30-06-2013, 01:13 AM
Ah, o facebook, esse sombrio calabouço onde habita o senso comum.
Me regozijo toda vez que leio um texto como esse. brigadu feice :*
Meu recado pro *jumento* autor do texto: PARA DE MANGINAR, POHA!
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Me regozijo toda vez que leio um texto como esse. brigadu feice :*
Meu recado pro *jumento* autor do texto: PARA DE MANGINAR, POHA!
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Ah, a sociedade. Esse amontoadinho de gente que vive de acordo com características sociais construídas ao longo dos anos e passadas de pai para filho. Aliás, isso me lembra uma piada bem legal. Era uma vez, uma pessoa que cansou de viver em sociedade. A pessoa então, decidiu se isolar em uma montanha. Virar eremita. Ao chegar no topo da montanha, encontrou outras pessoas que também eram eremitas e formaram uma sociedade eremita. Passou a viver com elas.
Agora, me diga. Essa pessoa da história que eu contei, você imaginou ela como um homem ou como uma mulher? Provavelmente como homem. Porque a nossa sociedade é voltada normativamente para o homem, branco e heterossexual. Então se não dou nenhuma característica da pessoa, ela é, invariavelmente, um homem, branco e heterossexual.
Por que? Porque foi assim que nossa sociedade foi construída. E é isso que ela reforça todos os dias.
Somos iguais, mas diferentes.
Existe uma expressão que diz: uma mentira contada várias vezes, acabar por virar uma verdade. Para explicar de maneira rápida esse processo vou utilizar um texto do Alex Castro (que de tão antigo, não achei na internet. Ele deve ter deletado) que falava de racismo, mas com as devidas adptações, cabem no nosso caso:
“Era uma vez uma terra feliz onde todas as pessoas eram tratadas com igualdade e respeito. Um belo dia, sem motivo aparente, surgiu uma lenda de que as pessoas com covinha no queixo eram mais frágeis e incapazes do que as outras.
Apesar de completamente ilógica e contrária à mais rasteira observação empírica, o mito começou a se espalhar por toda a sociedade.
Quando faziam besteira (como bater o carro, por exemplo), todos diziam: “só podia ser pessoa-com-covinha-no-queixo!” Quando mandavam bem, eram a exceção que confirmava a regra: “foi muito bom, para uma pessoa-com-covinha-no-queixo!”
Alguns cidadãos tentaram protestar contra isso. Queriam que o governo tomasse providências. Queriam criar leis para proteger as pessoas-com-covinhas-no-queixo. Encontraram, entretanto, muita resistência. Diziam seus adversários:
“Somos todos humanos, covinhas ou não covinhas. Se criarmos leis específicas para defender as-pessoas-com-covinhas-no-queixo, aí sím é que estaremos tratando-as como se fossem um grupo separado.”
“Mas elas JÁ são tratadas como se fossem um grupo separado! Já trabalham mais, ganham menos e apanham de pessoas-sem-covinha-no-queixo!”
“Oras, essa distinção entre pessoas-com-covinhas-no-queixo e pessoas-sem-covinhas-no-queixo é um grande mito social! Uma lenda! É tão absurdo classificar as pessoas por suas covinhas no queixo quanto por outros atributos físicos acidentais como altura, cor da pele ou ter o segundo dedo do pé maior que o dedão! Todos temos as mesmas capacidades, habilidades, tudo! Não podemos tratar as pessoas-com-covinhas-no-queixo de forma diferenciada!”
“Eu sei que é um mito, caramba, mas o importante é que o povo aí fora parece não saber! As-pessoas-com-covinhas-no-queixo só fazem levar porrada todo dia!
É um mito social mas que tem uma existência bem real!”
Agora, chega de conto de fadas. Vamos a um exemplo prático e bem real. Ontem mesmo, uma menina veio me dizer que ela não tinha nenhum problema em sair com um cara e na primeira noite ir para a casa dele fazer tricot na cadeira de balanço (acho que é isso que as pessoas fazem quando estão sozinhas em casa). Até que um dia, ela foi com um carinha lá, aquela coisa, mas ele tava meio bêbado e dormiu antes que ela dissesse “pôe a camisinha”. Tudo bem. Não foi daquela vez.
