[DISCUSSÃO] Os Doze Trabalhos de Hércules e a Real

[John Romano]

Confrades,

o Quinto Trabalho já segue atualizado no tópico pertinente.

Agradeço mais uma vez pela paciência de todos. E aguardem pelo próximo desafio de Hércules contra os Pássaros de Estínfale, no Sexto Trabalho.

Porra Diomedes, valeu muito a espera!
Ótima reflexão, pqp.

A parte da água como metáfora para direcionamento social feito por pessoas corretas eu também tinha visto do mesmo jeito, gostei bastante da reflexão.

E concordo muito com a parte que você diz que "basta que as pessoas certas estejam ans posições corretas" para que a mudança comece. É esse o ponto que vivo batendo na Real, principalmente na questão dos concursos públicos.
Antes um realista lá do que mais um esquerdista sugando o povo e usando o $ para financiar a agenda esquerdista.

O mesmo vale para quem não tem ambições para obter cargos públicos. Basta ter sucesso. Quem tem sucesso, seja como for, se torna influente, se torna um exemplo. E essa é, de longe, a melhor forma de fazer propaganda da Real, sendo um vencedor.

Concordo contigo e, logicamente, com a reflexão do Diomedes.
Este parece ser o principal ponto de discórdia entre nós Realistas e os libertários.

Ok, temos que diminuir o inchaço e a opressão do Estado, mas este é um grande esforço de longo prazo. Enquanto essa tendência não se reverte e os concursos continuam sendo abertos, o que parece ser mais lógico?

Continuar deixando que esquerdistas ocupem todos os cargos, ou modificar a máquina por dentro, enchendo-a com os nossos?

Ou será que alguém realmente prefere um juiz, um procurador, um promotor ou mesmo um simples atendente de balcão, que aja sempre em prol dos "ideais revolucionários"?

É tão óbvio e tão claro que eu começo a achar que este entendimento não se baseia só na burrice. Deve ter uma boa parcela de má-fé aí...

[barãozin]

Vão todos pro Canal!

[Free Bird]

Novamente o Diomedes destruiu na interpretação.

Engraçado que ultimamente a esquerda está meio acuada com medinho da direita se organizar e começar uma oposição verdadeira. O medo deles e o barulho ensurdecedor que fazem na net, especificamente na blogosfera, remete demais aos pássaros de Ares. Encaixou perfeitamente.

[DiomedesRJ]

Sétimo Trabalho disponível, Confrades.

Boa Leitura!

(Aguardem uma história paralela antes do Oitavo para evitar confusões - rs)

[John Romano]

Animal. Só isso o que tenho a dizer.

[DiomedesRJ]

A união profana da Rainha Pasifaé e do Touro Branco gerará um fruto...

O Minotauro.



Era para contê-lo que o Labirinto estava sendo construído, e é lá que ele viverá, até ser derrotado posteriormente por Teseu.

[John Romano]

Mas que rainha vagabunda... :
Em algum lugar nos mitos explica o porquê dela ter feito isso?

[DiomedesRJ]

John, dizem que foi basicamente um castigo pelo Touro não ter sido sacrificado. Poseidon pediu para Afrodite tomar essa providência para ele (era para o Deus dos Mares que o Touro deveria ser entregue).

No entanto, a coisa não era para chegar tão longe.

O problema é que na corte de Minos, vivia Dédalo, o Artesão humano mais habilidoso que já viveu. Consumida pelo desejo, ela encomendou em segredo para Dédalo, um meio de poder consumar seu desejo pelo Touro. Por isso, o touro de bronze.

O que aconteceu com Pasifaé? ABSOLUTAMENTE NADA.

Pasifaé era uma semideusa, Filha do Sol, então, era cheia de recursos. Ela amaldiçoou Minos de tal forma, que se ele comesse qualquer outra mulher, ele ejaculava cobras e escorpiões... de forma que nenhuma amante dele passava da primeira noite.

E o que você esperaria de um Rei manginão? Que perdoasse sua esposa, mesmo a traindo com um animal... :

Dédalo, no entanto, foi a primeira pessoa a ser presa no Labirinto, que foi tão bem construído, que nem ele podia encontrar a saída. Ele até achou uma... mas isso é outra história.

[Senna]

Após o Realista aprender a não conservar apegos mundanos, e a buscar a máxima evolução de suas posses terrenas, ele descobrirá que, a despeito de quantos bens ele consiga acumular para seu conforto, que sempre haverão aqueles que possuirão mais do que ele mesmo. Mas como eles não possuem o seu esclarecimento do que é necessário, e do que é excesso vão, o Sétimo Trabalho lhe revela como lidar com os bens terrenos em um patamar superior.

Todo homem busca para si o máximo dos bens mundanos que puder reunir em torno de si, e em um dado momento, aquele que os busca de forma desordenada, atingirá um patamar que será mais que suficiente para seu sustento. Nesse momento, um Iludido se sente verdadeiramente presenteado pelos Deuses.

No entanto, o próprio crescimento contínuo de sua fortuna e prosperidade exigirá devolver ao mundo uma parte daquilo que ele conquistou (uma fase de perda de gordura, após uma de ganho de massa magra; um investimento de vulto para obter um retorno de maior vulto ainda; a quitação de um imposto, para a manutenção da legalidade de seus bens, entre outros). E nesta etapa, dois erros capitais costumam acontecer, seguidos um ao outro.

