Semblantes antes e depois da guerra

[Durga]

Ví essa matéria e lembrei de um trecho daquele post do olhar de mil rolas que fala do olhar perdido com o qual os soldados voltam da guerra.Achei impactante, possivelmente alguém daqui já deve ter visto. Aí vai.


A ideia é brilhante, e o resultado emocionante e revelador: registrar, em closes faciais, imagens de soldados britânicos antes, durante e depois de seu serviço no Afeganistão.



Pode-se ver a tragédia, a dor e o horror que a guerra causa nos jovens — mesmo soldados profissionais, como são os britânicos, e não recrutas de um serviço militar obrigatório.
O projeto, batizado We Are The Not Dead (Tradução livre: “Somos os Não-Mortos”), é de autoria da fotógrafa, jornalista e cineasta Lalage Snow, nascida em 1981 em Belfast, Irlanda do Norte. Atualmente residente em Londres, ela trabalhou na iniciativa durante oito meses do ano passado, quando morou em Cabul, no Afeganistão.

Reparem as expressões ainda relativamente serenas dos soldados antes de embarcarem, a adrenalina e a tensão de seus olhares durante a temporada afegã e o desolamento vazio, sem contar o aspecto mais envelhecido, dos semblantes pós-conflito. A maioria, entre outras barbaridades, presenciou atentados a bomba, e alguns retornaram à Escócia feridos.


Depoimentos reveladores

Mesmo assim, não apenas os retratos “falam” em We Are The Not Dead. A justaposição dos depoimentos de antes, durante e depois também são muito reveladoras.


Um dos combatentes, o sargento Alexander McBroom, por exemplo, diz em sua entrevista inicial: “não estou preocupado em ir, afinal é meu trabalho”.

Ao longo de sua estada no Afeganistão, porém, afirmaria: “experiência “abriu os meus olhos”. Após o retorno, mencionaria “o medo de sempre, a apreensão sobre o que acontecerá se eu for atingido por alguma bomba”.

Uma voz para os soldados

“Conforme a contagem de corpos dos militares britânicos crescia e as ramificações políticas da presença do Exército britânico no Afeganistão se complicavam, cada vez mais soldados sentiam que não tinham uma voz, ou que ao menos não estavam sendo ouvidos”, afirma Lalage Snow.

“O We Are The Not Dead é uma tentativa de dar a estes jovens homens e mulheres uma chance de falar”.

Confiram mais imagens:

[Mr. Perfect]

Já tinha visto mas vi em algum lugar que é fake, de todo jeito é inspirador..

[John_Reese]

Não to vendo nada demais nas fotos, apenas manipulação de iluminação e closes diferentes.

Ou escurecimento dos olhos na terceira foto.

A guerra é algo horrível, lógico que é, mas necessária.

Não temos que ver e nem eles tem que se enxergar como vitimas.

Foram, ganharam experiências, habilidades, aprenderam a ser homens e isso que importa.

[Ricardo D]

Não to vendo nada demais nas fotos, apenas manipulação de iluminação e closes diferentes.

Ou escurecimento dos olhos na terceira foto.

A guerra é algo horrível, lógico que é, mas necessária.

Não temos que ver e nem eles tem que se enxergar como vitimas.

Foram, ganharam experiências, habilidades, aprenderam a ser homens e isso que importa.

Acredito que a maioria das guerras seja desnecessária, John. E um homem tem tanta necessidade de ir para a guerra quanto tem de matar um civil em legítima defesa.

No fundo a guerra é isso, gente se matando. Eu só entraria em uma se realmente acreditasse que é necessária.

[John_Reese]

Não to vendo nada demais nas fotos, apenas manipulação de iluminação e closes diferentes.

Ou escurecimento dos olhos na terceira foto.

A guerra é algo horrível, lógico que é, mas necessária.

Não temos que ver e nem eles tem que se enxergar como vitimas.

Foram, ganharam experiências, habilidades, aprenderam a ser homens e isso que importa.

Acredito que a maioria das guerras seja desnecessária, John. E um homem tem tanta necessidade de ir para a guerra quanto tem de matar um civil em legítima defesa.

No fundo a guerra é isso, gente se matando. Eu só entraria em uma se realmente acreditasse que é necessária.

Nenhum soldado quer ir pra guerra porque não considera necessária, mas cabe a ele essa decisão?

Quem vê a necessidade de uma guerra é um líder de estado, o parlamento, etc.

As vezes para o soldado ela não é necessária, mas uma guerra pode ter vários motivos, proteção da soberania nacional, ampliação de território, agregar recursos naturais, motivos econômicos, políticos, colaboração entre países aliados, diferenças religiosas.

