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Até que ponto um VICIO é prejudicial ?
Offline gRILO
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#1
06-04-2020, 03:40 PM (Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 06-04-2020, 03:42 PM por gRILO.)
Desde os 12 anos, sempre tive problema de vicio em jogos online, inclusive fiquei 3 anos sem falar com meu pai por causa disso, visto que eu na época queria jogar e me achava no direito, e meu pai queria que eu trabalha-se na empresa dele 12h por dia enquanto estudava a noite.. Foi aí que brigamos e fui embora morar com minha mãe, isso em 2011, tinha 14 para 15 anos.

Então passou se alguns anos vivendo no modo zumbi e me sustentando através de pensão do meu pai, eu acordei para a vida, depois de ter conhecido a minha BM, caí na realidade sobre oque realmente importava na vida: DINHEIRO.

Depois de um tempo, voltei a falar com meu pai, voltei a trabalhar com ele e estou muito bem em todas as áreas da minha vida atualmente.

Mas esse vicio em jogos parece que não me abandonou, embora eu não jogue mais nenhum jogo, nem no celular, eu faço APOSTAS ESPORTIVAS.

As apostas esportivas para quem não sabe, vem crescendo muito no Brasil nos ultimos anos, é um mercado bilionário pelo mundo inteiro, tem muitos que consideram as apostas como verdadeiros INVESTIMENTOS. Inclusive conheço pessoas que sobrevivem disso.

Mas enfim, eu só consegui largar os jogos online, quando iniciei nas apostas. Então eu troquei um hábito pelo outro.

Nunca tive problemas sérios com apostas, tipo entrar em divídas ou coisas do tipo, sempre juntava um certo dinheiro e pegava uma porcentagem disso para "investir" nas apostas.

Mas esses dias fazendo um cálculo, percebi que já tinha perdido desde 2012 cerca de 25k.

E todas as vezes que eu perco dinheiro e paro de apostar respectivamente, eu acabo voltando um tempo depois com a esperança de " Agora vai"

Só que esse ano eu comecei a perceber que eu não apostava mais por dinheiro, porque sou bem financeiramente. E sim porque aquilo me dava prazer. Óbvio que se não ganhasse algumas vezes, não teria graça, a esperança de ter isso como uma renda extra, sempre está ali.

Quem não quer ganhar dinheiro, enquanto se extasia com seu esporte favorito?

Particularmente sou apaixonado por Futebol americano e tênis, e uma partida acaba ficando 10x mais legal quando se bota algum dinheiro nela.

Só que eu não consigo dizer o quanto as apostas são prejudiciais a mim hoje em dia, acredito que se eu contasse a qualquer familiar que aposto e perco dinheiro anualmente, eles achariam que eu estou viciado igual um crackudo em pedra.

Mas eu realmente não consigo dar o diagnóstico e tem pouco conteúdo sobre o assunto na internet.

Não sei dizer se é vicio visível como bebidas e cigarros ou é um vicio moderado como Café ou Açúcar ou jogar video game?

Eu só sei que toda vez que passo alguns meses em abstinência, a vontade de voltar com tudo vem a tona, principalmente quando chega a temporada de Futebol americano, fica irresistível.

E quando fico sem assistir e apostar, principalmente nos fins de semana, a vida fica um pouco vazia.

Indo para um lado mais espiritual da coisa, muitos dizem que Vicíos te tiram dos planos de Deus. Em mim já percebi que quando estou no mercado das apostas, tenho menos vontade de ter contato social ( Sair ,jogar bola , ir na casa de um parente) e isso me parece prejudicial.


Mas enfim.. queria a opinião dos senhores.
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Offline Bruno Padilha
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#2
06-04-2020, 03:50 PM (Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 06-04-2020, 03:53 PM por Bruno Padilha.)
Vício em café não existe.
Pegando uma máxima da internet, eu bebo café há mais de 10 anos, todo dia bebendo cerca de 1 litro e não me viciei.

- Sustente o seu vício.
- Não deixe o vício lhe atrapalhar.

Sou coerente, realmente não me importo nem com vícios meus e nem com vícios dos outros se a pessoa sustenta o próprio vício e se não o deixa atrapalhar nem atrapalha os outros.

