09-09-2012, 09:13 PM
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 09-09-2012, 09:53 PM por THEWOLF.)
Caros confrades,
A exemplo de muitos aqui que postaram seus relatos eu farei o mesmo hoje. Vejo com bons olhos o compartilhamento de nossas histórias, pois nos engrandece como homens, nos alivia e permite que os amigos foristas percebam o porquê de nossas falhas, angústias, receios, e necessidades do passado. Permite também a compreensão e o apoio dos mesmos sob um ponto de vista diferente, de quem está de fora do contexto pessoal, mas coopera com suas opiniões racionais, sensatas a respeito das mudanças que optamos em ter após conhecer a Real. O relato vai ser detalhado, ficará grande como os outros, e entendo que tem que ser assim mesmo, do contrário vocês não entenderiam os reais motivos comportamentais adotados no passado. Vou dividi-lo em 3 partes, em que na primeira resumirei minha infância na segunda a minha adolescência e na terceira contarei minhas experiências logo após a entrada na faculdade. A PARTE 1 é mais longa e dramática (porque de fato foi assim minha vida, eu não escolhi, aconteceu), pois se eu não descrevê-la de forma detalhada vocês acharão que sou um viadinho/gazelinha quando lerem as PARTES 2 e 3. Hoje estou com 25 anos.
A exemplo de muitos aqui que postaram seus relatos eu farei o mesmo hoje. Vejo com bons olhos o compartilhamento de nossas histórias, pois nos engrandece como homens, nos alivia e permite que os amigos foristas percebam o porquê de nossas falhas, angústias, receios, e necessidades do passado. Permite também a compreensão e o apoio dos mesmos sob um ponto de vista diferente, de quem está de fora do contexto pessoal, mas coopera com suas opiniões racionais, sensatas a respeito das mudanças que optamos em ter após conhecer a Real. O relato vai ser detalhado, ficará grande como os outros, e entendo que tem que ser assim mesmo, do contrário vocês não entenderiam os reais motivos comportamentais adotados no passado. Vou dividi-lo em 3 partes, em que na primeira resumirei minha infância na segunda a minha adolescência e na terceira contarei minhas experiências logo após a entrada na faculdade. A PARTE 1 é mais longa e dramática (porque de fato foi assim minha vida, eu não escolhi, aconteceu), pois se eu não descrevê-la de forma detalhada vocês acharão que sou um viadinho/gazelinha quando lerem as PARTES 2 e 3. Hoje estou com 25 anos.
PARTE 1
Tive uma infância difícil. Não diria pelo lado financeiro, mas pelo emocional, o qual me arrasou completamente de forma precoce. Minha mãe era uma engenheira química, inteligente, sempre me deu um bom padrão de vida, era uma mulher batalhadora, mas bem fora de forma, ela era bem gorda pelo pouco que me lembro. Ela casou com meu pai, um canalha da pior espécie (acho que ela fazia o tipo mulher nada atraente, carente e preste a virar balzaquiana, mas com um atrativo: estabilidade financeira).
Meu pai era um cara boa pinta, mas um péssimo pai, aliás, nem sei se deveria chama-lo assim. Ele nunca trabalhou, vivia bêbado e tinha fama de garanhão. Acho que minha mãe decidiu bancá-lo para ter o “amor” dele. Meu pai nunca fazia nada, vivia na rua e chegava em casa bêbado, vivia em farras e nunca me lembro dele sequer ter brincado ou olhado pra mim como filho. Minha mãe dava duro em 2 empregos para me propiciar uma boa vida. Aos 5 anos eu já fazia curso de inglês particular, sempre fui um excelente aluno (minha mãe dava aulas de química numa escola particular cara da minha cidade e isso me garantiu uma bolsa de estudos). Minha mãe ralava para me dar uma boa educação, à noite ela dava aulas particulares de química na garagem de casa, e quase sempre quando ela acabava eu já estava dormindo. Lembro-me dela sempre me falar: “Vou fazer de você um homem de verdade”.
