18-04-2013, 09:19 AM
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 18-04-2013, 11:41 AM por Sacerdote John Preston.)
Estava devendo este relato... Vamos lá.
ATENÇÃO: Todos os nomes aqui citados são fictícios.
Conheci a Simone no meio do ano de 2010, no meu local de trabalho, que é um hospital. Deixem-me descrevê-la um pouco: tem +- 1,60cm, 20 anos na época, morena clara, corpo nota 9, rosto nota 7. De modos discretos, parecia ser uma garota legal pra namorar (mas essa aparência era enganosa, como mostrarei mais adiante).
Ela iniciou um contrato temporário de 1 ano, na equipe de enfermagem, no mesmo turno que eu (à noite). Desde o início ela parecia demonstrar interesse em mim, mas eu, matrixiano, não ia pra cima: é que tinha outros colegas na jogada, e eu sempre achava que os outros caras que iam pra cima tinham mais chance do que eu. Isso pra qualquer mulher... [facepalm]
Durante semanas, conversávamos um pouco no refeitório, sempre que podíamos, durante o jantar. Percebi que tínhamos coisas em comum (agora, pós-Real, sei que elas não estão nem aí pra “afinidades”). Percebi também que, mesmo os outros colegas a assediando, ela continuava dando bola pra mim. Como eu era tímido, esperei todo esse tempo pra ter certeza que ela tava afim de mim [facepalm].
Em novembro, tomei coragem e convidei-a para sair. Ela alegava que estava em um período de bastante atividade na faculdade, que estava focada nos estudos e tal. Me pareceu justo, então suspendi os convites por um tempo. Me culpava por não tê-la convidado antes, mas continuei a conversar com ela durante o jantar, sempre deixando a entender que estava no jogo.
Entretanto, percebi uma coisa curiosa: como já a tinha adicionado no Orkut, notei que, mesmo nesse período de foco nos estudos, volta e meia apareciam fotos de saídas a pizzarias com amigos, sessão de videokê na casa de uma amiga, etc. Eu ficava me auto-iludindo, pensando “Decerto ela já tinha marcado essas coisas há muito tempo”, tudo pra não aceitar que ela tava me enrolando [facepalm].
Com o fim do semestre letivo da faculdade dela, voltei a convidá-la para sair, e ela se esquivando. Até que, perto do natal, ela me mandou um SMS: “Conheci alguém há pouco tempo, mas que mexeu muito comigo... Desculpa”. Que belo presente de natal!
Fiquei muito desapontado. Passei a tratá-la apenas profissionalmente, e procurava jantar em horários diferentes do habitual, pra não ter que olhar pra cara dela.
Assim entrou o ano de 2011. Achei que já tinha superado essa, já estava esperando que outra garota entrasse na minha vida. Como um bom matrixiano, eu acreditava piamente que os relacionamentos “aconteciam”, que não adiantava ficar forçando encontros, ou insistindo com uma mulher [facepalm].
Em fevereiro, ela começou a dar bola pra mim, de novo. E eu, como todo matrixiano que se preza, caí na armadilha. Tornei a convidá-la pra sair, e ela continuava sempre a se esquivar.
Faltando 2 semanas para eu sair de férias (abril/2011), insisti como nunca para que ela saísse comigo, mas ela ficava num jogo de atrair-repelir. Decidi que, se eu saísse de férias sem uma definição, iria esquecê-la. Isso seria facilitado porque, quando eu retornasse, iria para outro setor, em horário comercial. E assim se deu. Algum tempo depois, encarava isso tudo como mais uma experiência na vida, afinal nem tinha sido tão dramática assim.
Em setembro de 2011, porém, eu soube de coisas que mudaram completamente meu ponto de vista sobre tudo isso. Fiquei sabendo, através de outros colegas, que ela estava grávida, e não sabia quem era o pai. Na verdade, ela estava tentando acobertar o verdadeiro pai, um colega de setor dela que era casado, chamado Mauro.
Mas isso ainda não era tudo: outros colegas dela falaram que viam ela marcar encontros com outros caras, inclusive outros funcionários, desde que iniciou a trabalhar ali. Ou seja, todo aquele período em que a gente estava se “conhecendo”, na verdade ela estava me manipulando pra aumentar seu ego. E eu caí direitinho! Pensei que tinha tirado da caixa a granada simulacro, mas peguei uma granada de verdade!
