25-05-2018, 09:47 AM
(24-05-2018, 03:17 PM)Gandalf Escreveu: Os gurus do marketing pessoal afirmam que o que realmente importa é como as pessoas te percebem, e eles tem razão. Assim como você julga as pessoas de acordo com suas perspectivas, assim elas o fazem com relação a você. Se você for habilidoso em gerar uma imagem positiva pra quem tem poder sobre você, saiba que eles pensarão duas vezes antes de demitirem um funcionário confiável, treinado e competente. Você tendo essa segurança se sentirá muito mais tranquilo com relação a pressão, pois ela é inerente à qualquer ofício. Até o coveiro fica sob pressão ao ter que cimentar direitinho o túmulo do falecido em frente aos duzentos e cinquenta familiares ali presentes.
Muito obrigado pela resposta e pela ajuda. Eu pequei muito nessa parte. Nunca pensei em me mostrar de forma positiva ou confiante aos colegas de trabalho, pelo contrário, justamente pela pressão psicológica e pela falta de confiança no meu próprio trabalho, eu acabo pedindo muita ajuda, extrapolando, desabafando em momentos que não deveria, respondendo grosseiramente, etc. Tenho plena convicção de que minha imagem lá dentro não é a de um profissional habilidoso, mesmo eu tendo feito muito progresso no projeto que trabalho e em outras coisas que surgiram ao longo dos anos. Já recebi elogios e as críticas nunca vieram de forma ríspida como "você precisa melhorar", ou "você fez merda". A crítica surge de mim para mim mesmo a partir do momento em que não confio no que faço.
Vou procurar esse livro, me interessei. Obrigado novamente.
(24-05-2018, 07:48 PM)John Escreveu: O que eu faria no teu lugar seria primeiro organizar a questão da saúde mental, investindo parte de seu tempo e dinheiro em uma rotina que lhe vá dar estabilidade emocional, e me contentaria em simplesmente manter o mínimo possível de stress no trabalho, apenas administrando sua atual situação, sem envolver grandes mudanças. Posteriormente, quando se sentir mais seguro, vá gradualmente reavaliando sua posição no trabalho, veja quais medidas tomar para sair da estagnação, ouse e faça o que tiver que ser feito.
Mas em situações de vulnerabilidade emocional, aprendi que diminuir as cobranças e começar a me organizar pelo básico me deu maior segurança para ousar depois, mesmo que isso implique em uma "inércia" temporária sua, é tudo uma questão de estratégia. Percebeu que tudo isso que eu falei seria muito mais fácil e rápido caso envolvesse um terceiro(profissional) para analisar e te ajudar no dia a dia?
Obrigado pela ajuda John. Se levarmos em consideração que trabalho perto de casa, almoço em casa, faço musculação, tenho tempo livre para laser, relacionamento bom e estável, sem nome sujo na praça, etc...etc, parece uma boa rotina, uma boa vida. O problema é que o trabalho me toma (não só meu, mas também o de muita gente obviamente) a maior fração do meu dia, e dessa forma não há rotina boa que aguente. O próprio serviço não me permite estagnar, ou me acomodar. Ele flutua entre períodos de calmaria com períodos de tormenta, mas nunca avança. Pra você ter uma ideia, estou no mesmo projeto há 2 anos, e talvez esse seja um ponto que não havia considerado. Creio que um funcionário feliz é aquele que inicia um projeto, cria, desenvolve, finaliza, lucra e parte pra outro. Quando você fica no mesmo projeto por anos apenas corrigindo problemas incessantes, a mente e o psicológico ficam doentes. Resumindo, eu particularmente não estou estagnado e nem em um caos, mas o meu serviço por definição é assim. Talvez eu esteja cansado de ser um funcionário, mas nunca tive e nem pretendo ter esse espírito empreendedor, de arriscar, apostar, convencer clientes, etc.
A ideia de um profissional para ajudar é interessante, vou pensar nisso. Você tem alguma outra fica para eu organizar minha saúde mental? Alguma coisa que eu possa fazer o meu dia a dia?