20-09-2016, 06:28 PM
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 20-09-2016, 07:49 PM por Monarca.)
Muitos escritores utilizam este raciocínio lógico por analogia.
"João e José foram caçar lobos. No meio das coníferas, foram surpreendidos por uma alcateia. Quando José voltou para a sua aldeia, trouxe consigo as lágrimas da perda de seu melhor amigo. Não houve noite mais longa para as famílias do que aquela."
Daí o leitor pensa: "Puts, o João foi atacado por lobos e morreu"
E o escritor vem no próximo capítulo descrevendo os pensamentos de José:
"José estava ofegante. Ora via aquilo como um sacrifício de seu amigo, ora lhe pesava a consciência por ter sido ele mesmo quem o sacrificou, para poder escapar enquanto João era devorado".
O mesmo acontecimento, gera outro mais inesperado. O que se mantém? A semelhança: um ataque de lobos. Veja que este novo acontecimento abre um leque de possibilidades no restante da história: Será que o assassinato de João por José será descoberto? Será que José também matará aquele que primeiramente chegar a essa conclusão? Será que encontrarão o corpo de João com o projétil disparado por José? Será que José voltará a cena do "crime"?
E daí a história se desenrola.
-----------------------------------
Regredindo na história:
Por que eles estão caçando lobos?
"Era deprimente ver o estado de saúde da filha de João. Estava tísica, sobre uma cama de feno, longe da janela que perturbava a continuidade das paredes de barro. Eis que José, amigo de João, propõe-lhe a ideia de vender peles de lobo ou trocá-las pelo remédio; João aceita o sorteio: 'Que eu arrisque minha vida, para salvar a de minha filha'."
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Progredindo a partir disto:
José realmente matou João para poder se salvar dos lobos?
"A mente de José era iluminada pela cena de um pai que se arriscou para salvar a vida de sua filha.
'José! José! Vá a aldeia e leve as peles que já coletamos. Deixe me aqui, por ela!'
E como em uma peça teatral, seus neurônios se reuniram em uma versão heroica daquela caçada. João agora era herói; José, um instrumento para levar a vida a filha do morto.
Na frente dos outros, José lacrimejava, como se sua alma padecesse, enquanto de frente de si, sentia-se livre para, agora, possuir a mulher de João."
Com encheção de linguiça (descrições de lugares, sensações, etc.) isso renderia uns quatro capítulos.
"João e José foram caçar lobos. No meio das coníferas, foram surpreendidos por uma alcateia. Quando José voltou para a sua aldeia, trouxe consigo as lágrimas da perda de seu melhor amigo. Não houve noite mais longa para as famílias do que aquela."
Daí o leitor pensa: "Puts, o João foi atacado por lobos e morreu"
E o escritor vem no próximo capítulo descrevendo os pensamentos de José:
"José estava ofegante. Ora via aquilo como um sacrifício de seu amigo, ora lhe pesava a consciência por ter sido ele mesmo quem o sacrificou, para poder escapar enquanto João era devorado".
O mesmo acontecimento, gera outro mais inesperado. O que se mantém? A semelhança: um ataque de lobos. Veja que este novo acontecimento abre um leque de possibilidades no restante da história: Será que o assassinato de João por José será descoberto? Será que José também matará aquele que primeiramente chegar a essa conclusão? Será que encontrarão o corpo de João com o projétil disparado por José? Será que José voltará a cena do "crime"?
E daí a história se desenrola.
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Regredindo na história:
Por que eles estão caçando lobos?
"Era deprimente ver o estado de saúde da filha de João. Estava tísica, sobre uma cama de feno, longe da janela que perturbava a continuidade das paredes de barro. Eis que José, amigo de João, propõe-lhe a ideia de vender peles de lobo ou trocá-las pelo remédio; João aceita o sorteio: 'Que eu arrisque minha vida, para salvar a de minha filha'."
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Progredindo a partir disto:
José realmente matou João para poder se salvar dos lobos?
"A mente de José era iluminada pela cena de um pai que se arriscou para salvar a vida de sua filha.
'José! José! Vá a aldeia e leve as peles que já coletamos. Deixe me aqui, por ela!'
E como em uma peça teatral, seus neurônios se reuniram em uma versão heroica daquela caçada. João agora era herói; José, um instrumento para levar a vida a filha do morto.
Na frente dos outros, José lacrimejava, como se sua alma padecesse, enquanto de frente de si, sentia-se livre para, agora, possuir a mulher de João."
Com encheção de linguiça (descrições de lugares, sensações, etc.) isso renderia uns quatro capítulos.