10-04-2014, 01:16 PM
Texto de um psicanalista metendo a real
“O que, afinal, querem as mulheres?” Esta frase ficou célebre como a questão que Freud não soube responder. Recentemente, os psicólogos evolucionistas (que usam as teorias de Darwin para entender o comportamento humano) acham que resolveram o enigma:
“As mulheres querem casamento, garantias e prestígio”.
A primeira vez que li tal frase, achei-a de um machismo absurdo. Foi preciso me lembrar que eles, os psicólogos, falam do desejo genético, da força da natureza atuando em nós de maneira inconsciente.
Quais são seus argumentos para fazer tal afirmação? Eles dizem que tudo se resume à procriação. Enquanto para um homem, o procriar se reduz a alguns segundos, para uma mulher ele pode se estender em uma trabalheira de muitos anos, e em uma necessidade de muita, muita ajuda. Que o processo foi se gravando em nossos cérebros durante milênios de vida dura na savana africana, onde a ajuda do homem era ainda mais necessária para a alimentação e proteção.
Mas… casamento na savana? Claro, não no conceito que temos hoje, mas um homem que privilegia uma mulher (ou um pequeno grupo delas) e suas crias, sim, e daí a demanda por prestígio e a disputa por ele, daí o ciúme e a competitividade entre elas. O quesito “garantias” viria da tendência desse grupo de mulheres olhar esse homem como de sua propriedade, e agir com se tal fosse, “cercando-o”, para garantir que o alimento e proteção se mantivessem voltados para elas.
E hoje em dia, poderíamos ver os vestígios desse desejo natural em operação? Acho que eles abundam. Senão vejamos: a despeito do movimento feminazi, a imensa maioria das mulheres continua sonhando em se casar e ter filhos. E logo, pois sabem que o relógio biológico não perdoa e que a juventude é seu bem mais precioso. Tem peça de teatro chamada “Sou infeliz, mas tenho marido”. Elas se queixam de “os homens não quererem compromisso”. Elas pedem para que eles definam “a relação”. Elas buscam apresentá-lo às amigas, à família (essas consolidações externas do “casalzinho” são formas de garantias), elas pedem presentes ligados a datas (um mês de namoro etc.), que são demonstrações de prestígio. Elas gostam (muito mais que os homens) de andar de mãos dadas, como a marcar território.
Elas se interessam pelo poder e pela condição financeira do homem em mira, portanto não é tão importante se ele é grisalho ou não (são raros os homens que pintam os cabelos, ao contrário das mulheres), isto se liga à sua capacidade de ajuda e proteção. Nos Estados Unidos, o proposal (o pedido em casamento) é o clímax da vida de uma moça, é quando ela recebe the rock (um anel com um diamante), o símbolo máximo da garantia e do prestígio que a promessa envolve.
É curioso ver que o principal ciúme das mulheres será de prestígio, e não sexual. Elas terão ciúmes da televisão, do carro, do futebol, dos amigos, do computador, da filha que ele tem do casamento anterior (e do dinheiro que gasta com ela). Enfim, tudo indica que a savana africana permanece pouco alterada em nossas mentes.
Material publicado na coluna “Natureza Humana”, da Foice de São Paulo.
Fonte
“O que, afinal, querem as mulheres?” Esta frase ficou célebre como a questão que Freud não soube responder. Recentemente, os psicólogos evolucionistas (que usam as teorias de Darwin para entender o comportamento humano) acham que resolveram o enigma:
“As mulheres querem casamento, garantias e prestígio”.
A primeira vez que li tal frase, achei-a de um machismo absurdo. Foi preciso me lembrar que eles, os psicólogos, falam do desejo genético, da força da natureza atuando em nós de maneira inconsciente.
Quais são seus argumentos para fazer tal afirmação? Eles dizem que tudo se resume à procriação. Enquanto para um homem, o procriar se reduz a alguns segundos, para uma mulher ele pode se estender em uma trabalheira de muitos anos, e em uma necessidade de muita, muita ajuda. Que o processo foi se gravando em nossos cérebros durante milênios de vida dura na savana africana, onde a ajuda do homem era ainda mais necessária para a alimentação e proteção.
Mas… casamento na savana? Claro, não no conceito que temos hoje, mas um homem que privilegia uma mulher (ou um pequeno grupo delas) e suas crias, sim, e daí a demanda por prestígio e a disputa por ele, daí o ciúme e a competitividade entre elas. O quesito “garantias” viria da tendência desse grupo de mulheres olhar esse homem como de sua propriedade, e agir com se tal fosse, “cercando-o”, para garantir que o alimento e proteção se mantivessem voltados para elas.
E hoje em dia, poderíamos ver os vestígios desse desejo natural em operação? Acho que eles abundam. Senão vejamos: a despeito do movimento feminazi, a imensa maioria das mulheres continua sonhando em se casar e ter filhos. E logo, pois sabem que o relógio biológico não perdoa e que a juventude é seu bem mais precioso. Tem peça de teatro chamada “Sou infeliz, mas tenho marido”. Elas se queixam de “os homens não quererem compromisso”. Elas pedem para que eles definam “a relação”. Elas buscam apresentá-lo às amigas, à família (essas consolidações externas do “casalzinho” são formas de garantias), elas pedem presentes ligados a datas (um mês de namoro etc.), que são demonstrações de prestígio. Elas gostam (muito mais que os homens) de andar de mãos dadas, como a marcar território.
Elas se interessam pelo poder e pela condição financeira do homem em mira, portanto não é tão importante se ele é grisalho ou não (são raros os homens que pintam os cabelos, ao contrário das mulheres), isto se liga à sua capacidade de ajuda e proteção. Nos Estados Unidos, o proposal (o pedido em casamento) é o clímax da vida de uma moça, é quando ela recebe the rock (um anel com um diamante), o símbolo máximo da garantia e do prestígio que a promessa envolve.
É curioso ver que o principal ciúme das mulheres será de prestígio, e não sexual. Elas terão ciúmes da televisão, do carro, do futebol, dos amigos, do computador, da filha que ele tem do casamento anterior (e do dinheiro que gasta com ela). Enfim, tudo indica que a savana africana permanece pouco alterada em nossas mentes.
Material publicado na coluna “Natureza Humana”, da Foice de São Paulo.
Fonte