A gravidez da Simone começou a ter complicações, tinha vômitos e desmaios com frequência diária. Devido a isso, ela teve que entrar em auxílio-doença (“entrar em INSS”, “entrar em benefício”, “se encostar”). Devido à raiva que eu sentia, só pensava “bem-feito!”. Cheguei até a compartilhar esse pensamento com algumas pessoas, o que as chocou. Hoje não vejo a coisa assim, mas não me arrependo nem penso em pedir desculpas por ter pensado isso. Parafraseando Batman, em Batman begins: “Não vou fazer ou desejar mal, mas não significa que eu vá ajudar ou me importar”.
Foram tempos difíceis para a D. Aurora, a mãe da Simone (a única pessoa com quem me importei nessa história toda). Ela estava com a irmã (tia da Simone) internada em um hospital de Porto Alegre, enquanto a filha estava em casa, vomitando e desmaiando a toda hora. Nem mesmo assim deixou de ir trabalhar, mas a coisa estava tão estressante que ela chorava praticamente todo dia.
Lembro de, na época, fazer comentários debochados, do tipo: “Mas porquê o Mauro não ajuda a cuidar da Simone? Ah é, esqueci: ele não tá nem aí pra ela... quiiiii coisa, não?” E as minhas colegas diziam: “Não fala assim”. Então eu meti a real, antes mesmo de conhecer a Real:
“Eu não tenho pena, porque no fim das contas ela procurou por isso. Se ela tivesse escolhido outro cara em vez de ter me escolhido, eu nem poderia falar nada. Mas ela ficou me cozinhando, posando de moça direita, e ao mesmo tempo ficava com outros caras, inclusive com caras casados! Ela e o Mauro são adultos, trabalham na área da saúde, e até parece que não sabem como são feitos os bebês! Aí deu merda, e o cara vazou!”
Talvez eu não devesse ter debochado da situação, em respeito à D. Aurora, mas o sentimento de justiça (na verdade era vingança) me inebriava: o retorno do mal que ela tinha feito veio muito rápido, e sem que eu tivesse feito qualquer coisa para que isso acontecesse!
Em fevereiro de 2012, nasceu o EAA, no nosso hospital. Eu não ia visitar, mas muitas colegas me encheram o saco para ir. Eu só dizia: “Não tenho nada a ver com essa história!”. Até que, no segundo dia de internação da Simone, encontrei a D. Aurora, que me pediu para subir ao quarto da Simone, quando eu tivesse tempo.
Nesse ponto, abrirei um parênteses para falar da D. Aurora: ela havia percebido meu interesse desde o início, e fazia muito gosto de que eu namorasse a Simone. Ela se sentiu muito envergonhada de me ver, depois que a Simone me deu o primeiro fora, no natal. Mas nunca pensei mal dela, afinal ela não tem culpa das vadiagens da filha. Inclusive eu soube que, naqueles períodos de crise (irmã internada/filha desmaiando) ela cobrou da Simone, em prantos: “Porquê tu não ficou com o Sacerdote John Preston, em vez do Mauro, que era casado e que agora nem quer saber se tu e o bebê precisam de alguma coisa? Ele não se preocupa nem em saber como tá o bebê, nem em saber se tu tá viva!” Outra coisa que a deixou arrasada é que ela esperava ver a Simone casar e ter filhos, mas ela engravidou sem casar, e com um cara casado! Ouvi dizer até que não colocaram o Mauro como pai, na certidão de nascimento. Fiquei sabendo também que a esposa do Mauro tomou conhecimento da história, e o expulsou de casa.
Fechado esse parênteses, voltemos ao pedido da D. Aurora. Nesses mais de 10 anos que eu a conheço, nunca me neguei a fazer qualquer das poucas coisas que ela me pediu, então me senti muito mal de negar esse pedido dela. Comprei um conjunto de lençol numa loja perto do hospital, para dar de presente. Fiz isso unicamente por causa da D. Aurora.
Ao entrar no quarto, Simone estava no leito, EAA no colo. D. Aurora veio me cumprimentar. Entreguei o presente a ela, que levou-o para a Simone. Permaneci aos pés do leito, e dali não saí até ir embora. Eu disse “Parabéns” dali mesmo, sem abraço, a seco. Simone abriu o presente e agradeceu. D. Aurora pegou o EAA e me fez segurar. Aceitei, pois nem nessa hora deixei de ter um pensamento de justiça (tá bom, vingança): aceitei para que a Simone visse a família decente e honrada que ela poderia ter tido comigo, mas que havia jogado no lixo por causa de vadiagens.
