Raízes da falta de motivação brasileira e a solução definitiva

[AlexReal]

Confrades, como estão?

 

        Há muito percebo, aqui no fórum e durante o dia a dia, a procura das pessoas por motivação, receitas de bolo e até mesmo razões para começar a agir e finalmente deixar de ser paspalho (a) em suas vidas particulares. 

 

        A busca por motivação externa é algo que já procurei muito e, pra confessar, vez ou outra ainda busco. Porém, contudo, entretanto, todavia, consigo superar rapidamente e fazer o que tem que ser feito. Acredito que isso seja normal para todos.

 

        Sem mais delongas, venho apresentar uma reflexão a partir de um ponto de vista histórico-sociológico, a fim de propôr um pensamento reflexivo definitivo ao senhores, no que se refere à motivação para agir e fazer o que deve ser feito no momento em que a vida nos cobra ou, preferencialmente, que cobramos a nós mesmos.

 

 

O ESTADO DE DECADÊNCIA DO REFERENCIAL HISTÓRICO BRASILEIRO

 

INTRODUÇÃO

 

           Desde pequenos ouvimos (ouvíamos) histórias da Grécia, Roma, entre outros povos guerreiros. Todos eles têm algo específico em comum: o referencial histórico. Seja este referencial dado por seus pais através de histórias familiares (famílias guerreiras), ou através de histórias mitológicas com Deuses, monstros, guerras e batalhas, todas as crianças destes povos supracitados possuíam, desde pequenos, um senso de contexto.

 

     Este senso de contexto, de saber de onde vieram, permitia a cada nova geração saber, consequentemente, para onde deveriam ir, o que deveriam fazer em cada fase da vida. Possuíam um objetivo social, um senso de coletividade. Com isso, cada um sabia seu papel de vida e de ação. Com referenciais sólidos e bem claros, tinham plena noção da missão social que possuíam, seja ela qual fosse.

O PROBLEMA ATUAL

 

        Conhecimento da maioria desta casa (fórum) é o fato de que os comunistas são muito bons na tal “Guerra Cultural”, tendo pleno domínio das estratégias de domínio cultural, intelectual e emocional dos membros dos países/Estados os quais pretendem ocupar.

 

        Conhecimento dos comunistas é o fato de que o referencial histórico é, senão o principal, um dos principais fatores de sucesso de uma sociedade. Afinal, sem saber de onde viemos, onde estamos e pra onde devemos ir, o estado de insegurança (medo) toma conta, impedindo qualquer pessoa de agir conscientemente, levando-as ao fracasso.

 

        Analisando as últimas décadas, podemos perceber que a literatura nacional DESAPARECEU. Desde a década de 1970/80, NADA de relevante foi produzido, NENHUM poeta novo surgiu, NENHUM estudioso de relevância surgiu no Brasil. Para além disso, TODOS os heróis REAIS que tivemos foram apagados da história, os falsos foram ressaltados a fim de perpetuar a narrativa favorável à ideologia e plano comunista.

 

O RESULTADO CATASTRÓFICO

 

        Muito dificilmente, crianças nascidas na década de 1990 para frente possuem conhecimento de histórias mitológicas, referenciais de sucesso brasileiros e internacionais, conhecimento sobre a própria história, seja esta de sua família, sua casa, sua rua, sua cidade, seu país.

 

        Com o referencial histórico completamente apagado, apenas com muito esforço ele pode ser recuperado (e por conta própria). Acontece que nem mesmo os nossos pais tem ou tiveram consciência disto, causando uma perpetuação da ignorância existencial e, por consequência, o surgimento do famoso vazio existencial.

 

A “CAUSA” DA FALTA DE MOTIVAÇÃO (APATIA SOCIAL) BRASILEIRA

 

        Circundados por miséria (intelectual e material), artística e cultural, os brasileiros se deixaram submergir por este estado, deixando de produzir ou pensar sobre qualquer fato ou acontecimento.

 

     Sem pessoas que registram, interpretam e mostram tais acontecimentos à população (artistas de qualidade em geral – poetas, pintores, músicos), a sociedade, em algum ponto, “decide” parar de fazer tudo que é preciso e torna-se um coletivo de amebas.

 

        Resultado da estratégia esquerdista (apagar o passado e reescrever a história da sua maneira), o Brasil parou no tempo, pelo visto, há mais de 20 anos. Tudo bem, mas quando acaba esse texto enorme e chega a solução?

