A Importância de se Afastar dos Velhos Amigos

[Bruno Padilha]

Tudo se resume a simples relações de OFERTAS e DEMANDAS.
Há momentos que a pessoa demanda por futilidades, manginismos e vacilações.
Há momentos que você demanda por desenvolvimento pessoal e naturalmente encontrará a oferta para isso, ou as ofertas mesmo encontrarão por você. Às vezes, você nem sabe que demandava por algo, quando percebe que existe essa oferta.
Da mesma forma, você também deve ter algo a oferecer, que outras pessoas demandam.
Quanto maior o preparo teórico-intelectual, maiores as chances de fazer as escolhas mais corretas para vós e para os demais, numa relação de duas vias mútuas e não vampirismo ou retrocesso.

[Villefort]

Tenho algumas coisas para relatar nesse tópico aqui.
Sabe, creio eu que devido a estar lendo o material da Real e também estar fazendo parte do fórum.
Também tenho pesquisado outras fontes.

Estou começando a perceber algumas coisas que não tinha percebido.
No caso tenho um amigo, vamos se dizer que seria um dos melhores amigos que tenho.
Sabe aquela amizade de longa data e que é viva até hoje? Então.

Semana passada conversamos por telefone e trocamos ideias e tal.
Mas comecei a perceber que a pessoa devido a ter uma experiência de vida a mais do que a minha.
No caso com mulheres e até mesmo em ambientes sociais.
Percebi que a pessoa tenta me dar algumas sugestões sobre assuntos que nós estávamos conversando.
E que a opinião dela é a correta, a forma de pensar da pessoa é correta. Mas porquê?
Porque ela tem mais experiência de vida do que eu nessas áreas. (isso é o que está no intimo dela)

Então reparei que ela não aceitava as minhas ideias e minhas opiniões e que a maneira dela pensar está certa.
Entramos em assuntos que ficaram desgastante e que foi uma perca de tempo.
Com isso reparei que não devo conversar certos assuntos com ele, mesmo sendo parceiro e tal.
Que tenho que filtrar meus assuntos para que não tenha problemas.

Também percebi que ele meio que se gaba por ter experiências com mulheres.
Mas creio eu que não saiba o que seja NA e a filosofia da Real.
Para mim muitas coisas estão começando a cair por terra.

Para vocês que estão lendo isso que estou relatando aqui pode ser uma coisa trivial.
No caso uma situação aonde ouve uma conversa com um amigo e que teve pontos de divergência.
Mas reparei algumas coisas que não cairão bem na conversa e que tenho que ter posturas diferente daqui para frente.

Então isso começa a me dar uma ideia de que o seu vinculo de amigos começa a ficar mais estreito.
Até mesmo tenho reparado na família, quando falo em família seria tipo a grade família aonde se comporta primos e tios.
Que uma amizade e alguns componentes da grande família entram em uma condição de tóxicos.

E que essa baixa acontece devido devido a uma falta de postura por parte dos mesmos.
E que no meu caso tenho que ter uma certa postura para driblar certas ocorrências.

Tenho percebido o quanto que algumas pessoas no caso homens são cheios de si porque tem um pouco de conhecimento.
E que por serem egocêntricos não conseguem enxergar a possibilidade de crescer.
Consequentemente ficando engessados naquilo, naquelas ideias e verdades que estão no coletivo deles.

Volto a refletir em uma coisa que o "Calango do amazonas" em um dos podcast do "Spider" falou.
Ele disse algo do tipo: Que as pessoas que constroem alguma coisa tem a mania de olharem para trás,
para ficarem adorando o feito delas. (não me lembro as palavras que ele usou no podcast mas a ideia é basicamente essa)

[consigliere]

Sou bem direto em relação ao tema amigos, passado vs desenvolvimento pessoal.

Escolheu ser realista é afastar das velhas amizades e isso significa esquecer o passado.

Não romantize o passado. Não romantize velhas amizades que te lembram seus velhos e traiçoeiros hábitos.

Quer evoluir? Esqueça.

