27-12-2013, 12:25 AM
Decreto da presidente Park Geun-hye prevê multa de 90 reais para quem usar roupas que deixem o corpo muito exposto. Celebridades e opositores criticam
Grupo de K-pop Girls Generation: as meninas terão de aumentar o comprimento do vestido depois do início da vigência da lei de superexposição na Coreia do Sul
As cantoras de K-pop, subgênero do pop criado na Coreia do Sul, terão de renovar seu guarda-roupa depois da aprovação de uma lei de superexposição pelo governo de Seul. O decreto, aprovado pelo novo governo da presidente Park Geun-hye no início deste mês, começará a valer nesta sexta-feira e prevê multa de 50.000 won (90 reais) para as pessoas consideradas superexpostas em público.
Membros da oposição questionaram a interferência do estado no modo de se vestir dos cidadãos e alegaram violação da liberdade de expressão. “O governo de Park Geun-hye nos dá motivo para preocupação de que estamos voltando para a era quando o comprimento do cabelo e da saia era regulado”, disse um membro do partido União Democrática.
A lei foi comparada com restrições similares impostas nas décadas de 1960 e 1970, durante o governo de Park Chung-hee, pai da atual presidente, informou a rede CNN. Na época, as saias que terminavam 20 centímetros ou mais acima do joelho eram proibidas na Coreia do Sul.
No país, a moda de roupas curtas invadiu as ruas de Seul e outras grandes cidades sul-coreanas, principalmente depois do estouro do K-pop, liderado por boy e girlbands que apostam em roupas justas e curtas para atrair o público. As mulheres trocaram as calças e saias longas por leggings, micro shorts e minissaias. Muitos videoclipes, inclusive, foram classificados como proibidos para menores de 19 anos. No final do ano passado, o estilo musical foi impulsionado mundialmente com o single Gangnam Style, do rapper sul-coreano PSY.
Além de opositores ao governo, personalidades do país também reagiram contra a medida. “A multa por superexposição é real? Estou perdida”, postou a cantora e atriz Lee Hyori, mais famosa sex symbol do país, em seu perfil no Twitter. A cantora Nancy Lang publicou uma foto segurando notas no valor da multa próximo ao seu decote.
A polícia sul-coreana se defendeu das críticas e declarou que a multa por superexposição não tem a ver com o tamanho da saia ou outras roupas que deixam partes do corpo à mostra. “Essa medida é para casos como nudez e indecência pública”, disse o inspetor Ko Jun-ho, da Agência Nacional de polícia. “Qualquer comentário de que estamos regulando o que as pessoas vestem é completamente falso”.
"Primeira decisão da nova presidente da Coreia do Sul é ridícula e humilha as mulheres:proibir minissaias"
Se fosse homem, o que iriam dizer?
Mas, minha nossa, foi uma mulher, Park Geun-hye, solteira, 61 anos, há menos de um mês empossada como presidente da Coreia do Sul — na prática, um país do Primeiro Mundo em todos os sentidos — quem assinou um espantoso decreto que entra em vigor amanhã, e que na prática proíbe as mulheres de usar minissais em públicdo, sob pena de abordagem pela polícia e multa equivalente a 90 reais.
O pretexto da medida, ridícula em pleno século XXI, sobretudo num país moderno, com uma economia que ultrapassa 1,5 trilhão de dólares, é coibir a “superexposição” das “pessoas” em público.
Na vida real, atingirá as mulheres, no auge da moda de roupas curtas no país sob influência, principalmente entre adolescentes e jovens, dos grupos femininos de K-pop , a salada de ritmos típica da Coreia do Sul cujo maior sucesso é Gangnam Style, do rapper PSY.
A medida parece coisa do vizinho do Norte, a ditadura comunista cuja principal atividade consiste em proibir os cidadãos de fazer coisas. Mas, num país sério, humilha as mulheres por implicitamente fazer um julgamento moral sobre roupas curtas e, sobretudo, constitui uma intolerável intervenção do Estado na vida das pessoas.
Não sem razão, está provocando, obviamente, polêmica – que se transforma em fúria entre cantoras, atrizes e outras celebridades
A presidente Park Geun-hye no dia de sua posse: medida moralista e ridícula
Ao adotá-la, a presidente Park faz lembrar medidas moralistas e retrógradas de seu pai, o ditador Park Chung-hee, que chegou ao poder por meio de um golpe militar em 1961 e só deixou o comando do país 18 anos depois, ao ser assassinado pelo chefe do equivalente da CIA na Coreia do Sul.
O espantoso é que a proibição constou da pauta da primeira reunião de gabinete da nova presidente, semanas atrás. Isso tendo uma série de problemas cabeludos pela frente — a começar pelo regime delirante e histérico do Norte, governado por um jovem inexperiente de 28 anos cuja única credencial é ser filho e neto dos ditadores anteriores, mas montado num arsenal atômico, o qual, por sinal, ameaçou explodir um míssil sobre… os Estados Unidos, principal aliado da Coreia do Sul.
Espera-se que a presidente não imite o pai em outros terrenos. Ela já chegou a dizer que o golpe de Estado de 1961 foi “necessário” para a Coreia do Sul mas, felizmente, em duas ocasiões — em 2007 e no ano passado, já de olho nas eleições que a levaram ao poder em fevereiro –, pediu perdão público, em nome do ditador Park, pelas violações de direitos humanos ocorridas ao longo de seu período.
