09-09-2013, 10:08 PM
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 09-09-2013, 10:12 PM por Unknown.)
Namorei poucas vezes na minha vida, procurei me preocupar com isso depois de atingir minha plena independência financeira, 21 para 22 anos, se é que isso pode se chamar de namoro, mas me dei ao luxo de ter namoradas de minha classe social, inclusive as ultimas que namorei, moradoras de bairros nobres utilizei a regra de namorar sempre na minha faixa de idade.
Em todos os casos foram coisas maçantes, a fase dos vamos ver no que dá, meses e meses de beijos, passeios de mãos dadas, idas ao shopping, presentes até que resolvessem ter um contato sexual mais avançado e quando tinha, cheio de regras estúpidas.
Nesta fase passei a ir em algumas baladas, mas sempre em meio a toda aquela diversão só pensava que tudo era uma perda de tempo e ficava me perguntando.
Que porra é essa que estou fazendo? Este não sou eu...
Me faziam de motorista e caixa, tinha que bancar todas as suas extravagância, roupas, sapatos, perfumes, celulares, pediam dinheiro, baladas, exigiam passeios em troca de migalhas de sexo e atenção.
Por eu ser mais ocupado cuidando da empresa quase em tempo integral elas ficavam soltas, tinham suas vidas sociais, mas na maioria dos casos quando saiam comigo, quando não era para consumir, ficavam inquietas, querendo ir embora.
Poxa, tive tantas emoções na minha vida que as vezes queria caminhar na praia, ou sentar em uma praça para apreciar a paisagem, conversar, andar a toa, viajar pra um lugar mais calmo.
Mesmo perfil, paty, universitária, cabeça oca, baladeira e consumista.
Ou seja, atenção, respeito não era recíproco, e em todos foi igual, parecia que tinham saído de fábrica.
Todas fiquei poucos meses, sempre fui fiel, atencioso, negava para mim mesmo que estava me fodendo, nem vou contar detalhes de cada uma senão daria um relato gigantesco e nem foram importantes para mim.
Mesmo sendo ateu, ainda idealizava formar uma família, ter mulher, filhos, dar tudo o que eu não tive, tratar ela feito uma princesa, ter meus filhos e dar tudo que não tive na minha infância.
Mas o caso mais emblemático foi da ultima que eu namorei.
Uma universitária linda, branca, cabelos naturais castanhos aquela menina que o papai cuidou com muito carinho, bem educada, gostosa, ela era classe média baixa, morava em um prédio comum, mas tinha uma pequena academia que ela malhava.
Sö que disse que só faria sexo depois do casamento, como ela nunca deixou eu avançar além do limite, achava que ela era virgem, quando perguntava a ela, não respondia diretamente, dava a entender que sim.
Poxa, maravilha, minha mulher exceção (termo que nem conhecia na época)
Dava de tudo pra ela, era muito bem tratado por sua família.
Como sempre tive um pé atrás devido aos relacionamentos anteriores, nunca revelei 100% quem eu era.
Ia visitá-la em um vectra para não ostentar.
Ok, nada demais, afinal em todo o resto ela compensava, era boa companhia, gostava de passear comino, compartilhávamos do mesmo gosto por lugares e diversão.
Foram longos meses de banho gelado, dando amassos no sofá da sala, porém na hora que o negócio esquentava ela me deixava na mão.
Quando ela ia embora, fap time, ou longos banhos gelados.
Era uma menina ambiciosa, e naquela época, doutrinado por ser criado com mulheres, via aquilo como algo bom.
Estava apaixonado por ela, parecia perfeita para mim.
Tinha minha total confiança, não mantinha rédeas curtas, ela trabalhava em um empreguinho de secretária em uma empresa pequena.
Até que resolvi fazer o pedido de casamento, estava muito apaixonado, pensava nela todos os momentos do meu dia, o coração batia mais forte, quando ia buscar ela me batia uma felicidade sem tamanho.
Apresentei ela para minha família a qual tive que mandar ir buscar, chamei todos em casa, inclusive os pais e o irmão dela em uma confraternização.
Casa cheia, interrompo e faço um discurso apaixonado declarando todo meu amor por ela, cena essa que ensaiei por dias na frente do espelho.
Me ajoelhei do lado dela e a pedi em casamento com uma bela e cara aliança de noivado nas mãos.
Foi uma cena linda, digna de filme.
