Sair de casa para deixar mulher e filha morando nela

[André Almeida]

Confrades,
Separei-me da minha mulher faz dois anos (por opção dela), temos uma filha de quase 5 anos. Moro em uma capital, quando nos separamos ela foi morar com a criança na casa da mãe, no interior do estado a 400 km de distância. O resultado disso é que vejo minha filha com pouca frequência, um fim de semana a cada dois meses, em média.

Então estava pensando em propor à minha ex-mulher que ela venha morar na minha casa com a nossa filha, e eu alugaria um quarto pra mim em outro lugar. Não me importo com comodidade ou espaço pois atualmente vivendo em um apartamento de 3 dormitórios tenho sido emocionalmente miserável de forma que creio que seria mais feliz se vivesse em um quarto mas tivesse minha filha para conviver com ela diariamente.
Gostaria de saber a opinião dos confrades.

[Rooster]

Não faça isso! Hoje você está bem o suficiente para se manter no aluguel, amanhã pode não estar mais, e será difícil (se não impossível) reaver seu imóvel.

Tente negociar para que ela volte a morar na cidade, nem que você ajude a pagar o aluguel dela (informalmente).

[TheBoss]

Situação extremamente delicada, mas não executaria.

1) Uma relação já sepultada há tanto tempo não retornará de forma saudável e oportunidades não faltariam nesta nova configuração e proximidade com sua ex-mulher.

2) Nesta nova configuração, poderá ser aflorado o lado obscuro da sua ex, ou ela considerar que possui poder sobre você, já que conseguiu moradia nova e seu sacrifício... até mesmo colocar outros homens na sua casa cedida, te desrespeitando. Embora separado, vai gerar sempre a impressão de que você é o provedor trouxa. E isto poderá interferir negativamente para sua filha.

3) Em termos de impactos jurídicos poderá a ex-mulher ousar requerer uma revisão de pensão alimentícia na justiça, alegando sua boa condição financeira. Caso futuramente ela saia da casa, poderá alegar que o custeio da moradia era uma uma espécie de parte "pensão alimentícia implícita", e que outra moradia deveria ser custeada, aumentando seus custos de pensão alimentícia.

Há também a hipótese de usucapião pelo abandono do lar, que não é seu caso, mas poderá ser alegado por ela e dadas circusntâncias poderá fazer você perder o imóvel ou ter muita dor de cabeça

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Guarda compartilhada não seria melhor?

Ou se você possuir uma boa relação com a mãe, levar sua filha algumas vezes ao mês para ficar na mesma cidade com você. As mães solteiras e divorciadas que não possuem conflitos com o ex-marido da atualidade adoram quando se veem livre da filha. Talvez este seja um caminho muito mais racional, sem ônus e riscos.

[jeanreno]

Mas ela vai deixar você ver a criança diariamente?
Você corre o risco de ser extorquido.

[Gilgamesh]

Caso as coisas piorem, de alguma forma, seja na sua vida profissional ou no seu relacionamento com tua ex, você teria coragem de voltar a morar com ela , ou, mandar ela e tua filha saírem da ,SUA, casa ? Se for não, tem que ser não agora. Pra minorar isso, porquê você não aluga um quarto e sala , um quitinete, pra elas?

E ,concordando com o Jeanreno , você corre um risco sério de ser extorquido.

[Legiao]

Não faria. Se a quer por perto por conta da sua filha,tente convence-la a alugar algo próximo a você,onde você possa ajudar a pagar o aluguel. Mais não cometa a loucura
de coloca-la em sua atual casa. Mulheres confrade não são como nós,não tem essa de"pai da minha filha,ou consideração". Se ela tiver que lhe prejudicar de alguma forma,bastará a oportunidade.
Boa sorte!

[Senna]

Acho que seria interessante os confrades que são divorciados e passaram por uma situação semelhante deixem claro que a opinião é baseada não só na teoria, mas na experiência própria também. Aos confrades solteiros, sugiro que pensem bem no que vão postar.

[Tiago Sorine]

Acho que seria interessante os confrades que são divorciados e passaram por uma situação semelhante deixem claro que a opinião é baseada não só na teoria, mas na experiência própria também. Aos confrades solteiros, sugiro que pensem bem no que vão postar.

Exato, sem saber na prática como funcionam as coisas é complicado. É bom observar a experiência de vida daqueles que passaram por isso. Compartilha situações. E mesmo assim isso envolve uma série de variáveis. Uma delas e a mais importante, sob meu ponto de vista, é como é o relacionamento entre vocês hoje e como era antes.