Ela se separou de meu pai, cansada do estilo de vida irresponsável dele, e morávamos sozinhos eu e ela. Ela sempre teve uma ótima ligação com minha tia (irmã de sangue dela, e à qual hoje considero minha mãe). Lembro-me de uma viagem que fizemos eu, minha mãe, minha tia e meu primo (o qual considero irmão hoje em dia, ele é apenas 2 anos mais velhos e crescemos juntos) para o sul do país. Em 1995 minha mãe foi detectada como tendo câncer de ovário e veio a falecer em 1996. Eu tinha 8 anos de idade. Na época fui à audiência na qual o juiz decidiria para quem daria a minha guarda. Nesta audiência foi a última vez que vi meu pai. Eu já estava morando com minha tia e antes mesmo da audiência já tinha aquele clima/pressão para eu dizer que queria ficar com minha tia, e eu, mesmo sendo criança, já sentia que era o melhor a fazer. Mesmo vendo meu pai biológico à minha frente eu sabia que ele na verdade nunca tinha agido como meu pai. Engraçado que ele mesmo me aconselhou antes da audiência a dizer que eu queria morar com a titia. Lembro-me até hoje de suas palavras: “Filho você tem que dizer que quer ficar com sua tia, o pai te ama, mas é o melhor pra você”. Minha tia sempre me deu todo o apoio do mundo, manteve meu bom padrão de vida, e meu tio (padrasto) também sempre me tratou muito bem. Pelo fato dela ser minha tia de sangue acho que me sinto mais aliviado, não me sinto um adotado por qualquer desconhecido.
Mas apesar disso a saudade da minha mãe e o descaso de meu pai biológico sempre me machucaram muito emocionalmente falando. Eu me sentia diferente dos outros garotos. Logo que minha mãe morreu, as crianças, meus coleguinhas de classe (mesmo que sem maldade) começaram a me perguntar se minha mãe havia morrido (os pais deles souberam do fato e provavelmente contaram a eles), ou como eu viveria sem minha mãe. Eu sempre dizia que minha mãe não tinha morrido, dizia que minha tia era quem tinha morrido, como forma de aliviar a minha dor. Eu chorava quando estava sozinho. Mas não queria demonstrar e escondia minha fraqueza/vulnerabilidade emocional a todo custo. Tanto que quando veio a notícia do falecimento de minha mãe (ela já estava em estado terminal, mas eu não entendia isso na época) eu estava na casa de uma amiga dela de longa data, brincando com 2 meninas filhas dela e minha tia me chamou ao telefone. Eu pressenti que era o pior, pois pela cara da amiga da minha mãe, por todo aquele clima de tentarem me esconder os fatos eu percebi a gravidade da situação, peguei o telefone e fui pra debaixo da cama e ouvi que minha mãe estava morta. Não chorei, pois as meninas e a mãe delas estavam lá, voltei e continuei jogando vídeo game com elas, mesmo querendo me derramar em lágrimas, mas isso seria demonstrar fraqueza e eu já ouvia a famosa frase: “Meninos não choram”.
Dia das mães eu sempre sofri demais, era o único que fazia cartãozinho com o título Feliz dia das tias. Eu sempre chamei minha tia de tia, pois aos 8 anos já tinha discernimento que minha mãe era uma pessoa e minha tia era outra. Eu também sabia que não veria mais minha mãe, mas os adultos diziam que minha mãe tinha virado uma estrelinha e que eu a veria novamente. Eu nunca acreditei. Mas às vezes como a dor era enorme eu fingia acreditar. Uma vez numa festa da escola estava com amiguinhos e mães deles, teve uma brincadeira da mãe desenhar o formato do seu filho no chão com giz, eu sobrei e fui o único que não foi desenhado.
A única coisa que me lembro de meu pai na infância, quando ele ainda era casado com minha mãe ele me levou na praia, passou o dia bebendo e tinha umas vagabundas com ele (eu como criança fiquei arrasado, pois toda criança quer ver pai e mãe juntos). Lembro-me até que jogando bola com outros garotos na praia eu me perdi e fiquei esperando ele num quiosque até tarde da noite. Quando cheguei em casa minha mãe já tinha ligado pra polícia, hospital e o caralho a quatro, discutiu com ele e em pouco tempo os dois estavam separados. Ou seja, sempre me vi como o garoto azarado que perdeu a mãe precocemente, e estava ao deus dará para o que a vida tivesse me aguardando.
PARTE 2
Minha adolescência chegou e como todo garoto a única coisa que pensava era o assunto GAROTAS! Comecei tímido, era bom aluno e sempre ligava pra uma garota pela qual era gamadão mas na hora de me declarar perguntava se tinha dever de matemática. Aos treze venci essa barreira e chamei uma garota pra fazer dupla de trabalho comigo, fui pra casa dela, ela estava apenas com a empregada lá, dei meu primeiro beijo. Sai feliz, saltitante, me sentindo o cara mais fodão do mundo. Depois disso comecei a ir pra festas com um grande amigo de infância, que é meu amigo até hoje, agente chegava em todas as garotas, algumas já mulheres, muitas inclusive mais velhas, e pegava algumas. (Eu tinha 14 anos, ele tinha 13). Formávamos uma bela dupla, sempre chegando em todas.
