18-11-2013, 01:12 PM
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 18-11-2013, 01:13 PM por Meroplâncton.)
http://www.coletivoecos.com/dados-apos-1...armamento/
Dados após 10 anos de Estatuto do Desarmamento
Uma análise sobre a eficácia de tal medida
Postado por: Renan Pontes 17 de novembro de 2013 em Segurança Pública
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No dia 22 de Dezembro de 2013 a lei 10.826, amplamente conhecida como Estatuto do Desarmamento, estará fazendo o seu décimo aniversário, porém, será que nesse meio tempo ela serviu para o seu propósito final, qual seja, diminuir o número de crimes cometidos com armas de fogo no Brasil?
A tabela ao lado faz parte do estudo técnico feito pela Confederação Brasileiras de Municípios (clique aqui para vê-lo), e demonstra a evolução no tempo (1999 a 2008) da média dos crimes cometidos com armas de fogo no diversos estados brasileiros.
É possível aferir, com base nesta tabela, a não existência de um padrão nas alterações das taxas de crimes cometidos com armas de fogo nos estados, muito pelo contrário, enquanto alguns deles, como por exemplo São Paulo, Rio de Janeiro e Roraima apresentam diminuição significativa nesses números, outros, como Alagoas, Bahia e Pará, apresentam um aumento substancial.
Trabalhando com Regiões, dos nove estados que compõe o Nordeste, apenas Pernambuco obteve melhora nas taxas deste período, deixando o posto de estado com maior número de homicídios para Alagoas, que teve uma ligeira queda após o estatuto, mas que no ano seguinte teve um aumento excessivo.
No Norte, o Pará apresentou um crescimento estrondoso, que não foi interrompido pelo estatuto do desarmamento, Roraima, apesar de apresentar uma queda nas suas taxas, o vem demonstrando desde 1999, não podendo ser creditado esta redução à citada lei.
No Centro Oeste, o estado de Goiás, mesmo após 2003, continuou com seus índices subindo, ao passo que em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, houve uma queda após o estatuto, entretanto, alcançando em 2008 índices semelhantes aos tidos antes dele.
Na região Sudeste, nem um estado pareceu sofrer interferência da lei 10.826, São Paulo e Rio de Janeiro já demonstravam forte redução nestes números anteriormente a ela, Minas Gerais obteve um aumento em 2004 seguido de uma ligeira queda.
No Sul, todos os três estados tiveram aumentos nos seus índices de homicídios por armas de fogo no período. Somente Santa Catarina demonstrou pequena queda após o estatuto, mantendo-se estável até 2007 e crescimento em 2008.
Resta então a conclusão de que o estatuto do desarmamento não foi, bem como não é, um sucesso no tocante à redução dos crimes cometido com armas de fogo no Brasil, apesar de terem sido entregues mais de seiscentas mil armas (notícia), o número de crimes praticados continua elevado, e só obteve redução significativa em três estados brasileiros, o que leva a crer que a causa dessa redução está mais ligada à politicas públicas de segurança locais.
Dados após 10 anos de Estatuto do Desarmamento
Uma análise sobre a eficácia de tal medida
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No dia 22 de Dezembro de 2013 a lei 10.826, amplamente conhecida como Estatuto do Desarmamento, estará fazendo o seu décimo aniversário, porém, será que nesse meio tempo ela serviu para o seu propósito final, qual seja, diminuir o número de crimes cometidos com armas de fogo no Brasil?
A tabela ao lado faz parte do estudo técnico feito pela Confederação Brasileiras de Municípios (clique aqui para vê-lo), e demonstra a evolução no tempo (1999 a 2008) da média dos crimes cometidos com armas de fogo no diversos estados brasileiros.
É possível aferir, com base nesta tabela, a não existência de um padrão nas alterações das taxas de crimes cometidos com armas de fogo nos estados, muito pelo contrário, enquanto alguns deles, como por exemplo São Paulo, Rio de Janeiro e Roraima apresentam diminuição significativa nesses números, outros, como Alagoas, Bahia e Pará, apresentam um aumento substancial.
Trabalhando com Regiões, dos nove estados que compõe o Nordeste, apenas Pernambuco obteve melhora nas taxas deste período, deixando o posto de estado com maior número de homicídios para Alagoas, que teve uma ligeira queda após o estatuto, mas que no ano seguinte teve um aumento excessivo.
No Norte, o Pará apresentou um crescimento estrondoso, que não foi interrompido pelo estatuto do desarmamento, Roraima, apesar de apresentar uma queda nas suas taxas, o vem demonstrando desde 1999, não podendo ser creditado esta redução à citada lei.
No Centro Oeste, o estado de Goiás, mesmo após 2003, continuou com seus índices subindo, ao passo que em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, houve uma queda após o estatuto, entretanto, alcançando em 2008 índices semelhantes aos tidos antes dele.
Na região Sudeste, nem um estado pareceu sofrer interferência da lei 10.826, São Paulo e Rio de Janeiro já demonstravam forte redução nestes números anteriormente a ela, Minas Gerais obteve um aumento em 2004 seguido de uma ligeira queda.
No Sul, todos os três estados tiveram aumentos nos seus índices de homicídios por armas de fogo no período. Somente Santa Catarina demonstrou pequena queda após o estatuto, mantendo-se estável até 2007 e crescimento em 2008.
Resta então a conclusão de que o estatuto do desarmamento não foi, bem como não é, um sucesso no tocante à redução dos crimes cometido com armas de fogo no Brasil, apesar de terem sido entregues mais de seiscentas mil armas (notícia), o número de crimes praticados continua elevado, e só obteve redução significativa em três estados brasileiros, o que leva a crer que a causa dessa redução está mais ligada à politicas públicas de segurança locais.