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Fórum do Búfalo Seja bem vindo! Boteco do Búfalo [Artigo] Sobre desigualdade, valor do trabalho e violência
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[Artigo] Sobre desigualdade, valor do trabalho e violência
Offline John Romano
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#1
05-01-2013, 10:15 PM
Achei esse artigo interessantíssimo e achei que seria bom compartilhar com vocês. Curiosamente, NÃO é um panfleto esquerdopata, mas uma análise da origem da violência na desigualdade social.

Citar:Da relação direta entre ter de limpar seu banheiro você mesmo e poder abrir sem medo um Mac Book no ônibus


UPDATE: Muita gente tem lido este post como uma idealização da Holanda como um lugar paradisíaco. Nada mais longe da verdade. A Holanda não é nenhum paraíso e tem diversos problemas, muitos dos quais eu sinto na pele diariamente. O que pretendo fazer aqui é dizer duas coisas: a origem da violência no Brasil é a desigualdade social e 2, apesar da violência que gera, muita gente gosta dessa desigualdade e fica infeliz quando ela diminui, porque dela se beneficia e não enxerga a ligação desigualdade-violência. Por fim: esse post não é sobre a Holanda. A Holanda estar aqui é casual. Esse post é sobre o Brasil, minha pátria mãe.


A sociedade holandesa tem dois pilares muito claros: liberdade de expressão e igualdade. Claro, quando a teoria entra em prática, vários problemas acontecem, e há censura, e há desigualdade, em alguma medida, mas esses ideais servem como norte na bússola social holandesa.

Um porteiro aqui na Holanda não se acha inferior a um gerente. Um instalador de cortinas tem tanto valor quanto um professor doutor. Todos trabalham, levam suas vidas, e uma profissão é tão digna quanto outra. Fora do expediente, nada impede de sentarem-se todos no mesmo bar e tomarem suas Heinekens juntos. Ninguém olha pra baixo e ninguém olha por cima. A profissão não define o valor da pessoa – trabalho honesto e duro é trabalho honesto e duro, seja cavando fossas na rua, seja digitando numa planilha em um escritório com ar condicionado. Um precisa do outro e todos dependem de todos. Claro que profissões mais especializadas pagam mais. A questão não é essa. A questão é “você ganhar mais porque tem uma profissão especializada não te torna melhor que ninguém”.

Profissões especializadas pagam mais, mas não muito mais. Igualdade social significa menor distância social: todos se encontram no meio. Não há muito baixo, mas também não há muito alto. Um lixeiro não ganha muito menos do que um analista de sistemas. O salário mínimo é de 1300 euros/mês. Um bom salário de profissão especializada, é uns 3500, 4000 euros/mês. E ganhar mais do que alguém não torna o alguém teu subalterno: o porteiro não toma ordens de você só porque você é gerente de RH. Aliás, ordens são muito mal vistas. Chegar dando ordens abreviará seu comando. Todos ali estão em um time, do qual você faz parte tanto quanto os outros (mesmo que seu trabalho dentro do time seja de tomar decisões).

Esses conceitos são basicamente inversos aos conceitos da sociedade brasileira, fundada na profunda desigualdade. Entre brasileiros que aqui vêm para trabalhar e morar é comum – há exceções - estranharem serem olhados no nível dos olhos por todos – chefe não te olha de cima, o garçom não te olha de baixo. Quando dão ordens ou ignoram socialmente quem tem profissão menos especializadas do que a sua, ficam confusos ao encontrar de volta hostilidade em vez de subserviência. Ficam ainda mais confusos quando o chefe não dá ordens – o que fazer, agora?