O problema foi no outro dia, o cara saiu falando pra deus e o mundo que pintou e bordou com ela, fez o que devia e o que não devia, uma loucura. Devia ter até anões besuntados e uma mula no quarto com eles. Resultado: todo menino que, a partir de então, chegava nela, é porque esperava conseguir sexo fácil, afinal, ela era “esse tipo de mulher”. Desde então ela não ficou com mais ninguém. Se recusa. Já o rapagão lá (que ela até descobriu depois que ele era casado) está por aí, livre, leve e solto com suas mulas e anões besuntados.
Virou uma mulher que não se dá ao respeito. Ou, quem sabe, uma pessoa com covinha-no-queixo.
Mais que um rostinho bonito.
Dá onde vem essa idéia que mulheres tem um padrão a ser seguido para agradar aos homens? É uma construção social. A mesma que diz que mulher é frágil, delicada e afins.
Todos os dias vemos isso na rua. Ao dizer que uma pessoa “tem culhões”, que ela “pôs o pau na mesa”, estamos atribuindo uma característica unicamente masculina o fato de alguém ter coragem ou competência ou determinação. Quando uma mulher mostra essa característica, ela faz isso “apesar” de ser mulher. Lembro uma vez no tumblr Jornalismo Punheteiro, surgiu a seguinte notícia:
São delegadas, MAS, são mais gostosas. Isso que importa para a sociedade E para o jornalismo, já que ele é parte integrante da sociedade além também de ser um reflexo dela. Na verdade, por mais inteligente, interessante ou gentil que seja uma mulher, homens irão defini-la em apenas duas categorias: “comia” ou “não comia”.
“Ah, Diogo. Não são todos os homens que são assim! Você está generalizando!”. Ah vá, é memo? Se você não entendeu ainda que estou falando de “sociedade”, que aliás tá escrito na primeira linha desse texto e no título, volte e leia desde o começo, porque você não entendeu nada do que eu disse.
Generalização é um fator social. Quando o jornalismo mostra mulheres apenas como objetos sexuais que “pagam calcinha”, “mostram demais” ou “são lindas”, independente de quem elas sejam, o que estejam fazendo ou porque estejam ali, ele está dizendo que, não importa o quanto a mulher seja, ela continua a ser apenas uma forma de sexo para homens.
E isso vale para qualquer tipo de meio de comunicação. Quando uma revista faz matérias como “mulheres que conciliam carreira x maternidade” ou “como agarrar aquele gato” ou “perca 50 quilos em 2 horas”, é tudo voltado para como as mulheres podem agradar aos homens. Mas quando uma revista masculina faz uma matéria como “fique com o abdômen sarado”, é para eles conseguirem “pegar” mais mulher.
Estereótipos, estereótipos e estereótipos. Mas nenhum meio de comunicação trabalha mais com estereótipos que a publicidade. Publicidade não tem muito tempo para explicar. Tempo custa dinheiro. Então, na ânsia de explicar rápido as coisas para vender o seu xampú, a publicidade acaba por explicar errado e reforçar estereótipos. Está sempre lá a mulher que limpa a casa com mais facilidade, o homem que tem a moto/carro/etc e pega a mulherzinha e o casal onde o homem faz o café da manhã e a mulher enxerga aquilo como um grande sacrifício que ele fez por ela. Um gesto lindo. Que ela, provavelmente, faz todo dia por ele.
Isso quando os meios de comunicação não mostram como a mulher deve ser. Magra, sempre linda, sempre sem tpm, sempre sem problema, sempre solicita e, se possível, que faça um boquete como ninguém. Porque nós homens merecemos um boquetinho no fim do dia, ora pois (será que devo colocar o sinal alerta de sarcasmo aqui? Acho que não vai ser necessário né? Sei que vocês são mais espertos que isso…).
Só não vê quem não quer.
- Tá Diogo, você falou, falou e falou, mas até agora não vi nada concreto. É tudo achismo seu.
Calma, jovem Padawan. Primeiro que não é achismo. É empirismo. Se vai dar nome aos bois, dá direitinho. Segundo que existe sim uma pesquisa sobre isso. Ela é de 2010.
