19-12-2015, 04:33 AM
Senhores,
Tempos atrás, um tópico na Quarentena (eu acho) questionava quais eram as alas que compõe a Real, bem como o embate entre elas, devido ao seu antagonismo. Na época, lendo as postagens, me chamou a atenção um post que dizia haver o conflito entra as alas “a real é para todos x a real não é para todos”. Fiquei durante um tempo refletindo sobre esse post. Cheguei à conclusão de que, na minha humilde opinião, a Real não é para todos, mas isso veio a ocorrer devido a um fato próximo que presenciei e gostaria de relatar.
1. O INÍCIO.
Era o ano de 2010, já havia lido “Como lidar com as mulheres”, mas continuava em uma vida de merda com a minha BM. Não tinha culhões para reagir aos infernos emocionais e ainda acreditava que ela era a mulher exceção, além de tudo isso, ainda achava que a Real, no fundo, era só para pegar mulher.
Enfim, nesse ínterim de merda, conheci os personagens do relato (nomes fictícios):
Ricardo (o protagonista): era proveniente de uma família de classe média, físico bem mediano, morava com os pais e não trabalhava, além disso, era extremamente infantil;
Cláudia: uma mulher muito bonita e muito rica, a típica modernete-baladeira;
Márcio: milionário e destacado. Tinha várias mulheres correndo atrás e o cara simplesmente não estava nem aí. Marmitava uma ali, outra acolá.
Ricardo havia me contado que era apaixonado por Cláudia, já há pelo menos 2 anos, e vivia correndo atrás dela, tentando contatos, mandando presentes e pedindo para namorá-la. Cláudia não o colocava na friendzone, não dava falsas esperanças, quanto menos o utilizava de estepe, ela simplesmente o tratava como lixo. Rechaçava qualquer investida e humilhava o rapaz na frente dos outros quando podia.
Quando digo humilhar, era, por exemplo, destruir buquês de rosa, rasgar e destruir presentes, esculachá-lo na frente dos outros e etc. Sim, mesmo sendo agredido por ela, o indivíduo não acordava e continuava indo atrás.
Acontece que Cláudia corria atrás de Márcio, como a maioria das mulheres daquele ambiente. Ele a marmitava, e dava um PNB, sumia e ela ia atrás até que ele a marmitasse de volta. Viviam nesse ciclo, enquanto ele comia outras por fora.
Primeiramente, não me meti em nada, pois também era um bosta, mas era inegável que Ricardo era chacota de todo mundo, pois todos ali sabiam e viam o que se passava.
O Fatality dela viria numa tentativa de pedido de casamento. Ele comprou um anel de noivado e entregou a ela na frente de todos, resultando em um riso coletivo e generalizado, na recusa do pedido e Cláudia ainda jogou água na cara dele, esperneando e gritando para que ele saísse da sala de aula. Dali em diante, Ricardo cessou com as suas investidas e Cláudia, aparentemente, começou a namorar com Márcio.
Aproximei-me do rapaz e comecei a questioná-lo sobre os sentimentos que ele possuía por ela, notando que Cláudia era endeusada. Enquanto fazíamos amizade, comecei a questionar e atacar essa figura de “mulher exceção” que ele havia criado dela, e comecei a receber respostas do tipo: “ela está com ele porque ele é o mais rico daqui” e “ela gosta de dinheiro”. Foi quando, em um dia qualquer, ele falou: “ela quis ficar com ele porque ele sempre a tratou como lixo”. Bingo, achamos o gatilho.
Enviei para ele um .pdf do NA, junto com os links das comunidades do Orkut, ainda que de forma despretensiosa, pois achava que ele iria ignorar o material. Em todo caso, adverti ele que aquelas obras não eram materiais de auto-ajuda, mas sim uma análise dos relacionamentos modernos e do comportamento feminino.
Deu certo, ele leu, entendeu e curtiu o material.