Os salários pagos para profissão especializada no Brasil conseguem tranquilamente contratar ao menos uma faxineira diarista, quando não uma empregada full time. Os salários pagos à mesma profissão aqui não são suficientes pra esse luxo, e é preciso limpar o banheiro sem ajuda – e mesmo que pague (bem mais do que pagaria no Brasil a) um ajudante, ele não ficará o dia todo a te seguir limpando cada poerinha sua, servindo cafézinho. Eles vêm, dão uma ajeitada e vão-se a cuidar de suas vidas fora do trabalho, tanto quanto você. De repente, a ficha do que realmente significa igualdade cai: todos se encontram no meio, e pra quem estava no Brasil na parte de cima, encontrar-se no meio quer dizer descer de um pedestal que julgavam direito inquestionável (seja porque “estudaram mais” ou “meu pai trabalhou duro e saiu do nada” ou qualquer outra justificativa pra desigualdade).

Porém, a igualdade social holandesa tem um outro efeito que é muito atraente pra quem vem da sociedade profundamente desigual do Brasil: a relativa segurança. É inquestionável que a sociedade holandesa é menos violenta do que a brasileira. Claro que aqui há violência – pessoas são assassinadas, há roubos. Estou fazendo uma comparação, e menos violenta não quer dizer “não violenta”.

O curioso é que aqueles brasileiros que queixam-se amargamente de limpar o próprio banheiro, elogiam incansavelmente a possibilidade de andar à noite sem medo pelas ruas, sem enxergar a relação entre as duas coisas. Violência social não é fruto de pobreza. Violência social é fruto de desigualdade social. A sociedade holandesa é relativamente pacífica não porque é rica, não porque é “primeiro mundo”, não porque os holandeses tenham alguma superioridade moral, cultural ou genética sobre os brasileiros, mas porque a sociedade deles tem pouca desigualdade. Há uma relação direta entre a classe média holandesa limpar seu próprio banheiro e poder abrir um Mac Book de 1400 euros no ônibus sem medo.

Eu, pessoalmente, acho excelente os dois efeitos. Primeiro porque acredito firmemente que a profissão de alguém não têm qualquer relação com o valor pessoal. O fato de ter “estudado mais”, ter doutorado, ou gerenciar uma equipe não te torna pessoalmente melhor que ninguém, sinto muito. Não enxergo a superioridade moral de um trabalho honesto sobre outro, não importa qual seja. Por trabalho honesto não quero dizer “dentro da lei” - não considero honesto matar, roubar, espalhar veneno, explorar ingenuidade alheia, espalhar ódio e mentira, não me importa se seja legalizado ou não. O quanto você estudou pode te dar direito a um salário maior – mas não te torna superior a quem não tenha estudado (por opção, ou por falta dela). Quem seu paí é ou foi não quer dizer nada sobre quem você é. E nada, meu amigo, nada te dá o direito de ser cuzão. Um doutor que é arrogante e desonesto tem menos valor do que qualquer garçom que trata direito as pessoas e não trapaceia ninguém. Profissão não tem relação com valor pessoal.

Não gosto mais do que qualquer um de limpar banheiro. Ninguém gosta – nem as faxineiras no Brasil, obviamente. Também não gosto de ir ao médico fazer exames. Mas é parte da vida, e um preço que pago pela saúde. Limpar o banheiro é um preço a pagar pela saúde social. E um preço que acho bastante barato, na verdade.

PS. Ultimamente vem surgindo na sociedade holandesa um certo tipo particular de desigualdade, e esse crescimento de desigualdade tem sido acompanhado, previsivelmente, de um aumento respectivo e equivalente de violência social. A questão dos imigrantes islâmicos e seus descendentes é complexa, e ainda estou estudando sobre o assunto.

Fonte:
http://blog.daniduc.net/2009/09/14/da-re...no-onibus/

O cara pelo menos não é alienado. Até o perigo islâmico ele já percebeu.
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Offline John Romano
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#2
10-11-2013, 07:53 PM
Up pra quem não viu!
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Offline AKRAME
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#3
11-11-2013, 01:09 AM
Porra john,essa seria a visão de paraiso para o brasil.

