08-07-2015, 01:17 AM
E ai búfalos e pseudo-búfalos, tudo certo? Espero que sim!
Eu ando lendo uma obra filosófica foda, se trata de “Além do Bem e do Mal”, do alemão Nietzsche. E fiquei impressionado com o talento intelectual do finado filósofo, pois sua capacidade racional concernente a sua visão de mundo é bem interessante, compactuando com os parâmetros mais realistas. Aproveito para recomendar este livro, que não acabei de ler mas já considero uma ótima leitura.
O trecho a seguir explana sobre pessoas alienadas, pensadores fajutos que favorecem ideais assistencialistas e distorcidos. O intuito notado nas palavras de Nietzsche é trazer a realidade da ideia de que o mundo é cheio de horrores, mas que acima de tudo os verdadeiros homens realistas, ou denominados “espíritos livres” estão além das futilidades e mesquinharias tão exorbitantes na matrix, que nas palavras do filósofo é descrita como “rebanho”. Nota-se a valorização de uma solidão dos homens de espírito livre, quando suas restrições a visão da realidade o tiram do fluxo comum. Descreve como o pensamento mais elevado não é para todos.
Eu ando lendo uma obra filosófica foda, se trata de “Além do Bem e do Mal”, do alemão Nietzsche. E fiquei impressionado com o talento intelectual do finado filósofo, pois sua capacidade racional concernente a sua visão de mundo é bem interessante, compactuando com os parâmetros mais realistas. Aproveito para recomendar este livro, que não acabei de ler mas já considero uma ótima leitura.
O trecho a seguir explana sobre pessoas alienadas, pensadores fajutos que favorecem ideais assistencialistas e distorcidos. O intuito notado nas palavras de Nietzsche é trazer a realidade da ideia de que o mundo é cheio de horrores, mas que acima de tudo os verdadeiros homens realistas, ou denominados “espíritos livres” estão além das futilidades e mesquinharias tão exorbitantes na matrix, que nas palavras do filósofo é descrita como “rebanho”. Nota-se a valorização de uma solidão dos homens de espírito livre, quando suas restrições a visão da realidade o tiram do fluxo comum. Descreve como o pensamento mais elevado não é para todos.
Segue o trecho:
“Para falar sem
meias palavras, são niveladores, desses que se chamam
erroneamente "livre-pensadores", escravos a serviço do gosto
democrático, homens privos de solidão, de uma solidão que
lhes seja própria, são, enfim, ridiculamente superficiais,
sobretudo por sua tendência fundamental de ver nas formas da
antigüidade a causa de toda miséria humana. Sua aspiração é a
felicidade do rebanho, as verdes pastagens, a segurança e o
bem-estar. As duas cantilenas que repetem até o cansaço são "a
igualdade dos direitos" e a "compaixão relativamente a todo ser
que sofre"; consideram que o sofrimento é algo que deve ser
exterminado. Nós vemos as coisas a partir de um ponto de vista
oposto a este, e nosso espírito está aberto diante deste
problema. Em que condições e em que forma a planta humana
desenvolveu-se mais vigorosamente até agora? Acreditamos
que isto se produziu sempre em condições completamente
opostas, que foi necessário que o perigo que acicata a vida
humana crescesse até a enormidade. Acreditamos que a
insensibilidade, o perigo, a escravidão, que se encontram
sempre na rua e nos corações, a clandestinidade, a austeridade,
toda classe de bruxarias, tudo o que é mau, terrível, tirânica,
tudo que existe no homem de animal predador ou de réptil, é da
mesma forma que seu oposto, útil para elevar o nível da espécie
humana. E com isto não dizemos o bastante; o que devemos
dizer e calar aqui rim coloca contra a teologia moderna e contra
todos os desejos do rebanho. E que há de surpreendente se nós.
"espíritos livres", somos infimamente comunicativos? Se nós,
em nenhuma forma e nem sob nenhum aspecto, não nos
preocupamos em descobrir de que o espírito deve livrar-se e ao
que deve lançar-se depois? E quanto à fórmula que implica
grande risco: "além do bem e do mal", tem utilidade para nós
pelo menos para indicar que somos algo distinto, dos livrepensadores, ainda que se os designe em francês, italiano ou alemão, segundo o gosto desses extravagantes defensores das
"idéias modernas" tendo estado em muitas paragens do espírito,
como em casa ou em hospedagem, fugido sempre dos redutos
obscuros e agradáveis em que preferências e preconceitos,
juventude, origem, acaso de homens e livros ou mesmo fadigas
de peregrinações pareciam reter-nos, cheios de malícia face às
atrações da dependência, nós, nós temos afastado o servilismo
implicado pelas honras, dinheiro, cargos públicos ou
arrebatação dos sentidos, com certo agradecimento à desgraça e
às enfermidades; agradecidos a Deus, ao diabo, à ovelha e ao
inseto que se reúnem em nós, com uma curiosidade que raia à
enfermidade. Investigamos até à crueldade, dispostos a encher
nossas mãos com aquilo que repugna aos estômagos capazes de
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digerir as coisas mais indigestas. capazes de todos os misteres
que requeiram astúcia, penetração e sentidos aguçados,
dispostos a todos os perigos — graças a um excesso de "livre
arbítrio" — ricas em primeiros planos e em segundas intenções
que ninguém perscruta até o fundo, ocultos por sob mantos de
luz, conquistadores assemelhados, contudo, a herdeiros e
dissipadores, coordenadores e colecionadores incessantes,
avaros de nossas riquezas e gavetas transbordantes, destros para
saber distinguir entre o que aprender e o que esquecer,
inventores de esquemas, por vezes orgulhosas deles, por vezes
pedantes, por vezes formigas laboriosas dia e noite e, quando
necessário, espantalhos (e é preciso sê-lo, pelo menos na
medida em que a solidão é nossa amiga, amigos inatos, jurados
e zelosos de nossa própria e profunda solidão, da meia-noite e
do meio-dia). Ante vossos olhos a espécie de homens que
somos, espíritos livres... vós, a quem vejo chegar, vós, novos
filósofos... tereis, talvez, um pouco de nós.”
Qualquer observação, ou debate sensato são obviamente convenientes.