[Rooster]

Sou divorciado, tenho uma filha, e passei por isso. É por essa razão que aconselho o confrade a não fazer o que pretente. Me fodi com o aluguel, e não posso voltar atrás na decisão que tomei de doar a casa para minha filha e deixar a mãe morar com ela lá.

[Marcílio]

Cê casou quando? Que diabos então tu cria um tópico como aquele Sinto-me um lixo por não atrair mulheres ????

E puta merda, vai levar a ex-esposa pra casa pra destruir ainda mais tua saúde mental? Confradre acimas já deram até o pite, ela pegando uns caras e colocando na tua casa, tu aí na punheta sem pegar ninguem e vendo essa palhaçada toda.

[Piratão]

Situação extremamente delicada, mas não executaria.

1) Uma relação já sepultada há tanto tempo não retornará de forma saudável e oportunidades não faltariam nesta nova configuração e proximidade com sua ex-mulher.

2) Nesta nova configuração, poderá ser aflorado o lado obscuro da sua ex, ou ela considerar que possui poder sobre você, já que conseguiu moradia nova e seu sacrifício... até mesmo colocar outros homens na sua casa cedida, te desrespeitando. Embora separado, vai gerar sempre a impressão de que você é o provedor trouxa. E isto poderá interferir negativamente para sua filha.

3) Em termos de impactos jurídicos poderá a ex-mulher ousar requerer uma revisão de pensão alimentícia na justiça, alegando sua boa condição financeira. Caso futuramente ela saia da casa, poderá alegar que o custeio da moradia era uma uma espécie de parte "pensão alimentícia implícita", e que outra moradia deveria ser custeada, aumentando seus custos de pensão alimentícia.

Há também a hipótese de usucapião pelo abandono do lar, que não é seu caso, mas poderá ser alegado por ela e dadas circusntâncias poderá fazer você perder o imóvel ou ter muita dor de cabeça

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Guarda compartilhada não seria melhor?

Ou se você possuir uma boa relação com a mãe, levar sua filha algumas vezes ao mês para ficar na mesma cidade com você. As mães solteiras e divorciadas que não possuem conflitos com o ex-marido da atualidade adoram quando se veem livre da filha. Talvez este seja um caminho muito mais racional, sem ônus e riscos.

Matou a pau.

Essa guarda aí foi regulada em juízo ou de boca? Entre na justiça e peça a regulamentação do direito de guarda, estabelecer uma frequência maior.

É uma situação complicada sim, mas trazer uma ex para o mesmo teto é como sapatear em caco de vidro. Uma hora vc se corta.

[Aquiles]

Não me importo com comodidade ou espaço pois atualmente vivendo em um apartamento de 3 dormitórios tenho sido emocionalmente miserável de forma que creio que seria mais feliz se vivesse em um quarto mas tivesse minha filha para conviver com ela diariamente.

Se isso te fará feliz e você se dispõe a fazer, porque não fazer?

MAS

Lembre-se de considerar que tipo de pessoa sua ex é, sua condição financeira, e o seu estado emocional.

Procure encontrar um meio termo, veja as reais possibilidades de ela vir morar na capital, de modo que seja benéfico tanto para você, quanto para ela e não pese para nenhuma das partes.

Se os dois saírem ganhando será muito mais fácil concretizar o seu plano.

[jeanreno]

Eu tentaria um acordo, nos moldes de ver a criança a cada duas semanas e ficar com ela durante dois meses do ano, durante as férias de julho e dezembro. Assim você pode se programar, oferece bons momentos para a criança se lembrar e não oferece vantagem nenhuma para a ex.

[André Almeida]

Confrades, obrigado pelas respostas. Então, só pra esclarecer um pouco mais a situação:
Rooster, em relação a situação financeira, fico tranquilo em relação a isso pois sou funcionário público estável.

O que me impede de ver minha filha com mais frequência não é uma questão de acordo de guarda. Se eu quisesse, poderia ir todo fim de semana visitar minha filha, o problema é que cada viagem custa no mínimo em torno de 270 reais (se for de ônibus) ou mais de 300 se eu alugar um carro, isso sem contar o custo de tempo + energia (12/13 horas de ônibus ou 10 horas de carro). Ou seja, se eu visitasse minha filha todo fim de semana, isso custaria em torno de 1.000 reais por mês e ainda ficaria me cansando precisamente nos únicos dias que tenho para descansar (fim de semana). Com esses mesmos 1000 reais por mês eu poderia alugar um kitnet e teria a oportunidade de ver minha filha todos os dias, ou seja, é óbvio que pensando numa relação custo-benefício, vale mais a pena a segunda opção, que ainda elimina os riscos de se acidentar na estrada.

