20-02-2016, 05:29 PM
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 23-02-2016, 02:41 PM por Gekko.)
Parábola da Vaquinha – Mudança de Rotina
As vezes, estamos presos a algumas situações, de onde não conseguimos enxergar novas alternativas para melhorar nossa qualidade de vida. Quando me encontro nesta situação, sempre me vem a cabeça a parábola da vaquinha, que segue abaixo:
![[Imagem: vaquinha.jpg?w=500]](https://coachingsp.files.wordpress.com/2009/07/vaquinha.jpg?w=500)
Era uma vez, numa terra distante, um sábio chinês e seu discípulo. Certo dia, em suas andanças, avistaram ao longe um casebre. Ao se aproximar, notaram que, a despeito da extrema pobreza do lugar, a casinha era habitada. Naquela área desolada, sem plantações nem árvores, viviam um homem, uma mulher, seus três filhos pequenos e uma vaquinha magra e cansada. Com fome e sede, o sábio e o discípulo pediram abrigo por algumas horas. Foram bem recebidos. A certa altura, enquanto se alimentava, o sábio perguntou:
– Este é um lugar muito pobre, longe de tudo. Como vocês sobrevivem?
– O senhor vê aquela vaca? Dela tiramos todo o nosso sustento – disse o chefe da família. – Ela nos dá leite, que bebemos e também transformamos em queijo e coalhada. Quando sobra, vamos à cidade e trocamos o leite e o queijo por outros alimentos. É assim que vivemos.
O sábio agradeceu a hospitalidade e partiu. Nem bem fez a primeira curva da estrada, disse ao discípulo:
– Volte lá, pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali em frente e atire-a lá pra baixo.
O discípulo não acreditou.
– Não posso fazer isso, mestre! Como pode ser tão ingrato? A vaquinha é tudo o que eles têm. Se eu jogá-la no precipício, eles não terão como sobreviver. Sem a vaca, eles morrem!
O sábio, como convém aos sábios chineses, apenas respirou fundo e repetiu a ordem:
– Vá lá e empurre a vaca no precipício.
Indignado porém resignado, o discípulo voltou ao casebre e, sorrateiramente, conduziu o animal até a beira do abismo e a empurrou. A vaca, previsivelmente, estatelou-se lá embaixo.
Alguns anos se passaram e durante esse tempo o remorso nunca abandonou o discípulo. Num certo dia de primavera, moído pela culpa, abandonou o sábio e decidiu voltar àquele lugar. Queria ver o que tinha acontecido com a família, ajudá-la, pedir desculpas, reparar seu erro de alguma maneira. Ao fazer a curva da estrada, não acreditou no que seus olhos viram. No lugar do casebre desmazelado havia um sítio maravilhoso, com muitas árvores, animais, abundância e prosperidade. Ali perto estavam três adolescentes robustos, comendo carne e comemorando alguma conquista. O coração do discípulo gelou. O que teria acontecido com a família? Decerto, vencidos pela fome, foram obrigados a vender o terreno e ir embora. Nesse momento, pensou o aprendiz, devem estar mendigando em alguma cidade. Aproximou-se, então, do caseiro e perguntou se ele sabia o paradeiro da família que havia morado lá há alguns anos.
– Claro que sei. Você está olhando para ela – disse o caseiro, apontando as pessoas ao redor de si.
Incrédulo, o discípulo afastou o portão, deu alguns passos e, chegando perto dele, reconheceu o mesmo homem de antes, só que mais forte e altivo, a mulher mais feliz, as crianças, que haviam se tornado adolescentes saudáveis. Espantado, dirigiu-se ao homem e disse:
– Mas o que aconteceu? Eu estive aqui com meu mestre uns anos atrás e este era um lugar miserável, não havia nada. O que o senhor fez para melhorar tanto de vida em tão pouco tempo?
O homem olhou para o discípulo, sorriu e respondeu:
– Nós tínhamos uma vaquinha, de onde tirávamos nosso sustento. Era tudo o que possuíamos, mas um dia ela caiu no precipício e morreu. Para sobreviver, tivemos que fazer outras coisas, desenvolver habilidades que nem sabíamos que tínhamos. E foi assim, buscando novas soluções, que hoje estamos muito melhor que antes.
Fonte: https://coachingsp.wordpress.com/2009/07...de-rotina/
Eu não leio esse blog de onde tirei a parábola, só encontrei o texto por acaso (ou será que não?) e também fiz algumas alterações no texto original.
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