Ela aceitou de pronto, chorou, nos beijamos.
Nossos familiares aplaudindo, filmando, tirando fotos.
No mesmo dia, marcamos uma data, a mais próxima possível.
Não demorou muito e ela transfigurou.
Se sentia já minha esposa, gastava meu dinheiro com passeios, shopping, roupas, salão de beleza.
Me fazia de motorista, capacho, tinha que paparicar ela e sua família, como eu era carente por companhia pois era muito sozinho, fazia de bom grado, com um sorriso estampado no rosto, afinal, era minha noiva, e falava isso com peito estufado.
Dava quanto ela pedia para que ela para que ela comprasse o enxoval que ela achasse necessário, eu já tinha apartamento, mas precisava do toque feminino dela.
Mesmo sendo minha noiva, ela continuava morando na casa dela e eu na minha, mas como eu era um cara muito carente, procurava estar sempre com ela, passava repentinamente, sempre com surpresas, levava ela para jantar, não chegava a ser grudento, era apenas atencioso demais, estava apaixonado.
Mesmo estando claramente se fodendo, coisa que um amigo enxergou e falou na minha cara eu fingi não escutar e rompi minha amizade com ele.
Até ai nada de sexo, e eu deixei neste tempo de procurar prostitutas, afinal estava dando o máximo de mim naquele relacionamento que eu tanto idealizava.
Sonhava com a lua de mel, idealizava aquele momento em minha mente, em transformar aquela menina em uma mulher.
Mas passado alguns meses ela ficou meio distante, negava que eu fosse a buscar no trabalho ou na faculdade alegando que iria fazer trabalho com as amigas e que elas iriam leva-la para casa, não foi 1 ou 2 dias, mas vários seguidos, passei a desconfiar.
Meus gastos com ela já ultrapassavam 50 mil reais e nos conhecíamos a pouco mais de 1 ano, faltando apenas poucos meses para a data marcada do casamento.
Eu sofria muito, ficava com aquilo martelando na minha cabeça, será que ela não me queria mais, onde eu errei?
A dúvida me corroia a ponto de passar noites em claro pensando.
Tinha dado a ela um nextel com serviço de localização por gps que passei a monitorar, peguei um carro que ela não sabia que eu tinha e passei a segui-la.
No dia seguinte sou guiado pelo gps até uma rua perto da faculdade dela onde tinha uma série de barzinhos, não demorei muito a avista-la, estava com o um carro que ela não sabia que eu tinha e e que não dava para ver nada dentro, parei do outro lado da rua com visão privilegiada para o lugar onde ela estava com mais 2 casais e mais um cara que estava do lado dela, um destacado, o cara bombado, aquelas camisetas que mostram o peito estava sentado do lado dela e a todo momento os dois se olhavam.
Pego minha câmera e começo a tirar fotos e filmar.
Até que um determinado momento os dois começam a se beijar.
Me deu um misto de ódio, com tristeza, chorei copiosamente dentro do carro, não sei se caiu minha pressão, quase desmaiei, afinal tudo tinha ido por água abaixo, meses de planejamento, gastos, estava com os móveis comprados, data marcada.
Sai dali e fui para casa, não conseguia parar de pensar naquela cena.
Simulei inúmeras reações em minha mente, sair do carro e ir lá terminar tudo, sair na mão com o cafa, mandar as filmagens que fiz para família dela.
Aquilo corroia minha mente como ácido.
Enchi a cara até desmaiar com roupa e tudo, não fui trabalhar no dia seguinte e fico pensando em inúmeras formas de me vingar e nesse meio tempo bebendo e bebendo.
Ela me ligou nesse dia com a maior cara de pau do mundo querendo se encontrar a noite para jantar fora.
Eu recuso falando que vou visitar um cliente fora do estado e ia ficar uns dias fora, mas era mentira
Perguntei se o que ela ia fazer de bom enquanto eu estivesse fora.
Ela disse que iria sair com umas amigas na sexta, perguntei onde, ela disse que iria em um barzinho.
Concordei, sem mostrar que já sabia.
Mandei um funcionário mais chegado ficar perto deles, ir monitorando e passando por rádio.
Estava monitorando ela por gps, ela estava em uma outra rua, conhecida na região por barzinhos mistos de balada.
Chamei dois amigos que são seguranças de balada, deixo o omega com um deles e a land rover com outro e vou no banco de trás da land rover.
