06-06-2013, 11:43 AM
Pessoal, pedindo licença para o Mistério, gostaria de contribuir com essa fantástica passagem que li ontem, do livro IV do NA, " Reflexões Masculinas sobre a Mulher e o Amor ", pag. 41:
5. Um grave erro que cometemos
Os infernos emocionais em que o ego da mulher nos
envolve são possíveis por uma única razão: nosso fortíssimo
desejo de que elas sejam como gostaríamos que fossem e nossa
incapacidade de aceitar a realidade. Gostaríamos que elas
fossem diferentes do que são e este é o nosso erro capital.
Gostaríamos que as mulheres fossem espontaneamente
fiéis, sinceras, que valorizassem a virtude, que retribuíssem o
amor com amor, que sentissem aversão pelos maus, que não se
sacrificassem pelos cafajestes, que não se entregassem aos
imprestáveis, que se sentissem plenas na companhia dos
homens de bom caráter. Gostaríamos que elas recusassem sua
virgindade aos playboys e que as oferecessem aqueles que as
amam verdadeiramente. Gostaríamos ardentemente que elas
fossem sinceras nos sentimentos, que nos compreendessem,
que não fugissem de nós ao perceberem que estamos
apaixonados, que não nos atraíssem com a simples intenção de
nos rejeitar, que não brincassem com os nossos sentimentos,
que dessem mais valor a nós do que aos parentes e amigos do
seu círculo social estúpido, que se dedicassem a nós como nos
dedicamos a elas, e muito, muito mais!
É justamente esse o nosso erro e ele às vezes é fatal. As
expectativas que criamos geram o inferno na medida em que
conflitam com a realidade. Como possuem o ego bem vivo, as
mulheres são completamente distintas desse modelo ideal. A
mulher idealizada dos nossos sonhos não existe, é uma farsa,
uma mentira. Aquele que não aceita esta realidade enlouquece
cedo ou tarde. Cedo ou tarde será chocado pelos fatos, e seus
sonhos matrixianos absurdos serão despedaçados pela
realidade que será violentamente lançada em seu rosto. Aqueles
que não saem da ilusão antecipadamente e por vontade própria,
por meio da dissolução do eu, normalmente não suportam o
choque da realidade. É quando podem sofrer os surtos nervosos
tais como a “battered man syndrome”.
Somente aqueles que dissolveram todas as expectativas
puer is e idílicas, que se tornaram capazes de aceitar a crua
realidade da perversidade do ego feminino (e também do
masculino, mas aqui estamos tratando do ego das mulheres),
sem se debaterem contra o inevitável, é que são capazes de
conviver com as mulheres sem enlouquecer e sem se auto-
destruírem.
A morte do nosso ego é a morte das expectativas, dos
desejos e também dos sonhos e ilusões. A dor emocional provém
da oposição entre realidade e desejo. Quando aceitamos
conscientemente o inevitável, e não desperdiçamos esforços
esmurrando facas, deixamos de sofrer porque passamos a viver
em sintonia com a realidade, e não com mentiras.
Os matrixianos, em sua desesperada tentativa de se
evadirem da realidade, em geral optam por dois caminhos: 1)
insistem repetidamente na insana tentativa de serem felizes na
paixão, repetindo os mesmos erros com cada mulher pela qual
se apaixonam, vivendo assim de fracasso em fracasso; 2)
entregam-se à promiscuidade e à fornicação, para tentar afogar
a consciência e anestesiar o coração dolorido. Quando um
matrixiano é arrancado bruscamente da ilusão por um fato
definitivo, como, por exemplo, um flagrante adultério, o choque
destrói todas as suas defesas psicológicas. É a partir desse
momento que eles cometem suicídio, assassinam a espos ou se
entregam ao álcool ou às drogas. Em suma: enlouquecem.
A ilusão matrixiana nos é inculcada desde que nascemos.