Se chama: "Mulheres Brasileiras e Gênero nos Espaços Públicos e Privados".
O que ele diz? Basicamente tudo o que a gente já sabia. Mas vou deixar a Aline Tomasuolo explicar melhor:
"Foi questionada para a amostragem feminina quais são as melhores e piores características de ser mulher. A resposta era de múltipla escolha, ou seja, poderia ser escolhida mais de uma opção. A maior parte apontou que a melhor coisa de ser mulher é a gravidez (50%) e a criação dos filhos (19%).
Quando questionadas a respeito de quais características são as piores em ser mulher as opiniões ficaram bem dívidas, sobressaindo a discriminação social/machismo (sociedade machista, fica mal falada), mercado de trabalho (não há igualdade, não é valorizada, ganham menos) e violência contra a mulher (apanhar do companheiro, violência física).
Foi também questionado a amostra masculina estudada quais as melhores e piores características de ser homem. As três principais vantagens citadas foram as características masculinas (não engravidar, não menstruar, ser mais respeitado), a liberdade/independência (tem mais liberdade, pais liberam mais, não fica mal falada) e trabalho (tem mais emprego, pode fazer trabalhos pesados).
Ao serem questionados a respeito das desvantagens masculinas, a grande maioria (37%) respondeu que não há nada de ruim em ser homem, resultado este que corrobora com outros diversos estudos que mostram que a auto-confiança e auto-estima masculina é muito superior a feminina."
Veja bem, se a maioria dos homens acha que não há nada de ruim em ser homem e as mulheres elegeram como desvantagens o machismo a desigualdade no trabalho e a violência contra a mulher, não precisa ser mais que um babuíno para perceber qual é a relação de poder existente na nossa sociedade com relação a homens x mulheres, não é?
Um é domintante, o outro é o dominado.
Mas a Aline ainda continua:
”(…) Vemos uma maior diferença de opinião entre os gêneros masculinos e femininos em relação a frase “Nas decisões importantes, é justo que na casa o homem tenha a última palavra". Enquanto apenas 23% das mulheres concordaram com esta afirmação, 43% dos homens o fizeram, sendo que mais 9% afirmaram nem concordar, nem discordar."
Ou seja, manda quem pode, obedece quem tem juízo e já para a cozinha cuidar do jantar que comida não brota na mesa do nada.
É tudo uma questão como a sociedade enxerga o problema, SE ela enxegar o problema, ou se ela faz questão de mudar o problema.
A sociedade é assim e cada um faz o que quiser da sua vida. Mas do individuo, falaremos no próximo texto.
Agora, me diga. Essa pessoa da história que eu contei, você imaginou ela como um homem ou como uma mulher? Provavelmente como homem. Porque a nossa sociedade é voltada normativamente para o homem, branco e heterossexual. Então se não dou nenhuma característica da pessoa, ela é, invariavelmente, um homem, branco e heterossexual.
Por que? Porque foi assim que nossa sociedade foi construída. E é isso que ela reforça todos os dias.
Somos iguais, mas diferentes.
Existe uma expressão que diz: uma mentira contada várias vezes, acabar por virar uma verdade. Para explicar de maneira rápida esse processo vou utilizar um texto do Alex Castro (que de tão antigo, não achei na internet. Ele deve ter deletado) que falava de racismo, mas com as devidas adptações, cabem no nosso caso:
“Era uma vez uma terra feliz onde todas as pessoas eram tratadas com igualdade e respeito. Um belo dia, sem motivo aparente, surgiu uma lenda de que as pessoas com covinha no queixo eram mais frágeis e incapazes do que as outras.
Apesar de completamente ilógica e contrária à mais rasteira observação empírica, o mito começou a se espalhar por toda a sociedade.
Quando faziam besteira (como bater o carro, por exemplo), todos diziam: “só podia ser pessoa-com-covinha-no-queixo!” Quando mandavam bem, eram a exceção que confirmava a regra: “foi muito bom, para uma pessoa-com-covinha-no-queixo!”
