16-08-2013, 11:02 PM
*Não sei se esta é a área correta. Se não for, pode mover o tópico, por favor.
Parte 1: Indo contra o sistema
Estive recentemente em uma defesa da pós-graduação. Como é de praxe, há alguns professores para analisar seu trabalho final. Além do meu orientador, havia um professor (autoridade reconhecida do assunto) e dois professores da mesma instituição.
Apresentei muito bem o trabalho e posicionei-me para receber as críticas do trabalho final.
Falou o primeiro professor, o que mais manjava do assunto. Elogiou o meu trabalho. Tirou dúvidas. Apontou erros e fez perguntas para testar se eu realmente sabia do que eu estava falando. Não houve problema. Teve até piadinha e momento descontraído.
Eis que veio a professora da instituição. O ódio saltava dos olhos dela. O tom foi na base do esculacho. Mas mantive a postura séria, calma e centrada.
Toda a crítica que ela fazia, era infundada e eu provava que ela estava errada. Foram vários "faltou colocar isso" e eu "mas está aqui, página x". Mas mesmo assim, na maior cara de pau, forçava a barra para dizer que "tem que melhorar" ou "colocar mais em evidência". O momento áureo foi quando ela fez uma pergunta absurda, eu respondi com breve tom de obviedade e ela falou: "não foi isso que eu perguntei". Nessa altura do campeonato, eu já estava de saco cheio da mulher querer me tirar para otário e simplesmente não respondi e fiquei olhando seriamente para ela. Ficou um momento de silêncio, o professor que manjava, todo sem graça e percebendo que a mulher estava de sacanagem, tentou quebrar o gelo dizendo: "acho que ela quis perguntar isso". Eis que respondi: "mas ela perguntou isso, então eu respondi aquilo".
Relatam os espectadores que o tom que eu usei para falar isso mortal (o que eu fiz de propósito foi ignorar a pergunta da professora estressada, mas o tom de minhas respostas continuaram sérios e centrados, se houve mudança foi inconsciente), uma espécie de 'não vou mais tolerar essas baboseiras da sua parte'. Não sei se foi por causa disso, mas a partir dai ela diminuiu o tom da voz e abaixou a bola. No final, até fez críticas ponderáveis.
Então veio o terceiro professor e também usou o tom de esculacho, mas ao contrário da outra, fazia colocações pertinentes e que contribuiu bastante, embora tenha falado muita bobagem também. A única parte mais tensa foi quando ele tentou invalidar um esforço do meu trabalho, porque ele não tinha gostado, porque não acreditava e fez toda uma falácia de apelo ao ridículo. Aí eu respondi: "bom professor, os dados são esses. Se você não concorda com eles, é na bancada que se resolve o problema e não com 'eu acho'. Você pode não concordar com o método, pois como ficou claro, eu fiz uma estimativa, mas não pode afirmar com certeza que o resultado está errado. O método pode ser ruim na sua opinião, mas ele não é incoerente". Diz a platéria que eu falei isso com uma autoridade incrível de modo que estava embutido a seguinte mensagem 'não adianta tentar me ridicularizar, eu não sou burro'. Não sei se foi por causa disso, mas ele também deu uma abaixada de bola depois disso.
Apesar de todo o esculacho, eu permaneci calmo, tranquilo, não fiquei nervoso, não aumentei a altura da voz. Foi uma apresentação dura, mas a palavra de ordem que me preparou espiritualmente foi: autoridade e segurança. Foi assim que eu permaneci do começo até o final e por isso não me deixei abalar com a intimidação. Antes dela ter ficado no vácuo, era percebível que quanto ela tentava me intimidar, mais irritada ela ia ficando.
Devo esta performance a Real. Como diz um amigo meu: "abaixar a cabeça só para Deus".
Deu tudo certo. Consegui o certificado.
Outro dia escrevo aí a Parte 2 (o feedback de quem viu da platéia a minha apresentação) e a Parte 3 (quando a professora estressada estava presente na apresentação de uma amiga minha).