Depois que voltei pro meu setor, me senti mal o resto do dia: EU é que passei a pensar na família decente e honrada que poderia ter com ela, sobre como me deixei manipular por acreditar que a Simone poderia ser a pessoa com quem eu concretizaria esse sonho. Minha tentativa de “justiça” se voltou contra mim!
Nesse mesmo mês de fevereiro de 2012, comecei a ler, de forma sistemática, os textos da Real. Aí praticamente se desfez qualquer ilusão que eu pudesse ter em relação à Simone, e também em relação às mulheres em geral. Muita coisa se esclareceu, tanto nesse caso como em praticamente todos os casos da minha vida.
Meses depois disso, numa conversa com uma colega de trabalho, surgiu o assunto da Simone. Falei que nunca mais daria outra chance a ela. Essa colega disse: “Não diga ‘nunca mais’, é muito forte”. Minha resposta: “Então tá: enquanto eu viver, ela não terá outra chance. Veja bem, eu não disse ‘nunca mais’!” Ela retrucou que talvez no futuro, quando as coisas estivessem diferentes, talvez eu mudasse de ideia, e ainda disse que agora a Simone estava muito bonita. Não retruquei mais nada, e conversamos sobre outras coisas. Mais tarde, fiquei pensando: decerto essa minha colega me acha tão loser, que eu não vou conseguir coisa melhor que uma M$ol. Mas o lance na verdade é outro: é que essa colega não admite que a Simone agiu errado, acha até que ela é vítima (típico, mulheres vivem se queimando umas às outras, mas quando é contra um homem, se unem que é uma beleza).
Para finalizar, passado um ano, ela me mandou um convite no Facebook. Como já tinha lido “A real e o perdão”, pensei que não faria mal aceitá-lo, pois mostraria a ela e a mim mesmo que não guardo rancor (e não guardo mesmo). Apenas não preciso ficar curtindo nada dela, nem entrando em contato. Descobri que ela fez isso só pra que eu visse que ela arranjou um CSP. Não me abalei, o que me mostrou que consegui superar tudo isso. Agora, só fico com pena do CSP, não sabe onde tá se enfiando. Acha que tá fazendo grande coisa, se juntando com uma “guerreira”, fazendo a diferença na vida dela! Vai lá, champz! Acho que vou mandar pra ele aquele fluxograma que eu fiz, de repente dá um “clique” nele...
ATENÇÃO: Todos os nomes aqui citados são fictícios.
Conheci a Simone no meio do ano de 2010, no meu local de trabalho, que é um hospital. Deixem-me descrevê-la um pouco: tem +- 1,60cm, 20 anos na época, morena clara, corpo nota 9, rosto nota 7. De modos discretos, parecia ser uma garota legal pra namorar (mas essa aparência era enganosa, como mostrarei mais adiante).
Ela iniciou um contrato temporário de 1 ano, na equipe de enfermagem, no mesmo turno que eu (à noite). Desde o início ela parecia demonstrar interesse em mim, mas eu, matrixiano, não ia pra cima: é que tinha outros colegas na jogada, e eu sempre achava que os outros caras que iam pra cima tinham mais chance do que eu. Isso pra qualquer mulher... [facepalm]
Durante semanas, conversávamos um pouco no refeitório, sempre que podíamos, durante o jantar. Percebi que tínhamos coisas em comum (agora, pós-Real, sei que elas não estão nem aí pra “afinidades”). Percebi também que, mesmo os outros colegas a assediando, ela continuava dando bola pra mim. Como eu era tímido, esperei todo esse tempo pra ter certeza que ela tava afim de mim [facepalm].
Em novembro, tomei coragem e convidei-a para sair. Ela alegava que estava em um período de bastante atividade na faculdade, que estava focada nos estudos e tal. Me pareceu justo, então suspendi os convites por um tempo. Me culpava por não tê-la convidado antes, mas continuei a conversar com ela durante o jantar, sempre deixando a entender que estava no jogo.
Entretanto, percebi uma coisa curiosa: como já a tinha adicionado no Orkut, notei que, mesmo nesse período de foco nos estudos, volta e meia apareciam fotos de saídas a pizzarias com amigos, sessão de videokê na casa de uma amiga, etc. Eu ficava me auto-iludindo, pensando “Decerto ela já tinha marcado essas coisas há muito tempo”, tudo pra não aceitar que ela tava me enrolando [facepalm].
Com o fim do semestre letivo da faculdade dela, voltei a convidá-la para sair, e ela se esquivando. Até que, perto do natal, ela me mandou um SMS: “Conheci alguém há pouco tempo, mas que mexeu muito comigo... Desculpa”. Que belo presente de natal!