Alguns cidadãos tentaram protestar contra isso. Queriam que o governo tomasse providências. Queriam criar leis para proteger as pessoas-com-covinhas-no-queixo. Encontraram, entretanto, muita resistência. Diziam seus adversários:
“Somos todos humanos, covinhas ou não covinhas. Se criarmos leis específicas para defender as-pessoas-com-covinhas-no-queixo, aí sím é que estaremos tratando-as como se fossem um grupo separado.”
“Mas elas JÁ são tratadas como se fossem um grupo separado! Já trabalham mais, ganham menos e apanham de pessoas-sem-covinha-no-queixo!”
“Oras, essa distinção entre pessoas-com-covinhas-no-queixo e pessoas-sem-covinhas-no-queixo é um grande mito social! Uma lenda! É tão absurdo classificar as pessoas por suas covinhas no queixo quanto por outros atributos físicos acidentais como altura, cor da pele ou ter o segundo dedo do pé maior que o dedão! Todos temos as mesmas capacidades, habilidades, tudo! Não podemos tratar as pessoas-com-covinhas-no-queixo de forma diferenciada!”
“Eu sei que é um mito, caramba, mas o importante é que o povo aí fora parece não saber! As-pessoas-com-covinhas-no-queixo só fazem levar porrada todo dia!
É um mito social mas que tem uma existência bem real!”
Agora, chega de conto de fadas. Vamos a um exemplo prático e bem real. Ontem mesmo, uma menina veio me dizer que ela não tinha nenhum problema em sair com um cara e na primeira noite ir para a casa dele fazer tricot na cadeira de balanço (acho que é isso que as pessoas fazem quando estão sozinhas em casa). Até que um dia, ela foi com um carinha lá, aquela coisa, mas ele tava meio bêbado e dormiu antes que ela dissesse “pôe a camisinha”. Tudo bem. Não foi daquela vez.
O problema foi no outro dia, o cara saiu falando pra deus e o mundo que pintou e bordou com ela, fez o que devia e o que não devia, uma loucura. Devia ter até anões besuntados e uma mula no quarto com eles. Resultado: todo menino que, a partir de então, chegava nela, é porque esperava conseguir sexo fácil, afinal, ela era “esse tipo de mulher”. Desde então ela não ficou com mais ninguém. Se recusa. Já o rapagão lá (que ela até descobriu depois que ele era casado) está por aí, livre, leve e solto com suas mulas e anões besuntados.
Virou uma mulher que não se dá ao respeito. Ou, quem sabe, uma pessoa com covinha-no-queixo.
Mais que um rostinho bonito.
Dá onde vem essa idéia que mulheres tem um padrão a ser seguido para agradar aos homens? É uma construção social. A mesma que diz que mulher é frágil, delicada e afins.
Todos os dias vemos isso na rua. Ao dizer que uma pessoa “tem culhões”, que ela “pôs o pau na mesa”, estamos atribuindo uma característica unicamente masculina o fato de alguém ter coragem ou competência ou determinação. Quando uma mulher mostra essa característica, ela faz isso “apesar” de ser mulher. Lembro uma vez no tumblr Jornalismo Punheteiro, surgiu a seguinte notícia:
São delegadas, MAS, são mais gostosas. Isso que importa para a sociedade E para o jornalismo, já que ele é parte integrante da sociedade além também de ser um reflexo dela. Na verdade, por mais inteligente, interessante ou gentil que seja uma mulher, homens irão defini-la em apenas duas categorias: “comia” ou “não comia”.
“Ah, Diogo. Não são todos os homens que são assim! Você está generalizando!”. Ah vá, é memo? Se você não entendeu ainda que estou falando de “sociedade”, que aliás tá escrito na primeira linha desse texto e no título, volte e leia desde o começo, porque você não entendeu nada do que eu disse.
Generalização é um fator social. Quando o jornalismo mostra mulheres apenas como objetos sexuais que “pagam calcinha”, “mostram demais” ou “são lindas”, independente de quem elas sejam, o que estejam fazendo ou porque estejam ali, ele está dizendo que, não importa o quanto a mulher seja, ela continua a ser apenas uma forma de sexo para homens.
E isso vale para qualquer tipo de meio de comunicação. Quando uma revista faz matérias como “mulheres que conciliam carreira x maternidade” ou “como agarrar aquele gato” ou “perca 50 quilos em 2 horas”, é tudo voltado para como as mulheres podem agradar aos homens. Mas quando uma revista masculina faz uma matéria como “fique com o abdômen sarado”, é para eles conseguirem “pegar” mais mulher.
