25-03-2014, 03:00 PM
O brasil é tratado como um puteiro.
Não vai ter golpe? Sargento da FAB metendo a REAL
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25-03-2014, 07:42 PM
O amigo do John Romano está certíssimo.
Só um Pol Pot para salvar o Brasil. Colocar, de uma vez por TODAS, de modo traumatizante, que comunismo não presta. Mas mesmo assim, eu ainda duvido da capacidade do povo brasileiro entender isso,pois somos brancos, índios e negros, assim como os cubanos, e essa mistura latina, que me perdoem os coitadistas, não é legal. Cria um povo muito preguiçoso. Os cubanos tão tomando 50 rolas na bunda há 50 anos e ainda não conseguiram reagir. Mas os cubano-americanos que fogem, sao 90% republicanos, assim como os venezuelanos do exterior, que são quase que 100% (isso foi mostrado nas eleições) anti-chavistas.
25-03-2014, 07:59 PM
(25-03-2014, 07:42 PM)Vasiliy Zaytsev Escreveu: O amigo do John Romano está certíssimo. Discordo de você, a mistura é benéfica em vários níveis, do biológico ao cultural. A preguiça no caso está ligado ao cultural, e isso está relacionado ao histórico latino e não ao povo criado pelos cruzamentos. Um exemplo são os bons atletas brasileiros em várias modalidades, mesmo sem o apoio do governo conseguem se sobressair. Mas realmente no momento vitimismo e coitadismo estão entrelaçados na nossa população.
25-03-2014, 10:45 PM
Vasiliy não existe uma correlação direta entre raças (traços biológicos) e traços culturais.Essa pseudociência esteve na moda no século XX, mas hoje em dia ninguém mais leva isso a sério pois não a provas o suficiente que confirmam isso.
25-03-2014, 10:48 PM
(25-03-2014, 10:45 PM)Shadow Escreveu: Vasiliy não existe uma correlação direta entre raças (traços biológicos) e traços culturais.Essa pseudociência esteve na moda no século XX, mas hoje em dia ninguém mais leva isso a sério pois não a provas o suficiente que confirmam isso. [2] E isso não deveria ser admitido aqui. Aposto que ninguém desse fórum concorda com essas teorias imbecis. Quem gosta de classificar os outros em raças e criar uma luta de classes em tudo são os esquerdistas e neonazistas vagabundos.
01-04-2014, 03:45 PM
VIVA 31 DE MARÇO DE 1964!
Não postei meu post ainda porque não terminei e to sem internet. Masssssssss depois de ouvir tudo o que a mídia esquerdista nojenta inventou estou com mais vontade de desmascára-los. Fiquei puto com um cara que era guerrilheiro e tomou cinco tiros do exército se fazendo de coitadinho! Ainda não tenho previsão de quando postarei aqui e nem sei se vai ficar tão bom quanto eu esperava,porque eu quero colocar muita coisa e isso demora,provavelmente vai ficar uma bosta Enquanto isso vou deixar umas canções de macheza para vocês ouvirem,já aviso que quem não gostar é porque tem sérias tendências homoeróticas (Essa Cisne Branco é uma das melhores na minha opinião,achei a versão que eu queria mas não o vídeo com os imagens,então fica piano aí e escuta) AVANTE CAMARADAS! Avante camaradas, Ao tremular do nosso pendão, Vençamos as invernadas Com fé suprema no coração Avante, sem receio Que em todos nós a Pátria confia, Marcharemos com alegria, avante ! Marcharemos sem receio. Aqui não há quem nos detenha E nem quem turbe a nossa galhardia Quem nobre missão desempenha Temer não pode a tirania, a tirania E nunca seremos vencidos Por que marchamos sob a luz da crença ! Marchemos sempre convencidos Não há denodo que nos vença ! Avante camaradas,... Havemos sempre audazes, Afrontar o perigo E seremos perspicazes Ante o mais férreo inimigo, Por isso não tememos Sempre fortes, sobranceiros, E com bravura, sempre lutaremos ! Brasileiros nós somos Nós somos brasileiros ! Avante camaradas, Ao tremular do nosso pendão, Vençamos as invernadas Com fé suprema no coração Avante, sem receio Que em todos nós a Pátria confia, Marcharemos com alegria, avante ! Marcharemos sem receio. Aqui não há quem nos detenha E nem quem turbe a nossa galhardia Quem nobre missão desempenha Temer não pode a tirania, a tirania E nunca seremos vencidos Por que marchamos sob a luz da crença ! Marchemos sempre convencidos Não há denodo que nos vença ! Avante camaradas,... Havemos sempre audazes, Afrontar o perigo E seremos perspicazesAvante camaradas, Ao