31-08-2019, 01:48 AM
É, não consegui aguentar ficar sem poder comentar no tópico do Nessahan e decidi criar outro aqui. Mintiraaaa.
Na verdade, essa é mais uma tentativa de levantar uma breve discussão e reflexão bacana. Mesmo nós aqui temos ídolos, mas todos eles são de barro, nicks de pessoas que muitas vezes nem sabemos quem são e se são o que querem passar. São quase lendas urbanas e histórias que passamos adiante.
Isso é bacana, mas temos que focar menos no ritual e mais no significado. Então a minha sugestão aqui é que, claro, festejarmos esses grandes do passado pela sua sabedoria, mas principalmente saber separar essa sabedoria da pessoa que a detém e principalmente uma vez notando disso, dar atenção as ideias que precisam rolar adiante e cada vez menos as pessoas que as portam, ainda mais nesse cenário tão frágil de anonimato de internet dos dias de hoje.
Mas vamos pra história das postagens do Nessahan. Em primeiro lugar achei muito bacana o fato de o terem encontrado (mais uma vez) e tudo mais, mas o Nessahan não é mais aquela pessoa, ou melhor dizendo, ele já passou dessa fase e abandonou o título.
Ele já contribuiu muito no que podia, deixou livros, o blog, entrevistas e agora respostas a essas perguntas. Enquanto não é conclusivo (e nunca vai ser, o tema é inesgotável), é mais que suficiente tudo o que ele fez. Só que se o mesmo já largou de mão essa vida (até a ponto de se desfazer das coisas que remetam a isso), não é nós que devemos ter apego também.
Eu admiro demais o trabalho do @Profano e concordo 100% que a obra tem profundidade e merece ser estudada e praticada a fundo, inclusive acredito que ela deve ser debatida e expandida, mas daí pra frente, é tudo trabalho nosso. Pegamos da onde ele parou e continuamos seguindo com a ideia.
A pessoa, o próprio cara por trás da figura, é limitado, como todos somos, e não deve ser objeto de veneração. Ele nunca quis ser guru de nada, nunca quis discípulos. Ele apenas acometeu de ter uma ideia que era maior que ele mesmo e cumpriu sua obrigação, seu chamado interno, de passar isso adiante. E claro, o fez de maneira mais que esplêndida. Fomos abençoados de ter oportunidade de sermos contemporâneos dele, mas... A bola agora tá com a gente.
O Nessahan, assim como o Zarathustra de Nietzsche, é um personagem, no fundo é isso, a gente se porta a ele com respeito e veneração, mas o que devemos é ter admiração pelas ideias do mesmo, não podemos desenvolver apego a pessoa dele, como se ele fosse um profeta. Hoje ele tá vivo, sabe lá se estará daqui a 50. Daqui a 100? Impossível, mas as ideias dele ainda poderão ter validade e estar em circulação.
Então algo me faz crer que ele não queira mais ser incomodado e nisso vou dar razão a ele. Foi bom saber que ele tá bem, assim como aquele parente que você não vê há muitos anos, mas ele não faz mais parte da sua vida mais como antes, então é só um oi, um desejo de felicidades e cada qual volta pra sua vida. Não sei se ele vai estar lendo isso, duvido muito, claro que também quero chance de deixar meu agradecimento a ele, é muito bacana ver todo o carinho que muita gente deve ter por ele também, mas vamos parar por aqui, que ele nunca foi nenhum Messias. Acredito que nisso ele concorde comigo.
Então extrapolando esse caso para o contexto geral é isso, brindem o grande Nessahan, mas assumam as ideias com vocês e faça valer essas ideias valiosas, torne-as suas, dê seu próprio tempero e conhecimento, as elabore mais se possível e passe adiante. Não precisa ser nenhum metedor de Real e a Real não precisa de nenhum evangelizador para converter os incautos. Só levar a Real internalizada e dissolvida para sua vida lá fora, com os conceitos dentro de outros contextos. A Real só cresce de verdade quando tiramos uma ideia aqui de uma discussão e passamos a levar isso para nossas vidas.
Por fim que dotemos mais amor ao conhecimento nesse nosso país polarizado, mas extremamente pobre de cultura, de leitura, onde o povo discute ideologias, ídolos e torcidas, mas nunca ideias que valham a pena. A gente precisa é de gente capaz de discutir ideias e não pessoas.
Que as ideias dele nos guiem, mas que seja através da nossa força e intelecto e para os poucos dedicados as discussões mais profundas (já que alguns acham que é suficiente, mas a verdade é que a discussão nunca deve parar), vamos nos aprofundar cada vez mais nelas.
