26-01-2015, 07:50 AM
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 20-06-2015, 10:08 AM por frost.)
MIZU NO KOKORO.
Mizu, significa água e a palavra kokoro em japonês significa coração/mente com a implicação de que a nossa vida emocional (do coração) e nossa vida racional (da mente) estão interligadas e não separadas como tendemos a distingui-las no Ocidente.
Com esse pano de fundo preenchido, vamos dar uma olhada no que Mizu no Kokoro significa.
A primeira coisa que Mizu no Kokoro ensina é que quando a água é calma não há ondulações, não há perturbação. A superfície de um lago quando não há vento é perfeitamente imóvel. Trazendo esse conceito para nossa vida, é assim que devemos manter nossa mente - perfeitamente imóvel, calma, e relaxada.
Mente calma quer dizer, mente sem os intermináveis diálogos internos, que não se perde nas lembranças boas ou más do passado, mente que não foge para as previsões do futuro, mente que não tenta reter nada que seja bom, nem tenta expulsar aquilo que seja ruim, mente que atua como observadora atenta de tudo que acontece ao seu redor. Uma mente completamente neutra e sem sensações do tipo “eu gosto” ou “eu não gosto”. Uma mente que não distingue entre 'sim' e 'não', entre 'bom' ou 'mal'. Uma mente que passeia pelo mundo sem distinções e intranquilidades.
Poético demais...Vou tentar falar mais claro.
Em termos práticos, esse estado mental de Mizu no Kokoro é capacidade da mente manter a mais absoluta tranqüilidade diante da adversidade, sem ser perturbada pelas nuances e tensões da vida.Vamos nos permitir viajar na maionese...
Imagine sua mente como um lago sereno, sem nenhum vento, com suas águas límpidas e sem a menor ondulação. De repente a superfície desse lago é perturbada, imediatamente ondulações são criadas. Anéis concêntricos espalham-se a partir da fonte do distúrbio, anéis esses que formam ondas que mais dia menos dia retornarão ao ponto onde houve a perturbação. A água não é mais calma e tranquila.
Imagine novamente sua mente como esse lago... Perceba que a água á partir do momento que foi perturbada, não reage de qualquer forma, ela reage em função da agressão recebida que é proporcional à força do agente causador, lembra-se da Terceira lei de Newton – “Toda ação corresponde a uma reação que lhe igual e contrária”. Pois é, a água e a mente são iguais, sempre que elas reagem o fazem na medida de sua injúria, o objetivo é sempre retornar a calma, para tal, a água revida na justa medida, mas o faz, sem sentimentos de raiva, ironia, sarcasmo, vingança etc. Sua reação sempre se encontra em perfeita harmonia com a ação inicial perturbadora, nunca mais ou menos, sempre equilibrada.
Nossas reações devem ser da mesma maneira, totalmente equânimes com a agressão, nem mais nem menos. Normalmente nos defendemos dizendo que tivemos um dia ruim, que dormimos mal, muitas contas para pagar (eu que o diga...) etc, isso é apenas uma desculpa para uma reação exagerada, motivada única e exclusivamente pelo ego exacerbado. O dano causado em tais momentos pode influenciar sua vida para sempre.
Vamos entender a diferença na concepção ocidental e japonesa das funções do coração e da mente. No Ocidente somos condicionados a manter nossas emoções sob controle. Regras de racionalidade, fingimento social, educação social. Mizu no Kokoro deixa claro que as reações devem ser apropriadas, a resposta deve ser natural, uma ação com o objetivo de restabelecer o equilíbrio perdido. A maneira pela qual uma pessoa reage a um café derramado na camisa é totalmente diferente da outra. Como será que um lago reage qd alguém joga alguma coisa dentro dele...
Mizu no Kokoro faz com que assim que tenha se esgotado a reação e retornado ao estado de equilíbrio, a superfície do lago ou mente torna-se tranqüila outra vez.
Faça o seguinte exercício: Sente-se calmamente, feche os olhos. Imagine que você está sentado na frente de um grande e plácido lago. Seus pés estão descansando dentro da água, você pode sentir uma leve brisa em sua pele. De repente o tempo muda, uma forte rajada de vento altera esse equilíbrio. Pequenas ondas são criadas, ondas maiores aparecem na medida da continuidade do vento. Assim que o vento desaparece as ondas perdem sua força e diminuem.Assim é a mente Mizu no kokoro.
O entendimento desse conceito é a de procura da homeostase, do equilíbrio, a mente nesse conceito é reativa e não passiva.
Bem sei que manter a tranquilidade, enquanto a vida cuidadosamente construída desmorona ao seu redor não é tão fácil como parece, pelo contrário é como construir uma casa em cima da outra “é difícil” (edifício). Neste mister, a meditação é o remédio que nos capacita a assim pensar e agir.
Continua...