tremular do nosso pendão, Vençamos as invernadas Com fé suprema no coração Avante, sem receio Que em todos nós a Pátria confia, Marcharemos com alegria, avante ! Marcharemos sem receio. Aqui não há quem nos detenha E nem quem turbe a nossa galhardia Quem nobre missão desempenha Temer não pode a tirania, a tirania E nunca seremos vencidos Por que marchamos sob a luz da crença ! Marchemos sempre convencidos Não há denodo que nos vença ! Avante camaradas,... Havemos sempre audazes, Afrontar o perigo E seremos perspicazes Ante o mais férreo inimigo, Por isso não tememos Sempre fortes, sobranceiros, E com bravura, sempre lutaremos ! Brasileiros nós somos Nós somos brasileiros ! Hipp Hurra.... Ante o mais férreo inimigo, Por isso não tememos Sempre fortes, sobranceiros, E com bravura, sempre lutaremos ! Brasileiros nós somos Nós somos brasileiros ! Hipp Hurra.... Hipp Hurra.... ARDOR DO INFANTE: "Onde vais tu, esbelto infante Com teu fuzil lesto a marchar? Cadência certa, o peito arfante, Onde vais tu a pelejar?" Pra longe eu vou, a Pátria ordena Sigo contente o meu tambor, Cheio de ardor! Cheio de ardor! Pois quando a Pátria nos acena, Vive-se só da própria dor. É no combate que o infante é forte; vence o perigo, despreza a morte. (2x) II Fenecerá tua alegria, Ante o pavor dos matagais; Ao perpassar da ventania, Quebrando rijos vegetais. Vê, meu irmão, soa a metralha, Sibilam balas a cantar; Hei de exultar! Hei de exultar! Quem na Bandeira se agasalha, Sente o prazer no seu penar. É no combate que o infante é forte; vence o perigo, despreza a morte. (2x) III Tu que aí vai de risos lábios, Não reverás o céu natal: Recebe os seus conselhos sábios, Seja bravura o teu fanal. Posso morrer, nada me aterra, Mas hei de honrar o meu fuzil! Glória ao Brasil! Glória ao Brasil! Pois, se eu voltar à minha terra, Serei imune de ação vil. É no combate que o infante é forte; vence o perigo, despreza a morte. (2x) CANÇÃO DA INFANTARIA (legenda embutida,MUITO BOM!) Nós somos esses infantes,cujos peitos amantes,nunca temem em lutar! Vivemos,morremos Para o Brasil nos consagrar! Nós,peitos nunca vencidos De valores medidos No fragor da disputa Mostremos,que em nossa pátria temos Valor imenso,no intenso da luta ÉS A NOBRE INFANTARIA,DAS ARMAS A RAINHA,POR TI DARIA A VADIA MINHA E A GLÓRIA PROMOTIDA NOS CAMPOS DE BATALHA ESTÁ CONTIGO,ANTE O INIMIGO...PELO FOGO DA METRALHA! ÉS ETERNA MAJESTADE DAS LINHAS COMBATENTES,ÉS ENTIDADE DOS MAIS VALENTES QUANDO O TOQUE DA VITÓRIA MARCARA NOSSA ALEGRIA,EU CANTAREI,EU GRITAREI ÉS A NOBRE INFANTARIA! HINOS DOS AVIADORES (legenda embutida) Contato! Companheiros...
01-04-2014, 11:23 PM
(25-03-2014, 10:45 PM)Shadow Escreveu: Vasiliy não existe uma correlação direta entre raças (traços biológicos) e traços culturais.Essa pseudociência esteve na moda no século XX, mas hoje em dia ninguém mais leva isso a sério pois não a provas o suficiente que confirmam isso. Você tem certeza disso? Eu sou um curioso deste assunto e tenho lido alguns livros e papers sobre isso nos último anos. O que sei é que existem muitos cientistas sérios que defendem a existência de raças humanas distintas. De fato, essa é uma questão que cientificamente ainda está em aberto. Veja por exemplo: http://en.wikipedia.org/wiki/Lewontin%27s_Fallacy http://en.wikipedia.org/wiki/The_Bell_Curve e especialmente http://en.wikipedia.org/wiki/Richard_Lynn
07-04-2014, 06:03 PM
Tá foda de acessar a internet,agora mesmo estou usando meu celular como roteador e essa bosta é da TIM,fica caindo toda hora
Ainda estou "escrevendo" o post sobre o regime militar,mas não sei se espero mais um pouco e posto tudo de uma vez ou vou liberando em partes...de qlquer forma não sei se a internet suportaria kk Até que tá ficando bom,a única coisa ruim é conectar uma coisa com a outra e achar fontes históricas...To lendo "A verdade sufocada" do Ustra e recomendo,é mto bom o livro,vou por alguns trechos dele inclusive. Isso sem falar na entrevista que eu fiz com um general do exército,vou tentar ver aqui se ele respondeu as outras perguntas finais minhas
08-04-2014, 12:38 PM
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 08-04-2014, 12:41 PM por Tom Cruise.)
Vou postar em partes mesmo,acho que vai ser melhor assim.