Passamos então a estudar e debater a obra entre si. Além disso, criei vergonha na cara e parei de ser um bosta, fui reler todo o material e aplicar aquilo na minha vida.
No final de 2010, Cláudia e Márcio ficaram noivos. Ricardo sentiu o golpe, pois ainda lutava contra o apego, mas não voltou atrás.
Viria o ano de 2011, comecei a mudar a minha postura, o que resultou em um término com a minha BM. Afastei-me de todos e acabei perdendo contato com Ricardo.
(Posteriormente, Cláudia e Márcio viriam a se divorciar cerca de 2 ou 3 anos depois)
2. A ASCENSÃO DE RICARDO.
Em Outubro de 2012, fui procurando por amigos e amigas em comum. Um churrasco estava sendo organizado na casa de um conhecido para reunir o pessoal. Fui ao evento e lá reencontrei Ricardo.
Ele me contou que havia saído da casa dos pais, havia concluído a faculdade, arranjado um emprego e largado alguns vícios infantis pelo qual ele era zuado (cosplays, Magic e competições profissionais de jogos de computador). Estava completamente mudado.
Havia comentado com ele que tinha terminado com a minha BM e estava tentando consertar toda a minha vida, mas não conseguíamos conversar sobre a Real, pois ele já estava em um nível Desenvolvimento Pessoal muito a minha frente, enquanto que eu havia ficado recluso apenas a leituras das obras de N.A. Nessa conversa, ele havia me dito que deveria focar em meu Desenvolvimento Pessoal e buscar novas obras além do básico (Doutrina, N.A e S.K), nisso ele me indicou o Fórum do Búfalo, e, desde então, comecei a acompanhar o fórum como visitante até fazer o meu cadastro.
Peguei novamente o contato dele e fui embora, pensando no quanto eu estava atrasado nessa corrida de Desenvolvimento Pessoal e no quanto eu teria que me esforçar para ascender como ele, que por exemplo, havia conseguido e colhia resultados. Se eu o havia ajudado inicialmente com a Real, naquele dia fui para casa tomando ele como exemplo de sucesso.
3. A QUEDA (AGORA A COISA COMEÇA A FICAR INTERESSANTE).
Um ano havia se passado. Era uma Sexta-Feira, estava em um happy-hour com alguns colegas do serviço, quando o meu celular tocou. Atendi, era Ricardo, ele havia me ligado para contar do divórcio de Cláudia e Márcio, respondi que já havia tomado ciência disso por outros. Em seguida me disse que Cláudia o havia procurado e teria virado sua marmita. Falei para ele tomar cuidado para não se apegar a “BM dele”, foi quando ele respondeu de forma ríspida que não tinha nenhuma BM, e que iria marmitá-la para tirar o atraso e realizar “um sonho pessoal”. Na sequência, ele me lembrou que o aniversário dele seria na sexta que vem e me convidou para a sua festa de aniversário, a qual seria realizada no camarote de uma balada muito famosa e conhecida na região.
Quando ele me disse que seria em uma balada, resmunguei perguntando se ele não queria fazer em um puteiro, mas ele deu uma risada e falou para não se preocupar que tudo estaria na “faixa”, pois seríamos VIP e o lugar seria excelente. Um pouco a contragosto, concordei e confirmei a presença, afinal era o aniversário dele. Eu também nunca tinha ido naquela balada e nunca fui VIP em nada em toda a minha vida.
Eis que chega o fatídico dia, e ao chegar à balada, observo aquela fila absurda de gente, e os seguranças abrindo espaço para eu, que estava com a pulseira, entrar no ambiente.
Amigos, a Matrix bateu forte, me sentia como um ator global ou um jogador de futebol, várias mulheres deliciosas com o ego na estratosfera me chamando, tocando em mim, me agarrando e pedindo para entrar junto, e eu só respondia: “Me procura lá dentro”.