Não precisa ser pescador de amigos pra REAL não. Muitos considerariam você louco. Lembre-se para vasta maioria o certo é seguir a matrix.

Para vasta maioria a masculinidade tóxica somos nós e não o que a sociedade e a mídia dizem.

Amigos que tem facilidade com mulheres NUNCA irão aceitar pontos divergentes a la N.A.

"tudo que te resta é o desenvolvimento pessoal" - Rover.

[Bugaso]

Eu aprecio meus velhos amigos. Mas raramente nos encontramos, quase não discutimos assuntos pessoais. Mas conhecê-los me enche de positivo!

[Villefort]

Um UP nesse tópico!

[Gilgamesh]

Amigo é um título muito forte e grandioso pra se sair distribuindo a esmo. De uns quatro anos pra cá só fiz dois, porém , sinceros. O lance é saber diferenciar contato direto de profundidade de contato, mas, isso só vem com o tempo.

[Marlon de Luca]

Tenho apenas dois amigos que conheci na 4 serie do ensino fundamental, nenhuma hora tivemos que nos auto afirmar amigos e apenas reconhecemos isso em nós. O que falta nos dois é conhecer a Real e sair da matrix, mas pra eles eu dou sempre "sermão".

[Master_DW]

Amigos são os verdadeiros, e os que querem seu bem. Amigo não sente inveja do seu sucesso, do seu desenvolvimento ou qualquer outra coisa. Agora, indo ao tema do tópico, acredito que é interessante nos afastar de certas pessoas, grupos ou ambiente. 

Sempre fui/sou um cara bem sociável, com um vasto campo de amizades e pessoas para sair. E ultimamente, nos últimos 2-3 anos para ser mais exato, me desliguei de dois grupos de amizades que estavam ou iriam me fazer mal.

O primeiro grupo, o mais recente, eu percebi que além de não me levar pra frente em nada, era infestado de pessoas invejosas. Após perceber isso, me afastei, foquei em mim, no meu trampo, estudo, academia e etc, e após tudo isso fiz uma viagem ainda. Após a viagem, encontrei eles num barzinho quando estava andando com outras pessoas, e fui falar com eles por educação. Uma das mulheres do grupo, comentou que tinha sido assaltada enquanto eu estava viajando, e eu me expressei educadamente perguntando se ela se machucou e etc, aí ela me comenta na brincadeira que: “ Logo eu pobreta fui assaltada, podia ter sido você que aí não faria falta nenhuma pra você”. Ela comentou isso na minha cara em um tom de brincadeira, mas como toda brincadeira tem um fundo de verdade percebi a inveja dela, e comentei o seguinte: “ Essas coisas só acontecem com quem sente inveja de outras pessoas”, aí me despedi de todos e fui para o meu outro grupo com quem estava no bar. 

O segundo grupo, foi cerca de 2 anos atrás quando estava fazendo um curso pré-vestibular atrelado com meu último ano do ensino médio. Os integrantes do grupo apenas se juntavam para ficar zoando uns aos outros, porém isso pode “soar” normal, mas eles eram “babacas”, muitas das vezes as brincadeiras tinham o intuito de abaixar a autoestima de alguém, e muita das vezes usavam algum defeito para zoar. Comigo, especificamente, usavam da minha altura por exemplo, sendo que eu nem sou tão baixo assim   . Talvez vocês achem “babaquice” minha, mas apesar de eu fingir que não ligava, isso interferia na minha autoestima sim, porém o lado bom foi que a partir daqui eu realmente aprendi a escolher grupos que fossem me beneficiar, tanto do ponto de vista emocional, quanto do ponto de vista do respeito, sabem? No fim, apenas me afastei deles. 

Hoje, algum deles ainda me mandam mensagens parar marcar alguma coisa e tal, porém nem me dou ao trabalho de sair para ver essas pessoas. É importante demais sabermos escolher quem queremos ao nosso lado, e não precisa ser “amigo”, pode ser um colega/conhecido, e se ele for uma pessoa legal em algum grupo, que te traga benefícios sociais e etc, socialize e conheça novas pessoas, ponha a real em prática!!

