05-07-2019, 12:09 AM
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 05-07-2019, 12:12 AM por Velho Gonçalves.)
Esse é o tipo de conversa que, sobriamente, não é possível de se ter com alguém. Então, o texto abaixo deve ser lido pela ótica de quem está em uma mesa de bar: já esvaziando a terceira garrafa de cerveja, e aguardando a porção de calabresa acebolada.
Já faz muito tempo que um certo pensamento passa pela minha cabeça: o de que as leis da física podem ser utilizadas para explicar as movimentações e emoções, também, da nossa mente. Eu sempre falho miseravelmente quando tento explicar isso, pessoalmente, para alguém. Sei que não vou ter mais sucesso aqui, usando texto. Mas foda-se: lá vou eu viajar de novo...
As pessoas, diariamente, usam situações físicas e tangíveis para exemplificar e compreender ações emocionais, sociais e sentimentais. Quando fazem isso, elas usam o termo “Analogia”. Porém, eu, já penso que na verdade não existe analogia: estas pessoas apenas encontraram duas situações que operam de acordo com uma mesma “lei” comum, a qual funciona no espaço tangível (espaço tempo) e no espaço intangível das mentes humanas.
Por exemplo...
Existe um canal no youtube de um cara chamado Copini. Em um dia desses, eu vi um vídeo no qual ele fez uma “analogia”, comparando a vida de um homem bem desenvolvido, com o Sol. De acordo com Copini, as qualidades de um cara bem desenvolvido são tão boas, que as pessoas próximas tendem a “orbitar, ou serem atraídas” para perto desse cara; tal qual os planetas orbitam o sol, e recebem sua energia. Aqui nesse ponto é que entra a minha ideia louca de bêbado.
De acordo com a minha ideia, o Copini não fez apenas uma analogia; ou seja, ele não usou por acaso duas situações (a força do sol e a vida de um cara bem desenvolvido), que por coincidência funcionam de maneira parecida. Na verdade, ele apontou duas situações que operam de acordo com uma lei natural e comum, a qual justifica e explica as duas coisas: mesmo uma sendo física, o sol atraindo os planetas; e outra sendo mental, a sabedoria de um homem desenvolvido atraindo a atenção das pessoas ao redor.
De acordo com Einstein (teoria relatividade), a massa de corpos celestes grandes é tão densa que causa deformações no espaço tempo. Essas deformações alteram a trajetória da movimentação dos planetas sobre o éter do universo, dando origem àquilo que conhecemos como órbita e, consequentemente, gravidade. Da mesma forma, um homem desenvolvido (assim como um sol, com muita energia e massa), possui tanta sabedoria e conhecimento que, inevitavelmente, distorce o caminho natural pelo qual as mentes dos homens de “menor massa e menor energia” passam.
Concluindo; a gravidade, conforme Einstein nos disse, não é uma “Força” que puxa os corpos celestes. Mas sim, é a forma como os corpos reagem às alterações matemáticas no espaço tempo, causadas pela presença de corpos de grande massa, como o sol. Da mesma forma, nós – menos desenvolvidos mentalmente – sentimos nossa atenção ser atraída para perto do conhecimento de pessoas com mais sabedoria. Isto porque, o volume da sabedoria delas é tanto que causa distorção em meio ao fluxo ordinário do pensamento das pessoas comuns. Esta atração, então, não é uma “força que puxa o nosso pensamento de um lugar x para um lugar y”. Mas sim, uma distorção em curva que “conduz o nosso pensamento de um lugar x para um lugar y”.
Essa conclusão, no meu ponto de vista, explica o fato de pessoas que meditam seriamente alegarem que, em estados profundos de transe, não sentem mais a divisão do corpo e da mente... Como se tudo na verdade fosse uma coisa só: o corpo e a mente... o tangível e o intangível.
Agora vou dormir, e torcer para a ressaca não vir pesada amanhã.