
Bem, esse sou eu, Fulano de Tal. 22 anos, virgem ainda e engatado no primeiro namoro “sério” atualmente. Aparência? Magro, não muito alto e a isso soma-se a parecer ter uns 5 anos a menos. Claro que por conta disso tenho que bancar o papel de molecão, pois é o único que me serve. O relato é bastante longo, pois gosto de escrever e deixar tudo bem claro. Se tiverem paciência, peço que por favor o leiam. Vamos à lá mia estorieta.
Primeiramente um resumo sobre mim, para quem quiser ler e entender melhor o caso:
Mas quem quiser deixar de lado a xaropagem, vamos ao ponto que importa: Apesar de eu ser um cara esperto, já liberto da maioria das Matrixes que vemos por aí, já meio deprê e sombrio entro na faculdade. Lá escapo graças à um bom amigo enviado pelos céus de uma garota que com certeza me traria anos de sofrimento por eu achar que ela era algo de santa.
Também ganho amizade de algumas garotas com atitudes e estilos de vida totalmente porraloucos, lésbicos e a porra toda. Tudo isso passando foi aderindo à mim uma desconfiança com relação à essa raça chamada mulher. Mas eu estava muito carente, e isso me deixou com a guarda baixa. Por conta disso acabei me relacionando com uma garota um pouco mais velha que fazia outro curso, e iniciamos um namoro.
Posso dizer de certeza que é uma boa garota, mas tem a autoestima um tanto baixa, não gosta de sair nem tem muitas amigas. Eu como também estava no limite da estima já desejando não existir eis que encontro tal criatura. Realmente, ela não era como as outras, tinha um passado recente limpo, sem histórico de namorados recentes nem nada, daí decido investir nela, pensando que era a “srta. Exceção”. Ledo engano, claro.
Caras, deu MUITO trabalho, eita garota burocrática e fechada. Não vou reclamar isso como defeito (a não ser que ela abra de primeira pra um cafão qualquer), mas essa me custou alguns meses de muito papo pra convencer, só valeu por que ela é bonita. Claro, para os Betões Clássicos como eu tudo tem que ser mais difícil. Foi muito esforço, conversa, alinhamento das afinidades... Até o primeiro beijo nosso demorou quase uma eternidade para ocorrer e foi dosado por ela.
Mas como era de se esperar, cometi vários erros, entre eles o de falar demais de mim. Por um lado bom, deu para impor alguma confiança, lado ruim falei de mais dos meus casos frustrados e defeitos com ela (Já dizem as Leis do Poder que o cara não deve demonstrar fraqueza nunca). Mas eu, matrixiano como era, a premissa parecia até boa: ser o mais sincero o possível, pois fui criado para ser um homem 100% verdadeiro. Claro, foi a maior idiotice que já cometi acreditar que ela faria o mesmo por mim.
Uma vez que viajei para um congresso falei na volta, na cara dura que tinha “flertado” com outras garotas, isso é, tinha garotas interessadas em mim que eu podia te pego fácil. Eu bancando o amigável, só conversava com elas, por isso flertava no sentido de tentar descobrir quais as intenções dessas meninas de outras faculdades, era um jogo de risco planejado. Fora isso brincava numa boa numa festinha que os caras de lá fizeram, tudo numa boa, pois eu tava lá para curtir, não para pegar mulher.
Eu, por conta de estar com ela, não fiquei com nenhuma garota nessa viagem, e fui contar para ela todo vitorioso do meu feito, que havia resistido à tentação das outras. Ela, claro também, entendeu tudo errado, agradecia por eu estar sendo sincero várias vezes, mas me interpretou extremamente errado e quase, por um fio não termina tudo. Foi muitos dias eu tentando rememediar, e ela enrolando, eu ora extremamente chateado a ponto de chorar, ora irritado a ponto de mandar ela ir pastar.
Ficou um bocado de tempo me infernizando por causa disso, e foi aí que eu descobri que realmente tem coisas que não precisam ser contadas pois a mulher tem o Mal na cabeça. Mas antes isso fosse o problema maior, depois de um tempo isso passou e virou fichinha. Eu, matrixiano, obviamente, sempre me esforcei pra caralho pra procurar sempre ligar, ir atrás dela para encontra-la, ir visitar ela na casa dela (coisa que não gosto de fazer) e nada dela retribuir com igualdade. Nunca foi um relacionamento "justo".