Essa operação me custou caro, tive que dar 300 reais pra cada um, mais foi lindo.
No total me custou cerca 1,3k
O omega tem strobo nos faróis e sirene de polícia,só pra deixar claro a sirene é item permitido em qualquer carro blindado.
Ficamos esperando na rua de cima, até que em determinado momento meu funcionário toca no rádio e fala que eles estão no maior dos amassos.
A rua era pequena, 2 faixas , tinha tanta gente que fechava uma faixa da rua, estava lotado, afinal era uma sexta feira.
Descemos a rua rasgando, o omega na frente e a land atrás colado, o omega com o strobo e a sirene ligado.
Toda a rua parou pra olhar, foi uma reação que eu não esperava porque a rua fechou, todos vieram para frente do barzinho que eu parei.
Não esperava tudo aquilo de gente aquele dia, mas estava com tanto ódio que não podia parar ali e nem pensei em consequências.
Paramos exatamente na frente do barzinho que eles estavam, o do omega desceu primeiro, o que estava comigo na land desceu e abriu a porta para mim.
Tinha preparado em meu celular o vídeo do momento que os dois se beijavam, era só apertar o play.
Desci do carro, o silencio tomou conta da rua, apenas as musicas nos barzinhos tocava, aquela multidão a nossa volta, eu desci do carro e fui andando em direção a ela.
Com olho arregalado ela olhou pra mim e falou.
O que você está fazendo aqui?!?!?
Tirei o celular do bolso interno do paletó, dei o play no vídeo e coloquei na cara dela.
Na hora ela fechou os olhos, como que sentindo a cagada que tinha feito.
O cafa ficou atônito e sem reação.
Não dei tempo que ela tentasse falar alguma mentira, coloquei meu celular no bolso e voltei pro carro.
Ela veio atrás tentando pegar no meu braço e gritando_ Me perdoa, me perdoa!
O segurança era um armário, segurou ela até que eu entrasse no carro e fomos embora, logo atrás o que segurou ela entrou no omega e fomos embora.
O segurança que foi depois falou que todo mundo aplaudiu chamando ela de puta, vagabunda.
Perfeito, mas uma grande inconsequência, não recomendo para ninguém fazer o que eu fiz.
Mesmo depois daquilo tudo, cheguei em casa e enchi a cara até cair no chão, chorava com dó e com ódio, afinal não sabia os motivos dela para ter me traído, ainda achava que era culpa minha.
No celular as ligações perdidas se multiplicavam, o porteiro eletrônico tocando insistentemente e eu lá, inerte, esmurecido, chorando no chão igual uma criança, nem tinha tirado a roupa.
Resolvo atender o interfone e autorizar a subida, quem era?
Abro cambaleando a porta da sala e o pai dela lá, com cara de bravo.
Minha filha falou que você humilhou ela.
Eu. Ela só te falou isso?
É, só, disse que vc fez um showzinho onde ela tinha ido pra se divertir com os amigos, porque você fez isso?
Mesmo cambaleando, vendo tudo duplicado consegui com muito esforço abrir meu notebook e mostrar o vídeo pra ele.
Só tive tempo de falar.
Eu amava sua filha...
E me desabo a chorar novamente.
Que cena deprimente.
Mas acontece algo que me surpreende, o pai dela se compadeceu e me ajudou a me deitar na cama.
Me lembro dele falar.
Você é um bom rapaz, me perdoe pelo comportamento de minha filha, espero que um dia você possa perdoá-la.
Você está bem rapaz, posso te deixar assim?
Nem me lembro de ter respondido, acabo desmaiando novamente acordando o dia seguinte com ela lá, já era quase 2 da tarde.
Eu estava só de cuecas e ela do meu lado passando um paninho molhado no meu rosto, quando eu acordo ela me dá um beijo na boca e faz expressão de aliviada achando que eu estava em coma alcoólico.
Me deu uma repulsa tão grande, uma vontade de vomitar, somado com a ressaca
Não tinha forças nem para expulsa-la dali, nem sequer sabia onde estava meu celular.
Levantei e com a tontura cai de joelhos no chão, mas consegui me levantar sozinho e ir para o banheiro onde me tranquei.
Tomei um banho gelado, saí recomposto do banheiro apenas trajando um roupão, deitei na cama e pedi que ela fosse embora.
Mas ela não vai, tira o sapato e sobe na cama, monta encima de mim e começa a beijar meu pescoço, tenta beijar minha boca com a intenção de me dar ali o que a tanto tempo eu esperava e ela negava.