 

 

A SOLUÇÃO: PARE AGORA COM A BUSCA DE MOTIVAÇÃO EXTERNA!

 

        Pegando como exemplo grandes artistas (aqui inclusos os poetas, pintores, músicos, etc.), e analisando um pouco de suas vidas, podemos ver que a motivação externa era, muitas vezes, INEXISTENTE ou, até mesmo, a falta de motivação ERA A PRÓPRIA MOTIVAÇÃO:

 

“Já estou na merda, vou pelo menos fazer algo que preste”

 

     Beethoven era surdo e mesmo assim produziu, cada vez mais, obras musicais fantásticas (para os apreciadores de música clássica). Entre outros vários exemplos.

 

     Cabe a nós mesmos buscar as referências históricas particulares de nossa família, nosso Estado, enfim, buscar nossos heróis, a história que realmente aconteceu, a fim de adquirirmos uma noção de quem somos, onde estamos e onde devemos chegar!

 

CONCLUSÃO

 

        O estímulo externo à criação não vem de fora. Porém, algum sinal externo é preciso para despertar o interesse individual. Pode ser sua família, um amor, uma amizade...VOCÊ MESMO, NÉ PASPALHO?

 

 

 

O que te faz querer sair do lugar onde você está?

 

        Procure sobre o passado, leia obras clássicas, ouça boas músicas...viva o mundo antigo no mundo atual. Meio ao caos, cabe a cada um encontrar o próprio lugar e, conforme formos acordando, passar estes conhecimentos para as gerações futuras.

 

 

Espero ter sido claro,

 

Alex

[Spectro]

Por isso jogando god of war novo pude ver como aquele jogo e foda.
Quanto o kratos conta histórias pro seu filho lá no barco é show de bola.

[Bruno Padilha]

O fator externo que desperta minha motivação se chama BOLETO.
Afinal, não tenho a mente de adolescente de instagram que é sustentada pelos pais e fica dizendo que tem depressão.
Como diz o sábio, quem tem enxada na mão não tem depressão.
Sei lá porque tô falando disso, talvez tenha gente fresca do caralho, tipo uns aspiras "ain bossonaro é igual os nazipestista", "ain vo criticá o trump pra ser o diferentão do fórum" que vai ler por causa desse papo de "motivação".
Quem precisa de motivação pra algo já começa errado.
Motivação de cu é rola.
O que importa é somente a técnica, fazer corretamente algo e saber o que tem a oferecer e correlacionar com quem demanda por isso, da mesma forma que desejar o que for viável de conseguir.
Capacitação + circunstâncias = resultado.
Ótima analise sobre como a esquerda globalista enviadou gerações! E depois tem gente que não acha importante nada disso, porque prefere ficar falando de hur dur muié, eca, manginas chatos.

[Spectro]

Padilha mito

[Loki]

O fator externo que desperta minha motivação se chama BOLETO.
Afinal, não tenho a mente de adolescente de instagram que é sustentada pelos pais e fica dizendo que tem depressão.
Como diz o sábio, quem tem enxada na mão não tem depressão.

Pra mim, perfeito até aqui. 
Sobre o resto do comentário, apesar de estar plenamente relacionado ao objetivo do tópico, e embora eu não seja um dos juvenas ou aspiras recém chegados, me junto aos que não querem debater esse assunto de globalismo, comunismo, nova ordem mundial e assemelhados. 
Já tem muitos anos que tais assuntos cansaram minha beleza e por isso não tecerei maiores comentários... 

[Baralho]

Marcando só pra contribuir:

Brasileiro não está disposto a trabalhar como os chineses, diz jornal do país asiático
06/12/2018 12h36 Atualizado há uma hora


Os brasileiros não estão dispostos a trabalhar como os chineses por uma questão cultural, que cria barreiras para a indústria do país. Foi com essa opinião que o editorialista chinês Ding Gang apontou, em um texto publicado na quarta-feira (5) em um jornal estatal da China, porque seu país conseguiu a industrialização enquanto o Brasil não.

O país tem um sério problema de mentalidade em relação a riqueza e ao trabalho.

[Bruno Padilha]

Uma coisa é não querer falar sobre política, o que não tem nenhum problema, mesmo sem entrar no mérito da questão sobre o porquê não falar disso.
Outra coisa é SÓ falar de política pra vir criticar o Bolsonaro.
E não é preciso escolher entre uma coisa OU outra, falar de política ou ser mangina. Uma coisa não elimina a outra é é possível fazer as duas ou não fazer nenhuma também.

