aumento de filhos que acreditam em matrimônios rompidos ou sem a figura do pai.
Para exemplificar, a Espanha tem sido o país europeu com maior crescimento no número de divórcios nos últimos dez anos, com um aumento de 205%, passando de 36.072 aos 110.036, segundo o informe “O divórcio na UE27” do Instituto de Política Familiar. Um milhão de crianças do Reino Unido estão crescendo sem um pai e nos EUA um de cada três menores estão crescendo sem seus pais biológicos, segundo o último censo. Com estes dados as pesquisas estão cheias de crianças com problemas.
A desvalorização da função paterna tem consequências sobre a estruturação psíquica dos indivíduos e sobre a sociedade: enfraquecimento da imagem masculina, transtornos de filiação, aumento das condutas adictivas, perda do senso de limites (toxicomanias, bulimia/anorexia, práticas sexuais reacionais*), explica o psiquiatra Tony Anatrella, autor do livro “La diferencia prohibida”.
*Reacional [psicologia]: relativo a perturbação mental resultante (por oposição a constitucional) da reação a um choque afetivo, e que, por conseguinte, é inteligível e curável. Fonte: http://www.dicionarioinformal.com.br/reacional/
Identidade sexual
Também é fundamental [a presença paterna] em sua identidade sexual. “A diferença de sexos encarnada pelo pai desempenha além disso um papel de revelação e de confirmação da identidade sexuada. Tanto a menina como o menino têm tendência, de início, a identificar-se com o sexo da mãe, e é o pai, na medida em que é aceito pela criança, o que permitirá ao filho situar-se sexualmente”, indica.
Segundo Anatrella, “a mãe afasta o pai, com o risco de culpá-lo em um processo perverso que lhe permita confirmar seu sentimento de onipotência sobre seus filhos, sobre o homem e sobre o pai”. Desta maneira alguns homens adotam o papel de irmão maior ou tio, “se identificam com o modelo de 'pais galinhas*'”.
*Pais que, consciente ou inconscientemente, procuram compensar sua ausência satisfazendo todas as vontades da criança, além de enchê-la de presentes e mimos.
Na Espanha estão sendo dados os primeiros passos para reforçar a guarda compartilhada. Concretamente [a região espanhola de] Murcia está preparando uma norma que “remediará a injustiça que supõe a exclusão dos pais na vida de seus filhos” e “garantirá o direito dos filhos crescerem e serem educados por ambos os pais, ainda que estejam separados”, segundo indica a deputada do PP, Violante Tomás. “O mais importante dessa futura norma é que permitirá que os filhos possam desfrutar de ambos os progenitores, o que contribui de maneira decisiva a seu desenvolvimento harmônico e equilibrado”.
Obs: Grifos originais do texto.
Crescer sem pai é uma mágoa para toda a vida
Por Begoña Marín, em 10/07/13
As crianças que se criam somente com a figura materna sofrem mais de transtornos emocionais, de conduta e de aprendizagem
“Meu pai nunca estava nem aí para mim”, explica Mike, um jovem de 30 anos que passou dois anos preso e esteve envolvido em vários problemas. Agora tem um filho pequeno e assegura que “não haverá nada neste mundo que o separe de seu pequeno”. As crianças que crescem sem seus pais têm mais probabilidades de ter desordens emocionais graves, problemas educacionais e tendências agressivas. As leis de divórcio expressas, a maioria das custódias fracassadas em favor da mãe, e a promoção da maternidade solitária mediante produção in vitro têm provocado um aumento de filhos que acreditam em matrimônios rompidos ou sem a figura do pai.
Para exemplificar, a Espanha tem sido o país europeu com maior crescimento no número de divórcios nos últimos dez anos, com um aumento de 205%, passando de 36.072 aos 110.036, segundo o informe “O divórcio na UE27” do Instituto de Política Familiar. Um milhão de crianças do Reino Unido estão crescendo sem um pai e nos EUA um de cada três menores estão crescendo sem seus pais biológicos, segundo o último censo. Com estes dados as pesquisas estão cheias de crianças com problemas.
A desvalorização da função paterna tem consequências sobre a estruturação psíquica dos indivíduos e sobre a sociedade: enfraquecimento da imagem masculina, transtornos de filiação, aumento das condutas adictivas, perda do senso de limites (toxicomanias, bulimia/anorexia, práticas sexuais reacionais*), explica o psiquiatra Tony Anatrella, autor do livro “La diferencia prohibida”.
*Reacional [psicologia]: relativo a perturbação mental resultante (por oposição a constitucional) da reação a um choque afetivo, e que, por conseguinte, é inteligível e curável. Fonte: http://www.dicionarioinformal.com.br/reacional/
Identidade sexual
Também é fundamental [a presença paterna] em sua identidade sexual. “A diferença de sexos encarnada pelo pai desempenha além disso um papel de revelação e de confirmação da identidade sexuada. Tanto a menina como o menino têm tendência, de início, a identificar-se com o sexo da mãe, e é o pai, na medida em que é aceito pela criança, o que permitirá ao filho situar-se sexualmente”, indica.
Segundo Anatrella, “a mãe afasta o pai, com o risco de culpá-lo em um processo perverso que lhe permita confirmar seu sentimento de onipotência sobre seus filhos, sobre o homem e sobre o pai”. Desta maneira alguns homens adotam o papel de irmão maior ou tio, “se identificam com o modelo de 'pais galinhas*'”.
*Pais que, consciente ou inconscientemente, procuram compensar sua ausência satisfazendo todas as vontades da criança, além de enchê-la de presentes e mimos.
Na Espanha estão sendo dados os primeiros passos para reforçar a guarda compartilhada. Concretamente [a região espanhola de] Murcia está preparando uma norma que “remediará a injustiça que supõe a exclusão dos pais na vida de seus filhos” e “garantirá o direito dos filhos crescerem e serem educados por ambos os pais, ainda que estejam separados”, segundo indica a deputada do PP, Violante Tomás. “O mais importante dessa futura norma é que permitirá que os filhos possam desfrutar de ambos os progenitores, o que contribui de maneira decisiva a seu desenvolvimento harmônico e equilibrado”.