25-05-2014, 05:05 PM
Confrades, acredito que a melhor maneira de contar meu relato seria revirando todo meu passado desde o começo assim peço desculpas aqueles que não tem paciência para relatos longos e também pelo excesso de vitimismo. Estarei apenas refletindo minha maneira de pensar naquela época em especifico.
Minhas primeiras lembranças de me sentir diferenciado perante a sociedade começaram logo no inicio da minha vida escolar, lembro de que no primeiro ano era uma rotina ir a médicos constantemente por problemas de bronquite e no final do ano entrei em uma internação na qual eu vomitava por volta de 35 vezes ao dia e fiquei tomando soro por uma semana. Outro fato nessa fase escolar é que minha mãe fez questão de me matricular em uma escola em outro bairro da cidade na qual eu tinha que pegar onibus e demorava uma hora pra chegar a escola e voltar a casa, como era de um lugar diferente dos outros o bullying era constante, diziam que eu morava na roça e que minha rua não tinha nem asfalto (verdade), além disso a nossa condição economica era complicada...me lembro claramente
que pedi um super nintendo ao meu pai que era o videogame da epoca e o velho me deu um atari. Obviamente pensava que o velho fez de sacanagem quando na verdade ele estava fazendo o que dava pra fazer.
Na fase do colegial, mudei para uma escola onde o bullying não existia pois havia gente de vários bairros distintos. Porém entrei em uma fase de revolta pois sentia que deveria estar fazendo um curso técnico e que fazer o colegial normal era uma perda de tempo, naquela época haviam raras opções públicas e o padrão era os mais abastados fazerem curso técnico e os mais humildes fazerem o colegial normal. Outro fator que aumentou minha revolta foi que precisei usar um colete ortopédico pra amenizar os desvios da minha coluna, porém como era muito dolorido o uso eu só conseguia ficar com o mesmo se estivesse deitado, então eu não usava
ele para ir a escola e quando ficava em casa passava o dia em isolamento e também por vergonha de que me vissem usando aquele treco.
Enfim, ao terminar o colegial e já sem o colete passei a batalhar um trampo. mas o desemprego beirava aos 20% e até para conseguir uma vaga no Mc Donalds ou outro comércio qualquer haviam uns 200 concorrentes. Relacionamentos então nem pensar, já que não tinha dinheiro nem para o busão.
Até que aconteceu um milagre na minha vida, um dia um tio que estava afastado da familia há mais de 20 anos decidiu financiar meus estudos e enfim eu teria uma chance de virar o jogo. Assim eu aproveitei a chance e fiz cursos de inglês, programação e me matriculei no curso de Analise de Sistemas em uma faculdade particular. Durante esse tempo eu ainda era um durango mas começei a ter mais contato com as mulheres usando a internet e tive minha primeira decepção amorosa com uma moça que conversava comigo quase diariamente, me apeguei e acharia que ela um dia ficaria comigo por eu ter um bom coração. : ...fiquei nessa friendzone durante toda a faculdade e não me envolvia com ninguém por lá pois não achava certo ficar com uma pessoa com a cabeça em outra :: e também por acreditar que um dia ela me enxergaria como a pessoa ideal para ela devido a nossa afinidade ::.
No meio do terceiro ano da facul, eu finalmente consegui meu primeiro emprego. Apesar de não ser dentro da minha área de estudos eu finalmente estaria ganhando algum dinheiro mesmo que fosse um salário minimo, meu trabalho era um supermercado como repositor e era bastante braçal, aliás eu recomendo a todos que estejam começando que tenham um trabalho desse tipo para que valorize os estudos e não queiram ficar naquele trampo por muito tempo, depois de uns 6 meses eu consegui encontrar um estagio na area e larguei o trampo porém poucos dias depois disso eu tive uma noticia ruim...meu tio estaria saindo do emprego
e iria investir em um novo negocio e assim não poderia mais bancar meus estudos e a conta para eu pagar não fecharia de jeito algum pois a facul custava por volta de 800 reais e mais 100 reais para o transporte. Minha bolsa no estágio era por volta de 250...então a solução foi guardar dinheiro para refazer a matricula para o ultimo semestre e depois fazer uns acordos para concluir o curso.