[thothenki]

O fator externo que desperta minha motivação se chama BOLETO.
Afinal, não tenho a mente de adolescente de instagram que é sustentada pelos pais e fica dizendo que tem depressão.
Como diz o sábio, quem tem enxada na mão não tem depressão.
Sei lá porque tô falando disso, talvez tenha gente fresca do caralho, tipo uns aspiras "ain bossonaro é igual os nazipestista", "ain vo criticá o trump pra ser o diferentão do fórum" que vai ler por causa desse papo de "motivação".
Quem precisa de motivação pra algo já começa errado.
Motivação de cu é rola.
O que importa é somente a técnica, fazer corretamente algo e saber o que tem a oferecer e correlacionar com quem demanda por isso, da mesma forma que desejar o que for viável de conseguir.
Capacitação + circunstâncias = resultado.
Ótima analise sobre como a esquerda globalista enviadou gerações! E depois tem gente que não acha importante nada disso, porque prefere ficar falando de hur dur muié, eca, manginas chatos.

Òtimo comentário.

Homem se não tem motivação precisa buscá-la, senão não se desenvolve. 
Se não tem boleto tem que sair da casa dos pais e procurar os seus.
Se o trabalho não rende o esperado no fim do mês tem que procurar se aperfeiçoar e melhorar seus rendimentos. 
Somos feitos pra superar nossos próprios limites. 

É assim que o cara se constroi, só se jogando de cara nos desafios e lutando pra levantar e permanecer de pé em seguida.

Quando eu entrei na real eu ainda era um juvenil que tinha acabado de entrar na faculdade bicho, bancado pelos velhos.
Durante a faculdade, graças a Real aprendi que era melhor deixar as festas de lado e focar no estudo. 
Hoje em dia, já formado, depois de aproveitar os conselhos desse ambiente aqui, arrumei um emprego até bom pra minha área e me dá um puta orgulho conseguir dar uma mão financeiramente pros meus velhos sempre que as coisas apertam como nessas épocas de crise. 
Um cara tem que ter motivações maiores que ele próprio pra ter vontade de viver, e acredito que a motivação maior é a família. Isso que te dá aquele empurrão da cama cedo, quando você ainda tá sonolento e com preguiça. Te faz calar a boca e trabalhar com ainda mais puto e fazendo disso aumentar tua vontade quando tá cheio de problemas pra resolver e com vontade de mandar tudo a merda. 

Boleto sem dúvida é uma grande motivação. 
Mas os próximos de nós eu julgo que sejam motivações ainda maiores. 
Não tem nada melhor que acordar, mesmo com preguiça e sono, motivado por ter um sentido de algo a cumprir. 
E nada melhor que chegar em casa depois de um dia fodido de trabalho e abrir uma cerveja bem gelada, pensando nos boletos todos quitados e dinheiro de sobra no banco. 

Se a maioria não tem motivação, fazer oque? A nossa só cresce, o jeito e aproveitar a maré e passar por cima de tudo como um trator, aplanando o nosso caminho e construindo estradas pro nosso futuro, sossego e paz.

[Jaguar Paw]

A minha solução definitiva será cair fora daqui mês que vêm. Darwin (Território do Norte, Austrália) aí vou eu.

Pois é, vou para a Austrália, um dos lugares mais pós modernos (''marxista cultural'') do Mundo e bem no olho do furacão da disputa EUA x China. Por sinal, vou trabalhar para exportadores que praticamente só têm clientes chineses.

Cansei daqui, cansei do povo brasileiro, cansei de tudo. Quero que minha filha seja criada bem longe de qualquer coisa relacionada ao Brasil. Prefiro expô-la aos riscos de uma World War III (por sinal, Darwin foi arrasada pelos japoneses na Segunda Guerra Mundial) a mantê-la neste hospício. Ela sequer vai nascer aqui.

Pois é, beirando os cinquenta anos, o Pata de Jaguar vai se mandar para a capital mundial do crocodilo de água salgada.

Boa sorte para quem fica.