O nojo falou mais alto, sem truculência coloquei ela de lado, vesti uma bermuda e uma camiseta e vou embora, não encontrava meus chinelos, maldição!
E ela gritava atrás de mim.
Você não pode fazer isso comigo, foi só um beijo!
Com toda calma do mundo, sem responder apenas falo.
To saindo, se você não for embora, daqui alguns minutos vem alguem te tirar daqui, e você não vai gostar.
Mas antes de pegar o carro no estacionamento dei 100 reais pro zelador expulsar aquela criatura do meu apartamento e do prédio.
O cara é gente boa, a mulher dele fazia faxina pra mim de vez em quando.
Fui para minha empresa, me tranquei no escritório, minha secretária não entendeu porra nenhuma, somente dei ordens a ela abastecer o frigobar de água, uma garrafa termica de café forte e pedisse algo pra eu comer mais tarde.
Ali para mim era um porto seguro, afinal ninguém entrava sem minha expressa autorização.
Deitei no chão e dormi, acordei quase 8 da noite com uma dor de cabeça monstro.
Só que tudo aquilo me voltou a cabeça, comecei a chorar novamente.
Olhava pra baixo na janela, pensava em mil e uma maneiras de colocar fim na minha vida, meu coração estava apertado, minha cabeça não parava de pensar nela.
Fui cruel demais?
Pensei na atitude do pai dela, chorei mais ainda.
Lembrei da nossa família no dia do noivado, quando mais eu lembrava, mais meu coração ficava apertado, já começava a me faltar lágrimas.
Como eu ia viver sem ela?
Passei a noite sentado no chão pensando, chorando a cada 5 minutos quando começo a me lembrar de minha infância.
Aquilo foi reconfortante, foi como se eu, aquela criança do passado viesse até aquela sala naquele momento, e me injetasse força.
Ali não tinha mãe pra chorar no colo, era só eu ali naquela sala escura.
Mas lembrar de minha infância, de tudo que tinha realizado até ali me deu uma força fora do normal.
Me levantei e fui para o carro, mas lembrei da minha casa, não queria voltar para lá e me lembrar dela.
Fui para um hotel, tomei alguns calmantes e dormi profundamente a noite e o dia inteiro, acordei um lixo, não conseguia lembrar de nada, mas já podia ir para casa.
Cheguei em casa, do jeito que tinha deixado, apenas por um detalhe.
Ela tinha deixado uma blusa dela, com seu cheiro e um bilhete.
Pedia perdão por tudo, dizia que me amava e quando estivesse mais calmo queria conversar comigo.
Eu fui ao encontro dela naquela mesma hora sem avisar.
Levando sua blusa e tudo que tinha dela em minha casa.
Vesti minha melhor roupa, queria aparentar uma superação que até aquele momento não tinha acontecido.
Novamente chamo um amigo para dirigir para mim caso eu viesse a passar mal, afinal tinha me entupido de calmantes, coloquei as coisas dela no porta mala do carro e vamos pra casa dela.
Ela sai sorridente, o pai e a mãe dela logo atrás, pude ver o irmão dela olhando pela janela ao fundo.
Meu amigo tirou as caixas com as coisas dela e colocou no chão,
A partir daí ela tinha entendido
Ela chorava muito.
Agradeci o pai e a mãe dela pelo carinho e pelo respeito, o pai dela aceitou fazendo sinal de conformado.
Ela estava chorando com a mão no rosto, tirei minha aliança do dedo e coloquei na mão dela, dei um abraço
beijei em sua testa e disse.
Eu te perdôo.
Ela começou a chorar e soluçar mais forte.
Mas não fiquei com dó.
Virei minhas costas e fui embora, nunca mais voltei ali, troquei todos meus telefones, dei ordem aos porteiros para se perguntassem se eu estava, para dizer que não, bloqueei ela em todas as redes sociais, e-mails.
Deixei de freqüentar possíveis lugares onde podia encontrá-la.
Depois disso não namorei mais ninguem, virei um fantasma.
Quanto mais desapercebido eu passasse, melhor.
Mas ainda mantinha certo rancor, mágoa.
Comecei a pesquisar na internet para obter ajuda, até cheguei em um blog da real onde conheci os textos de nessaham alita, comecei a ver as experiências, os artigos e aquilo começou a abrir meus olhos, fiquei um bom tempo apenas como leitor até que me decidi cadastrar no fórum do búfalo para trocar experiências.
