26-04-2018, 09:46 AM
Estou começando a escrever este relato aqui na Quarentena. Se puderem, mudem para a seção apropriada. Grato.
A teoria do caos é algo interessante. Ela explica como um fato corriqueiro acontece e somado a diversos outros fatos corriqueiros que vão acontecendo, faz a sua vida tomar um rumo completamente diferente do que seria se aquele primeiro fato não tivesse ocorrido.
Por exemplo, em uma bela noite voce tem que ir a uma entrevista de emprego na manhã seguinte, mas ansioso, voce dorme mal, acorda tarde, perde o onibus, chega atrasado na entrevista e fica sem a vaga.
Sem nunca ter trabalhado nesse emprego voce terá deixado de conhecer várias pessoas. Uma dessas pessoas teria sido um grande amigo seu, que tempos depois teria te convidado pra ser padrinho de casamento dele. Na festa do casamento voce teria conhecido a prima da noiva, com quem voce teria trocado uma ideia, pegado o contato, dias depois marcado um encontro, e eventualmente namoraria com ela, noivaria, casaria e teria filhos com ela.
Mas nada disso aconteceu porque voce perdeu aquele onibus.
O que aconteceu foi que voce ficou desempregado por mais tempo e frustrado, decidiu tentar ganhar a vida em outro estado. Lá voce arrumou um emprego e se estabeleceu definitivamente e depois de algum tempo, voce conhece uma mulher através de um Badoo ou Tinder da vida. Começa um relacionamento, se casa, tem filhos.
Repare que a sua casa, o lugar que voce mora, sua esposa, seus filhos, sua vida inteira é completamente diferente do que teria sido se voce não tivesse perdido aquele onibus.
Pois então, eu imagino se eu teria chegado aqui e me tornado a pessoa que sou hoje se não tivesse ido em uma certa entrevista e trabalhado em um emprego que de certa forma me trouxe pra Real.
O curioso é que eu tinha acabado de sair de outro emprego e nem estava procurando um ainda. Foi minha irmã que colocou um currículo e entraram em contato com ela, dizendo que ela poderia ir e levar outra(s) pessoa(s) com ela se quisesse, e ela me chamou.
No fim das contas eu entrei no emprego e minha irmã não. Tratava-se de uma livraria.
Nota: Vou usar nomes fictícios nesse relato.
Já na entrevista conheci de vista uma das candidatas que se chamava Karen. Ela também foi selecionada e entrou junto comigo no emprego. Trabalhando juntos, fizemos amizade rapidamente. Achei ela uma mulher atraente (era loirinha do tipo magrinha, pequena e frágil, e que apesar de uma aparência juvenil, pra surpresa de todos, estava prestes a fazer 30 anos). Fiquei logo sabendo que ela tinha um noivo, portanto apesar de achar ela atraente, fiquei mesmo só no coleguismo com ela. Guardem o nome dela, Karen, pois vou voltar a falar dela mais tarde.
A líder do turno da tarde, que era o meu turno, era uma mulher muito simpática. Seu nome era Anne, uma morena (branca) de longos cabelos pretos, não muito bela de rosto, mas com um corpo delicioso, peitões grandes, cintura bem modelada e um rabão de dar água na boca. Divorciada, era mãe de uma filha.
Conforme eu fui convivendo, fui desenvolvendo um interesse cada vez maior por ela.
Com dois meses e meio mudei de função na empresa. Passei pra um cargo em que ficaria trabalhando somente de segunda a sexta, e pra compensar teria um expediente um pouco maior, passando pro horário da manhã inteiro e pegando uma parte do turno da tarde. Curiosamente a Karen passou pro turno da madrugada nessa mesma ocasião e perdemos um pouco o contato, pois só via ela brevemente de manhã cedo, quando eu estava chegando e ela saindo (não esqueçam dela, mas por enquanto vamos nos concentrar na Anne).