Chegando lá no camarote, observei que o ambiente já estava meio lotado. Encontrei Ricardo, dei as felicitações e me desculpei pelo atraso, ele me cumprimentou e logo em seguida me ignorou, indo até o rapaz que controlava o acesso da entrada do camarote. Pensei comigo “ok, deve ter dado uma merda”, me afastei, peguei um biricotico e comecei a conversar com o pessoal. Notei que já haviam decorridos cerca de 40 minutos, e Ricardo ficava nesse ciclo: cumprimentar o pessoal – ficar próximo da entrada do camarote – celular – conversar com o cara que liberava o acesso. Aquilo me incomodou e indaguei a rodinha em que estava: “Mas o que diabos deu no Ricardo? É o aniversário do cara e ele está ignorando a todos, não está aproveitando e fica apenas no celular? Aconteceu alguma coisa ruim?”
Eis a resposta uníssona: “Cláudia!”
Foi então que questionei se ele havia convidado ela. Um amigo meu deu uma risada e respondeu: “Sim, ele a convidou, mas ela não é apenas uma convidada. Desde o divórcio dela e do Márcio, eles estão conversando, estão mais próximos... Na verdade, ele a convidou e vai aproveitar a festa de aniversário para pedi-la em casamento de volta, como em 2010.”
Na hora eu estava dando um gole e me engasguei, o que gerou uma reação engraçada. Eu não conseguia acreditar no que eu havia acabado de ouvir. Já imaginava aquela situação se desenhando na minha cabeça: Apegado tentando marmitar a BM, agindo de forma imprudente e arrogante.
Fui até Ricardo e sutilmente o questionei se aquilo era verdade, ele confirmou com toda a serenidade. Falei para ele desistir daquilo, deixar de lado e o alertei do perigo que ele corria, mas ele ignorou, disse que estava tudo sob controle, que ele sabia o que estava fazendo e iria conseguir o seu objetivo. Lembrei-me da tática do C.O.B.R.A e pensei: “Então tá bom, boa sorte e vamos ver isso.”
Já estava lá há pelo menos 1 hora e meia, até que observo que Cláudia chegara...
Assim que Cláudia chegou, todo mundo, quase de que imediato, parou tudo que estava fazendo e passou a observá-la (aguardando o bote do Ricardo), porém, ela veio acompanhada com um cara que ninguém conhecia. Ricardo estava bufando, vermelho e suava, grudou nela e no seu acompanhante o tempo todo. Segundo Cláudia, tal convidado era um amigo dela, que lhe deu carona, que estava ajudando-a com a questão do divórcio e que ela tomara a liberdade de convidar. Ricardo não se opôs, balançava a cabeça, parecia um cachorro diante do seu osso de brinquedo.
As horas se passam, estava abatendo uma peguete ali mesmo, até que olho para algumas pessoas e vejo todas olhando diretamente para o mesmo local, um sofá. Ao olhar o sofá, vi Cláudia e seu convidado, sentados, se amassando ali mesmo. Ricardo também estava na cena, paralizado, próximo ao sofá, segurando um copo na mão sem se mexer. (DEPOIS DESCOBRIRÍAMOS QUE ELE TERIA COLOCADO WHISKY NO COPO E TERIA JOGADO A ALIANÇA, PARA OFERECER A BEBIDA PARA ELA)
Imediatamente ele gritou: “VAGABUNDA!”. Foi tão alto, que mesmo com o som ambiente deu para ouvir. Corri com alguns amigos até Ricardo e agarramos ele, o rapaz estava completamente descontrolado. Ela continuou sentada no sofá com o seu convidado, não se mexia, não fazia nada, apenas olhava para Ricardo com um falso olhar de assustada. Algumas convidadas chegaram até ela e falaram para ela ir embora de lá (ela não queria, e não saía). Os seguranças subiram para ver o que se passava e conduziram ela e seu convidado para fora, enquanto tentávamos controlar o Ricardo. O barraco foi grande, chamando a atenção de outros frequentadores da casa. Após ele ter se acalmado, pediu para que todos saíssem, pois a festa teria terminado.