Estereótipos, estereótipos e estereótipos. Mas nenhum meio de comunicação trabalha mais com estereótipos que a publicidade. Publicidade não tem muito tempo para explicar. Tempo custa dinheiro. Então, na ânsia de explicar rápido as coisas para vender o seu xampú, a publicidade acaba por explicar errado e reforçar estereótipos. Está sempre lá a mulher que limpa a casa com mais facilidade, o homem que tem a moto/carro/etc e pega a mulherzinha e o casal onde o homem faz o café da manhã e a mulher enxerga aquilo como um grande sacrifício que ele fez por ela. Um gesto lindo. Que ela, provavelmente, faz todo dia por ele.
Isso quando os meios de comunicação não mostram como a mulher deve ser. Magra, sempre linda, sempre sem tpm, sempre sem problema, sempre solicita e, se possível, que faça um boquete como ninguém. Porque nós homens merecemos um boquetinho no fim do dia, ora pois (será que devo colocar o sinal alerta de sarcasmo aqui? Acho que não vai ser necessário né? Sei que vocês são mais espertos que isso…).
Só não vê quem não quer.
- Tá Diogo, você falou, falou e falou, mas até agora não vi nada concreto. É tudo achismo seu.
Calma, jovem Padawan. Primeiro que não é achismo. É empirismo. Se vai dar nome aos bois, dá direitinho. Segundo que existe sim uma pesquisa sobre isso. Ela é de 2010.
Se chama: "Mulheres Brasileiras e Gênero nos Espaços Públicos e Privados".
O que ele diz? Basicamente tudo o que a gente já sabia. Mas vou deixar a Aline Tomasuolo explicar melhor:
"Foi questionada para a amostragem feminina quais são as melhores e piores características de ser mulher. A resposta era de múltipla escolha, ou seja, poderia ser escolhida mais de uma opção. A maior parte apontou que a melhor coisa de ser mulher é a gravidez (50%) e a criação dos filhos (19%).
Quando questionadas a respeito de quais características são as piores em ser mulher as opiniões ficaram bem dívidas, sobressaindo a discriminação social/machismo (sociedade machista, fica mal falada), mercado de trabalho (não há igualdade, não é valorizada, ganham menos) e violência contra a mulher (apanhar do companheiro, violência física).
Foi também questionado a amostra masculina estudada quais as melhores e piores características de ser homem. As três principais vantagens citadas foram as características masculinas (não engravidar, não menstruar, ser mais respeitado), a liberdade/independência (tem mais liberdade, pais liberam mais, não fica mal falada) e trabalho (tem mais emprego, pode fazer trabalhos pesados).
Ao serem questionados a respeito das desvantagens masculinas, a grande maioria (37%) respondeu que não há nada de ruim em ser homem, resultado este que corrobora com outros diversos estudos que mostram que a auto-confiança e auto-estima masculina é muito superior a feminina."
Veja bem, se a maioria dos homens acha que não há nada de ruim em ser homem e as mulheres elegeram como desvantagens o machismo a desigualdade no trabalho e a violência contra a mulher, não precisa ser mais que um babuíno para perceber qual é a relação de poder existente na nossa sociedade com relação a homens x mulheres, não é?
Um é domintante, o outro é o dominado.
Mas a Aline ainda continua:
”(…) Vemos uma maior diferença de opinião entre os gêneros masculinos e femininos em relação a frase “Nas decisões importantes, é justo que na casa o homem tenha a última palavra". Enquanto apenas 23% das mulheres concordaram com esta afirmação, 43% dos homens o fizeram, sendo que mais 9% afirmaram nem concordar, nem discordar."
Ou seja, manda quem pode, obedece quem tem juízo e já para a cozinha cuidar do jantar que comida não brota na mesa do nada.
É tudo uma questão como a sociedade enxerga o problema, SE ela enxegar o problema, ou se ela faz questão de mudar o problema.
A sociedade é assim e cada um faz o que quiser da sua vida. Mas do individuo, falaremos no próximo texto.
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