Pouco antes da saida da Deborah, a Anne voltou do seu afastamento e conheceu o William. Eu pensava comigo mesmo: "se esse cafa quiser se engraçar com qualquer uma aqui, to nem aí desde que ele não se engrace com a Anne".
Eu recebi tão bem a Anne após a recuperação dela que ela chegou a perceber o meu interesse por ela. E por um tempo ela deu a entender que estava interessada em mim também, passando a me tratar de um jeito diferente e com maior interesse na minha pessoa.
Ela fez aniversário nessa época e eu falei que iria dar um presente pra ela. Ela pediu um relógio de pulso. Eu comprei e dei um relógio pra ela. Ganhei um abraço de retribuição e a sensação de que ela tava no papo.
Logo em seguida eu abri o jogo e mandei mensagem dizendo que eu estava afim dela e a resposta dela foi a famosa: "é só amizade". Eu até que levei numa boa, não era o primeiro toco que eu levei na vida. Se ela não queria eu não podia fazer nada.
Mas nos dias subsequentes eu comecei a notar uma coisa que me deixou cabreiro. Eu reparei que estava rolando um clima entre a Anne e o gerente safado do William. Mas será possível que de todas as mulheres dali o cara foi se meter logo com ela?
O pouco tempo que eu permanecia no turno da tarde era suficiente pra eu observar as longas conversas olho no olho e sorridentes dos dois.
A ficha caiu de vez quando num dia ele chegou, parou do lado dela e ficou a encarando com um sorrisinho maroto, e ela sorrindo como uma adolescente (diferente do comportamento normal dela) fez um gesto pra ele como quem quisesse dizer "disfarça cara". Eu me convenci que o canalha já tava era comendo ela.
Teve uma ocasião em que ele deu uma agarrada nela por trás no meio da livraria e só eu vi essa porra.
Desconhecedor da Real que eu era, eu fiquei abismado de como uma mulher, msol de uns 30 e poucos anos de idade, rejeita um cara solteiro e bem intencionado pra virar amante de um cafajeste casado e com família. E lógico que eu fiquei com aquela desagradável sensação de vestir chapéu de corno sem sequer ter comido a dita-cuja.
A Anne que antes passava a impressão de ser uma mulher séria e focada, agora quando estava perto do William ficava parecendo uma adolescente boba apaixonada. E vivia feliz e sorridente como quem acordava vendo o passarinho vermelho,.... digo verde.
Revoltado, eu comecei a compartilhar postagens no Facebook como essas:
Se ela chegava a ver essas indiretas ou não eu não sei, mas o importante pra mim é que essas imagens eram de páginas que eu antes não conhecia, páginas de cunho masculinistas. Essas páginas tinham conselhos que me ajudaram a superar aquela dor de cotovelo que eu estava sentindo. E uma coisa puxa a outra, fui descobrindo outras páginas e uma filosofia que chamavam de A Real.
Comecei a entrar e participar de grupos realistas no Facebook, mas até aquele momento meu conhecimento era limitado. Ainda não conhecia Nessahan Alita, Doutrinador, Silvio Koerich, nem nada. Nem sequer tinha ouvido falar. Esses eu só viria a conhecer mais tarde.
Quanto a Anne e William, nos meses seguintes a situação entre os dois azedou. Não sei o que aconteceu mais o fato é que os dois passaram a ficar de cara feia e de rixa um com o outro. Terminou que um tempo mais tarde o William veio a ser demitido. Fiquei sabendo posteriormente que a Anne mesmo fez a caveira dele com os contatos que ela tinha na matriz, alegando ter sido assediada por ele. Eu digo, assediada uma ova, ele deu em cima dela sim mas ela correspondeu.
Mas nessa fase eu já estava envolvido em outra situação que eu vou relatar a seguir.
A Anne não era nada da mulher séria que eu antes achava que ela fosse. Na verdade era uma hipergamica de marca maior, que se atirava no colo de destacados e marombas. Lembro agora que quando eu tinha dado o relógio de presente pra ela, a Deborah com uma indireta tentou me alertar insinuando que eu estava iludido.