Um soldado é só uma peça no tabuleiro.

[Destro]

Não to vendo nada demais nas fotos, apenas manipulação de iluminação e closes diferentes.

Eu também .

[John_Reese]

O que estou querendo dizer é que não temos e nem eles tem que se enxergar como vítimas.

Eles devem extrair o melhor, agregar conhecimentos, adquirir habilidades, virar homem.

Se o cara souber tirar as lições e aplicar na vida ele vai longe.

Ele tem escolha, senão desertar e ser desonrado, viver escondido, ser preso?

[barãozin]

PSTD.

[barãozin]

Realmente poucas mudanças.

Tem q ver q as guerras modernas, mesmo sendo terríveis, são bem mais suaves que as guerras antigas.

Vc pega o rosto de um soldado do Vietnã e faz um antes e depois vc vai ver uma diferença brutal. Ou com algum soldado da Segunda Guerra.

[John_Reese]

Só que no vietnã tomaram uma surra brutal.

E na segunda guerra posso imaginar o porque...

Agora essas guerras do iraque e afeganistão é como jogar uma bomba nuclear e receber um traque de volta.

[John_Reese]

o da sétima foto ta com olhar de mil rolas

[Spectro]

o da sétima foto ta com olhar de mil rolas

[Andrew]

Hoje as guerras são travadas de uma distância enorme. Mesmo assim o perigo de morrer é muito alto.

Agora imagine uma guerra onde você tem que acordar cedo, beber muito hidromel para ter coragem. Segurar um escudo de 15 a 20 kilos de madeira macica no braço esquerdo e um machado no braço direito. Lado a lado com outros homens, formando uma barreira humana. Espremido, tendo que bater de frente com outra barreira humana, gritando, rugindo, golpeando sem parar.

Imagina a tenção que era as primeiras guerras! A ultima guerra que os homens saíram no tapa assim, pelo que sei, foi na guerra civil americana.
Aqueles rifles só atiravam uma vez e depois tinham que carregar. E quando o inimigo chegava muito perto...era baioneta que comia solta!

[Gandalf]

Hoje as guerras são travadas de uma distância enorme. Mesmo assim o perigo de morrer é muito alto.

Agora imagine uma guerra onde você tem que acordar cedo, beber muito hidromel para ter coragem. Segurar um escudo de 15 a 20 kilos de madeira macica no braço esquerdo e um machado no braço direito. Lado a lado com outros homens, formando uma barreira humana. Espremido, tendo que bater de frente com outra barreira humana, gritando, rugindo, golpeando sem parar.

Imagina a tenção que era as primeiras guerras! A ultima guerra que os homens saíram no tapa assim, pelo que sei, foi na guerra civil americana.
Aqueles rifles só atiravam uma vez e depois tinham que carregar. E quando o inimigo chegava muito perto...era baioneta que comia solta!

Batalhas assim eram extremamente cruéis, um banho de sangue, sem trégua. Carregando suas pesadas armas, escudos, armaduras. Imagine um cavaleiro abarrotado de metal, viajando pelas colinas, montado em seu animal e companheiro, marchando para a batalha.

Olhe confrade, depois da guerra civil americana, que eu saiba foi a revolução farroupilha aqui no Rio Grande do Sul, onde os viventes se tramavam no fio da espada e na garrucha véia! Coisa de loco, por essas terras também muito banho de sangue houve.
Porém batalhas no estilo corpo-a-corpo se não me engano eram presentes também na Primeira Guerra Mundial.

[Andrew]

Hoje as guerras são travadas de uma distância enorme. Mesmo assim o perigo de morrer é muito alto.

Agora imagine uma guerra onde você tem que acordar cedo, beber muito hidromel para ter coragem. Segurar um escudo de 15 a 20 kilos de madeira macica no braço esquerdo e um machado no braço direito. Lado a lado com outros homens, formando uma barreira humana. Espremido, tendo que bater de frente com outra barreira humana, gritando, rugindo, golpeando sem parar.

Imagina a tenção que era as primeiras guerras! A ultima guerra que os homens saíram no tapa assim, pelo que sei, foi na guerra civil americana.
Aqueles rifles só atiravam uma vez e depois tinham que carregar. E quando o inimigo chegava muito perto...era baioneta que comia solta!

Batalhas assim eram extremamente cruéis, um banho de sangue, sem trégua. Carregando suas pesadas armas, escudos, armaduras. Imagine um cavaleiro abarrotado de metal, viajando pelas colinas, montado em seu animal e companheiro, marchando para a batalha.