Não disse nada, chamei a guria que estava comigo e fomos embora.
Pela atitude dele e arrogância, optei por não dizer nada. Iniciativa e boa vontade não faltaram. Acredito que para o aprendizado dele, deveria ter sido melhor que quebrasse a cara lá mesmo. Além disso, não podemos ajudar quem não quer ser ajudado.
Depois disso, foi à vez de Ricardo sumir por uns tempos.
4. O DECLÍNIO DE RICARDO
Muito tempo se passou sem que ele desse algum sinal, alguns até se preocuparam com uma eventual tentativa de suicídio, mas ele aparecia de vez em nunca para falar que estava tudo bem. Passados meses, em 2014, ele apareceu e me pediu desculpas, disse que eu estava correto, que mesmo fazendo uso e prática da Real, achava que estava tudo sob controle e que ele conseguiria realizar “o sonho dele” de se relacionar com Cláudia. Falei que estava tudo bem, e que esperava que ele tivesse aprendido a lição.
Foi então que, segundo conclusões dele, deveria treinar o desapego para esquecer Cláudia, já que mesmo com toda a humilhação que ela o submetia, o apego emocional persistia. Segundo consta, começou com esse negócio de Tinder, Badoo e etc. Adverti-o, falando que, naquela época, eu estava indo no puteiro 1x mês e tinha contato de algumas GP’s freela, que poderia passar para ele, como ótimas ferramentas para treinar o desapego, já que iria pagar só pelo sexo e poderia controlar a contabilidade da putaria dele, até se desintoxicar dos apegos emocionais e sentimentais da BM dele, bem como dos riscos das mulheres dessas redes sociais e da facilidade delas explorarem a carência dele, se fazendo passar por exceções.
Pra variar, ele deu seus migués e ficou nessa durante todo o ano de 2014.
Agora em 2015, no segundo Semestre, chegou à notícia de que ele irá se casar. Porém, ele não havia apresentado a futura esposa dele para ninguém. A coisa de alguns meses, ele enviou o convite para o casamento, com uma foto do futuro casal. Ali, vi que o nome da futura esposa é Roberta (fictício). É claro que imediatamente fui perguntando para os demais colegas para saber quem era ela, onde a conheceu e etc...
Enfim, para sintetizar. Ricardo conheceu Roberta no Badoo, no final de 2014, namoraram por uns 6 meses ou mais e decidiram trocar alianças. Roberta é divorciada e possui 2 filhos (1 é adotado) do antigo casamento, além de ser mais velha (Ela tem 34, ele tem 27).
Recentemente, fomos a um barzinho e lá ele falava dos seus futuros planos (já estão morando juntos), de sossegar, de que "encontrou o amor de sua vida", de ajudá-la na criação dos filhos e de que quer ter o seu filho. Eu não conseguia dizer nada, era como se uma preguiça e má vontade tomasse conta, além de uma voz interior dizendo: “Não vale a pena, não perca seu tempo”. Apenas perguntei quando e onde será a despedida de solteiro, sendo seguido por outros, ao passo que ele respondeu que não terá despedida de solteiro nenhuma.
Até tentei perguntar o regime de casamento, mas ele mudou de assunto na hora. Deixei quieto, imagino que um peido para quem já está cagado, realmente não é nada mesmo.
O casamento está marcado para o final de Janeiro de 2016. Estaremos lá, em nome da amizade com ele e outros. Entretanto, me imagino daqui alguns meses ou anos, escrevendo um post no tópico dos “pequenos causos”: mangina que achou que manjava da Real perdeu tudo em divórcio com uma mulher que conheceu no Badoo, a qual, além de mais velha, era divorciada e possuía 2 filhos.
