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Fórum do Búfalo Desenvolvimento Pessoal Outros A Real taxa de desemprego no Brasil
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A Real taxa de desemprego no Brasil
Offline Búfalo
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#1
30-11-2012, 12:56 PM
por Leandro Roque, sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Não são poucas as pessoas que nos escrevem pedindo comentários e explicações sobre a supostamente baixa taxa de desemprego no Brasil. De fato, um estrangeiro mais desinformado que à primeira vista olhe para os números brasileiros irá se sentir tentado a arrumar suas malas, vender sua casa europeia e vir voando com toda a família para o Brasil.

Quando me perguntam minha opinião sobre a taxa de desemprego no Brasil, apenas respondo: qual taxa? A do IBGE ou a do DIEESE? A do DIEESE é simplesmente o dobro da do IBGE. Enquanto o IBGE fala que a taxa de desemprego de outubro foi de 5,3%, o DIEESE afirma que foi de 10,5%. Os mesmos indicadores com uma margem de erro de incríveis 100%. E as implicações disso são enormes. Ao passo que uma taxa de desemprego de 5,3% é menor que a de todos os países europeus (exceto Suíça e Áustria), norte-americanos, asiáticos e da Oceania, uma taxa de 10,5% só é inferior à francesa, portuguesa, irlandesa, grega e espanhola. Ou seja: o mesmo país, o mesmo indicador, duas realidades totalmente opostas.

Desde que comecei a prestar mais atenção no assunto — e, principalmente, desde que me inteirei melhor da metodologia —, perdi completamente o interesse pelo indicador. Ele não indica nada. A metodologia do IBGE é totalmente ridícula. Um malabarista de semáforo é considerado empregado. Um sujeito que vende bala no semáforo também está empregadíssimo. Um sujeito que lavou o carro do vizinho na semana passada em troca de um favor é considerado empregado (ele entra na rubrica de 'trabalhador não remunerado'). Se um sujeito estava procurando emprego há 6 meses, não encontrou nada e desistiu temporariamente da procura, ele não está empregado mas também não é considerado desempregado. Ele é um "desalentado". Como não entra na conta dos desempregados, ele não eleva o índice de desemprego.

Além disso, o índice também coloca na rubrica 'empregado' todas aquelas pessoas que exercem trabalhos considerados precários, como o sujeito que trabalha poucas horas por semana e gostaria de trabalhar mais, mas não consegue (muito provavelmente por causa das regulamentações trabalhistas), e o sujeito que faz vários bicos, mas cujo rendimento mensal é menor que o salário mínimo. Ou seja, você substitui seu vizinho na barraca de pipoca dele por três dias. Em troca, ele lha dá R$250. Você foi considerado pelo IBGE como estando empregado — tendo efetivamente trabalhado 3 dias no mês.

Com todos esses truques, não é de se estranhar que o Brasil esteja com "pleno emprego", mesmo com sua arcaica legislação trabalhista, sua escandinava carga tributária e espoliadores seus encargos sociais e trabalhistas.

Mas isso, sejamos francos, não é uma exclusividade brasileira, não. O governo americano, por exemplo, também divulga 2 índices, cada um com um metodologia diferente. Obviamente, ele se pauta apenas por aquele que fornece o mais róseo resultado. Uma fonte privada complementa fornecendo o terceiro índice, bem mais rigoroso. Veja abaixo:

[Imagem: sgs-emp.gif]

Na Europa, a coisa é ainda mais discrepante. Alguém realmente acredita que o real desemprego na França e em Portugal é a metade do espanhol? A impressão que tenho é que a Espanha é o único país que de fato adota uma metodologia mais rigorosa.

Indo para os finalmentes

Felizmente, o IBGE disponibiliza em seu site todos os dados coletados desde março de 2002, possibilitando que uma pessoa mais interessada em fatos e menos em ideologias possa analisar um pouco melhor a realidade do país. A tabela divulgada para o mês de outubro está aqui. Veja lá todas as categorias que mencionei acima: Pessoas Desalentadas, Pessoas Subocupadas por Insuficiência de Horas Trabalhadas, Pessoas Ocupadas com Rendimento/Hora menor que o Salário Mínimo/Hora, Pessoas Marginalmente Ligadas à PEA (População Economicamente Ativa).

Em termos práticos, na atual metodologia, se um gerente de banco é demitido e passa a fazer malabarismo no semáforo, a taxa de desemprego não se altera. Se um desempregado lava o carro do vizinho em troca de um favor, a taxa de desemprego cai.


O leitor interessado pode baixar aqui uma enorme planilha de Excel com os valores de todas essas variáveis coletadas desde março de 2002. Eu fiz isso e calculei uma taxa de desemprego mais realista.

Coletei os seguintes dados:
1) pessoas desocupadas;
2) trabalhadores não remunerados;
3) pessoas com rendimento/hora menor que o salário mínimo/hora (aquele sujeito que faz vários bicos, mas cujo rendimento mensal é menor que o salário mínimo);
4) pessoas marginalmente ligadas à PEA (pessoas que não estavam trabalhando na semana da pesquisa mas que trabalharam em algum momento dos 358 dias anteriores à pesquisa e que estavam dispostas a trabalhar); e
5) pessoas desalentadas.

De canja para o governo, deixei de fora as pessoas subocupadas, pois uma pessoa que trabalha regularmente um determinado número de horas por semana não está tecnicamente desempregada.

Somei estes cinco itens e dividi pelo total da população economicamente ativa.

