06-10-2013, 07:10 PM
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 06-10-2013, 07:15 PM por J. Martins.)
A algum tempo venho tendo acesso à revista veja,( sempre com um olhar muito crítico claro) já que aqui em casa um parente tem a assinatura, e meu foco normalmente é nas páginas sobre economia e de vez em quando vou nas recomendações musicais , pra ler as criticas
além de ler a de filmes também.
No inicio da revista tem uma colunista , que
de vez em vez me surpreende pela lucidez das suas palavras,
ela já é uma senhora, não procurei pesquisar sobre ela,
, esta semana mais um artigo , que normalmente
faz boas criticas sobre as tendências contemporâneas, me chamou a atenção e resolvi postar.
O nome dela é Lya Luft e me parece uma boa velhinha
abaixo vai a transcrição do seu texto.
Bem interessante e de simples entendimento , sobre a falta de interesse cada vez mais explícita em formar cidadãos qualificados , vendendo a falsa ideia de evolução e de forma subliminar incentivando a procrastinar(isso já foi conclusão minha) te oferecendo mil e uma distrações.
Essa semana eu reparei algo que não sei se acontece com vocês , mas quando não posso me isolar para estudar algumas pessoas tendem a tentar me desconcentrar no ato , perguntando besteiras , uma atitude meio que involuntária mais que eu venho reparado bastante , como se fossem os Smiths do filme Matrix , tentando te tirar do foco.
Enfim essa conclusão não está no texto , mas mesmo assim ele me fez despertar sobre isso.
Sem esforço e sem exemplo por Lya Luft
Não creio que a gente ande tão ruim de português
por causa das redes sociais ,dos torpedos no celular.
Essa reclamação tem cheiro de mofo.
O interessante é que ,embora digam que se lê pouco,
as editoras vendem mais que nunca ,bienais e feiras
ficam lotadas, e mesmo assim não conseguimos nos expressar direito,
nem oralmente e nem por escrito. Se lemos mais , por que escrevemos e falamos mal?
Penso que, coisas verificadas há trinta anos em meus tempos de professora universitária,
andamos com problemas de raciocínio. Não aprendemos a pensar , observar, argumenta( qualquer esforço maior
foi banido de muitas escolas), portanto não sabemos organizar nosso pensamento,
muito menos expressá-lo por escrito ou mesmo falando. "Eu sei, mas não sei dizer" , " Eu sei , mas não consigo escrever isso"
são frases ouvidas há muito tempo , tempo demais.
A exigência aos alunos baixou de nível assustadoramente , e com isso o ensino entrou em questão
vertiginosa. Tudo deve parecer brincadeira. Na infância, ensinam a chamar as professoras de tias,
coisa com o que, pouco simpática, sempre impliquei: tias são parentes. Professoras , ou os carinhosos
profes, ou pro, são pessoas que estão ali para cuidar , sim, mas também para educar ps bem pequenos.
Modos á mesa, civilidade, dividir brinquedos, não morder nem bater, socializar-se enfim da maneira
menos selvagem possível.
Depois, sim, devem educar e ensinar . Sala de aula é para trabalhar ; pátio é para brincar.Não precisa
ser sacrifício, mas dar uma sensação de coisa séria , produtiva e boa.
Por alguma razão, lá pela década de 60 inventamos , melhor: importamos a de que ensinar é antipático e aprender,
ou estudar é crueldade infligida pelos adultos . Tabuada, nem pensar.Ortografia, longe de nós. Notas
abolidas : agora só os vagos conceitos. Reprovação seria o anátema. È preciso esforçar-se, e caprichar , para ser reprovado
Resultado: alunos saindo do ensino médio para a faculdade sem saber redigir uma página ou parágrafo coerente
e em boa ortografia em seu próprio idioma.
O acesso á universidade , devido a esse baixo nível do ensino médio, reduziu-se a um facilitarismo assustador.
Hordas de jovens entram na universidade sem o menor preparo. São os futuros bacharéis que não vão
passar no exame da Ordem, Outras providências desse tipo virão depois. Em vez de elevarmos o nível do ensino básico , vamos
adotar o método da não reprovação. Me lugar de exigirmos mais no ensino médio, vamos deixar todos á vontade,
pois com tantas cotas e outros recursos vão ingressar na universidade de qualquer jeito.
Além do ensino e do aprendizado, facilitamos incrivelmente as coisas no nível da educação, isto é, comportamento, compostura, postura
, respeito ,civilidade.Alunos comem , jogam no celular, conversam , riem na sala de aula, na presença
do professor que tenta exercer sua dura profissão , como se estivessem no bar.Tente o professor impor autoridade, e possivelmente ele, não o
aluno malcriado, será chamado pela diretria e admoestado. Caso tenha sido mais severo, quem sabe será
processado pelos pais.
Não estou inventando: nesta coluna não escreve a ficcionista, mas a observadora da realidade.
A continuar esse processo anti educação, e nos altos escalões o desfile de péssimos exemplos,impunidades, negociatas
e deboches , além do desastroso resultado do julgamento do mensalão, apesar de firulas jurídicas , teremos
problemas bem interessantes nos próximos anos em matéria de dignidade e honradez. Pois tudo isso contamina o
sentimento do povo, e pior : desanima os jovens que precisam de liderança positiva.
Resta buscar ânimo em outras pastagens, para não desistir de ser um cidadão produtivo e decente.
além de ler a de filmes também.