Enfim, a quem se interessar, comente!
Tempos atrás, um tópico na Quarentena (eu acho) questionava quais eram as alas que compõe a Real, bem como o embate entre elas, devido ao seu antagonismo. Na época, lendo as postagens, me chamou a atenção um post que dizia haver o conflito entra as alas “a real é para todos x a real não é para todos”. Fiquei durante um tempo refletindo sobre esse post. Cheguei à conclusão de que, na minha humilde opinião, a Real não é para todos, mas isso veio a ocorrer devido a um fato próximo que presenciei e gostaria de relatar.
1. O INÍCIO.
Era o ano de 2010, já havia lido “Como lidar com as mulheres”, mas continuava em uma vida de merda com a minha BM. Não tinha culhões para reagir aos infernos emocionais e ainda acreditava que ela era a mulher exceção, além de tudo isso, ainda achava que a Real, no fundo, era só para pegar mulher.
Enfim, nesse ínterim de merda, conheci os personagens do relato (nomes fictícios):
Ricardo (o protagonista): era proveniente de uma família de classe média, físico bem mediano, morava com os pais e não trabalhava, além disso, era extremamente infantil;
Cláudia: uma mulher muito bonita e muito rica, a típica modernete-baladeira;
Márcio: milionário e destacado. Tinha várias mulheres correndo atrás e o cara simplesmente não estava nem aí. Marmitava uma ali, outra acolá.
Ricardo havia me contado que era apaixonado por Cláudia, já há pelo menos 2 anos, e vivia correndo atrás dela, tentando contatos, mandando presentes e pedindo para namorá-la. Cláudia não o colocava na friendzone, não dava falsas esperanças, quanto menos o utilizava de estepe, ela simplesmente o tratava como lixo. Rechaçava qualquer investida e humilhava o rapaz na frente dos outros quando podia.
Quando digo humilhar, era, por exemplo, destruir buquês de rosa, rasgar e destruir presentes, esculachá-lo na frente dos outros e etc. Sim, mesmo sendo agredido por ela, o indivíduo não acordava e continuava indo atrás.
Acontece que Cláudia corria atrás de Márcio, como a maioria das mulheres daquele ambiente. Ele a marmitava, e dava um PNB, sumia e ela ia atrás até que ele a marmitasse de volta. Viviam nesse ciclo, enquanto ele comia outras por fora.
Primeiramente, não me meti em nada, pois também era um bosta, mas era inegável que Ricardo era chacota de todo mundo, pois todos ali sabiam e viam o que se passava.
O Fatality dela viria numa tentativa de pedido de casamento. Ele comprou um anel de noivado e entregou a ela na frente de todos, resultando em um riso coletivo e generalizado, na recusa do pedido e Cláudia ainda jogou água na cara dele, esperneando e gritando para que ele saísse da sala de aula. Dali em diante, Ricardo cessou com as suas investidas e Cláudia, aparentemente, começou a namorar com Márcio.
Aproximei-me do rapaz e comecei a questioná-lo sobre os sentimentos que ele possuía por ela, notando que Cláudia era endeusada. Enquanto fazíamos amizade, comecei a questionar e atacar essa figura de “mulher exceção” que ele havia criado dela, e comecei a receber respostas do tipo: “ela está com ele porque ele é o mais rico daqui” e “ela gosta de dinheiro”. Foi quando, em um dia qualquer, ele falou: “ela quis ficar com ele porque ele sempre a tratou como lixo”. Bingo, achamos o gatilho.
Enviei para ele um .pdf do NA, junto com os links das comunidades do Orkut, ainda que de forma despretensiosa, pois achava que ele iria ignorar o material. Em todo caso, adverti ele que aquelas obras não eram materiais de auto-ajuda, mas sim uma análise dos relacionamentos modernos e do comportamento feminino.
Deu certo, ele leu, entendeu e curtiu o material.