A real tem sido de grande valor para minha vida e pros próximos passos que vou dar daqui para frente.
Em todos os casos foram coisas maçantes, a fase dos vamos ver no que dá, meses e meses de beijos, passeios de mãos dadas, idas ao shopping, presentes até que resolvessem ter um contato sexual mais avançado e quando tinha, cheio de regras estúpidas.
Nesta fase passei a ir em algumas baladas, mas sempre em meio a toda aquela diversão só pensava que tudo era uma perda de tempo e ficava me perguntando.
Que porra é essa que estou fazendo? Este não sou eu...
Me faziam de motorista e caixa, tinha que bancar todas as suas extravagância, roupas, sapatos, perfumes, celulares, pediam dinheiro, baladas, exigiam passeios em troca de migalhas de sexo e atenção.
Por eu ser mais ocupado cuidando da empresa quase em tempo integral elas ficavam soltas, tinham suas vidas sociais, mas na maioria dos casos quando saiam comigo, quando não era para consumir, ficavam inquietas, querendo ir embora.
Poxa, tive tantas emoções na minha vida que as vezes queria caminhar na praia, ou sentar em uma praça para apreciar a paisagem, conversar, andar a toa, viajar pra um lugar mais calmo.
Mesmo perfil, paty, universitária, cabeça oca, baladeira e consumista.
Ou seja, atenção, respeito não era recíproco, e em todos foi igual, parecia que tinham saído de fábrica.
Todas fiquei poucos meses, sempre fui fiel, atencioso, negava para mim mesmo que estava me fodendo, nem vou contar detalhes de cada uma senão daria um relato gigantesco e nem foram importantes para mim.
Mesmo sendo ateu, ainda idealizava formar uma família, ter mulher, filhos, dar tudo o que eu não tive, tratar ela feito uma princesa, ter meus filhos e dar tudo que não tive na minha infância.
Mas o caso mais emblemático foi da ultima que eu namorei.
Uma universitária linda, branca, cabelos naturais castanhos aquela menina que o papai cuidou com muito carinho, bem educada, gostosa, ela era classe média baixa, morava em um prédio comum, mas tinha uma pequena academia que ela malhava.
Sö que disse que só faria sexo depois do casamento, como ela nunca deixou eu avançar além do limite, achava que ela era virgem, quando perguntava a ela, não respondia diretamente, dava a entender que sim.
Poxa, maravilha, minha mulher exceção (termo que nem conhecia na época)
Dava de tudo pra ela, era muito bem tratado por sua família.
Como sempre tive um pé atrás devido aos relacionamentos anteriores, nunca revelei 100% quem eu era.
Ia visitá-la em um vectra para não ostentar.
Ok, nada demais, afinal em todo o resto ela compensava, era boa companhia, gostava de passear comino, compartilhávamos do mesmo gosto por lugares e diversão.
Foram longos meses de banho gelado, dando amassos no sofá da sala, porém na hora que o negócio esquentava ela me deixava na mão.
Quando ela ia embora, fap time, ou longos banhos gelados.
Era uma menina ambiciosa, e naquela época, doutrinado por ser criado com mulheres, via aquilo como algo bom.
Estava apaixonado por ela, parecia perfeita para mim.
Tinha minha total confiança, não mantinha rédeas curtas, ela trabalhava em um empreguinho de secretária em uma empresa pequena.
Até que resolvi fazer o pedido de casamento, estava muito apaixonado, pensava nela todos os momentos do meu dia, o coração batia mais forte, quando ia buscar ela me batia uma felicidade sem tamanho.
Apresentei ela para minha família a qual tive que mandar ir buscar, chamei todos em casa, inclusive os pais e o irmão dela em uma confraternização.
Casa cheia, interrompo e faço um discurso apaixonado declarando todo meu amor por ela, cena essa que ensaiei por dias na frente do espelho.
Me ajoelhei do lado dela e a pedi em casamento com uma bela e cara aliança de noivado nas mãos.
Foi uma cena linda, digna de filme.
Ela aceitou de pronto, chorou, nos beijamos.
Nossos familiares aplaudindo, filmando, tirando fotos.
No mesmo dia, marcamos uma data, a mais próxima possível.
Não demorou muito e ela transfigurou.