Há vícios que são bons.
Veja, não seria bom se tivéssemos uma geração viciada em orar, jejuar e obedecer a Deus?
Mas não, a elite globalista só manipula o gado para ser viciado em sexo 9e ainda achar que é algum mérito) ou ser viciado em falar mal do Bolsonaro e falar mal do Olavo de Carvalho e seus seguidores.

"Ah, eu perdi cerca de 25k desde 2012".
Bem, em 8 anos dá cerca de 3k por ano ou 250 por mês, não é muita coisa por mês. Dá uns 8 reais por dia, é menos que uma carteira de cigarro, duas garrafas de cerveja ou mesmo uma coca 2l. Se te faz feliz e não te faz mal, não precisa ficar se culpando. Valeu a pena pela sua diversão 3 reaizinhos ao dia e, mesmo se você quiser ser pragmático, como são jogos de apostas, pelo que entendi, você pode recuperar o valor.
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Offline gRILO
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#3
06-04-2020, 03:57 PM
(06-04-2020, 03:50 PM)Bruno Padilha Escreveu: Vício em café não existe.
Pegando uma máxima da internet, eu bebo café há mais de 10 anos, todo dia bebendo cerca de 1 litro e não me viciei.

- Sustente o seu vício.
- Não deixe o vício lhe atrapalhar.

Sou coerente, realmente não me importo nem com vícios meus e nem com vícios dos outros se a pessoa sustenta o próprio vício e se não o deixa atrapalhar nem atrapalha os outros.

Há vícios que são bons.
Veja, não seria bom se tivéssemos uma geração viciada em orar, jejuar e obedecer a Deus?
Mas não, a elite globalista só manipula o gado para ser viciado em sexo 9e ainda achar que é algum mérito) ou ser viciado em falar mal do Bolsonaro e falar mal do Olavo de Carvalho e seus seguidores.

"Ah, eu perdi cerca de 25k desde 2012".
Bem, em 8 anos dá cerca de 3k por ano ou 250 por mês, não é muita coisa por mês. Dá uns 8 reais por dia, é menos que uma carteira de cigarro, duas garrafas de cerveja ou mesmo uma coca 2l. Se te faz feliz e não te faz mal, não precisa ficar se culpando. Valeu a pena pela sua diversão 3 reaizinhos ao dia e, mesmo se você quiser ser pragmático, como são jogos de apostas, pelo que entendi, você pode recuperar o valor.

Gostei da sua matemático Padilha.
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Offline Daredevil
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#4
06-04-2020, 06:00 PM
Essas histórias de menino criado em apartamento dão vergonha alheia, mas vou focar na sua dúvida. 

Existe um neurotransmissor chamado Dopamina, e cada vez que você aposta e perde, tem prazer na sensação de que em algum momento irá recuperar o dinheiro que perdeu, fazendo uma aposta bem sucedida. Aliás, não tem um hábito mais de fracassado do que esse: jogar para perder. 

Definitivamente, não vejo como esse hábito não possa afetar em outras searas. Como se já não bastasse o excesso de dopamina em uma atividade absurdamente fútil, ainda estabelece o fracasso (advindo das sucessivas perdas) como rotina.
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Offline Gilgamesh
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#5
06-04-2020, 07:59 PM
Vai virar problema gRILO , somente quando seu hábito sugar recursos de outras áreas. Já tentou ler nas horas vagas ?
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Offline gRILO
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#6
06-04-2020, 08:08 PM (Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 06-04-2020, 08:11 PM por gRILO.)
(06-04-2020, 06:00 PM)Daredevil Escreveu: Essas histórias de menino criado em apartamento dão vergonha alheia, mas vou focar na sua dúvida. 

Existe um neurotransmissor chamado Dopamina, e cada vez que você aposta e perde, tem prazer na sensação de que em algum momento irá recuperar o dinheiro que perdeu, fazendo uma aposta bem sucedida. Aliás, não tem um hábito mais de fracassado do que esse: jogar para perder. 