Lembra da Karen? Eu falei pra não esquecer dela!
A gente tinha o contato um do outro no whatsapp mas nunca havíamos trocado mensagens. De fato desde que a gente mudou de turnos o contato havia naturalmente diminuído.
A foto de perfil dela era ao lado do tal noivo. Era comentado no ambiente de trabalho e eu fiquei sabendo que o noivado dela com esse cara já durava 14 anos e nada do cara casar com ela. Ambos moravam com suas respectivas mães e parecia que o relacionamento deles era como de união estável sem casa própria e ela ficava com ele dormindo na casa da mãe dele e vice-versa.
Mas nada disso era problema meu. Meu problema nessa ocasião era tirar a vagabunda da Anne da cabeça e ignorar o xamego dela com o William e de fato eu já estava conseguindo isso.
Após trocar a foto de perfil pra uma só com ela, a Karen passou a me enviar mensagens de whatsapp uma vez ou outra pra perguntar alguma coisa ou comentar outra. Eram mensagens curtas e ocasionais mas poucas semanas depois desse contato começar, em uma determinada manhã a conversa foi um pouco mais prolongada e animada. Eu cuidava do estoque e lá eu tinha privacidade pra usar o celular durante o expediente. Quando eu me despedi pra encerrar a conversa ela pediu pra eu não ir e continuar conversando. Eu continuei, e ela falou "inocentemente" que era uma pena a gente não ter mais muito contato presencial. Dando uma de joão-sem-braço eu insinuei que a gente poderia se encontrar pra conversar como "amigos", ela achou uma boa ideia.
No dia seguinte de manhã quando eu estava chegando ao trabalho e ela estava saindo, ela me falou que era a folga dela e que era bom porque de noite ela ia poder conversar muito comigo pelo zap. Naquela noite Karen e eu ficamos trocando mensagens até altas horas. Um assunto não foi tocado nem por mim nem por ela: o noivo dela.
Introdução
A teoria do caos é algo interessante. Ela explica como um fato corriqueiro acontece e somado a diversos outros fatos corriqueiros que vão acontecendo, faz a sua vida tomar um rumo completamente diferente do que seria se aquele primeiro fato não tivesse ocorrido.
Por exemplo, em uma bela noite voce tem que ir a uma entrevista de emprego na manhã seguinte, mas ansioso, voce dorme mal, acorda tarde, perde o onibus, chega atrasado na entrevista e fica sem a vaga.
Sem nunca ter trabalhado nesse emprego voce terá deixado de conhecer várias pessoas. Uma dessas pessoas teria sido um grande amigo seu, que tempos depois teria te convidado pra ser padrinho de casamento dele. Na festa do casamento voce teria conhecido a prima da noiva, com quem voce teria trocado uma ideia, pegado o contato, dias depois marcado um encontro, e eventualmente namoraria com ela, noivaria, casaria e teria filhos com ela.
Mas nada disso aconteceu porque voce perdeu aquele onibus.
O que aconteceu foi que voce ficou desempregado por mais tempo e frustrado, decidiu tentar ganhar a vida em outro estado. Lá voce arrumou um emprego e se estabeleceu definitivamente e depois de algum tempo, voce conhece uma mulher através de um Badoo ou Tinder da vida. Começa um relacionamento, se casa, tem filhos.
Repare que a sua casa, o lugar que voce mora, sua esposa, seus filhos, sua vida inteira é completamente diferente do que teria sido se voce não tivesse perdido aquele onibus.
Meu novo emprego
Pois então, eu imagino se eu teria chegado aqui e me tornado a pessoa que sou hoje se não tivesse ido em uma certa entrevista e trabalhado em um emprego que de certa forma me trouxe pra Real.
O curioso é que eu tinha acabado de sair de outro emprego e nem estava procurando um ainda. Foi minha irmã que colocou um currículo e entraram em contato com ela, dizendo que ela poderia ir e levar outra(s) pessoa(s) com ela se quisesse, e ela me chamou.