Minhas primeiras lembranças de me sentir diferenciado perante a sociedade começaram logo no inicio da minha vida escolar, lembro de que no primeiro ano era uma rotina ir a médicos constantemente por problemas de bronquite e no final do ano entrei em uma internação na qual eu vomitava por volta de 35 vezes ao dia e fiquei tomando soro por uma semana. Outro fato nessa fase escolar é que minha mãe fez questão de me matricular em uma escola em outro bairro da cidade na qual eu tinha que pegar onibus e demorava uma hora pra chegar a escola e voltar a casa, como era de um lugar diferente dos outros o bullying era constante, diziam que eu morava na roça e que minha rua não tinha nem asfalto (verdade), além disso a nossa condição economica era complicada...me lembro claramente
que pedi um super nintendo ao meu pai que era o videogame da epoca e o velho me deu um atari. Obviamente pensava que o velho fez de sacanagem quando na verdade ele estava fazendo o que dava pra fazer.
Na fase do colegial, mudei para uma escola onde o bullying não existia pois havia gente de vários bairros distintos. Porém entrei em uma fase de revolta pois sentia que deveria estar fazendo um curso técnico e que fazer o colegial normal era uma perda de tempo, naquela época haviam raras opções públicas e o padrão era os mais abastados fazerem curso técnico e os mais humildes fazerem o colegial normal. Outro fator que aumentou minha revolta foi que precisei usar um colete ortopédico pra amenizar os desvios da minha coluna, porém como era muito dolorido o uso eu só conseguia ficar com o mesmo se estivesse deitado, então eu não usava
ele para ir a escola e quando ficava em casa passava o dia em isolamento e também por vergonha de que me vissem usando aquele treco.
Enfim, ao terminar o colegial e já sem o colete passei a batalhar um trampo. mas o desemprego beirava aos 20% e até para conseguir uma vaga no Mc Donalds ou outro comércio qualquer haviam uns 200 concorrentes. Relacionamentos então nem pensar, já que não tinha dinheiro nem para o busão.
Até que aconteceu um milagre na minha vida, um dia um tio que estava afastado da familia há mais de 20 anos decidiu financiar meus estudos e enfim eu teria uma chance de virar o jogo. Assim eu aproveitei a chance e fiz cursos de inglês, programação e me matriculei no curso de Analise de Sistemas em uma faculdade particular. Durante esse tempo eu ainda era um durango mas começei a ter mais contato com as mulheres usando a internet e tive minha primeira decepção amorosa com uma moça que conversava comigo quase diariamente, me apeguei e acharia que ela um dia ficaria comigo por eu ter um bom coração. : ...fiquei nessa friendzone durante toda a faculdade e não me envolvia com ninguém por lá pois não achava certo ficar com uma pessoa com a cabeça em outra :: e também por acreditar que um dia ela me enxergaria como a pessoa ideal para ela devido a nossa afinidade ::.
No meio do terceiro ano da facul, eu finalmente consegui meu primeiro emprego. Apesar de não ser dentro da minha área de estudos eu finalmente estaria ganhando algum dinheiro mesmo que fosse um salário minimo, meu trabalho era um supermercado como repositor e era bastante braçal, aliás eu recomendo a todos que estejam começando que tenham um trabalho desse tipo para que valorize os estudos e não queiram ficar naquele trampo por muito tempo, depois de uns 6 meses eu consegui encontrar um estagio na area e larguei o trampo porém poucos dias depois disso eu tive uma noticia ruim...meu tio estaria saindo do emprego
e iria investir em um novo negocio e assim não poderia mais bancar meus estudos e a conta para eu pagar não fecharia de jeito algum pois a facul custava por volta de 800 reais e mais 100 reais para o transporte. Minha bolsa no estágio era por volta de 250...então a solução foi guardar dinheiro para refazer a matricula para o ultimo semestre e depois fazer uns acordos para concluir o curso.
We're on a mission from God.