Jeanreno, ver minha filha a cada duas semanas custaria 600 reais por mês e eu ainda ficaria longe de estar efetivamente convivendo com ela como seria se a visse todos os dias. Passar os meses das férias também não me agrada pois não quero ser apenas o pai que pega a filha pra levar ela de férias, minha vontade é de acompanhar o desenvolvimento dela dia a dia. Seria ótimo nos meses das férias, mas e nos outros? Minha filha é a melhor coisa que eu tenho na minha vida e estou disposto a abrir mão de algumas coisas pra tê-la presente em minha vida.

PS: Algumas infos para compor melhor o quadro: Embora eu ganhe mais de 6 mil dilmas, pago uma pensão variável de 500 a 700 reais por mês. Sei que na justiça esse valor poderia ser bem maior. Creio que isso acontece por que ela tem meio que um "medo" de mim, pois eu deixei bem claro que não aceitava e achava errado ela sair de casa com a filha, fiquei muito revoltado na época, então pra não me deixar ainda mais puto ela acabou deixando "barato" a história da pensão, embora ela sempre tenha essa carta na manga né, qualquer hora ela pode ir na justiça e pedir mais. Outra coisa é que também já deixei bem claro que não aceito que minha filha tenha padrasto. Uma coisa é um cara estar comendo ela, ser namorado dela, outra é morar junto na mesma casa como padrasto, se um dia isso acontecer eu boto um pra dormir e como ela sabe que eu falo sério, creio que não seria louca de fazer isso precisamente no apartamento que a cedi para morar.

[John]

Confrades, obrigado pelas respostas. Então, só pra esclarecer um pouco mais a situação:
Rooster, em relação a situação financeira, fico tranquilo em relação a isso pois sou funcionário público estável.

O que me impede de ver minha filha com mais frequência não é uma questão de acordo de guarda. Se eu quisesse, poderia ir todo fim de semana visitar minha filha, o problema é que cada viagem custa no mínimo em torno de 270 reais (se for de ônibus) ou mais de 300 se eu alugar um carro, isso sem contar o custo de tempo + energia (12/13 horas de ônibus ou 10 horas de carro). Ou seja, se eu visitasse minha filha todo fim de semana, isso custaria em torno de 1.000 reais por mês e ainda ficaria me cansando precisamente nos únicos dias que tenho para descansar (fim de semana). Com esses mesmos 1000 reais por mês eu poderia alugar um kitnet e teria a oportunidade de ver minha filha todos os dias, ou seja, é óbvio que pensando numa relação custo-benefício, vale mais a pena a segunda opção, que ainda elimina os riscos de se acidentar na estrada.

Jeanreno, ver minha filha a cada duas semanas custaria 600 reais por mês e eu ainda ficaria longe de estar efetivamente convivendo com ela como seria se a visse todos os dias. Passar os meses das férias também não me agrada pois não quero ser apenas o pai que pega a filha pra levar ela de férias, minha vontade é de acompanhar o desenvolvimento dela dia a dia. Seria ótimo nos meses das férias, mas e nos outros? Minha filha é a melhor coisa que eu tenho na minha vida e estou disposto a abrir mão de algumas coisas pra tê-la presente em minha vida.

PS: Algumas infos para compor melhor o quadro: Embora eu ganhe mais de 6 mil dilmas, pago uma pensão variável de 500 a 700 reais por mês. Sei que na justiça esse valor poderia ser bem maior. Creio que isso acontece por que ela tem meio que um "medo" de mim, pois eu deixei bem claro que não aceitava e achava errado ela sair de casa com a filha, fiquei muito revoltado na época, então pra não me deixar ainda mais puto ela acabou deixando "barato" a história da pensão, embora ela sempre tenha essa carta na manga né, qualquer hora ela pode ir na justiça e pedir mais. Outra coisa é que também já deixei bem claro que não aceito que minha filha tenha padrasto. Uma coisa é um cara estar comendo ela, ser namorado dela, outra é morar junto na mesma casa como padrasto, se um dia isso acontecer eu boto um pra dormir e como ela sabe que eu falo sério, creio que não seria louca de fazer isso precisamente no apartamento que a cedi para morar.