Se sentia já minha esposa, gastava meu dinheiro com passeios, shopping, roupas, salão de beleza.
Me fazia de motorista, capacho, tinha que paparicar ela e sua família, como eu era carente por companhia pois era muito sozinho, fazia de bom grado, com um sorriso estampado no rosto, afinal, era minha noiva, e falava isso com peito estufado.
Dava quanto ela pedia para que ela para que ela comprasse o enxoval que ela achasse necessário, eu já tinha apartamento, mas precisava do toque feminino dela.
Mesmo sendo minha noiva, ela continuava morando na casa dela e eu na minha, mas como eu era um cara muito carente, procurava estar sempre com ela, passava repentinamente, sempre com surpresas, levava ela para jantar, não chegava a ser grudento, era apenas atencioso demais, estava apaixonado.
Mesmo estando claramente se fodendo, coisa que um amigo enxergou e falou na minha cara eu fingi não escutar e rompi minha amizade com ele.
Até ai nada de sexo, e eu deixei neste tempo de procurar prostitutas, afinal estava dando o máximo de mim naquele relacionamento que eu tanto idealizava.
Sonhava com a lua de mel, idealizava aquele momento em minha mente, em transformar aquela menina em uma mulher.
Mas passado alguns meses ela ficou meio distante, negava que eu fosse a buscar no trabalho ou na faculdade alegando que iria fazer trabalho com as amigas e que elas iriam leva-la para casa, não foi 1 ou 2 dias, mas vários seguidos, passei a desconfiar.
Meus gastos com ela já ultrapassavam 50 mil reais e nos conhecíamos a pouco mais de 1 ano, faltando apenas poucos meses para a data marcada do casamento.
Eu sofria muito, ficava com aquilo martelando na minha cabeça, será que ela não me queria mais, onde eu errei?
A dúvida me corroia a ponto de passar noites em claro pensando.
Tinha dado a ela um nextel com serviço de localização por gps que passei a monitorar, peguei um carro que ela não sabia que eu tinha e passei a segui-la.
No dia seguinte sou guiado pelo gps até uma rua perto da faculdade dela onde tinha uma série de barzinhos, não demorei muito a avista-la, estava com o um carro que ela não sabia que eu tinha e e que não dava para ver nada dentro, parei do outro lado da rua com visão privilegiada para o lugar onde ela estava com mais 2 casais e mais um cara que estava do lado dela, um destacado, o cara bombado, aquelas camisetas que mostram o peito estava sentado do lado dela e a todo momento os dois se olhavam.
Pego minha câmera e começo a tirar fotos e filmar.
Até que um determinado momento os dois começam a se beijar.
Me deu um misto de ódio, com tristeza, chorei copiosamente dentro do carro, não sei se caiu minha pressão, quase desmaiei, afinal tudo tinha ido por água abaixo, meses de planejamento, gastos, estava com os móveis comprados, data marcada.
Sai dali e fui para casa, não conseguia parar de pensar naquela cena.
Simulei inúmeras reações em minha mente, sair do carro e ir lá terminar tudo, sair na mão com o cafa, mandar as filmagens que fiz para família dela.
Aquilo corroia minha mente como ácido.
Enchi a cara até desmaiar com roupa e tudo, não fui trabalhar no dia seguinte e fico pensando em inúmeras formas de me vingar e nesse meio tempo bebendo e bebendo.
Ela me ligou nesse dia com a maior cara de pau do mundo querendo se encontrar a noite para jantar fora.
Eu recuso falando que vou visitar um cliente fora do estado e ia ficar uns dias fora, mas era mentira
Perguntei se o que ela ia fazer de bom enquanto eu estivesse fora.
Ela disse que iria sair com umas amigas na sexta, perguntei onde, ela disse que iria em um barzinho.
Concordei, sem mostrar que já sabia.
Mandei um funcionário mais chegado ficar perto deles, ir monitorando e passando por rádio.
Estava monitorando ela por gps, ela estava em uma outra rua, conhecida na região por barzinhos mistos de balada.
Chamei dois amigos que são seguranças de balada, deixo o omega com um deles e a land rover com outro e vou no banco de trás da land rover.
Essa operação me custou caro, tive que dar 300 reais pra cada um, mais foi lindo.
No total me custou cerca 1,3k
O omega tem strobo nos faróis e sirene de polícia,só pra deixar claro a sirene é item permitido em qualquer carro blindado.