Olhe confrade, depois da guerra civil americana, que eu saiba foi a revolução farroupilha aqui no Rio Grande do Sul, onde os viventes se tramavam no fio da espada e na garrucha véia! Coisa de loco, por essas terras também muito banho de sangue houve.
Porém batalhas no estilo corpo-a-corpo se não me engano eram presentes também na Primeira Guerra Mundial.

Tem razão Gandalf! Foram terríveis mesmo!

[Petulante]

Nada, justifica a guerra, podem dizer o que for. Nada mesmo a não ser uma única razão:
"Defender a soberania nacional" o que ainda assim é discutível.

Mas tudo bem, precisa de crescimento pra reconhecer a estupidez da guerra. Eu mesmo já pensei como alguns confrades. Eu chegava a dizer que "O país precisa de uma gurra pro brasileiro largar de ser preguiçoso."

Mudei minha forma de pensar, mas vira em mexe vou tomar uma cerveja e topo com um idiota que pensa assim. Nesses casos nem discuto.

[Petulante]

E antes que alguém diga que eu estou de sentimentalismo ou mimimi. Me digam o que acham dessa imagem:


Essa menina estava correndo porque foi quiemada por Napalm. O fogo foi tão forte que "derreteu" a roupa dela.

Justifica? Alguém pode me dizer se justifica? É necessário? Não acredito que seja....

Isso acontece hoje em dia no Afeganistão também, aconteceu no iraque e sempre vai existir. O nome que dou a isso é: Barbárie Humana.

[barãozin]

Nada, justifica a guerra, podem dizer o que for. Nada mesmo a não ser uma única razão:
"Defender a soberania nacional" o que ainda assim é discutível.

Mas tudo bem, precisa de crescimento pra reconhecer a estupidez da guerra. Eu mesmo já pensei como alguns confrades. Eu chegava a dizer que "O país precisa de uma gurra pro brasileiro largar de ser preguiçoso."

Mudei minha forma de pensar, mas vira em mexe vou tomar uma cerveja e topo com um idiota que pensa assim. Nesses casos nem discuto.

É como dizia o Orwell: "o maior sonho dele era ver um patriota levando tiro numa guerra."

Geralmente esses caras q desejam a guerra "ardentemente" são os primeiros a pularem fora qdo o bicho pega rs

Aliás, se for ver 90% dos maiores heróis de guerra são justamente carinhas comuns que tiveram que se virar pra poder sobreviver, e não caras sedentos por combate (acho q uma das poucas excessões era o Jack "Mad" Churchill)

[Bnktop]

Tema bem interessante e curioso.

Os estudos sobre os efeitos da guerra se intensificaram após a Primeira Guerra, os efeitos pós-combate eram mais visíveis no semblante e nas atitudes das pessoas. Hoje, com tanto Photoshop e o desenvolvimento da medicina, dificilmente as sequelas são tão visíveis.
O fato de retratar o semblante do soldado no antes, durante e depois, é meio inútil, é um efeito previsível: Pegue um garoto de prédio, ensine ele a matar, jogue-o na merda e o deixe por um tempo lá, depois retire ele, simples assim. São inúmeros estudos, livros e filmes retratando estes estágios:

1) Menino assustado, perdido, não sabe o que fazer e cheio de frescura.
2) Máquina de matar, metido a Rambo. (Provavelmente ele pode morrer neste estágio)
3) Acostumado com os banhos de sangue, desacreditado, desanimado e exausto.
4) Perdido na "vida normal".

Estes estágios são mais desgraçados nos dias de hoje porque antigamente a virilidade era algo muito mais valoroso e levado a sério. Os confrades citaram como exemplo a época da Idade Média, não apenas o pessoal era homem de verdade, como também não tinham tanto apreço pela vida, matavam e logo em seguida iam para igreja rezar com a mesma praticidade que alguém senta no chão, por exemplo. O choque era muito menor, o clima de guerra era constante, o organismo já estava adaptado. Hoje, felizmente, a coisa não é bem assim. Apesar da virilidade estar em baixa, a vida se leva a sério.

Seria muito mais interessante estudos sobre a mente da pessoa, com imagens da atividade cerebral, as psicopatias desenvolvidas durante e depois o combate, enfim, muito mais proveitoso do que fotos de soldados barbudos e semblantes desgastados. Isto explicaria o sadismo do ser humano e os inúmeros massacres que já existiram por aí, uma vez que a guerra aflora todo tipo de instinto e pensamentos que estão guardados na mente humana.

[Plissken]

tirem uma foto da minha cara feia antes e depois de um sanguinário dia de trabalho e aí sim, verão um semblante antes e depois da guerra...