Fiquei muito desapontado. Passei a tratá-la apenas profissionalmente, e procurava jantar em horários diferentes do habitual, pra não ter que olhar pra cara dela.
Assim entrou o ano de 2011. Achei que já tinha superado essa, já estava esperando que outra garota entrasse na minha vida. Como um bom matrixiano, eu acreditava piamente que os relacionamentos “aconteciam”, que não adiantava ficar forçando encontros, ou insistindo com uma mulher [facepalm].
Em fevereiro, ela começou a dar bola pra mim, de novo. E eu, como todo matrixiano que se preza, caí na armadilha. Tornei a convidá-la pra sair, e ela continuava sempre a se esquivar.
Faltando 2 semanas para eu sair de férias (abril/2011), insisti como nunca para que ela saísse comigo, mas ela ficava num jogo de atrair-repelir. Decidi que, se eu saísse de férias sem uma definição, iria esquecê-la. Isso seria facilitado porque, quando eu retornasse, iria para outro setor, em horário comercial. E assim se deu. Algum tempo depois, encarava isso tudo como mais uma experiência na vida, afinal nem tinha sido tão dramática assim.
Em setembro de 2011, porém, eu soube de coisas que mudaram completamente meu ponto de vista sobre tudo isso. Fiquei sabendo, através de outros colegas, que ela estava grávida, e não sabia quem era o pai. Na verdade, ela estava tentando acobertar o verdadeiro pai, um colega de setor dela que era casado, chamado Mauro.
Mas isso ainda não era tudo: outros colegas dela falaram que viam ela marcar encontros com outros caras, inclusive outros funcionários, desde que iniciou a trabalhar ali. Ou seja, todo aquele período em que a gente estava se “conhecendo”, na verdade ela estava me manipulando pra aumentar seu ego. E eu caí direitinho! Pensei que tinha tirado da caixa a granada simulacro, mas peguei uma granada de verdade!
A gravidez da Simone começou a ter complicações, tinha vômitos e desmaios com frequência diária. Devido a isso, ela teve que entrar em auxílio-doença (“entrar em INSS”, “entrar em benefício”, “se encostar”). Devido à raiva que eu sentia, só pensava “bem-feito!”. Cheguei até a compartilhar esse pensamento com algumas pessoas, o que as chocou. Hoje não vejo a coisa assim, mas não me arrependo nem penso em pedir desculpas por ter pensado isso. Parafraseando Batman, em Batman begins: “Não vou fazer ou desejar mal, mas não significa que eu vá ajudar ou me importar”.
Foram tempos difíceis para a D. Aurora, a mãe da Simone (a única pessoa com quem me importei nessa história toda). Ela estava com a irmã (tia da Simone) internada em um hospital de Porto Alegre, enquanto a filha estava em casa, vomitando e desmaiando a toda hora. Nem mesmo assim deixou de ir trabalhar, mas a coisa estava tão estressante que ela chorava praticamente todo dia.
Lembro de, na época, fazer comentários debochados, do tipo: “Mas porquê o Mauro não ajuda a cuidar da Simone? Ah é, esqueci: ele não tá nem aí pra ela... quiiiii coisa, não?” E as minhas colegas diziam: “Não fala assim”. Então eu meti a real, antes mesmo de conhecer a Real:
“Eu não tenho pena, porque no fim das contas ela procurou por isso. Se ela tivesse escolhido outro cara em vez de ter me escolhido, eu nem poderia falar nada. Mas ela ficou me cozinhando, posando de moça direita, e ao mesmo tempo ficava com outros caras, inclusive com caras casados! Ela e o Mauro são adultos, trabalham na área da saúde, e até parece que não sabem como são feitos os bebês! Aí deu merda, e o cara vazou!”
Talvez eu não devesse ter debochado da situação, em respeito à D. Aurora, mas o sentimento de justiça (na verdade era vingança) me inebriava: o retorno do mal que ela tinha feito veio muito rápido, e sem que eu tivesse feito qualquer coisa para que isso acontecesse!
Em fevereiro de 2012, nasceu o EAA, no nosso hospital. Eu não ia visitar, mas muitas colegas me encheram o saco para ir. Eu só dizia: “Não tenho nada a ver com essa história!”. Até que, no segundo dia de internação da Simone, encontrei a D. Aurora, que me pediu para subir ao quarto da Simone, quando eu tivesse tempo.