No fim das contas eu entrei no emprego e minha irmã não. Tratava-se de uma livraria.
Nota: Vou usar nomes fictícios nesse relato.
Já na entrevista conheci de vista uma das candidatas que se chamava Karen. Ela também foi selecionada e entrou junto comigo no emprego. Trabalhando juntos, fizemos amizade rapidamente. Achei ela uma mulher atraente (era loirinha do tipo magrinha, pequena e frágil, e que apesar de uma aparência juvenil, pra surpresa de todos, estava prestes a fazer 30 anos). Fiquei logo sabendo que ela tinha um noivo, portanto apesar de achar ela atraente, fiquei mesmo só no coleguismo com ela. Guardem o nome dela, Karen, pois vou voltar a falar dela mais tarde.
A líder do turno da tarde, que era o meu turno, era uma mulher muito simpática. Seu nome era Anne, uma morena (branca) de longos cabelos pretos, não muito bela de rosto, mas com um corpo delicioso, peitões grandes, cintura bem modelada e um rabão de dar água na boca. Divorciada, era mãe de uma filha.
Conforme eu fui convivendo, fui desenvolvendo um interesse cada vez maior por ela.
Com dois meses e meio mudei de função na empresa. Passei pra um cargo em que ficaria trabalhando somente de segunda a sexta, e pra compensar teria um expediente um pouco maior, passando pro horário da manhã inteiro e pegando uma parte do turno da tarde. Curiosamente a Karen passou pro turno da madrugada nessa mesma ocasião e perdemos um pouco o contato, pois só via ela brevemente de manhã cedo, quando eu estava chegando e ela saindo (não esqueçam dela, mas por enquanto vamos nos concentrar na Anne).
Anne e o novo gerente
Eu tinha comigo a ideia de que em ambiente de trabalho eu não deveria dar em cima de colega, a não ser que ela demonstrasse interesse e desse clara abertura, mas meu interesse pela Anne aumentava cada vez mais. Certa ocasião ela teve um problema de saúde e se ausentou do trabalho por um tempo. Nesse ínterim a empresa contratou um novo gerente.
Na primeira vez que eu olhei pra cara do sujeito eu pensei: "Esse cara é safado. Tem muita mulher trabalhando aqui e vão ser subordinadas a ele. Já imagino no que isso vai dar".
Juro por Deus que eu vi na cara dele que ele é cafajeste na primeira vez que eu o vi. O cara era casado e pai de família com dois filhos, mas logo que começou a trabalhar lá, já começou a dar em cima da encarregada, Deborah, uma balzaca já coroa, porém conservada e gostosa, tipo mulher malandra carioca empoderada e independente, tipo porta de botequim se é que vocês me entendem. Essa na verdade é uma amiga minha, mesmo sem eu ve-la a muito tempo ainda tenho contato no Facebook até hoje. Eu comeria ela fácil se ela me desse, diga-se de passagem. Ela não ficou muito tempo na empresa após isso, pediu demissão alegando que já tava de saco cheio, mas eu desconfio que o gerente novo, de nome William, chegou a comer ela, porém não tenho certeza.
Pouco antes da saida da Deborah, a Anne voltou do seu afastamento e conheceu o William. Eu pensava comigo mesmo: "se esse cafa quiser se engraçar com qualquer uma aqui, to nem aí desde que ele não se engrace com a Anne".
Eu recebi tão bem a Anne após a recuperação dela que ela chegou a perceber o meu interesse por ela. E por um tempo ela deu a entender que estava interessada em mim também, passando a me tratar de um jeito diferente e com maior interesse na minha pessoa.
Ela fez aniversário nessa época e eu falei que iria dar um presente pra ela. Ela pediu um relógio de pulso. Eu comprei e dei um relógio pra ela. Ganhei um abraço de retribuição e a sensação de que ela tava no papo.