Qualquer coisa eu vou editando e faço um índice e etc. PARTE I -Contexto Histórico -A fundação do PCB -Intentona Comunista *CONTEXTO HISTÓRICO Eu iria escrever sobre,mas o vídeo abaixo sintetiza bem muitas coisas... Ele tem só 25 minutos,o tempo restante são somente os nomes dos mortos por terroristas. Vou aprofundar o conteúdo do vídeo nas outras partes. *A FUNDAÇÃO DO PCB >Partido Comunista Brasileiro O primeiro Partido Comunista do Brasil,com a sigla PCB,foi fundado em 25 de março de 1922. Surgiu como resultado dos movimentos sindical e operário,motivados pelo triunfo da revolução comunista na Rússia,em 1917.Começou ativo e,mesmo na clandestinidade,traduziu e divulgou o Manifesto do Partido Comunista da União Soviética. Até a década de 1930 realizou três congressos (1922,1925,1928) e lançou o jornal A Classe Operária. Logo depois,ingressou no Komintern - Terceira Internacional ou Internacional Comunista -.criando a sua Juventude Comunista. O partido incorporou,nessa época,cerca de mil militantes e experimentou um período pleno de crescimento,infiltrando-se em quartéis,fábricas e outras instituições. Contando com Luís Carlos prestes em suas fileiras,articulou em 1935 uma frente nacional,a Aliança Nacional Libertadora (ANL),logo depois posta na ilegalidade. Com o fracasso da Intentona Comunista (1935),primeira tentativa de tomada de poder pelas armas,alguns de seus líderes foram presos,outros passaram à clandestinidade e o partido foi colocado na ilegalidade,situação que perdurou até 1945. Atendendo ao chamamento do Partido Comunista da União Soviética (PCUS),nem as prisões,nem a clandestinidade,muito menos a ilegalidade o impediu de participar de atividades internacionais,como o apoio aos comunistas na Guerra Civil Espanhola e o envio de combatentes para brigadas internacionais,mantendo,internamente,a infiltração nas escolas,nos quartéis,nas fábricas e em organizações de trabalhadores rurais. Em maio de 1943,a Internacional Comunista foi extinta,levando o PCB a se rearticular e a apoiar o presidente Vargas contra o nazismo. Desencadeou uma campanha pela anistia em favor dos que haviam participado da Intentona e iniciou um movimento pela paz mundial,desenvolvendo intensas atividades de massa e de organização.Essa é a tática de sempre: aproveitar a crise – no caso a Segunda Guerra Mundial – para,sob o pretexto de defender a paz,angariar a confiança e o apoio da população. Ao aproximar-se o término da Segunda Guerra Mundial,em 1945,o presidente Vargas decretou a anistia e legalizou todos os partidos políticos.Graças ao seu trabalho clandestino,o PCB era o mais organizado,tendo,inclusive,uma grande estrutura jornalística,com influência no seio da intelectualidade e dos líderes estudantis. (…) De 1945 a 1947,proliferaram,ostensivamente,na periferia de Recife e nas cidades próximas,associações de trabalhadores rurais que eram doutrinados por membros do PCB. Em dezembro de 1945,o partido elegeu 14 membros para a Assembleia Nacional Constituinte e Prestes foi eleito senador.Já no governo Eurico Gaspar Dutra (janeiro de 1946 a janeiro de 1951),o Brasil rompeu relações com a URSS.O PCB foi declarado novamente ilegal. Muito militantes,inclusive Prestes,voltaram a agir na clandestinidade.Nesse ponto,ficou célebre a declaração de Prestes de que,em caso de guerra entre o Brasil e a União Soviética,ele lutaria ao lado dos soviéticos.O internacionalismo era o seu grande farol. Em outubro de 1949,o Partido Comunista Chinês proclamou a República Popular da China.A revolução chinesa foi vitoriosa,empregando militarmente a tática de cercar cidades,a partir da luta do campo para,depois,conquistá-las. Essa estratégia influenciou alguns líderes do PCB que pensaram em reproduzi-la no Brasil.O sonho da luta armada continuava.O MST atual tem essa mesma estratégia. Em 1950,o PCB lançou o “Manifesto de Agosto”,repetindo o discurso feito por Prestes cinco anos antes,em Recife.Defendia a revolução como a única solução para os problemas brasileiros e conclamava operários,camponeses,mulheres,estudantes,soldados,marinheiros e oficiais das Forças Armadas a formar uma Frente Democrática de Libertação Nacional,reedição da ANL. Estimulou o povo a pegar em armas e propôs a criação do Exército Popular de Libertação Nacional. Influenciados pela revolução chinesa,alguns militantes do PCB passaram a atuar em Porecatu,norte do Paraná (1950-1951);no Triângulo Mineiro;e na região de Trombas e Formoso,em Goiás (1953-1954). Esses militantes buscavam transformar a luta de posseiros em núcleos de uma revolução camponesa. Em fevereiro de 1956,realizou-se o XX Congresso da PC da União Soviética (PCUS).O secretário-geral,Nikita Kruschev,apresentou um relatório secreto abordando dois temas básicos: o combatente ao culto da personalidade e a política de coexistência pacífica,admitindo a concomitância do capitalismo com o comunismo. *INTENTONA COMUNISTA (fiquei com preguiça de escrever então postei em forma de imagem,inclusive grifei uma parte em amarelo,se estiver ruim para ler baixa a imagem e dá um zoom)
08-04-2014, 02:18 PM
Já que a discussão desandou para o porquê é essa porcaria, segue o melhor artigo do Olavo de Carvalho:
O orgulho do fracasso Olavo de Carvalho O Globo, 27 de dezembro de 2003 “O world, thou choosest not the better part!” (George Santayana) Língua, religião e alta cultura são os únicos componentes de uma nação que podem sobreviver quando ela chega ao término da sua duração histórica. São os valores universais, que, por servirem a toda a humanidade e não somente ao povo em que se originaram, justificam que ele seja lembrado e admirado por outros povos. A economia e as instituições são apenas o suporte, local e temporário, de que a nação se utiliza para seguir vivendo enquanto gera os símbolos nos quais sua imagem permanecerá quando ela própria já não existir. Mas, se esses elementos podem servir à humanidade, é porque serviram eminentemente ao povo que os criou; e lhe serviram porque não traduziam somente suas preferências e idiossincrasias, e sim uma adaptação feliz à ordem do real. A essa adaptação chamamos “veracidade” -- um valor supralocal e transportável por excelência. As criações de um povo podem servir a outros povos porque elas trazem em si uma veracidade, uma compreensão da realidade -- sobretudo da realidade humana --que vale para além de toda condição histórica e étnica determinada. Por isso esses elementos, os mais distantes de todo interesse econômico, são as únicas garantias do êxito no campo material e prático. Todo povo se esforça para dominar o ambiente material. Se só alguns alcançam o sucesso, a diferença, como demonstrou Thomas Sowell em Conquests and Cultures, reside principalmente no “capital cultural”, na capacidade intelectual acumulada que a mera luta pela vida não dá, que só se desenvolve na prática da língua, da religião e da alta cultura. Nenhum povo ascendeu ao primado econômico e político para somente depois se dedicar a interesses superiores. O inverso é que é verdadeiro: a afirmação das capacidades nacionais naqueles três domínios antecede as realizações político-econômicas. A França foi o centro cultural da Europa muito antes das pompas de Luís XIV. Os ingleses, antes de se apoderar dos sete mares, foram os supremos fornecedores de santos e eruditos para a Igreja. A Alemanha foi o foco irradiador da Reforma e em seguida o centro intelectual do mundo -- com Kant, Hegel e Schelling -- antes mesmo de constituir-se como nação. Os EUA tinham três séculos de religião devota e de valiosa cultura literária e filosófica antes de lançar-se à aventura industrial que os elevou ao cume da prosperidade. Os escandinavos tiveram santos, filósofos e poetas antes do carvão e do aço. O poder islâmico, então, foi de alto a baixo criatura da religião -- religião que seria inconcebível se não tivesse encontrado, como legado da tradição poética, a língua poderosa e sutil em que se registraram os versículos do Corão. E não é nada alheio ao destino de espanhóis e portugueses, rapidamente afastados do centro para a periferia da História, o fato de terem alcançado o sucesso e a riqueza da noite para o dia, sem possuir uma força de iniciativa intelectual equiparável ao poder material conquistado. A experiência dos milênios, no entanto, pode ser obscurecida até tornar-se invisível e inconcebível. Basta que um povo de mentalidade estreita seja confirmado na sua ilusão materialista por uma filosofia mesquinha que tudo explique pelas causas econômicas. Acreditando que precisa resolver seus problemas materiais antes de cuidar do espírito, esse povo permanecerá espiritualmente rasteiro e nunca se tornará inteligente o bastante para acumular o capital cultural necessário à solução daqueles problemas. O pragmatismo grosso, a superficialidade da experiência religiosa, o desprezo pelo conhecimento, a redução das atividades do espírito ao mínimo necessário para a conquista do emprego (inclusive universitário), a subordinação da inteligência aos interesses partidários, tais são as causas estruturais e constantes do fracasso desse povo. Todas as demais explicações alegadas -- a exploração estrangeira, a composição racial da população, o latifúndio, a índole autoritária ou rebelde dos brasileiros, os impostos ou a sonegação deles, a corrupção e mil e um erros que as oposições imputam aos governos presentes e estes aos governos passados -- são apenas subterfúgios com que uma intelectualidade provinciana e acanalhada foge a um confronto com a sua própria parcela de culpa no estado de coisas e evita dizer a um povo pueril a verdade que o tornaria adulto: que a língua, a religião e a alta cultura vêm primeiro, a prosperidade depois. As escolhas, dizia L. Szondi, fazem o destino. Escolhendo o imediato e o material acima de tudo, o povo brasileiro embotou sua inteligência, estreitou seu horizonte de consciência e condenou-se à ruína perpétua. O desespero e a frustração causados pela longa sucessão de derrotas na luta contra males econômicos refratários a todo tratamento chegaram, nos últimos anos, ao ponto de fusão em que a soma de estímulos negativos produz, pavlovianamente, a inversão masoquista dos reflexos: a indolência intelectual de que nos envergonhávamos foi assumida como um mérito excelso, quase religioso, tradução do amor evangélico aos pobres no quadro da luta de classes. Não podendo conquistar o sucesso, instituímos o ufanismo do fracasso. Depois disso, que nos resta, senão abdicarmos de existir como nação e nos conformarmos com a condição de entreposto da ONU?
"If you're going through hell, keep going" W.C.
10-04-2014, 08:30 PM
Vou seguir com os posts,muita coisa eu estou apenas retirando dos livros e etc mas é porque eu ainda não tenho tudo conectado na minha cabeça,estou estou postando aleatoriamente tentando manter uma ordem cronológica e conectando um assunto ao outro,depois abrirei um tópico só para juntar tudo em um post só e vou fazer um apanhando geral com as minhas palavras,além de aprofundar ainda mais algumas coisas.