(Desculpem a falta de formatação,estou postando do celular,chegando em casa corrijo.)
Mizu, significa água e a palavra kokoro em japonês significa coração/mente com a implicação de que a nossa vida emocional (do coração) e nossa vida racional (da mente) estão interligadas e não separadas como tendemos a distingui-las no Ocidente.
Com esse pano de fundo preenchido, vamos dar uma olhada no que Mizu no Kokoro significa.
A primeira coisa que Mizu no Kokoro ensina é que quando a água é calma não há ondulações, não há perturbação. A superfície de um lago quando não há vento é perfeitamente imóvel. Trazendo esse conceito para nossa vida, é assim que devemos manter nossa mente - perfeitamente imóvel, calma, e relaxada.
Mente calma quer dizer, mente sem os intermináveis diálogos internos, que não se perde nas lembranças boas ou más do passado, mente que não foge para as previsões do futuro, mente que não tenta reter nada que seja bom, nem tenta expulsar aquilo que seja ruim, mente que atua como observadora atenta de tudo que acontece ao seu redor. Uma mente completamente neutra e sem sensações do tipo “eu gosto” ou “eu não gosto”. Uma mente que não distingue entre 'sim' e 'não', entre 'bom' ou 'mal'. Uma mente que passeia pelo mundo sem distinções e intranquilidades.
Poético demais...Vou tentar falar mais claro.
Em termos práticos, esse estado mental de Mizu no Kokoro é capacidade da mente manter a mais absoluta tranqüilidade diante da adversidade, sem ser perturbada pelas nuances e tensões da vida.Vamos nos permitir viajar na maionese...
Imagine sua mente como um lago sereno, sem nenhum vento, com suas águas límpidas e sem a menor ondulação. De repente a superfície desse lago é perturbada, imediatamente ondulações são criadas. Anéis concêntricos espalham-se a partir da fonte do distúrbio, anéis esses que formam ondas que mais dia menos dia retornarão ao ponto onde houve a perturbação. A água não é mais calma e tranquila.
Imagine novamente sua mente como esse lago... Perceba que a água á partir do momento que foi perturbada, não reage de qualquer forma, ela reage em função da agressão recebida que é proporcional à força do agente causador, lembra-se da Terceira lei de Newton – “Toda ação corresponde a uma reação que lhe igual e contrária”. Pois é, a água e a mente são iguais, sempre que elas reagem o fazem na medida de sua injúria, o objetivo é sempre retornar a calma, para tal, a água revida na justa medida, mas o faz, sem sentimentos de raiva, ironia, sarcasmo, vingança etc. Sua reação sempre se encontra em perfeita harmonia com a ação inicial perturbadora, nunca mais ou menos, sempre equilibrada.
Nossas reações devem ser da mesma maneira, totalmente equânimes com a agressão, nem mais nem menos. Normalmente nos defendemos dizendo que tivemos um dia ruim, que dormimos mal, muitas contas para pagar (eu que o diga...) etc, isso é apenas uma desculpa para uma reação exagerada, motivada única e exclusivamente pelo ego exacerbado. O dano causado em tais momentos pode influenciar sua vida para sempre.
Vamos entender a diferença na concepção ocidental e japonesa das funções do coração e da mente. No Ocidente somos condicionados a manter nossas emoções sob controle. Regras de racionalidade, fingimento social, educação social. Mizu no Kokoro deixa claro que as reações devem ser apropriadas, a resposta deve ser natural, uma ação com o objetivo de restabelecer o equilíbrio perdido. A maneira pela qual uma pessoa reage a um café derramado na camisa é totalmente diferente da outra. Como será que um lago reage qd alguém joga alguma coisa dentro dele...
Mizu no Kokoro faz com que assim que tenha se esgotado a reação e retornado ao estado de equilíbrio, a superfície do lago ou mente torna-se tranqüila outra vez.
Faça o seguinte exercício: Sente-se calmamente, feche os olhos. Imagine que você está sentado na frente de um grande e plácido lago. Seus pés estão descansando dentro da água, você pode sentir uma leve brisa em sua pele. De repente o tempo muda, uma forte rajada de vento altera esse equilíbrio. Pequenas ondas são criadas, ondas maiores aparecem na medida da continuidade do vento. Assim que o vento desaparece as ondas perdem sua força e diminuem.Assim é a mente Mizu no kokoro.
O entendimento desse conceito é a de procura da homeostase, do equilíbrio, a mente nesse conceito é reativa e não passiva.
Bem sei que manter a tranquilidade, enquanto a vida cuidadosamente construída desmorona ao seu redor não é tão fácil como parece, pelo contrário é como construir uma casa em cima da outra “é difícil” (edifício). Neste mister, a meditação é o remédio que nos capacita a assim pensar e agir.
Continua...
(Desculpem a falta de formatação,estou postando do celular,chegando em casa corrijo.)