Logo em seguida eu abri o jogo e mandei mensagem dizendo que eu estava afim dela e a resposta dela foi a famosa: "é só amizade". Eu até que levei numa boa, não era o primeiro toco que eu levei na vida. Se ela não queria eu não podia fazer nada.
Mas nos dias subsequentes eu comecei a notar uma coisa que me deixou cabreiro. Eu reparei que estava rolando um clima entre a Anne e o gerente safado do William. Mas será possível que de todas as mulheres dali o cara foi se meter logo com ela?
O pouco tempo que eu permanecia no turno da tarde era suficiente pra eu observar as longas conversas olho no olho e sorridentes dos dois.
A ficha caiu de vez quando num dia ele chegou, parou do lado dela e ficou a encarando com um sorrisinho maroto, e ela sorrindo como uma adolescente (diferente do comportamento normal dela) fez um gesto pra ele como quem quisesse dizer "disfarça cara". Eu me convenci que o canalha já tava era comendo ela.
Teve uma ocasião em que ele deu uma agarrada nela por trás no meio da livraria e só eu vi essa porra.
Desconhecedor da Real que eu era, eu fiquei abismado de como uma mulher, msol de uns 30 e poucos anos de idade, rejeita um cara solteiro e bem intencionado pra virar amante de um cafajeste casado e com família. E lógico que eu fiquei com aquela desagradável sensação de vestir chapéu de corno sem sequer ter comido a dita-cuja.
A Anne que antes passava a impressão de ser uma mulher séria e focada, agora quando estava perto do William ficava parecendo uma adolescente boba apaixonada. E vivia feliz e sorridente como quem acordava vendo o passarinho vermelho,.... digo verde.
Revoltado, eu comecei a compartilhar postagens no Facebook como essas:
Se ela chegava a ver essas indiretas ou não eu não sei, mas o importante pra mim é que essas imagens eram de páginas que eu antes não conhecia, páginas de cunho masculinistas. Essas páginas tinham conselhos que me ajudaram a superar aquela dor de cotovelo que eu estava sentindo. E uma coisa puxa a outra, fui descobrindo outras páginas e uma filosofia que chamavam de A Real.
Comecei a entrar e participar de grupos realistas no Facebook, mas até aquele momento meu conhecimento era limitado. Ainda não conhecia Nessahan Alita, Doutrinador, Silvio Koerich, nem nada. Nem sequer tinha ouvido falar. Esses eu só viria a conhecer mais tarde.
Quanto a Anne e William, nos meses seguintes a situação entre os dois azedou. Não sei o que aconteceu mais o fato é que os dois passaram a ficar de cara feia e de rixa um com o outro. Terminou que um tempo mais tarde o William veio a ser demitido. Fiquei sabendo posteriormente que a Anne mesmo fez a caveira dele com os contatos que ela tinha na matriz, alegando ter sido assediada por ele. Eu digo, assediada uma ova, ele deu em cima dela sim mas ela correspondeu.
Mas nessa fase eu já estava envolvido em outra situação que eu vou relatar a seguir.
A Anne não era nada da mulher séria que eu antes achava que ela fosse. Na verdade era uma hipergamica de marca maior, que se atirava no colo de destacados e marombas. Lembro agora que quando eu tinha dado o relógio de presente pra ela, a Deborah com uma indireta tentou me alertar insinuando que eu estava iludido.
Karen estreita a "amizade"
Lembra da Karen? Eu falei pra não esquecer dela!
A gente tinha o contato um do outro no whatsapp mas nunca havíamos trocado mensagens. De fato desde que a gente mudou de turnos o contato havia naturalmente diminuído.
A foto de perfil dela era ao lado do tal noivo. Era comentado no ambiente de trabalho e eu fiquei sabendo que o noivado dela com esse cara já durava 14 anos e nada do cara casar com ela. Ambos moravam com suas respectivas mães e parecia que o relacionamento deles era como de união estável sem casa própria e ela ficava com ele dormindo na casa da mãe dele e vice-versa.