Pois é, o namoro resistiu, chega o Ano Novo... Todo mundo viaja e fico eu sozinho em casa, hora perfeita de fazer alguma coisa, certo? Afinal já tinha alguns meses que estávamos juntos e mesmo depois daquele mal entendido estávamos relativamente bem. Na oportunidade chamo a tal srta. "Exceção" para casa sem mostrar segundas intenções, bancando uma de solitário, claro, e ele vem me fazer companhia (que inocência da parte dela,
.
Conversa vai, conversa vem, eu pergunto a ela se ela ainda era virgem. Pergunta bem aplicada, afina estávamos nós dois sozinhos em casa. Ela aparentemente sacou o por quê de eu ter chamado aqui, mas mesmo assim remediei dizendo que a gente fazer algo ou não era apenas uma ideia, não uma obrigação. Ela depois de um tempo responde que sim, e pergunta por quê. Arrodiei e fiz um papo sobre o fato de eu ser virgem também, questão da minha confiança, etc. e tal...
Claro, não rolou nada, e ela parece que saiu meio estranha de lá. Pensei na época que era por que talvez eu tivesse falado do assunto cedo demais e devo ter assustado ela. Inacreditável que tal garota ainda fosse virgem; era difícil de acreditar, pois ela é mais velha que eu. Eu até imaginava que não era. Bom, pensei comigo mesmo: "Achei a exceção, essa garota preenche todos os requisitos!" Ou seja, daria para concluir o meu maior ideal romântico, que era perder a virgindade com uma garota virgem. Oras, nada mal, pensava na época.
E aí mais uma vez o tempo foi correndo. Eu criando uma expectativa MONSTRO em relação à ela, e isso foi esquentando mais o namoro, parecia que tinha deslanchado tudo. As oportunidades que ficávamos sozinhos eram raras, mas proveitosas. Eu fazia mil planos de leva-la para um motel ou lugar propício para que rolasse algo mais. Não faltava muito para consumar, era só questão de surgir uma oportunidade. E ocorreu.
Nos dias em que estava para completar um ano(!) de namoro, nos dias da mesma festa em que pudemos ficar sério pela primeira vez que surgiu a oportunidade mais rara de todas: Todas as pessoas da casa dela iam sair, incluindo a mãe mais o namorado e a irmã dela que aparenta odiar sair de casa. Uma série de condições e questões magicamente se resolveu para que o pessoal da minha casa não precisasse saber meu paradeiro. Foi inacreditável como tudo estava “dando tão certo”, eu estava pasmo.
Agora imagina um sujeito que passou mais de oito meses na expectativa de uma situação dessas, se preparando psicologicamente e ganhando confiança para realizar tudo, e no dia tudo se resolve como mágica como se já tivesse esperando para ocorrer, coisa do destino. Claro, meu coração estava a mil, parecia que ia ser a realização completa de um sonho, ou muito mais que isso, dado o estado de apaixonamento que eu estava.
Mas então ela lá, me chama para conversar. Diz que já que estamos juntos há um tempo, disse que ia falar. E soltou a bomba: Ela NÃO era virgem, começou a chorar, e ofereci meu ombro, porém falei: “Então você não é perfeita...”, e ela se doeu um pouco. Depois ela contou um pouco da história do seu namoro anterior, como ele foi infernizado por conta da mãe, bla bla bla whiskas sachê, e começou a me elogiar, de novo com mais lero lero. Falou também que a princípio não queria se relacionar com ninguém (Por isso botou tanta resistência no começo), e mais bla bla bla.
Nisso a hora foi passando, eu ainda ameno, um pouco desapontado, ainda mais por ela ter dito que se quisesse eu poderia deixar ela, mas ainda dava tempo de buscar completar meu objetivo da noite, afinal podia perder a namorada, mas não a chance. Eu disse que não, preferia continuar com o que iamos fazer, e fomos para o quarto. Claro, depois de tanta conversa madrugada a dentro, logo alguém na casa dela iria chegar, e por isso ela ficou extremamente nervosa e eu também, quando eu me preparava para mandar bala o bicho não subia, e ela o tempo todo nervosa dizendo “não” acabou destruindo aos poucos qualquer confiança que eu tinha conseguido até então...