Comecei a pegar algumas meninas nas festas, fui perdendo o medo, comecei a tomar cerveja (só pra pagar de macho, na verdade eu detestava) e me especializando na arte da sedução. Não quero pagar de fodão, mas tenho uma boa aparência, 1,81 de altura, bom porte físico e sempre tive postura de macho, além de uma beleza razoável. Sempre fui pegador. Quem me conhece sabe disso, aliás, muitos me julgam como sendo um cafajeste ou mulherengo. Mas eles desconhecem meu passado, minhas fraquezas e a forma que tratei as mulheres com as quais tive algo além de uns beijos e amassos. Se soubessem eu estaria fudido. Eu não me considero um cafajeste exatamente por isso.
Aos meus 15 anos meu pai biológico entra em contato comigo por telefone. Ele morava em outro estado. De primeira fiquei sem reação, meio em choque e ele disse que me mandaria alguns presentes, eu disse que tudo bem. Refleti e quando os presentes chegaram eu doei a pessoas humildes de rua, nem cheguei a usar os sapatos e roupas que ele me mandou. Quando ele ligou novamente descarreguei meu ódio guardado a anos e uma semana depois parentes dele ligaram para dizer que ele havia infartado. Senti uma mistura de indiferença com lamentação por ter um verme daquele como pai biológico. Então eu passei a sonhar em um dia ser pai, ser um excelente pai o qual não tive, ser um homem de bem, ser um bom marido um dia e ser feliz ao lado de uma mulher carinhosa e meiga.
Sempre quis ter uma namorada, mas não consegui durante o colegial, apesar de ter pegado e até passado a mão em várias. Eu sentia uma falta tremenda de um carinho feminino, sonhava com o toque, a sutileza, a delicadeza de uma mulher, com a qual eu queria além de sexo (a única coisa que os outros garotos queriam, e eu deveria me preocupar apenas com isso também, mas a carência afetiva me impedia) dividir uma história, compartilhar sentimentos juntos. Eu sei confrades, é duro dizer, mas eu as vezes acho que sonhava mais com romance do que as garotinhas mais românticas da escola.
O carinho que não tive da minha mãe eu buscava em alguma garota, mas eu não percebia isso lógico. Então sempre que eu estava pegando fixo alguma menina eu demonstrava essa carência afetiva pra ela, era romântico, cheguei até a dar presente a uma delas, com a graninha da minha mesada. Mas é claro que elas deviam pensar, tem algo errado com esse garoto, meninos não são assim, eles são todos safados não tem essa sensibilidade. Ainda mais que eu já tinha uma boa altura, era um dos mais altos da sala, meio grandalhão até, com alguns músculos (comecei a malhar na adolescência pra pegar as meninas). Acho que algumas até duvidaram da minha masculinidade já que eu era mais meloso, romântico e sensível que muitas garotas. Mas quando se é adolescente, vulgo criança metida a adulto, agente não percebe essas coisas. Nas festas era só pegação, eu também não era tão retardado a ponto de ficar fazendo a corte pras meninas nas festas. Mas sempre fui carente e romântico demais com os casinhos, as quase namoradinhas que tive, e não foram poucas. Não consegui comer nenhuma por causa dessa ultra sensibilidade ridícula minha. Em pleno terceiro ano colegial eu me sentia pressionado por ser virgem aos 17 anos, mas estava dedicado estudando pra passar em universidades públicas, e consegui. Passei em 2 federais e mudei de cidade em função disso.
PARTE 3
Assim que cheguei nessa outra cidade fui morar com meu irmão que fazia faculdade particular lá. As aulas começaram, mas eu só pensava em uma coisa: perder o cabaço. Logo no início do período, há 1 mês de eu fazer 18 anos, eu me dei um ultimato. Como me sentia muito pressionado, ridículo e numa situação humilhante por ainda ser virgem recorri a um site de acompanhantes e escolhi uma puta mó gata e gostosa pra me aliviar de uma vez. Pronto eu havia perdido a minha virgindade.
Depois disso comecei a ir pra baladas e pegar mulheres também universitárias, algumas do meu prédio que era quase uma república universitária, bem do lado de uma facul particular. Minha vida sexual com civis havia começado aos meus 18 anos, e eu passei o rodo, sinceramente falando. Comi várias. Ao fim do meu primeiro ano de faculdade fui pra Europa, nas férias de 3 meses, fazer mochilão e lá peguei geral e comi algumas também. Se por um lado eu me sentia bem, com autoestima elevada por estar chegando, pegando e comendo mulheres, muitas gatas inclusive por outro eu me sentia sozinho, me achava um ET por não conseguir prender nenhuma mulher com a qual eu pudesse compartilhar meus sentimentos, assistir uns filmes românticos domingo á noite, conversar, receber e dar carinho. Sentia falta de uma relação verdadeira com uma mulher, me esforcei pra demonstrar que era um cara legal a algumas (umas do meu prédio inclusive o que acabaria por queimar meu filme – facepalm).