Definitivamente, não vejo como esse hábito não possa afetar em outras searas. Como se já não bastasse o excesso de dopamina em uma atividade absurdamente fútil, ainda estabelece o fracasso (advindo das sucessivas perdas) como rotina.

Eu já tinha pensando sobre isso também, excesso de dopamina usada na apostas e também já percebi uma situação que no começo poucas apostas até te satisfazem, depois há uma tendência de se aumentar o volume para se ter prazer.

Bom ponto levantado, poderia ter falado das consequências práticas em usar a dopamina mal usado.
(06-04-2020, 07:59 PM)Gilgamesh Escreveu: Vai virar problema gRILO , somente quando seu hábito sugar recursos de outras áreas.  Já tentou ler nas horas vagas ?

Eu estava lendo o livro O PODER DO HÁBITO, e lá estava dizendo que é muito dificil uma pessoa eliminar um hábito, é mais fácil trocar ele por outro, é isso que os A.A fazem. 

Esse foi um dos motivos que criei esse tópico, porque tinha percebi que eu tinha trocado o Hábito de jogar video game por apostar.

Agora, acredito que o certo era eu buscar um hábito bom que me satisfazesse.

Já faço leitura, e não acredito ser um hábito que libere dopamina.
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Offline Monarca
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#7
06-04-2020, 10:09 PM
Eu também conheço bastante o mercado de apostas esportivas; fui apresentado a ele pelo Smith há uns quatro anos.

No longo prazo, devo ter um prejuízo em torno de R$ 3.000,00, contando apenas o valor que eu investi inicialmente. Porém, ainda insisto em me profissionalizar. E a maior parte dessa profissionalização vem de aspectos emocionais, e não do conhecimento que temos sobre o mercado, do nosso método de trabalho, da nossa gestão de banca, etc. Eu já tive meses fantásticos, mas já coloquei tudo o que ganhei atuando de forma séria no mercado a perder em um único dia, porque não aceitei perder uma determinada quantia - e não foi só uma vez. Quis recuperar, perdi; botei mais, perdi... Enfim, uma hora o teorema da escada dá errado.

Em determinado ponto da sua trajetória você tem que decidir se você quer ser um apostador recreativo ou um apostador profissional. Não dá para atuar como um apostar recreativo, querendo se tornar um profissional; não dá para apostar sem estar vendo o jogo, não dá para apostar sem ter um método de trabalho, não dá para apostar sem ter gestão de banca e, acima de tudo isso, não dá para apostar sem controle emocional... se você quer ser um profissional, não dá. Por isso que a luta pela profissionalização é um processo constante de aceitação da perda, de aceitação de que nós somos os responsáveis em ser lucrativo ou não no longo prazo, que é o que interessa (ou deveria nos interessar). É comum perder uma aposta mesmo quando estamos certos; um jogo com "cheiro de gol" pode ser preenchido por vários lances de bolas na trave e belas defesas de um goleiro, e acabar no zero a zero.

Entre assumir que a sua atividade tem riscos e aceitar esses riscos há uma grande distância que envolve, principalmente, amadurecimento emocional. Quando operamos com base no pressuposto de que mais ou melhor análise cria condições para obter melhores resultados, mais variáveis de mercado juntamos ao nosso método de trabalho. E o que acontece depois? Voltamos a sentir-nos desiludidos e traídos pelos mercados por causa de algo que ainda não vimos ou não tomamos em consideração. Iremos sentir que não podemos confiar nos mercados; mas a realidade é que não podemos confiar é em nós próprios.

Essa abordagem de que para se evitar perdas e garantir ganhos consistentes deve se conhecer mais e mais sobre os mercados está errada. Nunca iremos aprender o suficiente para antecipar todas as formas possíveis como o mercado nos pode maltratar ou fazer com que percamos dinheiros. A realidade é que, se estamos com medo de errar ou de perder dinheiro, significa que nunca iremos aprender o suficiente para compensar os efeitos negativos que estes medos terão sobre a nossa capacidade de sermos objetivos e agirmos sem hesitação. Por outras palavras, não estaremos suficientemente confiantes face à incerteza constante. A menos que aprendamos a aceitar plenamente a hipótese de um resultado incerto, iremos tentar consciente ou subconscientemente evitar qualquer hipótese menos boa.