Terminou dando em nada e fui embora depois, antes que chegasse a mãe dela. Fui para casa me sentindo extremamente humilhado, rebaixado, enganado, a porra toda. Porra, como fui engando por tantos meses sem perceber? Tinha sinais claros mas mesmo assim ignorei! Como fui tolo! Só depois que não vi mais a cara dela que os sentimentos negativos começaram a tomar de conta naquela noite. Nunca me senti tão mal, fora doença ou acidente. Nos dias seguintes, melhor, meses seguintes fui um inferno na minha mente.
Eu me sentia traído, e imaginava ela na cama com outro. Isso me enfurecia muito. Mas como sou calmo não transparecia nada disso. Estava acabado para mim a confiança com as mulheres. Eu precisava fazer algo: O que me faltava era vingança. O que eu ia fazer? Não sei, talvez traí-la, ou estragar a nossa “verdadeira” grande noite contando umas verdades, ou sei lá, mas não podia deixar como estava. Até hoje de vez em quando eu sinto alguma raiva, apesar de já fazer vários meses que isso ocorreu. Mas eu deveria mesmo me vingar?
Por outro lado, o eu “apaixonado” procurava remediar a situação, tentava conversar com ela, explicar o que havia se passado, como eu estava frustrado, etc. Esse lado ainda queria dar um jeito de ficar com ela, de aceitar. Tudo bem, me segurei para não falar demais, mas esse lado abestalhado e apaixonado mesmo em frangalhos não deveria me atrapalhar. Afinal ela havia mentido, algo imperdoável, pior até do que traição, a meu ver. Eu já deveria ter mandando a Vaca ir pastar na lata!
E assim ficou um duelo na minha mente, mas depois de uns meses eu mais recuperado, mudou o cenário, pois eu estava pensando em falar para ela que eu estava armando e tentar apaziguar tudo (Ai! Mas que burro! BURRO!), enquanto por outro lado ainda queria algum tipo de responsabilização e compensação. O namoro seguiu, apesar do ocorrido. E assim fiquei por alguns meses até conhecer a Real, há poucas semanas atrás.
A Real abriu meus olhos para muita coisa importante. Lendo o Nessahan pude ver alguns dos vários jogos e armadilhas emocionais que a srta. "Exceção" aprontou comigo no percurso. Não adianta, em maior ou menor grau toda mulher tem as características que ele descreve. Agora estou tentando me desapegar, ver ela como apenas uma garota normal, com vários defeitos, e não me vingar (apesar de ainda querer uma compensação). Se desapegar completamente e mudar a rotina é difícil. Felizmente os ensinamentos já fizeram um pouco de efeito e já consegui me poupar de umas discussões chatas com ela, graças às dicas do cara.
Na última vez que ela fez cú doce já peguei-a no ato e meti um ultimato, até por que já estou farto de termos tão poucas oportunidades e nunca aproveitarmos seja por vergonha dela ou qualquer merda que seja. Se ela já deu para outro, não tem pra que ter frescura pro meu lado. Ora porra, se fosse ao menos virgem eu até poderia pensar em casar com ela assim, mas como não é não tem que ficar de mimimi pro meu lado. Além do mais, se ela quisesse, a gente dava um jeito, mas essa má-vontade dela somado ao fato de que pouco mais me importo em transar com ela nos deixa nesse impasse.
PQP! Mentira é a coisa que mais ODEIO no mundo! Como ela ousou fazer uma coisa dessas? A falta do compromisso com a verdade dela me doeu muito, não o fato dela ser virgem ou não. A verdade e sinceridade total que eu tentei usar para construir todo esse relacionamento (falei isso para ela o tempo todo!) é que foram responsáveis pela minha ruína, isso por que não dá para exigir o mesmo da outra parte. Melhor, até dá, mas temos que dormir de olho aberto. Aprendi às duras penas isso.
Mas vamos logo à lição de moral da história até então: Tenham muito cuidado, não confiem cegamente em qualquer pessoa que veem por aí. Tampouco nas que estão com você há anos e estão "acima de qualquer suspeita". Elas podem te enganar, mesmo que não aparentem, portanto desconfiem da própria sombra, da mulher, do melhor amigo, ou do seu cachorro. Justamente essas pessoas que conhecem seus defeitos melhor que seu inimigos é que estão mais suscetíveis de usar isso contra vocês. A traição sempre vem da onde não se espera, portanto estejam preparados.
Se por ventura a pessoa violar os princípios que você estabeleceu, troque por outra imediatamente, pois a atual não é digna de nenhuma confiança. Quer tentar remediar? Recomendo pedir uma compensação das boas, uma espécie de multa por danos morais, e em caso de reincidência, nunca mais volte a olhar na cara dessa pessoa.