No inicio da revista tem uma colunista , que
de vez em vez me surpreende pela lucidez das suas palavras,
ela já é uma senhora, não procurei pesquisar sobre ela,
, esta semana mais um artigo , que normalmente
faz boas criticas sobre as tendências contemporâneas, me chamou a atenção e resolvi postar.
O nome dela é Lya Luft e me parece uma boa velhinha
abaixo vai a transcrição do seu texto.
Bem interessante e de simples entendimento , sobre a falta de interesse cada vez mais explícita em formar cidadãos qualificados , vendendo a falsa ideia de evolução e de forma subliminar incentivando a procrastinar(isso já foi conclusão minha) te oferecendo mil e uma distrações.
Essa semana eu reparei algo que não sei se acontece com vocês , mas quando não posso me isolar para estudar algumas pessoas tendem a tentar me desconcentrar no ato , perguntando besteiras , uma atitude meio que involuntária mais que eu venho reparado bastante , como se fossem os Smiths do filme Matrix , tentando te tirar do foco.
Enfim essa conclusão não está no texto , mas mesmo assim ele me fez despertar sobre isso.
Sem esforço e sem exemplo por Lya Luft
Não creio que a gente ande tão ruim de português
por causa das redes sociais ,dos torpedos no celular.
Essa reclamação tem cheiro de mofo.
O interessante é que ,embora digam que se lê pouco,
as editoras vendem mais que nunca ,bienais e feiras
ficam lotadas, e mesmo assim não conseguimos nos expressar direito,
nem oralmente e nem por escrito. Se lemos mais , por que escrevemos e falamos mal?
Penso que, coisas verificadas há trinta anos em meus tempos de professora universitária,
andamos com problemas de raciocínio. Não aprendemos a pensar , observar, argumenta( qualquer esforço maior
foi banido de muitas escolas), portanto não sabemos organizar nosso pensamento,
muito menos expressá-lo por escrito ou mesmo falando. "Eu sei, mas não sei dizer" , " Eu sei , mas não consigo escrever isso"
são frases ouvidas há muito tempo , tempo demais.
A exigência aos alunos baixou de nível assustadoramente , e com isso o ensino entrou em questão
vertiginosa. Tudo deve parecer brincadeira. Na infância, ensinam a chamar as professoras de tias,
coisa com o que, pouco simpática, sempre impliquei: tias são parentes. Professoras , ou os carinhosos
profes, ou pro, são pessoas que estão ali para cuidar , sim, mas também para educar ps bem pequenos.
Modos á mesa, civilidade, dividir brinquedos, não morder nem bater, socializar-se enfim da maneira
menos selvagem possível.
Depois, sim, devem educar e ensinar . Sala de aula é para trabalhar ; pátio é para brincar.Não precisa
ser sacrifício, mas dar uma sensação de coisa séria , produtiva e boa.
Por alguma razão, lá pela década de 60 inventamos , melhor: importamos a de que ensinar é antipático e aprender,
ou estudar é crueldade infligida pelos adultos . Tabuada, nem pensar.Ortografia, longe de nós. Notas
abolidas : agora só os vagos conceitos. Reprovação seria o anátema. È preciso esforçar-se, e caprichar , para ser reprovado
Resultado: alunos saindo do ensino médio para a faculdade sem saber redigir uma página ou parágrafo coerente
e em boa ortografia em seu próprio idioma.
O acesso á universidade , devido a esse baixo nível do ensino médio, reduziu-se a um facilitarismo assustador.
Hordas de jovens entram na universidade sem o menor preparo. São os futuros bacharéis que não vão
passar no exame da Ordem, Outras providências desse tipo virão depois. Em vez de elevarmos o nível do ensino básico , vamos
adotar o método da não reprovação. Me lugar de exigirmos mais no ensino médio, vamos deixar todos á vontade,
pois com tantas cotas e outros recursos vão ingressar na universidade de qualquer jeito.
Além do ensino e do aprendizado, facilitamos incrivelmente as coisas no nível da educação, isto é, comportamento, compostura, postura
, respeito ,civilidade.Alunos comem , jogam no celular, conversam , riem na sala de aula, na presença
do professor que tenta exercer sua dura profissão , como se estivessem no bar.Tente o professor impor autoridade, e possivelmente ele, não o
aluno malcriado, será chamado pela diretria e admoestado. Caso tenha sido mais severo, quem sabe será
processado pelos pais.
Não estou inventando: nesta coluna não escreve a ficcionista, mas a observadora da realidade.
A continuar esse processo anti educação, e nos altos escalões o desfile de péssimos exemplos,impunidades, negociatas
e deboches , além do desastroso resultado do julgamento do mensalão, apesar de firulas jurídicas , teremos
problemas bem interessantes nos próximos anos em matéria de dignidade e honradez. Pois tudo isso contamina o
sentimento do povo, e pior : desanima os jovens que precisam de liderança positiva.
Resta buscar ânimo em outras pastagens, para não desistir de ser um cidadão produtivo e decente.
" 'Dá-me tua pequena verdade, mulher ! ' - eu
disse . E a pequena velha mulher falou assim:
'Frequentas as mulheres? Não te esqueças do
açoite!' Assim falava Zaratustra . " ( Nietzsche)
disse . E a pequena velha mulher falou assim:
'Frequentas as mulheres? Não te esqueças do
açoite!' Assim falava Zaratustra . " ( Nietzsche)