Nesse ponto, abrirei um parênteses para falar da D. Aurora: ela havia percebido meu interesse desde o início, e fazia muito gosto de que eu namorasse a Simone. Ela se sentiu muito envergonhada de me ver, depois que a Simone me deu o primeiro fora, no natal. Mas nunca pensei mal dela, afinal ela não tem culpa das vadiagens da filha. Inclusive eu soube que, naqueles períodos de crise (irmã internada/filha desmaiando) ela cobrou da Simone, em prantos: “Porquê tu não ficou com o Sacerdote John Preston, em vez do Mauro, que era casado e que agora nem quer saber se tu e o bebê precisam de alguma coisa? Ele não se preocupa nem em saber como tá o bebê, nem em saber se tu tá viva!” Outra coisa que a deixou arrasada é que ela esperava ver a Simone casar e ter filhos, mas ela engravidou sem casar, e com um cara casado! Ouvi dizer até que não colocaram o Mauro como pai, na certidão de nascimento. Fiquei sabendo também que a esposa do Mauro tomou conhecimento da história, e o expulsou de casa.
Fechado esse parênteses, voltemos ao pedido da D. Aurora. Nesses mais de 10 anos que eu a conheço, nunca me neguei a fazer qualquer das poucas coisas que ela me pediu, então me senti muito mal de negar esse pedido dela. Comprei um conjunto de lençol numa loja perto do hospital, para dar de presente. Fiz isso unicamente por causa da D. Aurora.
Ao entrar no quarto, Simone estava no leito, EAA no colo. D. Aurora veio me cumprimentar. Entreguei o presente a ela, que levou-o para a Simone. Permaneci aos pés do leito, e dali não saí até ir embora. Eu disse “Parabéns” dali mesmo, sem abraço, a seco. Simone abriu o presente e agradeceu. D. Aurora pegou o EAA e me fez segurar. Aceitei, pois nem nessa hora deixei de ter um pensamento de justiça (tá bom, vingança): aceitei para que a Simone visse a família decente e honrada que ela poderia ter tido comigo, mas que havia jogado no lixo por causa de vadiagens.
Depois que voltei pro meu setor, me senti mal o resto do dia: EU é que passei a pensar na família decente e honrada que poderia ter com ela, sobre como me deixei manipular por acreditar que a Simone poderia ser a pessoa com quem eu concretizaria esse sonho. Minha tentativa de “justiça” se voltou contra mim!
Nesse mesmo mês de fevereiro de 2012, comecei a ler, de forma sistemática, os textos da Real. Aí praticamente se desfez qualquer ilusão que eu pudesse ter em relação à Simone, e também em relação às mulheres em geral. Muita coisa se esclareceu, tanto nesse caso como em praticamente todos os casos da minha vida.
Meses depois disso, numa conversa com uma colega de trabalho, surgiu o assunto da Simone. Falei que nunca mais daria outra chance a ela. Essa colega disse: “Não diga ‘nunca mais’, é muito forte”. Minha resposta: “Então tá: enquanto eu viver, ela não terá outra chance. Veja bem, eu não disse ‘nunca mais’!” Ela retrucou que talvez no futuro, quando as coisas estivessem diferentes, talvez eu mudasse de ideia, e ainda disse que agora a Simone estava muito bonita. Não retruquei mais nada, e conversamos sobre outras coisas. Mais tarde, fiquei pensando: decerto essa minha colega me acha tão loser, que eu não vou conseguir coisa melhor que uma M$ol. Mas o lance na verdade é outro: é que essa colega não admite que a Simone agiu errado, acha até que ela é vítima (típico, mulheres vivem se queimando umas às outras, mas quando é contra um homem, se unem que é uma beleza).
Para finalizar, passado um ano, ela me mandou um convite no Facebook. Como já tinha lido “A real e o perdão”, pensei que não faria mal aceitá-lo, pois mostraria a ela e a mim mesmo que não guardo rancor (e não guardo mesmo). Apenas não preciso ficar curtindo nada dela, nem entrando em contato. Descobri que ela fez isso só pra que eu visse que ela arranjou um CSP. Não me abalei, o que me mostrou que consegui superar tudo isso. Agora, só fico com pena do CSP, não sabe onde tá se enfiando. Acha que tá fazendo grande coisa, se juntando com uma “guerreira”, fazendo a diferença na vida dela! Vai lá, champz! Acho que vou mandar pra ele aquele fluxograma que eu fiz, de repente dá um “clique” nele...