Mas nada disso era problema meu. Meu problema nessa ocasião era tirar a vagabunda da Anne da cabeça e ignorar o xamego dela com o William e de fato eu já estava conseguindo isso.
Após trocar a foto de perfil pra uma só com ela, a Karen passou a me enviar mensagens de whatsapp uma vez ou outra pra perguntar alguma coisa ou comentar outra. Eram mensagens curtas e ocasionais mas poucas semanas depois desse contato começar, em uma determinada manhã a conversa foi um pouco mais prolongada e animada. Eu cuidava do estoque e lá eu tinha privacidade pra usar o celular durante o expediente. Quando eu me despedi pra encerrar a conversa ela pediu pra eu não ir e continuar conversando. Eu continuei, e ela falou "inocentemente" que era uma pena a gente não ter mais muito contato presencial. Dando uma de joão-sem-braço eu insinuei que a gente poderia se encontrar pra conversar como "amigos", ela achou uma boa ideia.
No dia seguinte de manhã quando eu estava chegando ao trabalho e ela estava saindo, ela me falou que era a folga dela e que era bom porque de noite ela ia poder conversar muito comigo pelo zap. Naquela noite Karen e eu ficamos trocando mensagens até altas horas. Um assunto não foi tocado nem por mim nem por ela: o noivo dela.
Meu chá de zap com uma mulher comprometida
Tá, voce deve estar pensando "esse Ogro era um cabaço pra tomar um chá de zap, e de mulher comprometida ainda por cima!" e eu vou dizer que sim, concordo totalmente com voce, só que aquele não era o Ogro. Aquele era um matrixiano desgraçado que só fazia atrapalhar a própria vida e eu matei ele. Matei o filho-da-mãe que só fez atrasar a minha vida por anos e anos e então eu despertei. E ter trabalhado naquele emprego foi fundamental para isso.
A partir de então se tornou comum e diário as trocas de mensagens com a Karen. Todos os dias conversávamos. De manhã assim que ela chegava na casa dela e também de tardinha quando ela acordava até o inicio da noite quando ela saia pra trabalhar.
Eu voltei a tocar no assunto de um encontro pra conversar pessoalmente como "amigos" e ela disse que iria pensar. Dias depois, quando perguntei qual era a resposta dela ao convite, ela disse que não iria porque ia pegar mal por ela ter noivo. Foi a primeira vez que o noivo dela foi mencionado em uma das nossas conversas.
Depois disso (cerca de um mes e meio depois do inicio do chá de zap) a frequencia dos contatos diminuiu. Durante cerca de um mes ela trocou poucas mensagens comigo. Numa certa manhã enquanto eu estava trabalhando, ela manda umas mensagens entranhas dizendo que precisava falar comigo pessoalmente, que tinha que me ver. Intrigado, fui até o estoque e até liguei pra ela perguntando o que estava havendo, e ela veio com um solene "nada não".
Mas a troca de mensagens voltou com força total a partir daí. E ela estava um doce comigo, dando demonstrações de interesse, ciúme, atenção. Fazia insinuações que o relacionamento com o noivo não estava bem. E mea culpa, eu dava corda pra ela também, sempre disponível, sempre tentando agradar, sempre dando atenção. Dizia que ela era um anjinho.
Ela me dava bom dia pessoalmente quando eu chegava no trabalho e cerca de uma hora depois quando ela chegava em casa, era certo que ela ia me dar bom dia de novo pelo whatsapp pra começar uma conversa. E fazia a maior questão de conversar comigo sem parar, me atrapalhando até de fazer o meu trabalho. E me pedia pra eu ir pro estoque pra eu conversar melhor com ela.
Nota: Eu estava escrevendo esse relato aos poucos e salvando, mas parece que há um limite de tamanho pra salvar, então vou postar essa parte até aqui e depois eu posto o restante.
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