PARTE II -De Getúlio a Juscelino -João Goulart e Leonel Brizola *DE GETÚLIO A JUSCELINO “De Getúlio a Juscelino 1930-1961” Getúlio Dornel Vargas,gaúcho de São Borja,bacharel pela Faculdade de Direito de Porto Alegre,foi deputado federal e líder da bancada gaúcha,entre 1923 e 1926. Em 1929,candidatou-se à Presidência da República na chapa da Aliança Liberal,de oposição. Derrotado pelo paulista Júlio Prestes e apoiado pela Aliança Liberal,não aceitou o resultado das urnas e chefiou o movimento revolucionário de 1930. Em 1932,eclodiu a Revolução Constitucionalista em,São Paulo. O Partido Republicano Paulista e o Partido Democrático de São Paulo,unidos,incorporaram um grande número de voluntários,pegando em armas contra o governo provisório. O movimento durou três meses e marcou o inicio do processo de volta à constitucionalização. Governou o País entre 1930 e 1934,por meio de um governo provisório. Getúlio Vargas foi eleito presidente da República em julho de 1934. Foi um período de crises,revoltas e revoluções,que tinham como motivação problemas estruturais e sociais,essencialmente brasileiros. O Partido Comunista Brasileiro (PCB),criado em 1922,orientou as ações para liderar o processo revolucionário brasileiro. Durante o período em que Getúlio Vargas governou constitucionalmente o País,surgiu,em fevereiro de 1935,a Aliança Nacional Libertadora (ANL),entidade infiltrada e dominada pelo Partido Comunista Brasileiro,para congregar operários,estudantes,militares e intelectuais. Os comunistas deram prioridade à revolução operária e camponesa,ao mesmo tempo que exortaram a luta de classes e conclamavam os camponeses à tomada violenta das terras. Pregavam a tomada do poder pela luta armada e a instauração de um governo operário e camponês. Em agosto de 1934,a linha política passou a ser a da insurreição armada,para derrubar o governo do poder. No dia 10 de março de 1935,a ANL promoveu sua primeira reunião pública,na cidade do Rio de Janeiro,quando mais de mil pessoas ouviram o seu programa e aplaudiram a indicação de Luís Carlos Prestes,que se encontrava na União Soviética,como presidente de honra. O fechamento da ANL,em julho de 1935,e a prisão de alguns de seus membros precipitaram a eclosão da revolta comunista (Intentona Comunista) em novembro desse ano. Fazendo frente à revolução integralista,em novembro de 1937,Getúlio Vargas determinou o fechamento do Congresso e outorgou a nova Constituição,que lhe conferiu o controle dos poderes Legislativo e Judiciário e extinguiu os partidos políticos.Tal sistema de governo,denominado Estado Novo,vigorou de 1937 a 1945. Reagindo às agressões dos submarinos alemães contra a navegação marítima costeira do Brasil,Vargas declarou guerra à Alemanha e à Itália,em 22 de agosto de 1942. Com efetivo de 25.334 homens,a Força Expedicionária Brasileira (FEB) participou,heroicamente,das operações de guerra na campanha da Itália,de julho de 1944 a maio de 1945.A FEB teve 451 mortos e 1.577 feridos,fazendo 20.573 prisioneiros. Com os novos ventos da democracia,logo após o término da guerra,Getúlio Vargas foi deposto,em 29 de outubro de 1945,por um movimento político e militar. Com a deposição de Vargas,José Linhares,presidente do Supremo Tribunal Federal,assumiu a presidência da República,preparando as eleições e concedendo registro ao PCB. Em dezembro de 1945 foram realizadas eleições para presidente da República e para a Assembleia Nacional Constituinte. José Linhares permaneceu no cargo até a posse do presidente eleito,Eurico Gaspar Dutra,em 31 de janeiro de 1946. Dutra,em 1947,rompeu relações diplomáticas com a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e cassou o Partido Comunista Brasileiro que,novamente,voltou à clandestinidade. Eurico Gaspar Dutra governou de 31 de janeiro de 1946 a 31 de janeiro de 1951,entregando o governo de Getúlio Vargas,que voltou nos braços do povo,eleito democraticamente. Envolvido por crises,após campanhas violentas contra seu governo,suicidou-se no dia 24 de agosto de 1954. Nos dezesseis meses seguintes,três presidentes,Café Filho,Carlos Luz e Nereu de Oliveira Ramos,cumpriram mandatos relâmpagos,até que,31de janeiro de 1956,assumiu Juscelino Kubitschek de Oliveira,governando até o final de seu mandato,em 31 de janeiro de 1961.Seu vice era João Goulart.(...)
10-04-2014, 08:33 PM
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 10-04-2014, 08:38 PM por Tom Cruise.)
O mineiro Juscelino Kubitschek governou o País sobre o slogan “Cinquenta anos em cinco”,desenvolvendo um plano de metas que estimulou o crescimento da indústria de base e promoveu a ampliação do sistema de transportes.
