28-07-2020, 06:24 PM
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 28-07-2020, 06:28 PM por Remy LeBeau.)
Interessante a proposta do tópico.
Não acredito ser uma voz dissonante, mas sempre parti do princípio que a Real difundida nas redes sociais e fóruns se destinava a produzir conhecimento, e não regras. Conhecimento este passível de aplicação no plano fático (ex. Desenvolvimento pessoal). Surgia um tema ou um relato e diversos confrades debatiam à exaustão, formando alguma espécie de conhecimento capaz de ajudar os próprios envolvidos ou algum terceiro que se deparasse com o material.
Por se tratar de conhecimento, presumo, ele está disponível e acessível para qualquer um, desde um realista, um PUA, um mangina... Está aí. Determinado conhecimento pode vir a ser útil para alguns, mas para outros, não. Por exemplo, podemos citar algumas discussões ou relatos sobre matrimônio. Para quem pretende se casar ou é casado, é factível que o material lá produzido será de extrema utilidade. Agora, para alguém que não pretende se casar, convenhamos, o material não tem aplicabilidade fática nenhuma.
Creio que os exemplos utilizados pelo confrade e tidos como "regras", na verdade são excessivamente subjetivos. Creio que diferentemente de uma "regra" (o que implicaria subordinação), existe consenso. Quer um exemplo? Bastaria abrir um tópico aqui relatando uma traição e perguntando o que fazer, 4378643864837% dos usuários ativos do fórum irão se manifestar no sentido de terminar o relacionamento. "Por que?" porque é um consenso entre os confrades, e não uma regra, de que a traição deve ser penalizada com o rompimento de um relacionamento. Posso citar outro exemplo, que é o projeto de súmulas do fórum, em que determinados consensos são edificados na forma de súmulas, após amplos e exaustivos relatos, debates e discussões sobre temas, gerando uma espécie de posicionamento, compartilhado. Mesmo no que se refere às súmulas, ainda há divergências (todas respeitadas).
Se o exemplo que eu dei fosse uma regra, sua aplicabilidade seria nula, porque sabemos que há indivíduos que perdoam uma traição. Por outro lado, o consenso implica em afirmar que ele voluntariamente quer ir na contramão de uma tendência. Ou seja, a responsabilidade é toda de tal indivíduo.
Creio ser perigoso esse conceito de regra. Primeiro porque revolve subjetividade (alguns não irão se identificar com elas); segundo porque envolveria uma espécie de "autoridade" para afirmar e catalogar o que é regra ou não, o que não existe na Real, e terceiro, porque fere a individualidade de cada um, já que muitos possuem pleno discernimento para escolher e aplicar na sua vida pessoal, o que convém da Real (ex. as alas). Não há necessidade de se formar regras entre os membros, no sentido de formar uma união (artificial). Na Real o debate é flagrantemente necessário. Necessitamos do confronto de ideias, para produzir e formar o conhecimento realístico. Agora, não há como se contrariar determinados consensos (ex. a questão da traição), porque se originam justamente de profundos debates entre vozes dissonantes que conseguiram chegar em um ponto em comum.
Para todos os efeitos, existe a liberdade individual de cada um vir até aqui e selecionar o que se aplica na sua vida privada.
E por fim, se algum consenso não agrada, existe a possibilidade de impugná-lo. Mas aí o ônus é de quem interessar.
Não acredito ser uma voz dissonante, mas sempre parti do princípio que a Real difundida nas redes sociais e fóruns se destinava a produzir conhecimento, e não regras. Conhecimento este passível de aplicação no plano fático (ex. Desenvolvimento pessoal). Surgia um tema ou um relato e diversos confrades debatiam à exaustão, formando alguma espécie de conhecimento capaz de ajudar os próprios envolvidos ou algum terceiro que se deparasse com o material.
Por se tratar de conhecimento, presumo, ele está disponível e acessível para qualquer um, desde um realista, um PUA, um mangina... Está aí. Determinado conhecimento pode vir a ser útil para alguns, mas para outros, não. Por exemplo, podemos citar algumas discussões ou relatos sobre matrimônio. Para quem pretende se casar ou é casado, é factível que o material lá produzido será de extrema utilidade. Agora, para alguém que não pretende se casar, convenhamos, o material não tem aplicabilidade fática nenhuma.
Creio que os exemplos utilizados pelo confrade e tidos como "regras", na verdade são excessivamente subjetivos. Creio que diferentemente de uma "regra" (o que implicaria subordinação), existe consenso. Quer um exemplo? Bastaria abrir um tópico aqui relatando uma traição e perguntando o que fazer, 4378643864837% dos usuários ativos do fórum irão se manifestar no sentido de terminar o relacionamento. "Por que?" porque é um consenso entre os confrades, e não uma regra, de que a traição deve ser penalizada com o rompimento de um relacionamento. Posso citar outro exemplo, que é o projeto de súmulas do fórum, em que determinados consensos são edificados na forma de súmulas, após amplos e exaustivos relatos, debates e discussões sobre temas, gerando uma espécie de posicionamento, compartilhado. Mesmo no que se refere às súmulas, ainda há divergências (todas respeitadas).
Se o exemplo que eu dei fosse uma regra, sua aplicabilidade seria nula, porque sabemos que há indivíduos que perdoam uma traição. Por outro lado, o consenso implica em afirmar que ele voluntariamente quer ir na contramão de uma tendência. Ou seja, a responsabilidade é toda de tal indivíduo.
Creio ser perigoso esse conceito de regra. Primeiro porque revolve subjetividade (alguns não irão se identificar com elas); segundo porque envolveria uma espécie de "autoridade" para afirmar e catalogar o que é regra ou não, o que não existe na Real, e terceiro, porque fere a individualidade de cada um, já que muitos possuem pleno discernimento para escolher e aplicar na sua vida pessoal, o que convém da Real (ex. as alas). Não há necessidade de se formar regras entre os membros, no sentido de formar uma união (artificial). Na Real o debate é flagrantemente necessário. Necessitamos do confronto de ideias, para produzir e formar o conhecimento realístico. Agora, não há como se contrariar determinados consensos (ex. a questão da traição), porque se originam justamente de profundos debates entre vozes dissonantes que conseguiram chegar em um ponto em comum.
Para todos os efeitos, existe a liberdade individual de cada um vir até aqui e selecionar o que se aplica na sua vida privada.
E por fim, se algum consenso não agrada, existe a possibilidade de impugná-lo. Mas aí o ônus é de quem interessar.