Ficamos esperando na rua de cima, até que em determinado momento meu funcionário toca no rádio e fala que eles estão no maior dos amassos.
A rua era pequena, 2 faixas , tinha tanta gente que fechava uma faixa da rua, estava lotado, afinal era uma sexta feira.
Descemos a rua rasgando, o omega na frente e a land atrás colado, o omega com o strobo e a sirene ligado.
Toda a rua parou pra olhar, foi uma reação que eu não esperava porque a rua fechou, todos vieram para frente do barzinho que eu parei.
Não esperava tudo aquilo de gente aquele dia, mas estava com tanto ódio que não podia parar ali e nem pensei em consequências.
Paramos exatamente na frente do barzinho que eles estavam, o do omega desceu primeiro, o que estava comigo na land desceu e abriu a porta para mim.
Tinha preparado em meu celular o vídeo do momento que os dois se beijavam, era só apertar o play.
Desci do carro, o silencio tomou conta da rua, apenas as musicas nos barzinhos tocava, aquela multidão a nossa volta, eu desci do carro e fui andando em direção a ela.
Com olho arregalado ela olhou pra mim e falou.
O que você está fazendo aqui?!?!?
Tirei o celular do bolso interno do paletó, dei o play no vídeo e coloquei na cara dela.
Na hora ela fechou os olhos, como que sentindo a cagada que tinha feito.
O cafa ficou atônito e sem reação.
Não dei tempo que ela tentasse falar alguma mentira, coloquei meu celular no bolso e voltei pro carro.
Ela veio atrás tentando pegar no meu braço e gritando_ Me perdoa, me perdoa!
O segurança era um armário, segurou ela até que eu entrasse no carro e fomos embora, logo atrás o que segurou ela entrou no omega e fomos embora.
O segurança que foi depois falou que todo mundo aplaudiu chamando ela de puta, vagabunda.
Perfeito, mas uma grande inconsequência, não recomendo para ninguém fazer o que eu fiz.
Mesmo depois daquilo tudo, cheguei em casa e enchi a cara até cair no chão, chorava com dó e com ódio, afinal não sabia os motivos dela para ter me traído, ainda achava que era culpa minha.
No celular as ligações perdidas se multiplicavam, o porteiro eletrônico tocando insistentemente e eu lá, inerte, esmurecido, chorando no chão igual uma criança, nem tinha tirado a roupa.
Resolvo atender o interfone e autorizar a subida, quem era?
Abro cambaleando a porta da sala e o pai dela lá, com cara de bravo.
Minha filha falou que você humilhou ela.
Eu. Ela só te falou isso?
É, só, disse que vc fez um showzinho onde ela tinha ido pra se divertir com os amigos, porque você fez isso?
Mesmo cambaleando, vendo tudo duplicado consegui com muito esforço abrir meu notebook e mostrar o vídeo pra ele.
Só tive tempo de falar.
Eu amava sua filha...
E me desabo a chorar novamente.
Que cena deprimente.
Mas acontece algo que me surpreende, o pai dela se compadeceu e me ajudou a me deitar na cama.
Me lembro dele falar.
Você é um bom rapaz, me perdoe pelo comportamento de minha filha, espero que um dia você possa perdoá-la.
Você está bem rapaz, posso te deixar assim?
Nem me lembro de ter respondido, acabo desmaiando novamente acordando o dia seguinte com ela lá, já era quase 2 da tarde.
Eu estava só de cuecas e ela do meu lado passando um paninho molhado no meu rosto, quando eu acordo ela me dá um beijo na boca e faz expressão de aliviada achando que eu estava em coma alcoólico.
Me deu uma repulsa tão grande, uma vontade de vomitar, somado com a ressaca
Não tinha forças nem para expulsa-la dali, nem sequer sabia onde estava meu celular.
Levantei e com a tontura cai de joelhos no chão, mas consegui me levantar sozinho e ir para o banheiro onde me tranquei.
Tomei um banho gelado, saí recomposto do banheiro apenas trajando um roupão, deitei na cama e pedi que ela fosse embora.
Mas ela não vai, tira o sapato e sobe na cama, monta encima de mim e começa a beijar meu pescoço, tenta beijar minha boca com a intenção de me dar ali o que a tanto tempo eu esperava e ela negava.
O nojo falou mais alto, sem truculência coloquei ela de lado, vesti uma bermuda e uma camiseta e vou embora, não encontrava meus chinelos, maldição!