Passamos então a estudar e debater a obra entre si. Além disso, criei vergonha na cara e parei de ser um bosta, fui reler todo o material e aplicar aquilo na minha vida.
No final de 2010, Cláudia e Márcio ficaram noivos. Ricardo sentiu o golpe, pois ainda lutava contra o apego, mas não voltou atrás.
Viria o ano de 2011, comecei a mudar a minha postura, o que resultou em um término com a minha BM. Afastei-me de todos e acabei perdendo contato com Ricardo.
(Posteriormente, Cláudia e Márcio viriam a se divorciar cerca de 2 ou 3 anos depois)
2. A ASCENSÃO DE RICARDO.
Em Outubro de 2012, fui procurando por amigos e amigas em comum. Um churrasco estava sendo organizado na casa de um conhecido para reunir o pessoal. Fui ao evento e lá reencontrei Ricardo.
Ele me contou que havia saído da casa dos pais, havia concluído a faculdade, arranjado um emprego e largado alguns vícios infantis pelo qual ele era zuado (cosplays, Magic e competições profissionais de jogos de computador). Estava completamente mudado.
Havia comentado com ele que tinha terminado com a minha BM e estava tentando consertar toda a minha vida, mas não conseguíamos conversar sobre a Real, pois ele já estava em um nível Desenvolvimento Pessoal muito a minha frente, enquanto que eu havia ficado recluso apenas a leituras das obras de N.A. Nessa conversa, ele havia me dito que deveria focar em meu Desenvolvimento Pessoal e buscar novas obras além do básico (Doutrina, N.A e S.K), nisso ele me indicou o Fórum do Búfalo, e, desde então, comecei a acompanhar o fórum como visitante até fazer o meu cadastro.
Peguei novamente o contato dele e fui embora, pensando no quanto eu estava atrasado nessa corrida de Desenvolvimento Pessoal e no quanto eu teria que me esforçar para ascender como ele, que por exemplo, havia conseguido e colhia resultados. Se eu o havia ajudado inicialmente com a Real, naquele dia fui para casa tomando ele como exemplo de sucesso.
3. A QUEDA (AGORA A COISA COMEÇA A FICAR INTERESSANTE).
Um ano havia se passado. Era uma Sexta-Feira, estava em um happy-hour com alguns colegas do serviço, quando o meu celular tocou. Atendi, era Ricardo, ele havia me ligado para contar do divórcio de Cláudia e Márcio, respondi que já havia tomado ciência disso por outros. Em seguida me disse que Cláudia o havia procurado e teria virado sua marmita. Falei para ele tomar cuidado para não se apegar a “BM dele”, foi quando ele respondeu de forma ríspida que não tinha nenhuma BM, e que iria marmitá-la para tirar o atraso e realizar “um sonho pessoal”. Na sequência, ele me lembrou que o aniversário dele seria na sexta que vem e me convidou para a sua festa de aniversário, a qual seria realizada no camarote de uma balada muito famosa e conhecida na região.
Quando ele me disse que seria em uma balada, resmunguei perguntando se ele não queria fazer em um puteiro, mas ele deu uma risada e falou para não se preocupar que tudo estaria na “faixa”, pois seríamos VIP e o lugar seria excelente. Um pouco a contragosto, concordei e confirmei a presença, afinal era o aniversário dele. Eu também nunca tinha ido naquela balada e nunca fui VIP em nada em toda a minha vida.
Eis que chega o fatídico dia, e ao chegar à balada, observo aquela fila absurda de gente, e os seguranças abrindo espaço para eu, que estava com a pulseira, entrar no ambiente.
Amigos, a Matrix bateu forte, me sentia como um ator global ou um jogador de futebol, várias mulheres deliciosas com o ego na estratosfera me chamando, tocando em mim, me agarrando e pedindo para entrar junto, e eu só respondia: “Me procura lá dentro”.