Investiu também na educação e a economia diversificou-se e cresceu. Em 1957,começou a construção da nova capital,Brasília,planejada por Oscar Niemeyer e Lúcio Costa. Em 1960 transferiu o governo para o Planalto Central. Durante o governo JK,o Brasil vivenciou confiança e otimismo. Juscelino conciliou os diferentes setores da sociedade.Os levantes militares,inexpressivos,foram contornados com habilidade pelo presidente.Em fevereiro de 1956,oficiais da Aeronáutica rebelaram-se em Jacareacanga,no Pará. Fato semelhante ocorreu em 3 de dezembro de 1959,em Goiás.Nos dois casos,as rebeliões foram rapidamente debeladas e os rebeldes anistiados. No plano internacional,estreitou as relações com os EUA e criou a Operação Pan-mericana. Acordos com o FMI e a dívida externa resultaram em arrocho salarial. O mandato de Juscelino chegou ao fim com manifestações de descontentamento popular,estimuladas,como sempre,pelos comunistas no seu trabalho de massas. [Vou pular aqui o governo do Jânio Quadros porque ele não tem nenhuma relevância,tudo o que vocês tem que saber é que presidente e vice naquela época eram eleitos separadamente,e o “Jango” (João Goulart) foi eleito pela chapa de oposição.] *JOÃO GOULART E LEONEL BRIZOLA Após a renúncia de Jânio Quadros,”Jango” seria o novo presidente.Na época do ocorrido ele estava fazendo uma visita à China comunista e o presidente da Câmara dos Deputados,Ranieri Mazzilli,assumiu a presidência até o retorno dele. Os ministros militares do Exército,Marinha e Aeronáutica tentaram impedir a posse de Jango,sem sucesso. Então,Leonel Brizola,governador do estado do Rio Grande do Sul intercedeu por João Goulart,que era seu cunhado. Criou a “Cadeia da Legalidade” que operava com mais de 104 emissoras de rádio da região. A solução foi aprovar uma mudança de sistema,do presidencialismo para o parlamentarismo (a esperança era não deixar o Jango governar,devido a suspeita de que ele era comunista). O novo presidente apesar de ter poucos poderes (devido ao sistema presidencialista) reatou relações diplomáticas com a União Soviética e colocou o ministério do trabalho para promover greves (as paralisações eram generalizadas em hospitais,escolas,bancos e etc). A situação se agravou (faltavam alimentos no mercado e a escassez de outros produtos era constante.) A inflação aumentava a cada dia. Além disso,Jango determinou “reformas de base”: reforma agrária,fiscal,educacional,bancária e eleitoral,exigidas pelo FMI para obtenção de empréstimos. Segundo ele,esses empréstimos eram necessários para o desenvolvimento de um “capitalismo nacional progressista”. Ele também limitou as remessas de dinheiro para o exterior e nacionalizou empresas de comunicação. Em 18 de novembro de 1961,uma delegação de comunistas enviada ao XXII Congresso do Partido Comunista da União Soviética foi recebida no Kremin por dirigentes russos.Lá,Luís Carlos Prestes e seus seguidores receberam instruções para o preparo político das massas operárias e camponesas para a montagem da luta armada no Brasil [Continua...]
26-04-2014, 09:47 AM
Nem vou terminar o post sobre o regime militar,ninguém está lendo pelo visto mesmo.
Só vou deixar a entrevista com o general do exército e um artigo em que a Mirian Macedo confessa que mentiu ter sido torturada (assim como muitos outros fazem): (ESSE LIMITE DE CARACTERES É UMA BELA BOSTA) A primeira pergunta que eu gostaria de fazer é o que o senhor acha de mudou de 64 para cá? Tanto no campo econômico,político,cultural... A resposta a esta pergunta não pode ser objetiva, pois houve mudanças e retrocessos no decorrer dos tempos, e não são poucos tempos – 50 anos! O objetivo do movimento comunista é fazer a mudança da natureza do homem, tirando-lhe a iniciativa e a ambição (motores da evolução da humanidade), transformando-o em um ser amorfo, acomodado e submisso - a sociedade sem classes. O que é uma balela, porque, no final das contas a sociedade comunista se resume a duas classes: o partido e o proletariado. Para isto é importante promover o rompimento com os valores judaico-cristãos que orientam, organizam e disciplinam a nossa sociedade – família, respeito à tradição, temor a Deus, respeito ao mestre, aos mais velhos e ás instituições, valorização do mérito. Essa desconstrução de princípios é fundamental para nivelar os homens por baixo, daí a quantidade de invejosos, iludidos, ingênuos, desajustados, incapazes, incompetentes e espíritos de porco que assumem as bandeiras e se identificam (ou pensam que se identificam) com o ideário comunista. Em 64 vivíamos o ápice da segunda tentativa de tomada do poder e, consequentemente, da desconstrução dos valores culturais conservadores (morais, éticos e religiosos), chegando ao cúmulo da ousadia de subverter a disciplina militar para, logicamente, enfraquecer estas instituições e sua possível reação ao golpe. O “basta”, representado pelas Marchas da Família com Deus pela Liberdade, foi a centelha para a reação e para a recuperação dos valores que estruturalmente suportam a sociedade brasileira. Ou seja, o movimento cívico militar reafirmou e recuperou estes valores, não permitindo que outros os substituíssem. Na área econômica, basta dizer que o Brasil, em 64, era quase a 50ª economia do planeta, com uma inflação de 80% ao mês, sem indústrias e sem estruturas para evoluir e, ao final do período militar, após as duas crises do petróleo que mudaram a configuração econômica do mundo, o Brasil ocupava a 8ª posição neste ranking. A atuação na área política, me parece, foi o ponto fraco do regime militar, pois