O primeiro é a recusa deste sacrifício em prol do desenvolvimento; a segunda está no gasto dos bens excedentes na mera saciedade de seus prazeres.

Nesse momento, o Touro Branco, o Tesouro Sem Preço, se torna uma força destrutiva para a existência dos que cercam o possuidor do bem, ao invés de proporcionar crescimento para si e também para a sociedade que o cerca. E ao se confrontar com a consequência da vida dos Iludidos desregrados, tão invejados pelos Aspirantes desavisados, Hércules se confronta também com sua própria ganância e hedonismo.

A primeira forma de evitar esse desvio de trajeto é simplesmente olhar ao redor.

Aqueles que foram descuidados com o uso de seus próprios bens, e deixaram o mesmo ocorrer por descuido, nos cercam aos montes, aqueles que já estiveram no topo do mundo, acharam que não existia perigo ou cuidados a tomar, e decaíram para as sarjetas do mundo. Suas histórias, para um homem que já despertou para as ilusões do mundo, são o primeiro remédio a tomar para não cometer o mesmo erro que eles.

Com essa consciência, o Realista já pode procurar em si mesmo o que é essencial e o que é dispensável, em termos de gastos. Mas mesmo sem um ego a lhe perturbar a visão, esta não é uma seleção fácil. O mundo nos cerca de armadilhas e informações deformadas múltiplas, que nos fazem acreditar que uma posse é imprescindível para nossas vidas, quando o nunca foi.

No meio desse labirinto imperfeito, mas ainda sim, capaz de conduzir a perdição, só há uma coisa que pode orientar o Realista: a Noção Verdadeira de Valor.

Aquilo que é realmente necessário para se viver, sempre o foi, desde a Aurora dos Tempos, até hoje. Tudo o que é preciso é somar a essas necessidades essenciais, aquelas minimamente pertinentes ao nível de vida que o homem possui no momento. O ego já não é mais atendido: basta que o foco esteja no que REALmente se precisa.

Assim, a Jóia do Touro é vista, e pode-se chegar com segurança até o cerne da questão, e tomando-a ganância interior, distorcida pelo gasto nos prazeres, com a devida firmeza, ela pode ser guiada de forma a se atingir a forma certa de se guiar os bens mundanos.

Com a Noção de Valor conquistada, um Realista está apto a sempre ter o necessário para cobrir suas necessidades, seja ele um homem abastado, ou não - e desta forma, a riqueza jamais o deslumbrará.

Confrade Diomendes, fantástico! Ensinamentos poderosos em seu texto.

[Giovanni]

Não tinha visto ainda, vou começar a ler e depois posto minha crítica.

[DiomedesRJ]

Pentesiléia assumirá o trono de Temíscira após a morte de Hipólita, cheia de ódio contra todos os gregos, e incapaz de compreender que foi vítima de um embuste.

Partirá em defesa de Tróia na Guerra futura, vindo a morrer nas mãos de Aquiles.

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Quando Hércules recuperou sua liberdade, entre outras providências, retornou para Tróia e cumpriu sua promessa.

Esmagou seu exército, e matou o Rei Laomedonte e toda a sua família, com exceção de Hesíone (contra o qual não tinha agravo, e que estava ausente) e de Podarces/Príamo, que foi poupado por entregar um tapete dourado a Hércules que teria sido deixado por Hesíone como um presente para ele.

Pelo seu gesto de boa vontade, Hércules entregou o trono de Tróia para o príncipe sobrevivente, que assumiu então o nome de Príamo, e cujo filho chamado Páris, daria, no futuro, início à Guerra de Tróia.

[Lúcio]

Diomedes, pretende fazer esses ensinamentos com outros herois gregos? Ou seria desnecessário? Muito bom seu trabalho.[/php]

[DiomedesRJ]

Diomedes, pretende fazer esses ensinamentos com outros herois gregos? Ou seria desnecessário? Muito bom seu trabalho.[/php]

Meu primeiro estudo foi com Adônis, com o qual encontrei uma relação mais imediata com o Realismo.

Depois foi Hércules, que está me valendo esses textos. Após concluir o derradeiro, talvez, quem sabe...

[Appollo]

Está pra lançar o filme dos doze trabalhos de hercules!

Agora dá pra unir o útil ao agradavel e tirar suas próprias conclusões.

Show ContentSpoiler:

[barãozin]

O Diomedes fez um complemento ao 9º Trabalho: http://canal.bufalo.info/2014/06/expandi...-amazonas/

[Héracles]

Dando um UP nesse tópico. Este trabalho do confrade Diomedes, foi na minha opinião, o melhor que eu vi aqui no fórum. Simplismente edificante. Antes de eu ser usuário eu vinha todo o dia ler os 12 trabalhos, esperando anciosamente as atualizações. Pena que o confrade não postou mais. Mas permaneço no aguardo.

Parabéns e obrigado pelo trabalho. Esse tipo de iniciativa que ma faz ter orgulho de fazer parte deste fórum.

[CR7]

porra, ainda não tinha visto, tópico excelente confrade, show de bola, gostei

[PRAGAKHAM]

[Héracles]

Não conhecia esse tópico. Foi um belo resumo da minha história.

[Nerd]

muitas lições valiosas, algumas infelizmente tive que aprender na carne
as vezes tenho a impressão de que os melhores tópicos estão no limbo