Bem, depois vou explicar qual o ultimato que dei e pedir opiniões sobre o que eu vou fazer quando chegar a hora da verdade. Muito obrigado pela leitura até então, confrades!
Primeiramente um resumo sobre mim, para quem quiser ler e entender melhor o caso:
Spoiler:
Mas quem quiser deixar de lado a xaropagem, vamos ao ponto que importa: Apesar de eu ser um cara esperto, já liberto da maioria das Matrixes que vemos por aí, já meio deprê e sombrio entro na faculdade. Lá escapo graças à um bom amigo enviado pelos céus de uma garota que com certeza me traria anos de sofrimento por eu achar que ela era algo de santa.
Também ganho amizade de algumas garotas com atitudes e estilos de vida totalmente porraloucos, lésbicos e a porra toda. Tudo isso passando foi aderindo à mim uma desconfiança com relação à essa raça chamada mulher. Mas eu estava muito carente, e isso me deixou com a guarda baixa. Por conta disso acabei me relacionando com uma garota um pouco mais velha que fazia outro curso, e iniciamos um namoro.
Posso dizer de certeza que é uma boa garota, mas tem a autoestima um tanto baixa, não gosta de sair nem tem muitas amigas. Eu como também estava no limite da estima já desejando não existir eis que encontro tal criatura. Realmente, ela não era como as outras, tinha um passado recente limpo, sem histórico de namorados recentes nem nada, daí decido investir nela, pensando que era a “srta. Exceção”. Ledo engano, claro.
Caras, deu MUITO trabalho, eita garota burocrática e fechada. Não vou reclamar isso como defeito (a não ser que ela abra de primeira pra um cafão qualquer), mas essa me custou alguns meses de muito papo pra convencer, só valeu por que ela é bonita. Claro, para os Betões Clássicos como eu tudo tem que ser mais difícil. Foi muito esforço, conversa, alinhamento das afinidades... Até o primeiro beijo nosso demorou quase uma eternidade para ocorrer e foi dosado por ela.
Mas como era de se esperar, cometi vários erros, entre eles o de falar demais de mim. Por um lado bom, deu para impor alguma confiança, lado ruim falei de mais dos meus casos frustrados e defeitos com ela (Já dizem as Leis do Poder que o cara não deve demonstrar fraqueza nunca). Mas eu, matrixiano como era, a premissa parecia até boa: ser o mais sincero o possível, pois fui criado para ser um homem 100% verdadeiro. Claro, foi a maior idiotice que já cometi acreditar que ela faria o mesmo por mim.
Uma vez que viajei para um congresso falei na volta, na cara dura que tinha “flertado” com outras garotas, isso é, tinha garotas interessadas em mim que eu podia te pego fácil. Eu bancando o amigável, só conversava com elas, por isso flertava no sentido de tentar descobrir quais as intenções dessas meninas de outras faculdades, era um jogo de risco planejado. Fora isso brincava numa boa numa festinha que os caras de lá fizeram, tudo numa boa, pois eu tava lá para curtir, não para pegar mulher.
Eu, por conta de estar com ela, não fiquei com nenhuma garota nessa viagem, e fui contar para ela todo vitorioso do meu feito, que havia resistido à tentação das outras. Ela, claro também, entendeu tudo errado, agradecia por eu estar sendo sincero várias vezes, mas me interpretou extremamente errado e quase, por um fio não termina tudo. Foi muitos dias eu tentando rememediar, e ela enrolando, eu ora extremamente chateado a ponto de chorar, ora irritado a ponto de mandar ela ir pastar.
Ficou um bocado de tempo me infernizando por causa disso, e foi aí que eu descobri que realmente tem coisas que não precisam ser contadas pois a mulher tem o Mal na cabeça. Mas antes isso fosse o problema maior, depois de um tempo isso passou e virou fichinha. Eu, matrixiano, obviamente, sempre me esforcei pra caralho pra procurar sempre ligar, ir atrás dela para encontra-la, ir visitar ela na casa dela (coisa que não gosto de fazer) e nada dela retribuir com igualdade. Nunca foi um relacionamento "justo".
