31-01-2020, 08:22 PM
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 31-01-2020, 08:25 PM por Velho Gonçalves.)
Na minha equipe, sou responsável pela avaliação de alguns assistentes de Auditoria. Um desses assistentes, um jovem que conta 26, frequentador da alta burguesia de São Paulo, tem fortes inclinações para a política de esquerda: é praticamente feminist a; extremamente contra o governo Bolsonaro; contra a desigualdade social; defensor ferrenho de todo tipo de minorias; e carrega – sem vergonha - a bandeira “Lula Livre” no Instagram, o que é ser muito “Cool”, no meio dele. Apesar disso: ostenta toda sorte de tecnologia de ponta; tênis e roupas de marcas. Ou seja, o típico esquerdista playboy de São Paulo.
Antes de continuar, porém, é necessário eu fazer uma advertência no relato! Apesar do que vou contar aqui, eu gosto muito desse cara!!! Trocamos várias ideias, bebemos juntos e etc... Mas no campo da política, temos ideais opostas. (Eu sou defensor do capitalismo, e a maioria das minhas inclinações são de direita). Mas no geral, eu adoro esse cara!!!
Hoje de manhã, porém, peguei ele no pulo... De forma tão violenta... Mas tão violenta... Que para ele não houve remédio a não ser confessar o tropeço!!!
Vai vendo...
Inventei a seguinte situação: disse que para a conclusão do nosso trabalho em questão, eu iria propor duas formas de avaliação de desempenho, a saber:
1º Proposta: Cada indivíduo seria avaliado isoladamente, independente da participação e competência dos outros funcionários. Logo, a nota final da avaliação levaria em consideração apenas a performance de cada um; o que acarretaria promoções e salários correlacionados com tal nota final. Essa seria a avaliação modelo “A”.
2º Proposta: Cada nível de colaboradores (Senior; assistente; e trainee) seria avaliado em conjunto. Ou seja, todos receberiam notas individuais de performance; porém, a nota final de cada um – aquela que determinaria a promoção para cargos maiores e aumento de salário – seria a nota estabelecida com base na média da nota do grupo! Ou seja, no grupo de 3 assistentes, se as notas deles fosse respectivamente 9, 7 e 3... A nota final de cada um, para a avaliação, seria a média de todos. Logo, seria nota 6. Essa seria a avaliação modelo “B”.
Quando terminei de explicar, perguntei aos assistentes: “Qual critério de avaliação vocês acham mais justo para a promoção e aumento de salário de vocês?”. A resposta foi unanime e rápida: todos bradaram que preferiam a PROPOSTA “A”, onde cada um seria avaliado isoladamente. Então, virei na safadeza para o meu amigo “esquerdista” (o tal jovem de 26) e perguntei: “por que você acha a proposta “A” melhor?”. Ele disse sem nem pensar (sem nem pensar!!!): “É claro velho... a nossa avaliação tem que ser individual! Seria injusto que a nossa avaliação e, consequentemente, promoção fosse impactada pela performance abaixo da média do outro colega”.
Quando ele terminou, eu levante uma folha se sulfite branca com os seguintes dizeres:
“1º Proposta, “A” = Avaliação Capitalista”
“2º Proposta, “B” = Avaliação Socialista“

Foram quase 10 minutos de zoeira e bagunça na sala, com eu e meus outros colegas falando: “Está vendo só... seu esquerdista do caralho... Não quer ficar sem poder ganhar grana e comprar seu Iphone novo né kkkk".
(PS: Eu não inventei essa "pegadinha"... Apenas vi no Youtube, e coloquei em prática).