[Young Meyer Lansky]

@Master_DW
Concordo 100% contigo.
Amigo verdadeiro é quem soma contigo, quem te apoia e não sente inveja de vc.
Amigo verdadeiro é leal, que te apoia nos momentos de adversidade e que fica feliz nos momentos de conquista pessoal.
Eu tbm me afastei da maioria das pessoas que eu tinha contato pq percebi que não me acrescentavam em nada.
*Eu também tenho baixa estatura(e ainda por cima sou negro) e acho que é normal as pessoas fazerem piada com vc por conta disso 
As pessoas tem o habito de zoarem vc por conta dos  seus defeitos físicos*

Eu sempre estudei em escola particular e sempre tive uma boa condição financeira, só pelo fato de vc ter uma condição um pouco melhor que outra pessoa já desperta inveja alheia. O povo bostileiro é o mais invejoso da face da terra.

[Spectro]

Eu não me afastei dos meus amigos...
Pelo contrário... Se afastaram de mim pq sou bruto demais.

[R.E. Lee]

As vezes a filosofia da Real vai se introjetando no indivíduo não por estudo, leitura, etc, mas sim pelo empirismo e pela experiência. Com o passar dos anos e com a cancha que se adquire das muitas cabeçada que damos ao longo do caminho, você acaba aprendendo conceitos que nem mesmo imaginava que pudessem ser os norteadores principiológicos de outras pessoas mundo afora. Essa é basicamente a minha relação com a Real: aprendi muitos dos conceitos que aqui são discutidos pela experiência.

Agora, especificamente sobre esse tópico sobre amizade, que li integralmente, e, principalmente lendo o relato do nobre confrade Remy LeBeau (pagina 7), vejo e reconheço que, na minha vivência, aqueles que eu por muitos anos considerei amigos quase conseguiram me destruir enquanto pessoa e trouxeram muito, mas muito prejuízo mesmo.

Eu sempre tive uma condição financeira mediana e meus pais primaram por me fornecer uma educação que entendiam ser de boa qualidade. Por isso, sempre estudei em escola particular e meus colegas sempre foram pessoas com algum dinheiro e com pais com alguma influência na sociedade. Em resumo, um bando de “boyzinhos” de cidade do interior.

Ao longo de toda minha jornada nesse maldito período escolar (se a terra é o inferno, o colégio é a casa do capeta), sempre fui o idiota, o alvo de piadas, o dono dos apelidos cretinos da turma.

Mesmo que eu tivesse algum poder de barganha (e até tinha minhas fãs na época, como vim a tomar conhecimento anos após), esse tipo de comportamento do grupo foi minando a minha confiança de tal forma e me apagando enquanto pessoa, que acabei virando um fantasma, um morto-vivo que não possuía capacidade de se defender e nem de se reerguer das pancadas que tomava.

O ápice desse processo destrutivo foi quando tinha meus 14-15 anos e tive de fazer tratamento psicológico, pois estava entrando em um quadro depressivo e apresentando algumas tendências suicidas bem evidentes e que felizmente foram percebidas por meus pais.

Chegar do colégio, não almoçar e ir para o banheiro deixar a água das lagrimas e do chuveiro tentar lavar a dor de ter que frequentar aquele inferno mais uma vez até pode parecer frescura, mas fazia bastante sentido na época. Para um adolescente bobalhão, onde a vida se resumia ao mundo minúsculo e ridículo da escola, é muito triste ser deixado de lado no time de futebol da sala de aula...

Acontece que, vivendo nesse universo insosso, aprendi a jogar o jogo dos mentecaptos e, com isso, a ter algum sucesso nas únicas coisas que eram importantes à época: beber, pagar de fodão para outros grupelhos da cidade e, nas horas de folga, até “pegar” mulher.

E fazer isso foi ficando fácil: era só vestir uma máscara de esnobe, sacanear os que considerava estar em uma posição mais baixa nessa pirâmide social, gastar um dinheiro em bebida hiperinflacionada de baladas toscas e curtir os louros de ter se tornado um pulha igual àqueles teus colegas, que você passou a chamar de “amigos”.