desprezou suas práticas e não soube formar novas lideranças capazes de dar continuidade ao trabalho dos técnicos, especialistas e militares que alicerçaram as bases para a evolução e deram o novo rumo ao Brasil. Hoje estamos nas mãos de uma classe política de politiqueiros, despreparados, mal-intencionados ou comprometidos com a ideologia da escravidão e da mediocridade! Após o fim dos chamados “Governos Militares”, houve no Brasil uma intensa preocupação em proteger o cidadão comum de uma possível ação “opressora” do poder do Estado. Foram criados instrumentos legais que restringem, condicionam e tolhem a agilidade da atividade de segurança pública e do processo judicial. Neste cenário, houve incremento do crime organizado. Os novos instrumentos legais, ao dificultarem o exercício do poder coercitivo pelo Estado, facultaram aos criminosos maior liberdade de ação, banalizando o crime e difundindo no País um destrutivo clima de impunidade. As novas leis, ao dificultarem a ação do Estado, tornaram o cidadão comum, de bem, mais desprotegido e vulnerável à ação dos criminosos que, em determinadas áreas das grandes cidades, constituíram poderes absolutos, paralelos ao do Estado. Os legisladores, tentando proteger o cidadão “de bem” de uma possível ação repressora ou ditatorial do Estado, acabaram por proteger os criminosos, eles também cidadãos, porém “do mal”. Na mesma linha de oportunismo encontram-se movimentos de pressão social, como o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e outros, que, apropriados por lideranças radicais e ideologicamente revolucionárias e escudados na legitimidade das questões sociais que representam, praticam a desobediência civil de forma crescente e planejada, podendo, a qualquer momento, ultrapassar a capacidade do poder de polícia dos governos estaduais, passando a ameaçar o próprio poder central da União. Integrantes do MST já assumem publicamente a possibilidade de optar pela luta armada! Hoje, em função desta permissividade, estamos outra vez no limiar do rompimento das estruturas conservadoras que, respeitando e valorizando as diferenças individuais, sempre foram as molas mestras da evolução da humanidade, não apenas do Brasil. [...]
26-04-2014, 09:48 AM
[…]O rompimento com estas estruturas é o responsável último pelo caos que se aproxima, pois, resumindo esta resposta que se estende para além da sua pergunta, “o socialismo dura enquanto durar o dinheiro dos outros”! Olhe a nossa situação atual e a de todos os demais signatários do Foro de São Paulo. Neste rumo, vamos todos acabar como Cuba, exportando mão de obra escrava, pois nada mais nos restará!
O senhor acredita que o Regime Militar tenha sido de esquerda? (Vejo alguns direitistas falando isso na tentativa de desvincular o Regime do movimento conservador e libertário). O Regime Militar foi de direita e conservador, mas adotou medidas estatizantes, naturais em um estado autoritário, como a conjuntura interna exigia. Eu, ao estudar este assunto, por vezes me vi chamando o regime de socialista de direita! Qual foi a política econômica do governo militar? Foi nacional-desenvolvimentista, haja vista ter, em curto prazo, tirado o país da 48ª posição para a 8ª! Muitos libertários argumentam que o Regime retirou as “liberdades individuais” dos cidadãos, o senhor concorda com isso? O Regime tirou, por algum tempo, muito curto para as circunstâncias de guerra interna que vivíamos, algumas liberdades individuais, o que foi necessário para sustentar o combate ao terrorismo. No entanto, os demais poderes da república continuaram funcionando normalmente. A censura, alardeada pela esquerda derrotada, foi uma balela, basta recordar os festivais nacionais da canção, O Pasquim e os diversos programas humorísticos cujos vídeos até hoje fazem sucesso. Agildo Ribeiro e Jo Soares fizeram seus shows irreverentes na Academia Militar das Agulhas Negras, em 1971! Eu era cadete e assisti! Uma nova intervenção militar é algo possível? Quais são as alternativas para tirar o PT do poder? Uma intervenção militar é sempre possível, de acordo com a circunstância. Em 64, a baderna era tal que adentrou os quartéis, não havia outra alternativa que não intervir para por ordem na casa. Havia um golpe da esquerda sendo preparado para derrubar o Jango e outro, do próprio Jango, para permanecer no poder, como um novo Getúlio Vargas! Era uma situação muito tumultuada, o presidente queria fechar o congresso para fazer suas reformas “na marra”, desrespeitando a Constituição. Hoje, nas circunstâncias atuais não vejo razão para intervenção. Seria um golpe, não uma intervenção. A alternativa para tirar o PT do poder é a conscientização da sociedade de que o projeto de poder do PT é totalitário e incapaz de promover o bem comum, como historicamente aconteceu em todos os lugares em que se instalou. Basta olhar para Cuba! Se a ditadura dos Castro libertar a população e autorizar a saída de quem quiser, a ilha ficará deserta!! É isto que eles querem para nós, ficar eternamente no poder, à revelia da liberdade. É preciso contar isto para o povão ignorante, mantido encurralado pela bolsas esmola as quais representam não mais do que um custo para os cofres públicos para a compra de votos e não um investimento para criar condições de independência e dignidade para essa gente! Temos que tirá-los de lá pelo voto, sem rupturas institucionais. Deixemos estas para a iniciativa deles e, aí sim, se ocorrer, caberá uma intervenção militar para evitar a guerra civil, como ocorre na Venezuela, e por ordem na casa!