[Kronos o realista]

Postagem excelente me ajudou muito meus parabens

Eu estava procurando motivação para continuar trabalhando, para terminar a faculdade, desenvolver os projetos paralelos e tomar vergonha na cara e sair da casa dos meus pais, ficava bastante tempo vendo videos de motivação no youtube que nunca consegui aplicar na minha vida, quanta besteira a minha, mudanças de comportamentos são dificeis de se ter

Essas mudanças só depende de nós mesmos fatores internos

[Wild]

O texto é simples e raso, mas ele aponta um problema que Olavo e a galerinha da direita conservadora vem discutindo a um bom tempo: A Guerra Cultural, isso é, reconhecer uma corrente de contra-cultura (o que chamamos de marxismo cultural, meio que erroneamente) que se estabeleceu como cultura dominante nos dias de hoje, praticamente. Estando num contexto de guerra, é óbvio que essa vai fazer de tudo para poder destruir toda e qualquer influência da outra, seja sua moralidade, suas instituições, seja o que mais estiver pela frente, para poder implantar seus projetos de cultura.

Em outra oportunidade concluo meu pensamento e discuto melhor isso.

[Gilgamesh]

Apesar de ter achado boa parte do primeiro comentário do Padilha uma merda, numa primeira leitura, experimentei trocar a palavra boleto por espada, e, reduzir 800 anos ao tempo presente. Aí funcionou, e deu pra levar em consideração.

O negócio é que não temos referencial de união nacional, nem na nossa independência, nem no golpe militar que fundou a república, tampouco no que se seguiu e desembocou no presente, sempre o povo foi avisado pelo andar de cima o que estava acontecendo.

Não temos um fator comum a todos, como Carlos Martel na França,  Os Pais Fundadores dos EUA, um Martín Fierro argentino, um Robin Hood Suíço, Um Siegfried teutônico... No máximo temos duas variantes sobre um mesmo personagem, o original e o remake, o Pedro Malasartes , o tipo português que gerou no seculo passado nosso, representativo ,porém não reconhecido como a mais exata (justamente por ser) representação da alma nacional, Macunaíma,o herói sem nenhum caráter.

Tristemente, talvez esse seja nosso legado ao mundo, ao planeta Terra, e à civilização humana, viver e se relacionar sem caráter, reproduzir a cultura do jeitinho.

Enquanto indivíduo devemos , buscar algo e usar as ferramentas que temos à nossa
disposição . Se vamos tentar atingir is meios com ética e respeito, num meio sem os mesmos valores, ao agir desse modo, seja por que meios forem, terminamos criando um meio ético. Resistamos à ausência  ou negação de padrões morais,com valores morais e automaticamente estaremos criando e passando ele adiante através do exemplo. Talvez precise ser criada uma ética pela força.

Apesar de ter achado boa parte do primeiro comentário do Padilha uma merda, numa primeira leitura, experimentei trocar a palavra boleto por espada, e, reduzir 800 anos ao tempo presente. Aí funcionou, e deu pra levar em consideração.

O negócio é que não temos referencial de união nacional, nem na nossa independência, nem no golpe militar que fundou a república, tampouco no que se seguiu e desembocou no presente, sempre o povo foi avisado pelo andar de cima o que estava acontecendo.

Não temos um fator comum a todos, como Carlos Martel na França,  Os Pais Fundadores dos EUA, um Martín Fierro argentino, um Robin Hood Suíço, Um Siegfried teutônico... No máximo temos duas variantes sobre um mesmo personagem, o original e o remake, o Pedro Malasartes , o tipo português que gerou no seculo passado nosso, representativo ,porém não reconhecido como a mais exata (justamente por ser) representação da alma nacional, Macunaíma,o herói sem nenhum caráter.

Tristemente, talvez esse seja nosso legado ao mundo, ao planeta Terra, e à civilização humana, viver e se relacionar sem caráter, reproduzir a cultura do jeitinho.

Enquanto indivíduo devemos , buscar algo e usar as ferramentas que temos à nossa
disposição . Se vamos tentar atingir is meios com ética e respeito, num meio sem os mesmos valores, ao agir desse modo, seja por que meios forem, terminamos criando um meio ético. Resistamos à ausência  ou negação de padrões morais,com valores morais e automaticamente estaremos criando e passando ele adiante através do exemplo. Talvez precise ser criada uma ética pela força. E sim, nossos boletos são nossa batalha e os meios que ulilizamos para quita-los nossa espada.

[Wild]

Meio que continuando meu comentário anterior...