Daí que a maior parte dos nossos erros tem origem nas atitudes que assumimos perante o erro, a perda do dinheiro, a perda de uma oportunidade e a realização de um negócio menos vantajoso financeiramente do que o esperado. A profissionalização vai muito além da validação de um método de trabalho, da sua leitura de jogo e da sua gestão de banca, ela é acima de tudo uma questão de controle emocional, como eu disse anteriormente.

Os apostadores profissionais conseguem abrir uma posição sem a mais leve hesitação ou conflito e, precisamente, com a mesma liberdade e sem hesitação ou conflito, admitir que a mesma não está a funcionar e fechá-la - mesmo com perda - sem o mais leve desconforto emocional. Por outras palavras, os riscos inerentes às apostas não fazem com que os melhores apostadores percam a sua disciplina, concentração ou confiança. Se não conseguimos transacionar sem o mais leve desconforto emocional, então não aprendemos a aceitar os riscos. E seja qual for a medida em que não tenhamos aceitado o risco, é mesma medida em que iremos evitá-lo - e tentar evitar algo que é inevitável não dá bons resultados.

O mercado não têm qualquer poder sobre o modo como cada um de nós percepciona e interpreta as informações, nem nenhum controle sobre as decisões e ações que tomamos em resultado disso. Enfim, você precisa de um método de trabalho, e de uma gestão de banca para saber se esse método é ou não lucrativo no longo prazo; obviamente, você também precisa conhecer o mercado, as oscilações de odd's, se é mais vantajoso operar no primeiro ou segundo tempo, etc; e, sobretudo, você precisa aceitar a perda, o que é um processo interno de amadurecimento emocional, sem o qual você não conseguirá ser lucrativo no longo prazo, ainda que faça boas análises do mercado.

Eu erro muito, sou falho nesse processo e não vim aqui para pagar de sabichão, tudo o que eu disse aqui se aplica a mim e como eu tenho procurado moldar o meu comportamento. Nós somos gananciosos demais a ponto de querer tornar R$ 1000,00 em R$ 10000,00 no final do ano, e desprezamos o quanto margens pequenas de lucros podem impactar no longo prazo. Obter 3% em um mês nas apostas esportivas não é algo tão difícil, e apesar de ser uma taxa alta quando comparada à outros investimentos, nós a desprezamos. Ganhar um pouco a mais do que eu ganho hoje no meu cargo público não irá impactar de modo tão significativo a minha felicidade ou a falta dela, e isso tem me ajudado a abraçar o longo prazo.
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Offline gRILO
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#8
06-04-2020, 11:04 PM
(06-04-2020, 10:09 PM)Monarca Escreveu: Eu também conheço bastante o mercado de apostas esportivas; fui apresentado a ele pelo Smith há uns quatro anos.

No longo prazo, devo ter um prejuízo em torno de R$ 3.000,00, contando apenas o valor que eu investi inicialmente. Porém, ainda insisto em me profissionalizar. E a maior parte dessa profissionalização vem de aspectos emocionais, e não do conhecimento que temos sobre o mercado, do nosso método de trabalho, da nossa gestão de banca, etc. Eu já tive meses fantásticos, mas já coloquei tudo o que ganhei atuando de forma séria no mercado a perder em um único dia, porque não aceitei perder uma determinada quantia - e não foi só uma vez. Quis recuperar, perdi; botei mais, perdi... Enfim, uma hora o teorema da escada dá errado.

Em determinado ponto da sua trajetória você tem que decidir se você quer ser um apostador recreativo ou um apostador profissional. Não dá para atuar como um apostar recreativo, querendo se tornar um profissional; não dá para apostar sem estar vendo o jogo, não dá para apostar sem ter um método de trabalho, não dá para apostar sem ter gestão de banca e, acima de tudo isso, não dá para apostar sem controle emocional... se você quer ser um profissional, não dá. Por isso que a luta pela profissionalização é um processo constante de aceitação da perda, de aceitação de que nós somos os responsáveis em ser lucrativo ou não no longo prazo, que é o que interessa (ou deveria nos interessar). É comum perder uma aposta mesmo quando estamos certos; um jogo com "cheiro de gol" pode ser preenchido por vários lances de bolas na trave e belas defesas de um goleiro, e acabar no zero a zero.