Pois é, o namoro resistiu, chega o Ano Novo... Todo mundo viaja e fico eu sozinho em casa, hora perfeita de fazer alguma coisa, certo? Afinal já tinha alguns meses que estávamos juntos e mesmo depois daquele mal entendido estávamos relativamente bem. Na oportunidade chamo a tal srta. "Exceção" para casa sem mostrar segundas intenções, bancando uma de solitário, claro, e ele vem me fazer companhia (que inocência da parte dela,


Conversa vai, conversa vem, eu pergunto a ela se ela ainda era virgem. Pergunta bem aplicada, afina estávamos nós dois sozinhos em casa. Ela aparentemente sacou o por quê de eu ter chamado aqui, mas mesmo assim remediei dizendo que a gente fazer algo ou não era apenas uma ideia, não uma obrigação. Ela depois de um tempo responde que sim, e pergunta por quê. Arrodiei e fiz um papo sobre o fato de eu ser virgem também, questão da minha confiança, etc. e tal...
Claro, não rolou nada, e ela parece que saiu meio estranha de lá. Pensei na época que era por que talvez eu tivesse falado do assunto cedo demais e devo ter assustado ela. Inacreditável que tal garota ainda fosse virgem; era difícil de acreditar, pois ela é mais velha que eu. Eu até imaginava que não era. Bom, pensei comigo mesmo: "Achei a exceção, essa garota preenche todos os requisitos!" Ou seja, daria para concluir o meu maior ideal romântico, que era perder a virgindade com uma garota virgem. Oras, nada mal, pensava na época.
E aí mais uma vez o tempo foi correndo. Eu criando uma expectativa MONSTRO em relação à ela, e isso foi esquentando mais o namoro, parecia que tinha deslanchado tudo. As oportunidades que ficávamos sozinhos eram raras, mas proveitosas. Eu fazia mil planos de leva-la para um motel ou lugar propício para que rolasse algo mais. Não faltava muito para consumar, era só questão de surgir uma oportunidade. E ocorreu.
Nos dias em que estava para completar um ano(!) de namoro, nos dias da mesma festa em que pudemos ficar sério pela primeira vez que surgiu a oportunidade mais rara de todas: Todas as pessoas da casa dela iam sair, incluindo a mãe mais o namorado e a irmã dela que aparenta odiar sair de casa. Uma série de condições e questões magicamente se resolveu para que o pessoal da minha casa não precisasse saber meu paradeiro. Foi inacreditável como tudo estava “dando tão certo”, eu estava pasmo.
Agora imagina um sujeito que passou mais de oito meses na expectativa de uma situação dessas, se preparando psicologicamente e ganhando confiança para realizar tudo, e no dia tudo se resolve como mágica como se já tivesse esperando para ocorrer, coisa do destino. Claro, meu coração estava a mil, parecia que ia ser a realização completa de um sonho, ou muito mais que isso, dado o estado de apaixonamento que eu estava.
Mas então ela lá, me chama para conversar. Diz que já que estamos juntos há um tempo, disse que ia falar. E soltou a bomba: Ela NÃO era virgem, começou a chorar, e ofereci meu ombro, porém falei: “Então você não é perfeita...”, e ela se doeu um pouco. Depois ela contou um pouco da história do seu namoro anterior, como ele foi infernizado por conta da mãe, bla bla bla whiskas sachê, e começou a me elogiar, de novo com mais lero lero. Falou também que a princípio não queria se relacionar com ninguém (Por isso botou tanta resistência no começo), e mais bla bla bla.
Nisso a hora foi passando, eu ainda ameno, um pouco desapontado, ainda mais por ela ter dito que se quisesse eu poderia deixar ela, mas ainda dava tempo de buscar completar meu objetivo da noite, afinal podia perder a namorada, mas não a chance. Eu disse que não, preferia continuar com o que iamos fazer, e fomos para o quarto. Claro, depois de tanta conversa madrugada a dentro, logo alguém na casa dela iria chegar, e por isso ela ficou extremamente nervosa e eu também, quando eu me preparava para mandar bala o bicho não subia, e ela o tempo todo nervosa dizendo “não” acabou destruindo aos poucos qualquer confiança que eu tinha conseguido até então...
Terminou dando em nada e fui embora depois, antes que chegasse a mãe dela. Fui para casa me sentindo extremamente humilhado, rebaixado, enganado, a porra toda. Porra, como fui engando por tantos meses sem perceber? Tinha sinais claros mas mesmo assim ignorei! Como fui tolo! Só depois que não vi mais a cara dela que os sentimentos negativos começaram a tomar de conta naquela noite. Nunca me senti tão mal, fora doença ou acidente. Nos dias seguintes, melhor, meses seguintes fui um inferno na minha mente.