Nesse ponto, você começa a ser chamado por essas pessoas que nunca tiveram nenhuma consideração por ti de “parceiro”, de “meu bruxo”, dentre outros. E como você é idiota, você bota bebida na mesa dessa turma em baladas toscas, você dá carona para os sanguessugas encherem a cara, as pervas começam a ficar mais perto dessas mesas e, FINALMENTE você virou um “cara legal” aos olhos da sociedade adolescente hipócrita, mas continua se sentindo vazio.

Se antes você era só um idiota, agora você passou a ser um grande idiota, pois afinal gasta em baladas para aparentar algo que você não é para pessoas que não se importam, se veste igual a todos os outros para parecer “cool”, leva boxe na cara por rixas de pseudo amigos e, mesmo se sentindo vazio, prefere gastar teu tempo com futilidades do que direcionar a vida para as coisas e para as pessoas que realmente importam.

Acontece que ser um grande idiota é uma coisa e ser burro é outra coisa. Podia me enquadrar no primeiro conceito, mas não no segundo. Além disso, eu tinha uma educação rígida e regrada pelos meus pais. Então, enquanto fazia todas essas macaquices para parecer legal aos olhos dos “amigos” e das vadias, também estava estudando e estagiando, ganhando meu dinheiro, aprendendo coisas novas e conhecendo pessoas diferentes, com ideias diferentes e com visões bem mais amplas do que aquelas com as quais eu convivia.

Invariavelmente, como inclusive já foi dito nesta discussão, quem convive com pessoas mais vividas, mais estudadas, mais experientes e mais sábias vai absorvendo conceitos e visões de mundo novas e, quando vê, já está totalmente mudado.

Me formei, realizei alguns sonhos, conheci lugares (tudo sem foto no fakebook porque não preciso me afirmar para os outros) e foi aí que passei a perceber o tamanho da mediocridade do mundo em que estava vivendo e a me afastar desses “amigos”. Foi um processo natural, sem ruptura ou pontos finais. Simplesmente deixei de atender a alguns convites e os convites foram cessando, até chegar aos dias de hoje, onde o convívio, nas raras vezes que nos esbarramos em algum lugar, se resume a um “e aí cara”.

Passei, finalmente, a perceber o quanto verdadeira foi uma frase que uma piranha com a qual eu estava ficando lá pelos meus 18 anos dissera na época e me ofendeu: “para os seus amigos tu é um viado”.

Apesar de não valer nada, a rameira tinha conseguido perceber em uma noite de balada o quanto deploráveis eram aquelas pessoas pelas quais eu estava perdendo meu tempo e meu dinheiro, coisa que demorei muitos anos para notar.

Agora, vendo essa fase da minha vida à uma distância de mais ou menos dez anos, posso me dar ao luxo de dar alguma risada quando reparo que muitas daquelas pessoas, agora senhores com mais de trinta anos, ainda mantém o mesmo patético comportamento que tinhamos à época, onde vivíamos por aparência e não percebíamos o quando frívolos éramos e perceber claramente que amigos mesmo, na acepção nobre do termo, eu tive poucos, tão poucos que podem ser contados duas vezes com os dedos de uma mão.

[BryceLarkin]

Eu comparo o conhecimento da real como minha recém entrada na polícia, as mudanças quanto a isso foram bem parecidas. Em ambos procuramos filtrar melhor as amizades e ambientes que devemos ter/andar. Nos dois casos fiquei mais atento para deslizes e aprendi a valorizar quem é verdadeiro, em ambos presenciei o afastamento natural de alguns ou eu mesmo me afastei dessa forma, percebi a proximidade de outros (geralmente por interesse). No fim, observo que tanto o fator de me tornar PM quanto o conhecimento obtido por aqui se conectam, compreendo que a NECESSIDADE(ligada a minha segurança) e AFINIDADE (concepções morais), passaram a ser o determinante principal quanto ao meu envolvimento em relação a maioria das amizades. Só lembrando que qualquer afastamento saudável ocorre naturalmente, nada de brigas, falta de respeito ou arrogância. É um processo que ocorre em nossa caminhada.