Entre assumir que a sua atividade tem riscos e aceitar esses riscos há uma grande distância que envolve, principalmente, amadurecimento emocional. Quando operamos com base no pressuposto de que mais ou melhor análise cria condições para obter melhores resultados, mais variáveis de mercado juntamos ao nosso método de trabalho. E o que acontece depois? Voltamos a sentir-nos desiludidos e traídos pelos mercados por causa de algo que ainda não vimos ou não tomamos em consideração. Iremos sentir que não podemos confiar nos mercados; mas a realidade é que não podemos confiar é em nós próprios.

Essa abordagem de que para se evitar perdas e garantir ganhos consistentes deve se conhecer mais e mais sobre os mercados está errada. Nunca iremos aprender o suficiente para antecipar todas as formas possíveis como o mercado nos pode maltratar ou fazer com que percamos dinheiros. A realidade é que, se estamos com medo de errar ou de perder dinheiro, significa que nunca iremos aprender o suficiente para compensar os efeitos negativos que estes medos terão sobre a nossa capacidade de sermos objetivos e agirmos sem hesitação. Por outras palavras, não estaremos suficientemente confiantes face à incerteza constante. A menos que aprendamos a aceitar plenamente a hipótese de um resultado incerto, iremos tentar consciente ou subconscientemente evitar qualquer hipótese menos boa.

Daí que a maior parte dos nossos erros tem origem nas atitudes que assumimos perante o erro, a perda do dinheiro, a perda de uma oportunidade e a realização de um negócio menos vantajoso financeiramente do que o esperado. A profissionalização vai muito além da validação de um método de trabalho, da sua leitura de jogo e da sua gestão de banca, ela é acima de tudo uma questão de controle emocional, como eu disse anteriormente.

Os apostadores profissionais conseguem abrir uma posição sem a mais leve hesitação ou conflito e, precisamente, com a mesma liberdade e sem hesitação ou conflito, admitir que a mesma não está a funcionar e fechá-la - mesmo com perda - sem o mais leve desconforto emocional. Por outras palavras, os riscos inerentes às apostas não fazem com que os melhores apostadores percam a sua disciplina, concentração ou confiança. Se não conseguimos transacionar sem o mais leve desconforto emocional, então não aprendemos a aceitar os riscos. E seja qual for a medida em que não tenhamos aceitado o risco, é mesma medida em que iremos evitá-lo - e tentar evitar algo que é inevitável não dá bons resultados.

O mercado não têm qualquer poder sobre o modo como cada um de nós percepciona e interpreta as informações, nem nenhum controle sobre as decisões e ações que tomamos em resultado disso. Enfim, você precisa de um método de trabalho, e de uma gestão de banca  para saber se esse método é ou não lucrativo no longo prazo; obviamente, você também precisa conhecer o mercado, as oscilações de odd's, se é mais vantajoso operar no primeiro ou segundo tempo, etc; e, sobretudo, você precisa aceitar a perda, o que é um processo interno de amadurecimento emocional, sem o qual você não conseguirá ser lucrativo no longo prazo, ainda que faça boas análises do mercado.

Eu erro muito, sou falho nesse processo e não vim aqui para pagar de sabichão, tudo o que eu disse aqui se aplica a mim e como eu tenho procurado moldar o meu comportamento. Nós somos gananciosos demais a ponto de querer tornar R$ 1000,00 em R$ 10000,00 no final do ano, e desprezamos o quanto margens pequenas de lucros podem impactar no longo prazo. Obter 3% em um mês nas apostas esportivas não é algo tão difícil, e apesar de ser uma taxa alta quando comparada à outros investimentos, nós a desprezamos. Ganhar um pouco a mais do que eu ganho hoje no meu cargo público não irá impactar de modo tão significativo a minha felicidade ou a falta dela, e isso tem me ajudado a abraçar o longo prazo.