Eu me sentia traído, e imaginava ela na cama com outro. Isso me enfurecia muito. Mas como sou calmo não transparecia nada disso. Estava acabado para mim a confiança com as mulheres. Eu precisava fazer algo: O que me faltava era vingança. O que eu ia fazer? Não sei, talvez traí-la, ou estragar a nossa “verdadeira” grande noite contando umas verdades, ou sei lá, mas não podia deixar como estava. Até hoje de vez em quando eu sinto alguma raiva, apesar de já fazer vários meses que isso ocorreu. Mas eu deveria mesmo me vingar?
Por outro lado, o eu “apaixonado” procurava remediar a situação, tentava conversar com ela, explicar o que havia se passado, como eu estava frustrado, etc. Esse lado ainda queria dar um jeito de ficar com ela, de aceitar. Tudo bem, me segurei para não falar demais, mas esse lado abestalhado e apaixonado mesmo em frangalhos não deveria me atrapalhar. Afinal ela havia mentido, algo imperdoável, pior até do que traição, a meu ver. Eu já deveria ter mandando a Vaca ir pastar na lata!
E assim ficou um duelo na minha mente, mas depois de uns meses eu mais recuperado, mudou o cenário, pois eu estava pensando em falar para ela que eu estava armando e tentar apaziguar tudo (Ai! Mas que burro! BURRO!), enquanto por outro lado ainda queria algum tipo de responsabilização e compensação. O namoro seguiu, apesar do ocorrido. E assim fiquei por alguns meses até conhecer a Real, há poucas semanas atrás.
A Real abriu meus olhos para muita coisa importante. Lendo o Nessahan pude ver alguns dos vários jogos e armadilhas emocionais que a srta. "Exceção" aprontou comigo no percurso. Não adianta, em maior ou menor grau toda mulher tem as características que ele descreve. Agora estou tentando me desapegar, ver ela como apenas uma garota normal, com vários defeitos, e não me vingar (apesar de ainda querer uma compensação). Se desapegar completamente e mudar a rotina é difícil. Felizmente os ensinamentos já fizeram um pouco de efeito e já consegui me poupar de umas discussões chatas com ela, graças às dicas do cara.
Na última vez que ela fez cú doce já peguei-a no ato e meti um ultimato, até por que já estou farto de termos tão poucas oportunidades e nunca aproveitarmos seja por vergonha dela ou qualquer merda que seja. Se ela já deu para outro, não tem pra que ter frescura pro meu lado. Ora porra, se fosse ao menos virgem eu até poderia pensar em casar com ela assim, mas como não é não tem que ficar de mimimi pro meu lado. Além do mais, se ela quisesse, a gente dava um jeito, mas essa má-vontade dela somado ao fato de que pouco mais me importo em transar com ela nos deixa nesse impasse.
PQP! Mentira é a coisa que mais ODEIO no mundo! Como ela ousou fazer uma coisa dessas? A falta do compromisso com a verdade dela me doeu muito, não o fato dela ser virgem ou não. A verdade e sinceridade total que eu tentei usar para construir todo esse relacionamento (falei isso para ela o tempo todo!) é que foram responsáveis pela minha ruína, isso por que não dá para exigir o mesmo da outra parte. Melhor, até dá, mas temos que dormir de olho aberto. Aprendi às duras penas isso.
Mas vamos logo à lição de moral da história até então: Tenham muito cuidado, não confiem cegamente em qualquer pessoa que veem por aí. Tampouco nas que estão com você há anos e estão "acima de qualquer suspeita". Elas podem te enganar, mesmo que não aparentem, portanto desconfiem da própria sombra, da mulher, do melhor amigo, ou do seu cachorro. Justamente essas pessoas que conhecem seus defeitos melhor que seu inimigos é que estão mais suscetíveis de usar isso contra vocês. A traição sempre vem da onde não se espera, portanto estejam preparados.
Se por ventura a pessoa violar os princípios que você estabeleceu, troque por outra imediatamente, pois a atual não é digna de nenhuma confiança. Quer tentar remediar? Recomendo pedir uma compensação das boas, uma espécie de multa por danos morais, e em caso de reincidência, nunca mais volte a olhar na cara dessa pessoa.
Bem, depois vou explicar qual o ultimato que dei e pedir opiniões sobre o que eu vou fazer quando chegar a hora da verdade. Muito obrigado pela leitura até então, confrades!