05-12-2011, 02:24 PM
Em tempos de crise, muitos investidores procuram as ações do setor de energia elétrica. As mesmas são consideradas ações defensivas por vários motivos:
1) Historicamente, estão sempre no topo da lista das ações com maior Dividend Yield, que é o resultado da divisão da quantidade de proventos pagos dividido pelo valor da ação expresso em porcentagem.
2) São empresas bem estabelecidas, com áreas especÃficas para atuar. Uma vez contruÃda a sua infra-estrutura, elas podem operar por décadas sem necessidade de grandes investimentos.
3) O produto que tais empresas vendem, a energia elétrica, é algo de que o mundo de hoje não pode abrir mão e o seu preço é regulado pelos Ãndices do governo, o que o protege contra a inflação.
4) Justamente por essas caracterÃsticas, os papéis de tais empresas costumam sofrer menos com as oscilações do mercado financeiro.
A maior vantagem desse tipo de papel é, ao meu ver, o retorno em dividendos. Só a tÃtulo de exemplo, a Eletropaulo pagou em 2009 mais de 24% do valor do papel na forma de dividendos. (fonte:http://economia.estadao.com.br/noticias/...4460,0.htm). Se esse DY elevado for mantido e considerando a cotação atual da ação, na casa dos R$ 33,00, para ter uma renda anual de 60 salários mÃnimos (R$ 32.700,00), o que equivaleria a 5 salários mÃnimos por mês em média (R$ 2.725,00), considerando o valor atual do salário mÃnimo (R$ 545,00), o investidor só precisaria investir R$ 136.250,00 (ou pouco mais de 4.100 açÃes).
A Eletropaulo vem ficando sempre no topo das listas de empresas que mais pagam dividendos em relação ao valor do papel, mas há outras empresas que também pagam generosas porções de seus lucros aos acionistas. Cemig, Aes Tietê, CPFL Energia, Light e Transmissão Paulista são outros exemplos.
A maior desvantagem desse tipo de papel é que por serem empresas que atuam em regiões especÃficas e serem concessionárias de serviços públicos, essas empresas apresentam poucas possibilidades de crescimento, salvo em casos de compra de uma empresa pela outra ou em caso de aumento da demanda energética dentro do território onde atuam, através de incrementos na produção industrial, aumento no consumo residencial, etc. Isso faz com que os papéis de tais empresas não tenham tanta possibilidade de aumento de valor quanto as ações de empresas com amplo espaço para crescimento.
Mas esse "problema" pode ser contornado se o investidor utilizar parte dos dividendos para a adquirir mais ações da empresa, fazendo com que a sua renda em dividendos cresca ano após ano (pelo menos é o que se espera).
Convém salientar que performance passada não é garantia de performance futura. Não é porque uma empresa vem pagando grandes fatias de seus lucros em forma de proventos aos acionistas que ela necessariamente continuará com essa polÃtica.
Gostaria de avisar que não sou especialista em economia nem em investimentos e que minha opinião é baseada unicamente na minha experiência (que não é muita) como investidor e em tudo o que já li na mÃdia especializada. Não estou indicando que caminho seguir. Cada um deve analisar o mercado e investir seus recursos conforme as suas possibilidades e seu perfil de investidor. Esta postagem é apenas um esboço. Fiquem à vontade para perguntarem ou acrescentarem algo.
1) Historicamente, estão sempre no topo da lista das ações com maior Dividend Yield, que é o resultado da divisão da quantidade de proventos pagos dividido pelo valor da ação expresso em porcentagem.
2) São empresas bem estabelecidas, com áreas especÃficas para atuar. Uma vez contruÃda a sua infra-estrutura, elas podem operar por décadas sem necessidade de grandes investimentos.
3) O produto que tais empresas vendem, a energia elétrica, é algo de que o mundo de hoje não pode abrir mão e o seu preço é regulado pelos Ãndices do governo, o que o protege contra a inflação.
4) Justamente por essas caracterÃsticas, os papéis de tais empresas costumam sofrer menos com as oscilações do mercado financeiro.
A maior vantagem desse tipo de papel é, ao meu ver, o retorno em dividendos. Só a tÃtulo de exemplo, a Eletropaulo pagou em 2009 mais de 24% do valor do papel na forma de dividendos. (fonte:http://economia.estadao.com.br/noticias/...4460,0.htm). Se esse DY elevado for mantido e considerando a cotação atual da ação, na casa dos R$ 33,00, para ter uma renda anual de 60 salários mÃnimos (R$ 32.700,00), o que equivaleria a 5 salários mÃnimos por mês em média (R$ 2.725,00), considerando o valor atual do salário mÃnimo (R$ 545,00), o investidor só precisaria investir R$ 136.250,00 (ou pouco mais de 4.100 açÃes).
A Eletropaulo vem ficando sempre no topo das listas de empresas que mais pagam dividendos em relação ao valor do papel, mas há outras empresas que também pagam generosas porções de seus lucros aos acionistas. Cemig, Aes Tietê, CPFL Energia, Light e Transmissão Paulista são outros exemplos.
A maior desvantagem desse tipo de papel é que por serem empresas que atuam em regiões especÃficas e serem concessionárias de serviços públicos, essas empresas apresentam poucas possibilidades de crescimento, salvo em casos de compra de uma empresa pela outra ou em caso de aumento da demanda energética dentro do território onde atuam, através de incrementos na produção industrial, aumento no consumo residencial, etc. Isso faz com que os papéis de tais empresas não tenham tanta possibilidade de aumento de valor quanto as ações de empresas com amplo espaço para crescimento.
Mas esse "problema" pode ser contornado se o investidor utilizar parte dos dividendos para a adquirir mais ações da empresa, fazendo com que a sua renda em dividendos cresca ano após ano (pelo menos é o que se espera).
Convém salientar que performance passada não é garantia de performance futura. Não é porque uma empresa vem pagando grandes fatias de seus lucros em forma de proventos aos acionistas que ela necessariamente continuará com essa polÃtica.
Gostaria de avisar que não sou especialista em economia nem em investimentos e que minha opinião é baseada unicamente na minha experiência (que não é muita) como investidor e em tudo o que já li na mÃdia especializada. Não estou indicando que caminho seguir. Cada um deve analisar o mercado e investir seus recursos conforme as suas possibilidades e seu perfil de investidor. Esta postagem é apenas um esboço. Fiquem à vontade para perguntarem ou acrescentarem algo.