Todos ao redor, manipulados pelos meios de comunicação em
massa, nos enfiaram na cabeça e goela abaixo idéias absurdas
sobre paixão e romantismo. Crescemos embriagados com essa
droga e nosso discernimento no campo dos relacionamentos
afetivos se torna nulo. Entre os povos orientais e indígenas, esta
doença mental não é tão freqüente, os casamentos obedecem a
outros princípios e eles são mais saudáveis.
Portanto, se alguma espertinha está te fazendo sofrer, este
sofrimento se deve a uma oposição entre os seus desejos mais
intensos e ardentes e a realidade do psiquismo de sua parceira.
Quanto mais você tentar forçá-la a se enquadrar nos moldes de
sua expectativa, tanto pior ficará o inferno emocional. Você
estará energizando os egos da parceira e fortificando a situação.
Se você aceitar tudo, chegará o momento em que a relação
estará prestes a ir para o buraco. As coisas chegarão à beira do
precipício. É nesta hora que você descobrirá quem realmente é a
pessoa que você tem ao lado e saberá se ela tem limites ou não.
Descobrirá qual é o termômetro da espertinha e até onde ela
suporta a bagunça que provocou. Não estou recomendando a
ninguém que contribua para o fim da relação mas sim que não
se debata contra o fim da relação. Não perca o tempo apontando
uma arma para a parceira, tentando obrigá-la a ser diferente.
Vá com ela, use a técnica do jiu-jitsu psicológico: não force
contra.
Isso não significa que você deva arcar com as más
conseqüências das pilantragens amorosas. A aceitação permite
a devolução das conseqüências. Aquele que não sabe aceitar
segura o rojão e a bomba explode em sua mão. As trapaças
amorosas, se aceitas e levadas ao extremo, possuem más
conseqüências para a própria pessoa que tomou a iniciativa de
executá-las, as quais podem ser sintetizadas como sendo o
desprezo, a perda da estima e da admiração por parte da pessoa
que está consciente de ter sofrido a trapaça, bem como de todo
e qualquer compromisso e fidelidade. A pessoa que trapaceia o
parceiro, está assinando um atestado de imprestabilidade e
autorizando-o a fazer tudo o que quiser. Está dizendo: “Veja,
não sirvo para nada, sou uma pessoa imprestável, e você não
deve me respeitar de forma alguma.” O trapaceiro se oferece
para ser desrespeitado. Esta é a má conseqüência de sua
desonestidade, a qual pode lhe ser devolvida caso a outra
pessoa simplesmente aceite suas trapaças e lhe informe que
está consciente delas e que, a partir daquele momento, a
desonestidade passou a ser a regra da relação. Se, por
exemplo, uma mulher deixa de cuidar do esposo para sair com
“amigas” (e sabemos que as amigas costumam acobertar e
facilitar o adultério), ele está moralmente autorizado a encontrar
outra mulher para preencher aquele tempo. É claro que não
recomendo o adultério e sim a separação definitiva. Mas isso
não necessita, no caso do esposo trocado pelas amigas, ser feito
logo na primeira vez, pois pode dar-se o caso da mulher corrigir-
se após receber uma boa lição.
Quando me refiro à aceitação total, estou me referindo à
aceitação do que a parceira queira fazer com sua própria vida,
mas não com a nossa, obviamente. Há um limite para a
tolerância. Devemos deixá-la livre para fazer o que quiser com
sua vida, mas não com a nossa vida.
Todas as artimanhas, trapaças, mentiras, provocações,
atraiçoamentos, torturas mentais, ludibriações, manipulações e
outras formas de agressão emocional ficam neutralizadas
quando as aceitamos conscientemente. Os efeitos colaterais
dessas atitudes retornam à própria espertinha sem que façamos
quase nada. A aceitação deve ser real e não simulada. Não
simule para si mesmo e nem se auto-engane. A verdadeira
aceitação resulta da compreensão, não é um comportamento
forçado. Esta é a única forma de desarticular os infernos:
aceitando-os. Mas para isso, temos que dissolver todas as
expectativas. Portanto, a convivência com a parceira é um
ginásio psicológico, do qual podemos sair felizes, livres e
vitoriosos ou derrotados. Nesse último caso, seremos levados ao
hospício, ao cemitério ou à prisão.
