25-08-2016, 11:05 AM
Eu ainda não consegui identificar o ponto nevrálgico desta situação. Assemelha-se à questão de quem surgiu primeiro, se o ovo ou a galinha.
A Rede Globo, como grande empresa que é [em tamanho, não em qualidade, antes que os chatos chateiem ], visa em primeiro lugar os lucros que pode auferir com as suas atividades de telecomunicações. Ponto.
Partindo daí, ela explora, como qualquer empresa, aquilo que o seu nicho de mercado quer consumir, daí vemos novelas com beijos gays, prostituição, traição, depravação e todo o cotejo de miséria moral e intelectual do qual todos já estamos cientes.
Mas, de outro lado, a massa ignóbil, ao se deparar com isso na TV [afinal, para a maioria da população a Globo não é uma opção, é A opção de entretenimento], em virtude de sua fraca formação moral/intelectual, acaba cedendo sem resistência aos impulsos de copiar aquilo que se viu na novela ou na série. Então vemos patricinhas buscarem os morros, como na novela; vemos gays [ou às vezes não gays] antes discretos e conscienciosos agora querendo beijarem-se em público para "causar"; vemos jovens garotas passando, desnecessariamente, a se prostituir [mesmo que deem outro nome, como acompanhantes, etc.], e por aí vai.
Então, sinceramente, ainda não vislumbro onde está o ponto de mutação deste processo aí. Se a massa influenciada copia a TV, ou se a TV, para atender uma demanda que já existe na massa, passa a oferecer o material que aquela quer assistir. O mais provável é que seja uma dupla manifestação que se influencia dialeticamente e produz este lamentável estado de coisas com o qual nos deparamos hoje. No ponto em que a coisa se encontra, exatamente TUDO vai parecer natural, se aparecer na TV, e daí para a frente nada mais será de assustar.
A Rede Globo, como grande empresa que é [em tamanho, não em qualidade, antes que os chatos chateiem ], visa em primeiro lugar os lucros que pode auferir com as suas atividades de telecomunicações. Ponto.
Partindo daí, ela explora, como qualquer empresa, aquilo que o seu nicho de mercado quer consumir, daí vemos novelas com beijos gays, prostituição, traição, depravação e todo o cotejo de miséria moral e intelectual do qual todos já estamos cientes.
Mas, de outro lado, a massa ignóbil, ao se deparar com isso na TV [afinal, para a maioria da população a Globo não é uma opção, é A opção de entretenimento], em virtude de sua fraca formação moral/intelectual, acaba cedendo sem resistência aos impulsos de copiar aquilo que se viu na novela ou na série. Então vemos patricinhas buscarem os morros, como na novela; vemos gays [ou às vezes não gays] antes discretos e conscienciosos agora querendo beijarem-se em público para "causar"; vemos jovens garotas passando, desnecessariamente, a se prostituir [mesmo que deem outro nome, como acompanhantes, etc.], e por aí vai.
Então, sinceramente, ainda não vislumbro onde está o ponto de mutação deste processo aí. Se a massa influenciada copia a TV, ou se a TV, para atender uma demanda que já existe na massa, passa a oferecer o material que aquela quer assistir. O mais provável é que seja uma dupla manifestação que se influencia dialeticamente e produz este lamentável estado de coisas com o qual nos deparamos hoje. No ponto em que a coisa se encontra, exatamente TUDO vai parecer natural, se aparecer na TV, e daí para a frente nada mais será de assustar.
"Trata de saborear a vida; e fica sabendo, que a pior filosofia é a do choramingas que se deita à margem do rio para o fim de lastimar o curso incessante das águas. O ofício delas é não parar nunca; acomoda-te com a lei, e trata de aproveitá-la." - Trecho de Memórias Póstumas de Brás Cubas