@Monarca , achei interessante você ter dissertado sobre as apostas esportivas, principalmente se alguém tinha alguma dúvida sobre o assunto. 

Mas acredito que esse não foi o tema do tópico, oque na verdade estou procurando são respostas sobre o quão prejudicial as apostas podem ser na vida do cidadão. Essa coisa toda que você falou de ser lucrativo no longo prazo, acredito realmente que é algo dedicado a poucos. Já tentei ser recreativo , ser profissional , métodos, gestão e sempre perdemos para nós mesmos, e a realidade que para encontrar alguém lucrativo no longo prazo é dificil.

Mas enfim, depois que o @Daredevil citou sobre Dopamina, eu lembrei que eu já tinha estudado sobre o assunto e resolvi dar uma outra estudada agora a noite e encontrei umas coisas bem interessantes sobre o assunto VICIO e me identifiquei com várias consequências que ele realmente causa. 

E dando uma pesquisada sobre esse assunto, achei um video bem esclarecedor, fala sobre pornografia, mas ele cita os VICIOS como um todo.
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Offline Gilgamesh
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#9
07-04-2020, 09:34 PM
Meu pai , @gRILO , frequentou o AA por quinze anos, até adoecer e falecer. O mote básico desse grupo é se reconhecer um viciado em recuperação, vício esse do qual só se cura com a morte e , enquanto ela não vêm, convive-se com ele , baseado no apoio mútuo e troca de experiências. Abaixo , a Oração da Serenidade :

"Concedei-me, Senhor a serenidade necessária

Para aceitar as coisa que não posso modificar.

Coragem para modificar aquelas que posso e

Sabedoria para conhecer a diferença entre elas."

A oração é até maior, mas no AA, pelo menos o que meu pai frequentava, só se rezava esse trecho, que é poderosíssimo.

Você não troca um vício/hábito/costume por outro , e sim, reconhece ele como algo presente em sua vida até quando você não o prática. Porque ? Porque você pode comete-lo, caso não tenha fortaleza suficiente.
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Offline gRILO
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#10
08-04-2020, 08:38 AM
(07-04-2020, 09:34 PM)Gilgamesh Escreveu: Meu pai , @gRILO , frequentou o AA por quinze anos, até adoecer e falecer. O mote básico desse grupo é se reconhecer um viciado em recuperação, vício esse do qual só se cura com a morte e , enquanto ela não vêm, convive-se com ele , baseado no apoio mútuo e troca de experiências.  Abaixo , a Oração da Serenidade :

"Concedei-me, Senhor a serenidade necessária

Para aceitar as coisa que não posso modificar.

Coragem para modificar aquelas que posso e

Sabedoria para conhecer a diferença entre elas."

A oração é até maior, mas no AA, pelo menos o que meu pai frequentava, só se rezava esse trecho, que é poderosíssimo.

Você não troca um vício/hábito/costume por outro , e sim, reconhece ele como algo presente em sua vida até quando você não o prática. Porque ? Porque você pode comete-lo, caso não tenha fortaleza suficiente.

Então mano, mas lá no livro está bem explicado bem certinho como funciona lá, pelo menos nos EUA.

Ele primeiramente fazem essa etapa de trocar um hábito por outro, caso não consiga, só tem uma solução que é pelo caminho da Fé.

Inclusive tem um testemunho muito poderoso do fundador do A.A no livro.
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Offline gRILO
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#11
11-04-2020, 10:57 AM
Criei um tópico no meu blog sobre o assunto, esclarecendo mais alguns pontos importantes.