Parte 1: Indo contra o sistema
Estive recentemente em uma defesa da pós-graduação. Como é de praxe, há alguns professores para analisar seu trabalho final. Além do meu orientador, havia um professor (autoridade reconhecida do assunto) e dois professores da mesma instituição.
Apresentei muito bem o trabalho e posicionei-me para receber as críticas do trabalho final.
Falou o primeiro professor, o que mais manjava do assunto. Elogiou o meu trabalho. Tirou dúvidas. Apontou erros e fez perguntas para testar se eu realmente sabia do que eu estava falando. Não houve problema. Teve até piadinha e momento descontraído.
Eis que veio a professora da instituição. O ódio saltava dos olhos dela. O tom foi na base do esculacho. Mas mantive a postura séria, calma e centrada.
Toda a crítica que ela fazia, era infundada e eu provava que ela estava errada. Foram vários "faltou colocar isso" e eu "mas está aqui, página x". Mas mesmo assim, na maior cara de pau, forçava a barra para dizer que "tem que melhorar" ou "colocar mais em evidência". O momento áureo foi quando ela fez uma pergunta absurda, eu respondi com breve tom de obviedade e ela falou: "não foi isso que eu perguntei". Nessa altura do campeonato, eu já estava de saco cheio da mulher querer me tirar para otário e simplesmente não respondi e fiquei olhando seriamente para ela. Ficou um momento de silêncio, o professor que manjava, todo sem graça e percebendo que a mulher estava de sacanagem, tentou quebrar o gelo dizendo: "acho que ela quis perguntar isso". Eis que respondi: "mas ela perguntou isso, então eu respondi aquilo".
Relatam os espectadores que o tom que eu usei para falar isso mortal (o que eu fiz de propósito foi ignorar a pergunta da professora estressada, mas o tom de minhas respostas continuaram sérios e centrados, se houve mudança foi inconsciente), uma espécie de 'não vou mais tolerar essas baboseiras da sua parte'. Não sei se foi por causa disso, mas a partir dai ela diminuiu o tom da voz e abaixou a bola. No final, até fez críticas ponderáveis.
Então veio o terceiro professor e também usou o tom de esculacho, mas ao contrário da outra, fazia colocações pertinentes e que contribuiu bastante, embora tenha falado muita bobagem também. A única parte mais tensa foi quando ele tentou invalidar um esforço do meu trabalho, porque ele não tinha gostado, porque não acreditava e fez toda uma falácia de apelo ao ridículo. Aí eu respondi: "bom professor, os dados são esses. Se você não concorda com eles, é na bancada que se resolve o problema e não com 'eu acho'. Você pode não concordar com o método, pois como ficou claro, eu fiz uma estimativa, mas não pode afirmar com certeza que o resultado está errado. O método pode ser ruim na sua opinião, mas ele não é incoerente". Diz a platéria que eu falei isso com uma autoridade incrível de modo que estava embutido a seguinte mensagem 'não adianta tentar me ridicularizar, eu não sou burro'. Não sei se foi por causa disso, mas ele também deu uma abaixada de bola depois disso.
Apesar de todo o esculacho, eu permaneci calmo, tranquilo, não fiquei nervoso, não aumentei a altura da voz. Foi uma apresentação dura, mas a palavra de ordem que me preparou espiritualmente foi: autoridade e segurança. Foi assim que eu permaneci do começo até o final e por isso não me deixei abalar com a intimidação. Antes dela ter ficado no vácuo, era percebível que quanto ela tentava me intimidar, mais irritada ela ia ficando.
Devo esta performance a Real. Como diz um amigo meu: "abaixar a cabeça só para Deus".
Deu tudo certo. Consegui o certificado.
Outro dia escrevo aí a Parte 2 (o feedback de quem viu da platéia a minha apresentação) e a Parte 3 (quando a professora estressada estava presente na apresentação de uma amiga minha).