Opiniões?
5. Um grave erro que cometemos
Os infernos emocionais em que o ego da mulher nos
envolve são possíveis por uma única razão: nosso fortíssimo
desejo de que elas sejam como gostaríamos que fossem e nossa
incapacidade de aceitar a realidade. Gostaríamos que elas
fossem diferentes do que são e este é o nosso erro capital.
Gostaríamos que as mulheres fossem espontaneamente
fiéis, sinceras, que valorizassem a virtude, que retribuíssem o
amor com amor, que sentissem aversão pelos maus, que não se
sacrificassem pelos cafajestes, que não se entregassem aos
imprestáveis, que se sentissem plenas na companhia dos
homens de bom caráter. Gostaríamos que elas recusassem sua
virgindade aos playboys e que as oferecessem aqueles que as
amam verdadeiramente. Gostaríamos ardentemente que elas
fossem sinceras nos sentimentos, que nos compreendessem,
que não fugissem de nós ao perceberem que estamos
apaixonados, que não nos atraíssem com a simples intenção de
nos rejeitar, que não brincassem com os nossos sentimentos,
que dessem mais valor a nós do que aos parentes e amigos do
seu círculo social estúpido, que se dedicassem a nós como nos
dedicamos a elas, e muito, muito mais!
É justamente esse o nosso erro e ele às vezes é fatal. As
expectativas que criamos geram o inferno na medida em que
conflitam com a realidade. Como possuem o ego bem vivo, as
mulheres são completamente distintas desse modelo ideal. A
mulher idealizada dos nossos sonhos não existe, é uma farsa,
uma mentira. Aquele que não aceita esta realidade enlouquece
cedo ou tarde. Cedo ou tarde será chocado pelos fatos, e seus
sonhos matrixianos absurdos serão despedaçados pela
realidade que será violentamente lançada em seu rosto. Aqueles
que não saem da ilusão antecipadamente e por vontade própria,
por meio da dissolução do eu, normalmente não suportam o
choque da realidade. É quando podem sofrer os surtos nervosos
tais como a “battered man syndrome”.
Somente aqueles que dissolveram todas as expectativas
puer is e idílicas, que se tornaram capazes de aceitar a crua
realidade da perversidade do ego feminino (e também do
masculino, mas aqui estamos tratando do ego das mulheres),
sem se debaterem contra o inevitável, é que são capazes de
conviver com as mulheres sem enlouquecer e sem se auto-
destruírem.
A morte do nosso ego é a morte das expectativas, dos
desejos e também dos sonhos e ilusões. A dor emocional provém
da oposição entre realidade e desejo. Quando aceitamos
conscientemente o inevitável, e não desperdiçamos esforços
esmurrando facas, deixamos de sofrer porque passamos a viver
em sintonia com a realidade, e não com mentiras.
Os matrixianos, em sua desesperada tentativa de se
evadirem da realidade, em geral optam por dois caminhos: 1)
insistem repetidamente na insana tentativa de serem felizes na
paixão, repetindo os mesmos erros com cada mulher pela qual
se apaixonam, vivendo assim de fracasso em fracasso; 2)
entregam-se à promiscuidade e à fornicação, para tentar afogar
a consciência e anestesiar o coração dolorido. Quando um
matrixiano é arrancado bruscamente da ilusão por um fato
definitivo, como, por exemplo, um flagrante adultério, o choque
destrói todas as suas defesas psicológicas. É a partir desse
momento que eles cometem suicídio, assassinam a espos ou se
entregam ao álcool ou às drogas. Em suma: enlouquecem.
A ilusão matrixiana nos é inculcada desde que nascemos.
Todos ao redor, manipulados pelos meios de comunicação em
massa, nos enfiaram na cabeça e goela abaixo idéias absurdas
sobre paixão e romantismo. Crescemos embriagados com essa
droga e nosso discernimento no campo dos relacionamentos
afetivos se torna nulo. Entre os povos orientais e indígenas, esta
doença mental não é tão freqüente, os casamentos obedecem a
outros princípios e eles são mais saudáveis.