26-04-2014, 09:48 AM
Mirian Macedo
Eu, de minha parte, vou dar uma contribuição à Comissão da Verdade. Fui uma subversivazinha medíocre, mal fui aliciada e já caí, com as mãos cheias de material comprometedor. Não tive nem o cuidado de esconder os jornais da organização clandestina a que eu pertencia, eles estavam no meio dos livros de uma estante, daquelas improvisadas, de tijolos e tábuas, que existia em todas as repúblicas de estudantes, em Brasília naquele ano de 1973. Já contei o que eu fazia (quase nada). A minha verdadeira ação revolucionária foi outra, esta sim, competente, profícua, sistemática: MENTI DESCARADAMENTE DURANTE 30 ANOS! Repeti e escrevi a mentira de que tinha tomado choques elétricos (poucos, é verdade), que me interrogaram com luzes fortes, que me ameaçaram de estupro quando voltava à noite dos interrogatórios no DOI-CODI para o PIC e que eu ficavam ouvindo "gritos assombrosos" de outros presos sendo torturados (aconteceu uma única vez, por pouquíssimos segundos: ouvi gritos e alguém me disse que era minha irmã sendo torturada. Os gritos cessaram - achei, depois, que fosse gravação - e minha irmã, que também tinha sido presa, não teve um único fio de cabelo tocado). Eu menti dizendo que meus algozes diversas vezes se divertiam jogando-me escada abaixo, e, quando eu achava que ia rolar pelos degraus, alguém me amparava (inventei um trauma de escadas", imagina). A verdade: certa vez, ao descer as escadas até a garagem no subsolo, alguém me desequilibrou e outro me segurou, antes que eu caísse. Quanto aos empurrões de que eu fui alvo durante os dias de prisão, não houve violência nem chegaram a machucar nada mais que um gesto irritado de um dos inquisidores, eu os levava à loucura, com meu enrolation. Sou rápida no raciocínio, sei manipular as palavras, domino a arte de florear o discurso. Um deles repetia sempre: "Você é muito inteligente. Já contou o pré-primário. Agora, senta e escreve o resto". Quem, durante todos estes anos, tenha me ouvido relatar aqueles dias em que estive presa, tinha o dever de carimbar a minha testa com a marca de "vítima da repressão". A impressão, pelo relato, é de que aquilo deve ter sido um calvário tão doloroso que valeria uma nota preta hoje, os beneficiados com as indenizações da Comissão da Anistia sabem do que eu estou falando. Ma va! Torturada?! Eu?! As palmadas que dei na bunda de meus filhos podem ser consideradas tortura inumana se comparadas ao que (não) sofri nas mãos dos agentes do DOI-CODI. Que teve gente que padeceu, é claro que teve. Mas alguém acha que todos nós que saíamos da cadeia contando que tínhamos sido barbaramente torturados falávamos a verdade? Não, não é verdade. Noventa e nove por cento das barbaridades e torturas eram pura mentira! Por Deus, nós sabemos disto! Ninguém apresentava a marca de um beliscão no corpo. Éramos barbaramente torturados e ninguém tinha uma única mancha roxa para mostrar! Sei, técnica do torturadores. Não, técnica de torturado, ou seja, mentira. Mário Lago, comunista até a morte, ensinava: "quando sair da cadeia, diga que foi torturado. Sempre." A pior coisa que podia nos acontecer naqueles "anos de chumbo" era não ser preso. Como assim, todo mundo ia preso e nós não? Ser preso dava currículo, demonstrava que éramos da pesada, revolucionários perigosos, ameaça ao regime, comunistas de verdade! Sair dizendo que tínhamos apanhado, então! Mártires, heróis, cabras bons. Vaidade e mau-caratismo puros, só isto. Nós saímos com a aura de hérois e a ditadura com a marca da violência e arbítrio. Era mentira? Era, mas, para um revolucionário comunista, a verdade é um conceito burguês, Lênin já tínhamos nos ensinado o que fazer. E o que era melhor: dizer que tínhamos sido torturados escondia as patifarias e amarelões que nos acometiam quando ficávamos cara a cara com os "ômi". Com esta raia miúda que nós éramos, não precisava bater. Era só ameaçar, a gente abria o bico rapidinho. Quando um dia perguntaram-me se eu queria conhecer a marieta, pensei que fosse uma torturadora braba. Mas era choque elétrico (parece que marieta era uma corruptela de maritaca (nome que se dava à maquininha que rodava e dava choque elétrico). Eu não a quis conhecer. Relembrar estes fatos está sendo frutífero. Criei coragem e comecei a ler um livro que tenho desde 2009 (é mais um que eu ainda não tinha lido): "A Verdade Sufocada - A história que a esquerda não quer que o Brasil conheça", escrito pelo coronel Carlos Alberto Brilhante Ulstra. Editora Ser, publicado em 2007. Serão quase 600 páginas de verdade sufocada"? Vou conferir. |
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