Agora o islamismo é uma questão muito séria,não vou entrar no mérito da questão,quem acompanha as mudanças sociais mundiais sabe o que eu estou falando !
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Offline Free Bird
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#4
11-11-2013, 09:49 AM (Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 11-11-2013, 09:57 AM por Free Bird.)
(05-01-2013, 10:15 PM)John Romano Escreveu: De repente, a ficha do que realmente significa igualdade cai: todos se encontram no meio, e pra quem estava no Brasil na parte de cima, encontrar-se no meio quer dizer descer de um pedestal que julgavam direito inquestionável (seja porque “estudaram mais” ou “meu pai trabalhou duro e saiu do nada” ou qualquer outra justificativa pra desigualdade).
Discordo totalmente desse texto vitimista.
Principalmente da parte que negritei.

O grande ponto desse texto é: desigualdade é ruim e causa violência.

O problema é que desigualdade é uma mera consequência das decisões que nossos ancestrais e das que nós mesmo tomamos.
Ela não possui um caráter ruim intrínseco.

Desigualdade não é algo ruim e nunca será!

Vamos supor aqui duas famílias que moram vizinhas.
Cada uma possui um herdeiro que são amigos e viveram em igualdade de condição financeira e educativa.

A família A educou seu herdeiro para ter uma vida mais regrada, de forma que ele conseguiu acumular certo patrimônio.

A família B educou seu herdeiro da mesma forma, mas por questões de individualidade, o herdeiro desta família viveu uma vida de prazeres e não acumulou nada de patrimônio.

Então chega a segunda geração.
O novo herdeiro da família A vive uma vida bem mais confortável que seu pai, e, mantendo o estilo de vida regrada, acumula mais patrimônio e se torna um milionário.

Já o herdeiro da família B vive a mesma vida vadia que a do pai, e vive na dificuldade. Então, ao se comparar a família A, fica revoltado pela diferença de situação, que acaba gerando uma inveja que faz com que ele organize um sequestro do novo herdeiro da família A para ganhar $.

Entenderam meu ponto?
A desigualdade não pode levar a culpa pela violência, simplesmente porque ela é uma mera consequência das decisões de nossos ancestrais e das nossas próprias decisões.

Daí como diabos vamos acabar com a desigualdade?
Vamos financiar a família B com $ público para ela ficar no mesmo nível da A? É justo isso?
ou
Podemos confiscar os bens da família A para igualar com a família B, dessa forma acabando com a desigualdade.

Ambas as opções são esquerdistas.

O que causa a violência, na minha opinião, é a própria cultura esquerdista e educação de péssima qualidade.


Cultura esquerdista.
O maldito esquerdismo prega a igualdade como se fosse uma coisa boa e não uma medida intervencionista do Estado para recompensar péssimas escolhas de vida com bolsas e cotas e punir boas escolhas de vida com altos impostos.

Sem falar que também prega o ódio aos ricos, como se eles
estivessem roubando os pobres para manter suas riquezas, produzindo uma vitimização em massa ( é tudo culpa dos ricos) e alienação em massa (a culpa é dos ricos, e não da minha família que nunca optou por acumular capital ou planejar a própria vida).

Porém, pode-se argumentar que a família pobre nunca teve educação para poder planejar financeiramente seu futuro.
Então entramos no próximo ponto.

Educação (ou falta dela).
Na Holanda, a desigualdade é menor porque a educação é boa, dessa forma, mais pessoas costumam tomar BOAS DECISÕES.

Então a equação que o texto propõe:
Desigualdade ----- falta de educação ---- péssimas escolhas ---- recalque/inveja/falso senso de merecimento -------- violência.
Aqui desigualdade aparece como fato gerador do resto.

Está, na verdade, invertida. O correto seria:
Falta de educação---- péssimas escolhas ---recalque/inveja/falso senso de merecimento ----- violência.
Aqui a desigualdade é apenas uma consequência das duas primeiras opções e sequer entra na equação.

Dai vem um FDP e escreve um texto com esse trecho:
Citar:"(seja porque “estudaram mais” ou “meu pai trabalhou duro e saiu do nada” ou qualquer outra justificativa pra desigualdade)."