https://peaoplayboy.blogspot.com/2020/04...icial.html
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Offline Plissken
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#12
12-04-2020, 06:26 PM (Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 12-04-2020, 06:27 PM por Plissken.)
Pra decidir se é prejudicial ou não, responda algumas perguntas:
- Esse vício tá te consumindo tempo? Não tempo de lazer, mas tempo que você deveria estar fazendo outra coisa? Ex: você está deixando de dormir pra se dedicar ao vício? Tipo, tá dormindo menos de 8 horas por noite porque ficou até mais tarde jogando/apostando/whatever?
- Tá te consumindo dinheiro? Não um dinheiro que já seria destinado ao lazer, mas você deixou de comprar alguma coisa necessário ou útil pra gastar com o vício?
- Está causando algum problema de relacionamento com pessoas próximas? No seu relato você diz que brigou com seu pai quando era mais novo, então é claro que naquele momento estava atrapalhando.
Faça perguntas desse tipo e no final dê o veredito.
Mas você já sabe.
Se está te incomodando a ponto de escrever um tópico a respeito e pedir ajuda, então creio que está te prejudicando.
Agora cabe a você decidir o que quer fazer a partir dessa informação.
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Ausente Diamante
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12-04-2020, 11:21 PM (Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 12-04-2020, 11:27 PM por Diamante.)
Vício é diferente de mal hábito.

Vício é quando alguma substância causa uma desordem química cerebral deixando o corpo dependente desta mesma substância.
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Offline gRILO
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13-04-2020, 08:19 AM (Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 13-04-2020, 08:22 AM por gRILO.)
(12-04-2020, 06:26 PM)Plissken Escreveu: Pra decidir se é prejudicial ou não, responda algumas perguntas:
- Esse vício tá te consumindo tempo? Não tempo de lazer, mas tempo que você deveria estar fazendo outra coisa? Ex: você está deixando de dormir pra se dedicar ao vício? Tipo, tá dormindo menos de 8 horas por noite porque ficou até mais tarde jogando/apostando/whatever?
- Tá te consumindo dinheiro? Não um dinheiro que já seria destinado ao lazer, mas você deixou de comprar alguma coisa necessário ou útil pra gastar com o vício?
- Está causando algum problema de relacionamento com pessoas próximas? No seu relato você diz que brigou com seu pai quando era mais novo, então é claro que naquele momento estava atrapalhando.
Faça perguntas desse tipo e no final dê o veredito.
Mas você já sabe.
Se está te incomodando a ponto de escrever um tópico a respeito e pedir ajuda, então creio que está te prejudicando.
Agora cabe a você decidir o que quer fazer a partir dessa informação.

Sim, acho que suas perguntas foram bem determinantes. Realmente nosso cerébro sabe que está prejudicando inconscientemente, mas através de perguntas assim da para ficar consciente da real situação.

Mas respondendo as perguntas em sí, acredito de um nivel de 0 a 10, eu esteja no nivel 6 do vicio ser prejudicial a mim. O problema maior que o especialista ali em cima diz, é a perca de prazer por outras atividades e ter somente prazer no vicio, eu vi muito sentido nisso.

Porque é oque realmente acontece, segundo ele, fomos feitos para sentir prazer em Comida, sexo e socialização. Principalmente no caso das apostas, eu perco o ânimo totalmente em socialização. Visto que para eu ter cargas de Dopamina/prazer no meu cerébro, basta ligar a TV e apostar no meu esporte favorito.

Percebi que nesse mês eu parei de apostar, estou muito mais social e sentindo muito mais prazer nisso. E o bom que eu comecei a ficar consciente disso.

Ontem mesmo teve uma comemoração de pascoa no Sitio do meu pai e tinha umas 15 pessoas lá. Eu fiquei lá até a noite, tomanho banho de piscina, jogando bola, soltando pipa com a mulekada, jogando Bétis. Foi para mim, um dos melhores dias lá.

E isso era uma coisa inimaginavel a um tempo atrás, normalmente eu ia lá, só almoçava e ia embora, porque meu PRAZER VERDADEIRO estava em casa assistindo jogo e apostando.
(12-04-2020, 11:21 PM)Diamante Escreveu: Vício é diferente de mal hábito.

Vício é quando alguma substância causa uma desordem química cerebral deixando o corpo dependente desta mesma substância.

Então diamante, pode ser também. Por isso que digo que meu nível de vicio é baixo, mas prejudicial mesmo assim. De qualquer forma, eu sinto uma vontade grande de voltar a apostar quando vejo algo relacionado com isso.
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#15
13-04-2020, 07:47 PM
Então, você tem que ver os 'gatilhos mentais' que fazem você seguir com os maus hábitos.
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