Logo, a real taxa de desemprego brasileiro é essa abaixo:

[Imagem: taxadesemprego.png]

Portanto, a real taxa de desemprego no Brasil em outubro foi de 21,4%. Nada surpreendente quando levamos em conta nossa legislação trabalhista e tributária. Encargos sociais e trabalhistas onerosos em conjunto com uma paquidérmica carga tributária sobre as empresas não poderiam permitir outro resultado senão esse. Um quinto da população sem emprego fixo após três anos de econmia "pujante", segundo o animador de circo que habita o Minstério da Fazenda.

Observe o efeito da expansão artificial do crédito criada pelo Banco Central em conjunto com o sistema bancário de reservas fracionárias a partir de meados de 2009. Sem que nenhuma alteração na estrutura da economia brasileira houvesse sido feita, a taxa de desemprego caiu para o historicamente baixo nível de 20%. Por isso ela é insustentável: ela é totalmente guiada pela expansão do crédito, um mecanismo de curto prazo.

A economia, como foi previsto neste site ainda no segundo semestre do ano passado, já está parada. O desemprego, como em todos os outros países, tende a ser a última variável a ser afetada.


Leandro Roque é o editor e tradutor do site do Instituto Ludwig von Mises Brasil.

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1471
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Destro
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#2
30-11-2012, 01:20 PM
Com certeza estes dados do IBGE ficam muito aquém da realidade ,o desemprego é muito maior do que se imagina nas classes C e D ( trabalho braçal e com pouca instrução ) e nas classes A e B ,A classe b principalmente falta qualificação .Outra coisa que não posso deixar de compartilhar com os confrades é o ridículo critério que o IBGE usa para definir renda vejam abaixo :
Já a elite brasileira, classes A e B, é composta por grupos familiares com renda superior a R$ 4.559. A classe C é composta por indivíduos pertencentes a famílias que possuem renda mensal entre R$ 1.064 e R$ 4.591. Os brasileiros remediados estão inseridos na classe D e constituem as famílias que recebem entre R$ 768 e R$ 1.064. O último vagão do trem da renda acolhe os pobres da classe E, inseridos nas famílias que ganham abaixo de R$ 768 mensais. fonte :

http://cezarbueno.wordpress.com/2009/10/...no-brasil/

Se o indivíduo ganha acima de R$ 4.559. é considerado classe A e B então o que se falar de gente que ganha 10.000 ,15.000 ou tem património de milhões é claro que este critério é por demais equivocado ,é o sucateamento da classe média .Dados do IBGE não significam nada quando comparado a realidade .
Eu posso estar equivocado mas estes dados ainda são usados por eles vejam o absurdo um cara que ganha 5.000 considerado elite ,em uma país que neguinho mete a mão em milhões .
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Offline Free Bird
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#3
30-11-2012, 01:21 PM
Muito bom o artigo. se for ver, todas essas pesquisas com resultados "positivos" são manipuladas de alguma forma, vide as pesquisas feministas.
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Offline Homem Sem Medo
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#4
30-11-2012, 03:22 PM
"Classe média tem renda per capita de R$ 291 a R$ 1.019, diz governo"

Fonte Folha

É foda esses índices maquiados do governo uma família de 2 pessoas ganhando 582,00 é considerado classe média, segundo a SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República).
Fica claro que a estratégia e de engana trouxa, colocando o Brasil como o País da Classe Média.
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Offline GnFlag
Búfalo
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#5
30-11-2012, 03:56 PM
pq vc acha quer que governo sempre vai fazer falsa ilusão.Governo sejo aida mais nosso ,nao tem pq eles fazer verdade, se nao ganha nada falsa muito melhor.
Por que o Homem é Superior aos animais isto é por ser ele mesmo de corpo e alma o homem pode cair em desespero
Sem conhecer o Desespero, não se pode conhecer a Esperança.
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Offline Búfalo
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#6
30-11-2012, 04:20 PM (Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 30-11-2012, 04:21 PM por Búfalo.)
Agora que vocês falaram nos dados de pobreza, vemos os números como a "nova classe média", que a maioria dos brasileiros são Classe C.
Os números do governo são uma piada. Vejam bem: segundo o governo, uma família de renda per capta superior à metade do salário mínimo é "classe média". Ou seja, segundo os dados do governo, uma família de 4 pessoas (pai, mãe e dois filhos) que o pai trabalha e recebe um salário de, suponhamos, R$ 1500,00 (que é R$ 375,00 per capta, ou seja, acima da metade do salário mínimo) , é classe média. Vejamos: levando em conta os gastos com a alimentação, produtos de higiene e limpeza, gastos com o gás, depois as contas de água, luz, telefone... acabou o salário. A situação piora ainda mais com esta inflação de preços que corrói o poder de compra do salário.
Mais absurdo ainda: se você é solteiro e vive sozinho, e recebe 1 salário mínimo, você, segundo os dados do governo, do IBGE e do IPEA, é classe média, é "nova classe média", ou classe C.
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Mestre Laveley
Curioso
 
#7
30-11-2012, 04:43 PM
Metodologia é um negócio complicado.

Se vc for um pouco rígido na sua avaliação, vc vai ver que praticamente todos os dados são falsos e não refletem a realidade. E isso não é exclusividade do Brasil ou do IBGE, isso é no mundo todo, como bem colocado no texto.

Por isso, quando se vai fazer uma avaliação desses dados, o melhor que se pode fazer é uma avaliação de trajetória da variável, ai sim vc pode ter alguns resultados um pouco mais concisos. Pq oq vc vai avaliar é a mudança da variável (queda ou elevação) e não a variável em si.

Na faculdade eu me deparei com esse problema e a solução que eu encontrei foi essa: utilizar a taxa de variação dos índices, sob uma mesma metodologia. Era um trabalho econométrico sobre a Lei de Okun e, na época, eu consegui resultados bem concisos tanto pra teoria quanto pra realidade.
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