09-05-2013, 02:20 AM
Um breve ensaio sobre a ganância
por Roberto Rachewsky, segunda-feira, 6 de maio de 2013
Quero, quero muito, quero tanto que pago mais.
Toma o que para ti vale mais, me dá o que para ti vale menos.
Sou tão ganancioso, que te dou o que mais prezas, para ter de ti o que mais desejo.
O meu valor maior não é o que eu possuo, mas o que possuirei quando entregar para ti, o que para ti é o que tem mais valor do que tudo.
Desejos, ganâncias, valores, trocas, felicidades.
Livres mercadores, atrás de um valor maior para si, criam um valor maior para todos.
E por que tanta ganância para acabar com a ganância?
Mas o que é a ganância se não a simples vontade de se obter o que entendemos ser desejável para satisfazer a nossa vontade de experimentar ou possuir algo?
Todos queremos experimentar sensações, consumir ou possuir coisas, úteis ou fúteis, acumular para uso presente ou futuro. É da nossa natureza.
O exercício da ganância, em uma sociedade capitalista, nos leva a empreender, criar, produzir, construir para trocar pelo que se deseja, pelo que não se possui ainda, pelo que não se possui em quantidade suficiente para a nossa satisfação.
Apenas numa sociedade onde o direito de propriedade é inviolável e o direito à liberdade é respeitado, o mais ganancioso dos gananciosos, antes de conquistar o que almeja, tem que abrir mão de algo que possui.
Quanto mais ganancioso for o indivíduo, mais ele acabará entregando do que é seu para obter o que deseja.
De todas as críticas que são feitas sobre o livre-mercado, a mais usual fundamenta-se na equivocada idéia de que, em um ambiente de absoluta liberdade, a ganância, suposto vício ou pecado, que perverteria o ser humano, ficaria sem controle, causando malefícios à sociedade.
Em um ambiente de absoluta liberdade e respeito à propriedade, a ganância de uns será contida pela ganância de outros, estabelecendo assim, através do mútuo desejo de satisfação de vontades, seus devidos limites.
Em toda troca voluntária, a ganância está presente dos dois lados na negociação, e esta será atendida apenas quando as partes entregarem para o outro o que este considerar valor superior àquilo que terá que dispensar.
Logo, o mais ganancioso dos gananciosos é aquele que paga mais para obter o que deseja. É o que mais cede o que possui, para adquirir o que ainda não tem.
Assim, quanto mais ganancioso alguém for, maior valor terá que entregar.
O maior ganancioso será sempre o mais dadivoso em uma troca livre e voluntária.
Roberto Rachewsky é empresário da área de comércio exterior. Fundador do Instituto de Estudos Empresariais (IEE) e do Instituto Liberal do Rio Grande do Sul, do qual foi vice-presidente na década de 1980. Participou da diretoria da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Alegre, da Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil do Rio Grande do Sul (ADVB-RS) e da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul). Atualmente, é conselheiro do IEE.
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1589
por Roberto Rachewsky, segunda-feira, 6 de maio de 2013
Quero, quero muito, quero tanto que pago mais.
Toma o que para ti vale mais, me dá o que para ti vale menos.
Sou tão ganancioso, que te dou o que mais prezas, para ter de ti o que mais desejo.
O meu valor maior não é o que eu possuo, mas o que possuirei quando entregar para ti, o que para ti é o que tem mais valor do que tudo.
Desejos, ganâncias, valores, trocas, felicidades.
Livres mercadores, atrás de um valor maior para si, criam um valor maior para todos.
E por que tanta ganância para acabar com a ganância?
Mas o que é a ganância se não a simples vontade de se obter o que entendemos ser desejável para satisfazer a nossa vontade de experimentar ou possuir algo?
Todos queremos experimentar sensações, consumir ou possuir coisas, úteis ou fúteis, acumular para uso presente ou futuro. É da nossa natureza.
O exercício da ganância, em uma sociedade capitalista, nos leva a empreender, criar, produzir, construir para trocar pelo que se deseja, pelo que não se possui ainda, pelo que não se possui em quantidade suficiente para a nossa satisfação.
Apenas numa sociedade onde o direito de propriedade é inviolável e o direito à liberdade é respeitado, o mais ganancioso dos gananciosos, antes de conquistar o que almeja, tem que abrir mão de algo que possui.
Quanto mais ganancioso for o indivíduo, mais ele acabará entregando do que é seu para obter o que deseja.
De todas as críticas que são feitas sobre o livre-mercado, a mais usual fundamenta-se na equivocada idéia de que, em um ambiente de absoluta liberdade, a ganância, suposto vício ou pecado, que perverteria o ser humano, ficaria sem controle, causando malefícios à sociedade.
Em um ambiente de absoluta liberdade e respeito à propriedade, a ganância de uns será contida pela ganância de outros, estabelecendo assim, através do mútuo desejo de satisfação de vontades, seus devidos limites.
Em toda troca voluntária, a ganância está presente dos dois lados na negociação, e esta será atendida apenas quando as partes entregarem para o outro o que este considerar valor superior àquilo que terá que dispensar.
Logo, o mais ganancioso dos gananciosos é aquele que paga mais para obter o que deseja. É o que mais cede o que possui, para adquirir o que ainda não tem.
Assim, quanto mais ganancioso alguém for, maior valor terá que entregar.
O maior ganancioso será sempre o mais dadivoso em uma troca livre e voluntária.
Roberto Rachewsky é empresário da área de comércio exterior. Fundador do Instituto de Estudos Empresariais (IEE) e do Instituto Liberal do Rio Grande do Sul, do qual foi vice-presidente na década de 1980. Participou da diretoria da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Alegre, da Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil do Rio Grande do Sul (ADVB-RS) e da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul). Atualmente, é conselheiro do IEE.
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1589