Tentei ser carinhoso com os casos que tinha, demonstrar afeto, mas nunca recebi, pelo contrário as mulheres acho que se assutavam com isso. Eu não entendia este fato, pois sempre ouvi nas músicas e vi nos filmes que as mulheres sempre quiseram homens assim, que as tratasse bem, que além de sexo pensasse também em sentimentos, bla bla bla...
O tempo passou e eu pegando algumas, comendo outras e nada de arrumar essa namorada. E quando finalmente eu arrumei uma todo esse romantismo/carência/trauma me fuderam de vez. Fui patetão demonstrando o que sentia. Dei importância, atenção demais, sempre busquei passar segurança e ser o macho da relação (nunca me omiti das minhas funções), mas queria em troca a doçura, a sutileza, o afago feminino. Quis em vão, pois nunca consegui obtê-lo. E como conseguiria em um mundo feminazi no qual temos mulheres cada vez mais rudes, frias e masculinizadas? Até que o namoro acabou.
Sofri, chorei sozinho, caí. Eu estudava e já dedicava meu tempo aos investimentos na bolsa e não nunca me dediquei a compreender essa minha situação. Também não iria conversar isso com ninguém, pois tenho meu orgulho de macho. Acho que as mulheres me achavam muito estranho, pois eu era boa pinta, com porte físico, voz e jeitão de machão cafajeste, afinal eu chegava nelas, as abordava, passava cantadas, pegava e comia algumas. Mas como podia esse cara vir com aquele romantismo meloso carente depois de alguns dias/semanas? Por isso sempre me achei um ser humano bizarro, um homem, com postura de homem, pegador, seguro de mim na hora das abordagens, mas uma mocinha donzela carente Rapunzel do caralho quando tinha a oportunidade de me aproximar e conviver com algumas. Eu acho que sempre mandei bem na cama, mas depois sempre me preocupei em conversar, transmitir carinho, cheguei até a dormir de conchinha com algumas peguetes na época da facul.
Eu sei confrades é ridículo, mas eu fui assim até o fim do ano passado, quando acabou meu namoro com minha ex. Bati o carro de minha tia numa saída desesperada por bebedeira e farra, saia sem rumo, tendo como único objetivo encher a cara. O carro deu PT, quase morri. No início deste ano de 2012 me recuperei da batida de carro, e comecei a me perguntar: Peraí Wolf todos os seus Brothers lhe veem como um pegador? Veja quantas mulheres você já pegou comeu? Alguns amigos meus sempre gostaram de sair comigo devido ao meu alto astral e atitude. Alguns mais tímidos sempre colavam comigo pois eu chegava na mulherada nas festas e eles aproveitavam o gancho pra chegar nas amigas. Sem dúvidas sou visto como um pegador. Eles mesmos me lembram de algumas cafajestices minhas que eu nem lembrava mais. Por que toda essa carência Wolf? O que há de errado com você?
Aí conheci a Real através do fórum do Búfalo e aqui pude ler Nessahan e seu conteúdo esclarecedor e me encaixei na hora nas situações descritas por ele. Tratei de enterrar minha mãe de uma vez por todas. Conheci o lado obscuro das mulheres. Hoje estou firme, mudado, me desenvolvendo, frio, egoísta como tem que ser. Parei de fumar, entrei na academia com tudo. Não desejo mais qualquer sentimento em relação a mulheres, apenas penso em comê-las. Estou ganhando uma boa grana e graças à Real estarei imune aos mais variados jogos de sedução que serão feitos comigo por algumas vadias quando eu estiver alcançado meus objetivos pessoais, que são grandiosos. Hoje graças à Real sei que as mulheres apenas demonstram carinho quando tem segundas intenções do tipo dar o golpe do baú, não ficarem solteiras, se fazerem de amorosas para obter as mais variadas vantagens. Não desejo mais nenhum tipo de relacionamento sério, não espero afetuosidade e apenas enxergo dois bons motivos para gostar de mulheres: SEIOS E VAGINAS.
"Família são aqueles que sempre se preocupam com você, o resto é parente." - PRAGAKHAM
"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa
O Sucesso é a verdadeira vingança a todos que te subestimaram. - Mandrake.
"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa
O Sucesso é a verdadeira vingança a todos que te subestimaram. - Mandrake.