Se não for de cair o cu da bunda, é de cagar concreto de tanta raiva.
O fdp praticamente demoniza o fato do pai ter feito boas escolhas de vida pensando no futuro.
"mimimimi vc trabalhou e não viveu gastando com putaria, dai você se destacou e criou inveja/recalque nos que não foram tão inteligentes assim, seu verme capitalista fdp."

É essa a verdadeira face desse textinho.
Muito bem escrito, aparentemente lógico, mas corrompido em sua essência pelas falsas ideologias esquerdistas.

O maior "poder" da humanidade é a hereditariedade. Somos o que somos porque recebemos de mão beijada os esforços das gerações anteriores e podemos e devemos nos esforçar para passar o melhor para as futuras. É a hereditariedade que constrói fortunas duradouras.

Quando existe uma família muito rica, de nível Hamptons por exemplo, foi resultado de gerações de pessoas tomando boas decisões e passando o resultado dessas decisões para frente.
Uma pessoa demonizar o que chega a ser séculos de trabalho e sacrifício é muita falta de caráter, pqp.

O certo seria que todos tivessem acesso a uma boa educação de forma que pudessem tomar boas escolhas.
Claro que "boa educação" não é a realidade do Brasil.
Mas de quem é a obrigação de conseguir boa educação? A família ou o Estado? Quem se beneficia mais? A família ou o estado?
Eu não sei vocês, mas prefiro puxar a responsabilidade da educação da minha filha pra mim, pra família, do que depender da merda do Estado.
Filhos são investimentos de alto risco e o Estado é uma corretora de merda.
Não os deixem na mão do Estado senão quem sai perdendo é você e toda sua família, pois uma geração estragada destrói o patrimônio inteiro de cinco gerações honradas.

E mesmo quem tem boa educação, costuma tomar péssimas escolhas também, então outro motivo para a família tomar as rédeas da educação de sua prole.



Então a merda é muuuuuuuuuuito mais embaixo, mas com certeza não é uma simples resposta como "a culpa é da desigualdade".

Minha resposta particular para a problemática é que a culpa mesmo é da cultura, principalmente de falso merecimento.
Muitas pessoas acham que merecem ser tão ricas quanto os milionários, mas nem ela e nem seus ancestrais se esforçaram o mesmo tanto.
Então essa cara de pau de não assumir a culpa acaba virando revolta, que acaba gerando violência.


A correção, ao meu ver, seria a junção de três medidas:
A) mudança na cultura para uma mudança de aceitação da realidade (minha família nunca acumulou nada, por isso sou pobre e se eu não acumular, a situação nunca vai mudar e não adianta ter raiva dos ricos, visto que eles tiveram sorte de sua família ter acumulado).

B) Rigor na punição dos crimes.
Enquanto bandido não tiver medo de cometer crime, a violência continuará.
Pena de morte já! Principalmente para políticos corruptos ou agentes privados que participem do processo de corrupção.


C) Fim da campanha do desarmamento e incentivo a população honesta a adquirir porte de armas. A segurança de uma pessoa não deveria ser tutelada pelo Estado apenas.


E por fim, mais alguns comentários:
1- Sobre a questão da (des)valorização de profissões:
Gostaria que todos seguissem a minha regra:
Quanto mais você não quiser exercer tal profissão, mais você respeita o cara que a exerce.

2-Sobre a questão islâmica:
Ainda não tenho opinião formada, mas tô assistindo de camarote a Holanda (e vários outros países, principalmente não-cristãos e sem bolas) serem tomados pelo islã. Dá gosto de ver a turma do politicamente correto se perdendo na própria vitimização. Pena que essa merda respingará no mundo todo futuramente.
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Offline Spectro
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#5
11-11-2013, 11:28 PM
Gostei do texto, a desigualdade social vai além do financeiro é também ideológica, cultural, matrix pura.
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