E ela gritava atrás de mim.
Você não pode fazer isso comigo, foi só um beijo!
Com toda calma do mundo, sem responder apenas falo.
To saindo, se você não for embora, daqui alguns minutos vem alguem te tirar daqui, e você não vai gostar.
Mas antes de pegar o carro no estacionamento dei 100 reais pro zelador expulsar aquela criatura do meu apartamento e do prédio.
O cara é gente boa, a mulher dele fazia faxina pra mim de vez em quando.
Fui para minha empresa, me tranquei no escritório, minha secretária não entendeu porra nenhuma, somente dei ordens a ela abastecer o frigobar de água, uma garrafa termica de café forte e pedisse algo pra eu comer mais tarde.
Ali para mim era um porto seguro, afinal ninguém entrava sem minha expressa autorização.
Deitei no chão e dormi, acordei quase 8 da noite com uma dor de cabeça monstro.
Só que tudo aquilo me voltou a cabeça, comecei a chorar novamente.
Olhava pra baixo na janela, pensava em mil e uma maneiras de colocar fim na minha vida, meu coração estava apertado, minha cabeça não parava de pensar nela.
Fui cruel demais?
Pensei na atitude do pai dela, chorei mais ainda.
Lembrei da nossa família no dia do noivado, quando mais eu lembrava, mais meu coração ficava apertado, já começava a me faltar lágrimas.
Como eu ia viver sem ela?
Passei a noite sentado no chão pensando, chorando a cada 5 minutos quando começo a me lembrar de minha infância.
Aquilo foi reconfortante, foi como se eu, aquela criança do passado viesse até aquela sala naquele momento, e me injetasse força.
Ali não tinha mãe pra chorar no colo, era só eu ali naquela sala escura.
Mas lembrar de minha infância, de tudo que tinha realizado até ali me deu uma força fora do normal.
Me levantei e fui para o carro, mas lembrei da minha casa, não queria voltar para lá e me lembrar dela.
Fui para um hotel, tomei alguns calmantes e dormi profundamente a noite e o dia inteiro, acordei um lixo, não conseguia lembrar de nada, mas já podia ir para casa.
Cheguei em casa, do jeito que tinha deixado, apenas por um detalhe.
Ela tinha deixado uma blusa dela, com seu cheiro e um bilhete.
Pedia perdão por tudo, dizia que me amava e quando estivesse mais calmo queria conversar comigo.
Eu fui ao encontro dela naquela mesma hora sem avisar.
Levando sua blusa e tudo que tinha dela em minha casa.
Vesti minha melhor roupa, queria aparentar uma superação que até aquele momento não tinha acontecido.
Novamente chamo um amigo para dirigir para mim caso eu viesse a passar mal, afinal tinha me entupido de calmantes, coloquei as coisas dela no porta mala do carro e vamos pra casa dela.
Ela sai sorridente, o pai e a mãe dela logo atrás, pude ver o irmão dela olhando pela janela ao fundo.
Meu amigo tirou as caixas com as coisas dela e colocou no chão,
A partir daí ela tinha entendido
Ela chorava muito.
Agradeci o pai e a mãe dela pelo carinho e pelo respeito, o pai dela aceitou fazendo sinal de conformado.
Ela estava chorando com a mão no rosto, tirei minha aliança do dedo e coloquei na mão dela, dei um abraço
beijei em sua testa e disse.
Eu te perdôo.
Ela começou a chorar e soluçar mais forte.
Mas não fiquei com dó.
Virei minhas costas e fui embora, nunca mais voltei ali, troquei todos meus telefones, dei ordem aos porteiros para se perguntassem se eu estava, para dizer que não, bloqueei ela em todas as redes sociais, e-mails.
Deixei de freqüentar possíveis lugares onde podia encontrá-la.
Depois disso não namorei mais ninguem, virei um fantasma.
Quanto mais desapercebido eu passasse, melhor.
Mas ainda mantinha certo rancor, mágoa.
Comecei a pesquisar na internet para obter ajuda, até cheguei em um blog da real onde conheci os textos de nessaham alita, comecei a ver as experiências, os artigos e aquilo começou a abrir meus olhos, fiquei um bom tempo apenas como leitor até que me decidi cadastrar no fórum do búfalo para trocar experiências.
A real tem sido de grande valor para minha vida e pros próximos passos que vou dar daqui para frente.