Fonte primeira noticia
Fonte segunda noticia
Vejam os comentários de manginas e nazis na pagina da segunda noticia.
Grupo de K-pop Girls Generation: as meninas terão de aumentar o comprimento do vestido depois do início da vigência da lei de superexposição na Coreia do Sul
As cantoras de K-pop, subgênero do pop criado na Coreia do Sul, terão de renovar seu guarda-roupa depois da aprovação de uma lei de superexposição pelo governo de Seul. O decreto, aprovado pelo novo governo da presidente Park Geun-hye no início deste mês, começará a valer nesta sexta-feira e prevê multa de 50.000 won (90 reais) para as pessoas consideradas superexpostas em público.
Membros da oposição questionaram a interferência do estado no modo de se vestir dos cidadãos e alegaram violação da liberdade de expressão. “O governo de Park Geun-hye nos dá motivo para preocupação de que estamos voltando para a era quando o comprimento do cabelo e da saia era regulado”, disse um membro do partido União Democrática.
A lei foi comparada com restrições similares impostas nas décadas de 1960 e 1970, durante o governo de Park Chung-hee, pai da atual presidente, informou a rede CNN. Na época, as saias que terminavam 20 centímetros ou mais acima do joelho eram proibidas na Coreia do Sul.
No país, a moda de roupas curtas invadiu as ruas de Seul e outras grandes cidades sul-coreanas, principalmente depois do estouro do K-pop, liderado por boy e girlbands que apostam em roupas justas e curtas para atrair o público. As mulheres trocaram as calças e saias longas por leggings, micro shorts e minissaias. Muitos videoclipes, inclusive, foram classificados como proibidos para menores de 19 anos. No final do ano passado, o estilo musical foi impulsionado mundialmente com o single Gangnam Style, do rapper sul-coreano PSY.
Além de opositores ao governo, personalidades do país também reagiram contra a medida. “A multa por superexposição é real? Estou perdida”, postou a cantora e atriz Lee Hyori, mais famosa sex symbol do país, em seu perfil no Twitter. A cantora Nancy Lang publicou uma foto segurando notas no valor da multa próximo ao seu decote.
A polícia sul-coreana se defendeu das críticas e declarou que a multa por superexposição não tem a ver com o tamanho da saia ou outras roupas que deixam partes do corpo à mostra. “Essa medida é para casos como nudez e indecência pública”, disse o inspetor Ko Jun-ho, da Agência Nacional de polícia. “Qualquer comentário de que estamos regulando o que as pessoas vestem é completamente falso”.
"Primeira decisão da nova presidente da Coreia do Sul é ridícula e humilha as mulheres:proibir minissaias"
Se fosse homem, o que iriam dizer?
Mas, minha nossa, foi uma mulher, Park Geun-hye, solteira, 61 anos, há menos de um mês empossada como presidente da Coreia do Sul — na prática, um país do Primeiro Mundo em todos os sentidos — quem assinou um espantoso decreto que entra em vigor amanhã, e que na prática proíbe as mulheres de usar minissais em públicdo, sob pena de abordagem pela polícia e multa equivalente a 90 reais.
O pretexto da medida, ridícula em pleno século XXI, sobretudo num país moderno, com uma economia que ultrapassa 1,5 trilhão de dólares, é coibir a “superexposição” das “pessoas” em público.
Na vida real, atingirá as mulheres, no auge da moda de roupas curtas no país sob influência, principalmente entre adolescentes e jovens, dos grupos femininos de K-pop , a salada de ritmos típica da Coreia do Sul cujo maior sucesso é Gangnam Style, do rapper PSY.
A medida parece coisa do vizinho do Norte, a ditadura comunista cuja principal atividade consiste em proibir os cidadãos de fazer coisas. Mas, num país sério, humilha as mulheres por implicitamente fazer um julgamento moral sobre roupas curtas e, sobretudo, constitui uma intolerável intervenção do Estado na vida das pessoas.
Não sem razão, está provocando, obviamente, polêmica – que se transforma em fúria entre cantoras, atrizes e outras celebridades
A presidente Park Geun-hye no dia de sua posse: medida moralista e ridícula
Ao adotá-la, a presidente Park faz lembrar medidas moralistas e retrógradas de seu pai, o ditador Park Chung-hee, que chegou ao poder por meio de um golpe militar em 1961 e só deixou o comando do país 18 anos depois, ao ser assassinado pelo chefe do equivalente da CIA na Coreia do Sul.
O espantoso é que a proibição constou da pauta da primeira reunião de gabinete da nova presidente, semanas atrás. Isso tendo uma série de problemas cabeludos pela frente — a começar pelo regime delirante e histérico do Norte, governado por um jovem inexperiente de 28 anos cuja única credencial é ser filho e neto dos ditadores anteriores, mas montado num arsenal atômico, o qual, por sinal, ameaçou explodir um míssil sobre… os Estados Unidos, principal aliado da Coreia do Sul.
Espera-se que a presidente não imite o pai em outros terrenos. Ela já chegou a dizer que o golpe de Estado de 1961 foi “necessário” para a Coreia do Sul mas, felizmente, em duas ocasiões — em 2007 e no ano passado, já de olho nas eleições que a levaram ao poder em fevereiro –, pediu perdão público, em nome do ditador Park, pelas violações de direitos humanos ocorridas ao longo de seu período.
Fonte primeira noticia
Fonte segunda noticia
Vejam os comentários de manginas e nazis na pagina da segunda noticia.