Chegando lá no camarote, observei que o ambiente já estava meio lotado. Encontrei Ricardo, dei as felicitações e me desculpei pelo atraso, ele me cumprimentou e logo em seguida me ignorou, indo até o rapaz que controlava o acesso da entrada do camarote. Pensei comigo “ok, deve ter dado uma merda”, me afastei, peguei um biricotico e comecei a conversar com o pessoal. Notei que já haviam decorridos cerca de 40 minutos, e Ricardo ficava nesse ciclo: cumprimentar o pessoal – ficar próximo da entrada do camarote – celular – conversar com o cara que liberava o acesso. Aquilo me incomodou e indaguei a rodinha em que estava: “Mas o que diabos deu no Ricardo? É o aniversário do cara e ele está ignorando a todos, não está aproveitando e fica apenas no celular? Aconteceu alguma coisa ruim?”
Eis a resposta uníssona: “Cláudia!”
Foi então que questionei se ele havia convidado ela. Um amigo meu deu uma risada e respondeu: “Sim, ele a convidou, mas ela não é apenas uma convidada. Desde o divórcio dela e do Márcio, eles estão conversando, estão mais próximos... Na verdade, ele a convidou e vai aproveitar a festa de aniversário para pedi-la em casamento de volta, como em 2010.”
Na hora eu estava dando um gole e me engasguei, o que gerou uma reação engraçada. Eu não conseguia acreditar no que eu havia acabado de ouvir. Já imaginava aquela situação se desenhando na minha cabeça: Apegado tentando marmitar a BM, agindo de forma imprudente e arrogante.
Fui até Ricardo e sutilmente o questionei se aquilo era verdade, ele confirmou com toda a serenidade. Falei para ele desistir daquilo, deixar de lado e o alertei do perigo que ele corria, mas ele ignorou, disse que estava tudo sob controle, que ele sabia o que estava fazendo e iria conseguir o seu objetivo. Lembrei-me da tática do C.O.B.R.A e pensei: “Então tá bom, boa sorte e vamos ver isso.”
Já estava lá há pelo menos 1 hora e meia, até que observo que Cláudia chegara...
Assim que Cláudia chegou, todo mundo, quase de que imediato, parou tudo que estava fazendo e passou a observá-la (aguardando o bote do Ricardo), porém, ela veio acompanhada com um cara que ninguém conhecia. Ricardo estava bufando, vermelho e suava, grudou nela e no seu acompanhante o tempo todo. Segundo Cláudia, tal convidado era um amigo dela, que lhe deu carona, que estava ajudando-a com a questão do divórcio e que ela tomara a liberdade de convidar. Ricardo não se opôs, balançava a cabeça, parecia um cachorro diante do seu osso de brinquedo.
As horas se passam, estava abatendo uma peguete ali mesmo, até que olho para algumas pessoas e vejo todas olhando diretamente para o mesmo local, um sofá. Ao olhar o sofá, vi Cláudia e seu convidado, sentados, se amassando ali mesmo. Ricardo também estava na cena, paralizado, próximo ao sofá, segurando um copo na mão sem se mexer. (DEPOIS DESCOBRIRÍAMOS QUE ELE TERIA COLOCADO WHISKY NO COPO E TERIA JOGADO A ALIANÇA, PARA OFERECER A BEBIDA PARA ELA)
Imediatamente ele gritou: “VAGABUNDA!”. Foi tão alto, que mesmo com o som ambiente deu para ouvir. Corri com alguns amigos até Ricardo e agarramos ele, o rapaz estava completamente descontrolado. Ela continuou sentada no sofá com o seu convidado, não se mexia, não fazia nada, apenas olhava para Ricardo com um falso olhar de assustada. Algumas convidadas chegaram até ela e falaram para ela ir embora de lá (ela não queria, e não saía). Os seguranças subiram para ver o que se passava e conduziram ela e seu convidado para fora, enquanto tentávamos controlar o Ricardo. O barraco foi grande, chamando a atenção de outros frequentadores da casa. Após ele ter se acalmado, pediu para que todos saíssem, pois a festa teria terminado.