Portanto, se alguma espertinha está te fazendo sofrer, este
sofrimento se deve a uma oposição entre os seus desejos mais
intensos e ardentes e a realidade do psiquismo de sua parceira.
Quanto mais você tentar forçá-la a se enquadrar nos moldes de
sua expectativa, tanto pior ficará o inferno emocional. Você
estará energizando os egos da parceira e fortificando a situação.
Se você aceitar tudo, chegará o momento em que a relação
estará prestes a ir para o buraco. As coisas chegarão à beira do
precipício. É nesta hora que você descobrirá quem realmente é a
pessoa que você tem ao lado e saberá se ela tem limites ou não.
Descobrirá qual é o termômetro da espertinha e até onde ela
suporta a bagunça que provocou. Não estou recomendando a
ninguém que contribua para o fim da relação mas sim que não
se debata contra o fim da relação. Não perca o tempo apontando
uma arma para a parceira, tentando obrigá-la a ser diferente.
Vá com ela, use a técnica do jiu-jitsu psicológico: não force
contra.
Isso não significa que você deva arcar com as más
conseqüências das pilantragens amorosas. A aceitação permite
a devolução das conseqüências. Aquele que não sabe aceitar
segura o rojão e a bomba explode em sua mão. As trapaças
amorosas, se aceitas e levadas ao extremo, possuem más
conseqüências para a própria pessoa que tomou a iniciativa de
executá-las, as quais podem ser sintetizadas como sendo o
desprezo, a perda da estima e da admiração por parte da pessoa
que está consciente de ter sofrido a trapaça, bem como de todo
e qualquer compromisso e fidelidade. A pessoa que trapaceia o
parceiro, está assinando um atestado de imprestabilidade e
autorizando-o a fazer tudo o que quiser. Está dizendo: “Veja,
não sirvo para nada, sou uma pessoa imprestável, e você não
deve me respeitar de forma alguma.” O trapaceiro se oferece
para ser desrespeitado. Esta é a má conseqüência de sua
desonestidade, a qual pode lhe ser devolvida caso a outra
pessoa simplesmente aceite suas trapaças e lhe informe que
está consciente delas e que, a partir daquele momento, a
desonestidade passou a ser a regra da relação. Se, por
exemplo, uma mulher deixa de cuidar do esposo para sair com
“amigas” (e sabemos que as amigas costumam acobertar e
facilitar o adultério), ele está moralmente autorizado a encontrar
outra mulher para preencher aquele tempo. É claro que não
recomendo o adultério e sim a separação definitiva. Mas isso
não necessita, no caso do esposo trocado pelas amigas, ser feito
logo na primeira vez, pois pode dar-se o caso da mulher corrigir-
se após receber uma boa lição.
Quando me refiro à aceitação total, estou me referindo à
aceitação do que a parceira queira fazer com sua própria vida,
mas não com a nossa, obviamente. Há um limite para a
tolerância. Devemos deixá-la livre para fazer o que quiser com
sua vida, mas não com a nossa vida.
Todas as artimanhas, trapaças, mentiras, provocações,
atraiçoamentos, torturas mentais, ludibriações, manipulações e
outras formas de agressão emocional ficam neutralizadas
quando as aceitamos conscientemente. Os efeitos colaterais
dessas atitudes retornam à própria espertinha sem que façamos
quase nada. A aceitação deve ser real e não simulada. Não
simule para si mesmo e nem se auto-engane. A verdadeira
aceitação resulta da compreensão, não é um comportamento
forçado. Esta é a única forma de desarticular os infernos:
aceitando-os. Mas para isso, temos que dissolver todas as
expectativas. Portanto, a convivência com a parceira é um
ginásio psicológico, do qual podemos sair felizes, livres e
vitoriosos ou derrotados. Nesse último caso, seremos levados ao
hospício, ao cemitério ou à prisão.
Opiniões?