Se ela conseguir comprovar que você aufere ganhos líquidos aproximados a 6 mil, ela provavelmente conseguiria aumentar essa pensão aí sim.
Infelizmente, acontece de ser um jogo "camuflado", cada um procura pensar sempre só no seu lado e muitas vezes não no lado da criança. Daí surgem os interesses, que realmente você tem que lidar e negociar com certa prudência. Mas é muito bom quando as duas partes chegam a um acordo, e se possível deixar isso estipulado judicialmente {Só se você realmente confiar na palavra dela}.
Procure expor seu lado, enfatizando seus sentimentos como pai e suas necessidades , sempre procurando atenuar desafetos e ver o que será melhor para a sua filha, acima de tudo. Acho que isso você já deve ter em mente.
Fica bem difícil tirar conclusões sem saber da opinião materna quanto a isso tudo. Não dá pra negar que ela tem seu peso, apesar da guarda atualmente ser definida na maioria dos casos como compartilhada.

[jeanreno]

Ih cara, você vai ter um problema sério aí.
Primeiro que é ciumento com ex e com filha, não aceita a separação e quer manter elas junto, embora separados.
Depois você com certeza irá começar a cobrar suas vontades, caso elas aceitem ir morar na sua casa ("eu fui morar num kitnete", "eu tenho gastos com tudo isso").
Man, você precisa de apoio psicológico antes de mais nada, porque a mulher já tomou a decisão dela e parece que não vai voltar atrás, tanto é que se empirulitou pra longe.
O problema aí não é distância não, o problema é que você está todo apegadinho com a ex e está usando a filha pra se aproximar dela.

[PRAGAKHAM]

:



Faz isso não filho:.
Chega onde c chego estudou muita matematica coloca isso no lapis primeiro.:taserto

[TheBoss]

"Outra coisa é que também já deixei bem claro que não aceito que minha filha tenha padrasto. Uma coisa é um cara estar comendo ela, ser namorado dela, outra é morar junto na mesma casa como padrasto, se um dia isso acontecer eu boto um pra dormir e como ela sabe que eu falo sério, creio que não seria louca de fazer isso precisamente no apartamento que a cedi para morar."

Acho que temos que assumir os nossos erros por mais dolorosos que possam ser. Isto aí de matar é uma grande besteira. Pode ser que apareça um provedor na vida da sua ex e aí vai matar o cara? Vai fuder com sua vida por uma mulher?

A sua filha é nova, uma guarda compartilhada ou ainda... se ela passar semanas na sua cidade na casa de algum familiar ou na sua casa seria mais proveitoso. Tente ligar sua filha mais a sua família também, isto ajuda demais. Evitaria esta solução de bancar moradia e outros custos para sua ex. Poderá ser um grande tiro no pé.

Lembre-se que a personalidade da sua filha vai ser definida é exatamente dos 5 aos 10 anos, e muito mais pelo que você faz, porta e causa do que pelo que fala. Então, terá oportunidade de sobra para fixar na cabeça dela o que é um pai de verdade, o que é honra e outros tantos valores nobres.

Você deve priorizar o conforto emocional, uma boa criação e a honra da sua filha. Terá que aprender a lidar com isto de uma forma mais racional, equilibrada e aceitar que você nem sempre poderá estar presente, mas quando estiver presente deverá ser o mais marcante, exemplar e admirável possível. As crianças embora não tenham uma linguagem elaborada, muitas vezes sabem distinguir uma pessoa boa de uma má melhor que um adulto.

[Doppelgänger]

Você ganha bem, tem estabilidade e tem um apartamento! Por que diabos você não esta com a guarda da sua filha?

Até onde pesquisei a jurisdição entende que o direito é daquele que provar que tem melhores condições para cuidar da criança independentemente de ser este o pai ou a mãe.

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Ah não ser que você não queira ter as responsas de cuidar de um filho(a), ou seja, quer ficar só com a parte de visitar, brincar e depois cada um pro seu lado.

Se eu tivesse filho(a) pagaria o que fosse pra tê-lo comigo, MAS JAMAIS DARIA meu apartamento pra ex-mulher morar, pois qualquer um sabe que uma vez que elas entrarem, a justiça estará totalmente a favor dela, ninguem mais tira e ainda corre risco de pagar indenização se ousar mandar ela embora 'porque algum padrasto entrou pra morar junto'. Lembre-se mulheres são capazes de tudo, são imprevisiveis, mas totalmente previsiveis pra quem esta acostumado com o que tem visto na Real (entao analise friamente).

Da mesma forma que ela pode falar que voce ganha bem, seu advogado pode falar "Realmente ele ganha bem e tem melhores condiçoes pra criar e por tanto vamos pleitear a guarda..."

Mas claro, isso é o que eu penso e voce nao é obrigado a agir como estou explanando.

[PRAGAKHAM]