Aos confrades, cada vez mais força e honra.
Na verdade, essa é mais uma tentativa de levantar uma breve discussão e reflexão bacana. Mesmo nós aqui temos ídolos, mas todos eles são de barro, nicks de pessoas que muitas vezes nem sabemos quem são e se são o que querem passar. São quase lendas urbanas e histórias que passamos adiante.
Isso é bacana, mas temos que focar menos no ritual e mais no significado. Então a minha sugestão aqui é que, claro, festejarmos esses grandes do passado pela sua sabedoria, mas principalmente saber separar essa sabedoria da pessoa que a detém e principalmente uma vez notando disso, dar atenção as ideias que precisam rolar adiante e cada vez menos as pessoas que as portam, ainda mais nesse cenário tão frágil de anonimato de internet dos dias de hoje.
Mas vamos pra história das postagens do Nessahan. Em primeiro lugar achei muito bacana o fato de o terem encontrado (mais uma vez) e tudo mais, mas o Nessahan não é mais aquela pessoa, ou melhor dizendo, ele já passou dessa fase e abandonou o título.
Ele já contribuiu muito no que podia, deixou livros, o blog, entrevistas e agora respostas a essas perguntas. Enquanto não é conclusivo (e nunca vai ser, o tema é inesgotável), é mais que suficiente tudo o que ele fez. Só que se o mesmo já largou de mão essa vida (até a ponto de se desfazer das coisas que remetam a isso), não é nós que devemos ter apego também.
Eu admiro demais o trabalho do @Profano e concordo 100% que a obra tem profundidade e merece ser estudada e praticada a fundo, inclusive acredito que ela deve ser debatida e expandida, mas daí pra frente, é tudo trabalho nosso. Pegamos da onde ele parou e continuamos seguindo com a ideia.
A pessoa, o próprio cara por trás da figura, é limitado, como todos somos, e não deve ser objeto de veneração. Ele nunca quis ser guru de nada, nunca quis discípulos. Ele apenas acometeu de ter uma ideia que era maior que ele mesmo e cumpriu sua obrigação, seu chamado interno, de passar isso adiante. E claro, o fez de maneira mais que esplêndida. Fomos abençoados de ter oportunidade de sermos contemporâneos dele, mas... A bola agora tá com a gente.
O Nessahan, assim como o Zarathustra de Nietzsche, é um personagem, no fundo é isso, a gente se porta a ele com respeito e veneração, mas o que devemos é ter admiração pelas ideias do mesmo, não podemos desenvolver apego a pessoa dele, como se ele fosse um profeta. Hoje ele tá vivo, sabe lá se estará daqui a 50. Daqui a 100? Impossível, mas as ideias dele ainda poderão ter validade e estar em circulação.
Então algo me faz crer que ele não queira mais ser incomodado e nisso vou dar razão a ele. Foi bom saber que ele tá bem, assim como aquele parente que você não vê há muitos anos, mas ele não faz mais parte da sua vida mais como antes, então é só um oi, um desejo de felicidades e cada qual volta pra sua vida. Não sei se ele vai estar lendo isso, duvido muito, claro que também quero chance de deixar meu agradecimento a ele, é muito bacana ver todo o carinho que muita gente deve ter por ele também, mas vamos parar por aqui, que ele nunca foi nenhum Messias. Acredito que nisso ele concorde comigo.
Então extrapolando esse caso para o contexto geral é isso, brindem o grande Nessahan, mas assumam as ideias com vocês e faça valer essas ideias valiosas, torne-as suas, dê seu próprio tempero e conhecimento, as elabore mais se possível e passe adiante. Não precisa ser nenhum metedor de Real e a Real não precisa de nenhum evangelizador para converter os incautos. Só levar a Real internalizada e dissolvida para sua vida lá fora, com os conceitos dentro de outros contextos. A Real só cresce de verdade quando tiramos uma ideia aqui de uma discussão e passamos a levar isso para nossas vidas.
Por fim que dotemos mais amor ao conhecimento nesse nosso país polarizado, mas extremamente pobre de cultura, de leitura, onde o povo discute ideologias, ídolos e torcidas, mas nunca ideias que valham a pena. A gente precisa é de gente capaz de discutir ideias e não pessoas.
Que as ideias dele nos guiem, mas que seja através da nossa força e intelecto e para os poucos dedicados as discussões mais profundas (já que alguns acham que é suficiente, mas a verdade é que a discussão nunca deve parar), vamos nos aprofundar cada vez mais nelas.
Aos confrades, cada vez mais força e honra.