Relato destruidor do confrade Felipe C

[Machado de Assis]

Relato impactante, para dizer o mínimo. Mas, também, admirável!

Li-o com um misto de dor e de respeito, em razão da alteridade mediante a qual tentei posicionar-me no ponto de vista do "eu lírico" da história.

Isso sim é superação, ir ao inferno e dali para o céu, percorrendo em vida terrena todo o trajeto visto e descrito por Dante Alighieri em sua obra prima.

Impressiona também a tomada de consciência do relator ao longo do texto, conforme sucediam-se as fases de sua vida e aprendizado, até chegar à conclusão definitiva e certeira:

Comecei a entender tudo o que eu e meu pai tínhamos feito de errado a vida toda, não só na lida com mulheres, mas em todos os sentidos! Eu estava lá por minha culpa, meus erros, minhas fraquezas, minhas atitudes ou a falta delas e as minhas omissões. A culpa era só minha e só eu mesmo poderia mudar isso. E era hora de mudar, de tomar as rédeas da situação e me preocupar com quem realmente importa: EU MESMO!

Concordo com os confrades que comentaram acima; este relato é de leitura obrigatória a todos nós, para que saibamos realmente o que é superação, de modo a que busquemos superar sempre que a vida demandar-nos esta atitude corajosa.

Obrigado ao confrade que dignou-se a relatar-nos este conto da vida real, sem firulas, sem fantasias, sem devaneios, sem pseudo-teorias; a real pura. E, também, parabéns pela atitude de libertar-se, de algum modo, desta experiência dolorosa, ao transferi-la para um texto todo ele carregado de vida e sentimento. Tenho convicção que o autor do relato, não obstante as duras recordações que inevitavelmente sempre desfilarão por sua mente, encontra-se hoje livre das impressões negativas que todas essas lembranças provocavam, e hoje já não as provocam mais.