Não disse nada, chamei a guria que estava comigo e fomos embora.
Pela atitude dele e arrogância, optei por não dizer nada. Iniciativa e boa vontade não faltaram. Acredito que para o aprendizado dele, deveria ter sido melhor que quebrasse a cara lá mesmo. Além disso, não podemos ajudar quem não quer ser ajudado.
Depois disso, foi à vez de Ricardo sumir por uns tempos.
4. O DECLÍNIO DE RICARDO
Muito tempo se passou sem que ele desse algum sinal, alguns até se preocuparam com uma eventual tentativa de suicídio, mas ele aparecia de vez em nunca para falar que estava tudo bem. Passados meses, em 2014, ele apareceu e me pediu desculpas, disse que eu estava correto, que mesmo fazendo uso e prática da Real, achava que estava tudo sob controle e que ele conseguiria realizar “o sonho dele” de se relacionar com Cláudia. Falei que estava tudo bem, e que esperava que ele tivesse aprendido a lição.
Foi então que, segundo conclusões dele, deveria treinar o desapego para esquecer Cláudia, já que mesmo com toda a humilhação que ela o submetia, o apego emocional persistia. Segundo consta, começou com esse negócio de Tinder, Badoo e etc. Adverti-o, falando que, naquela época, eu estava indo no puteiro 1x mês e tinha contato de algumas GP’s freela, que poderia passar para ele, como ótimas ferramentas para treinar o desapego, já que iria pagar só pelo sexo e poderia controlar a contabilidade da putaria dele, até se desintoxicar dos apegos emocionais e sentimentais da BM dele, bem como dos riscos das mulheres dessas redes sociais e da facilidade delas explorarem a carência dele, se fazendo passar por exceções.
Pra variar, ele deu seus migués e ficou nessa durante todo o ano de 2014.
Agora em 2015, no segundo Semestre, chegou à notícia de que ele irá se casar. Porém, ele não havia apresentado a futura esposa dele para ninguém. A coisa de alguns meses, ele enviou o convite para o casamento, com uma foto do futuro casal. Ali, vi que o nome da futura esposa é Roberta (fictício). É claro que imediatamente fui perguntando para os demais colegas para saber quem era ela, onde a conheceu e etc...
Enfim, para sintetizar. Ricardo conheceu Roberta no Badoo, no final de 2014, namoraram por uns 6 meses ou mais e decidiram trocar alianças. Roberta é divorciada e possui 2 filhos (1 é adotado) do antigo casamento, além de ser mais velha (Ela tem 34, ele tem 27).
Recentemente, fomos a um barzinho e lá ele falava dos seus futuros planos (já estão morando juntos), de sossegar, de que "encontrou o amor de sua vida", de ajudá-la na criação dos filhos e de que quer ter o seu filho. Eu não conseguia dizer nada, era como se uma preguiça e má vontade tomasse conta, além de uma voz interior dizendo: “Não vale a pena, não perca seu tempo”. Apenas perguntei quando e onde será a despedida de solteiro, sendo seguido por outros, ao passo que ele respondeu que não terá despedida de solteiro nenhuma.
Até tentei perguntar o regime de casamento, mas ele mudou de assunto na hora. Deixei quieto, imagino que um peido para quem já está cagado, realmente não é nada mesmo.
O casamento está marcado para o final de Janeiro de 2016. Estaremos lá, em nome da amizade com ele e outros. Entretanto, me imagino daqui alguns meses ou anos, escrevendo um post no tópico dos “pequenos causos”: mangina que achou que manjava da Real perdeu tudo em divórcio com uma mulher que conheceu no Badoo, a qual, além de mais velha, era divorciada e possuía 2 filhos.
Enfim, a quem se interessar, comente!