É a falta da identidade nacional, de tradição e bons exemplos de almas nobres, de ideais fundadores. A alma nacional é inexistente, e o pouco reconhecimento que alguma cultura europeia civilizatória pode ter ainda está sendo apagada pelo revisionismo histórico e substituída por arremedos de cultura indígena ou africana, como se essas culturas amputadas das suas raízes fizesse algum sentido para os próprios grupos, o que dirá a sociedade brasileira como um todo.

Antes que esquerdista xarope venha encher meu saco, é óbvio que esses símbolos tem valor, mas eles devem ser absorvidos e integrados numa cultura superior. E não ser apenas o resquício de rituais tribais (novamente, amputados do seu contexto original) a nossa única cultura civilizatória.

Como OC fala, a identidade nacional consiste na eterna busca pela identidade nacional, é um cachorro eternamente correndo atrás do próprio rabo. Algumas filmes como o do Bonifácio, ou algumas minisséries do Brasil Paralelo tentam resgatar nossa cultura e identidade. Em pleno declínio das civilização e dissolução das identidades nacionais tendo em vista ao globalismo, o fato de não termos sequer uma identidade nacional e tradição cultural milenar pra se agarrar nos torna um alvo fácil por demais.

Fora isso, ainda tem a parte da questão dos escritores e da mídia e como ela criou os estereótipos e narrativas que permeiam o imaginário popular, colocando, por exemplo, a figura do malandro no protagonismo, o que faz a gente se questionar ainda mais no nosso papel diante do mundo(vide o tópico http://legadorealista.com/fdb/showthread.php?tid=9733 onde estamos discutindo se o errado compensa) e isso afeta diretamente nossa motivação. Mas nesse mérito da cultura vou entrar depois.

A gente tem é sorte de estar de estar num país relativamente isolado, tecnicamente falando. A gente pode ter uns comunas aqui ou alí ou um ianques capitalistas, mas se aqui fosse a Europa, nosso vácuo de cultura já teria feito esse país ter sido tomado pelos islâmicos há muito tempo...

[Villefort]

UP nesse tópico!

[Marcílio]

O fracasso brasileiro é histórico, independe de ideologia comunista ou não. Só acho que os comunas aprofundaram um pouco, mas o fracasso sempre existiu.

Eu acho que para mentes com imaginação menos desenvolvidas e com desejo imediato avançar em alguma coisa (sem querer perder muito tempo com estudos mais avançados sobre Vocação de Viktor Frankl ou Necrolegio do Olavo de Carvalho, já que esses processos demoram algum tempo para ser refletidos e ter resultados na vida da pessoa), daria uma olhada na motivação impulsionada pela Necessidade, Desafios e Inspiração.

Tenho refletido um pouco da relação desses três elementos (Necessidade - Desafio - Inspiração) e observo que eles podem vir isolados ou não, depende muito da pessoa. Por exemplo, um sujeito pobre e fudido tem muito mais motivação decorrente da Necessidade, do que alguém que já dispõe de muitas riquezas. Sujeitos assim às vezes tem resultados extraordinários, mesmo tendo pouquíssimos recursos. Por outro lado, quando a pessoa movida pela Necessidade já se encontra numa posição privilegiada e quer buscar a crescer de maneira excepcional, precisará bastante de Desafios e Inspiração (ou não).

Nas conversas que tive com muita gente, além de ler várias biografias, eu acho que o brasileiro tem um pouco de dificuldade de entender esses três elementos e se impulsionar com base neles. Normalmente, o elemento que o mais fazem o mover é Necessidade, diferente do Americano que é Desafios e Inspirações.

[Gilgamesh]

Instigante essa visão do Marcílio, sobre o que impulsiona as pessoas.

Brasileiros tendem à suprir , na grossa maioria, o fator Necessidade, e se predispõem a superar Desafios , mas somente enquanto lutam para suprir as Necessidades. Após atingir um através do outro, não deixam que a Inspiração lhes(nos) façam ver que são coisas ligadas estruturalmente, e podem ser aplicadas em novos desafios. É aqui que a maioria refuga, pois só entende atingir algo através de um meio, e após isso poupar energia e se negar o prazer de fazer algo somente pra se testar. A zona de conforto nubla a imaginação.

Mas é até compreensível afinal paises como o nosso não prezam riscos e realização, ao contrário, estabilidade e humildade social. Como dizia Tom Jobim "sucesso no Brasil é ofensa pessoal ".