[ESTUDO] O Mito de Adônis e a Real (CONCLUÍDO + EPÍLOGO)

[DiomedesRJ]

Confrades,

por observação, já sabemos tem muito que as bases de nosso pensamento estão espalhadas ao longo da História em diversas culturas, nos mostrando que a mulher requer cuidado especial para que possa se extrair o melhor da convivência com elas, e cuidado ainda maior para não se tornar um peão de suas vontades caprichosas.

Em uma das minhas pesquisas, acabei encontrando uma fonte *excepcional* de inspiração, da qual se pode extrair, pelo menos, a ratificação do que pensamos, e talvez até um ramo específico de pensamento entre nós.

Eu iria lançar as bases dela num blog específico dentro da Rede, mas decidi repartir com todos a construção do meu pensamento, até mesmo para que algumas arestas sejam aparadas - o blog servirá para desenvolvimentos mais específicos dentro da teoria geral.

Neste tópico, eu falarei da minha descoberta e coloquei os pontos principais dela em discussão.

::::::::::::::::::::::::::::

Falemos, Confrades, da Mitologia Greco-Romana, onde vários simbolismos já falavam de verdades ocultas de como o mundo funcionava.

Dela, apresento a vocês dois personagens que mais nos interessam:

Vênus, Deusa do Amor e da Beleza: Temos nela a Encarnação do Feminino em seu aspecto mais terreno. Todos os caracteres da fêmea elevados ao quase infinito. Pense na mulher mais atraente e gostosa que já viu... é um tribufu perto dela - tanto em físico, quanto em atitude e insinuação. Não temos alguém que tem estes caracteres... Vênus são todos estes caracteres em forma humana.

Nossa Fêmea Suprema era cultuada especialmente por elas, para manter sua atraência e sensualidade. Mas... não apenas porque ela era boazinha... mas para escapar de seus castigos. Vênus era conhecida por castigar de forma particularmente cruel quem desdenhava de sua divindade - como um exemplo, recordem-se que as DST's foram conhecidas por muito tempo, como doenças "venéreas"...

Por que isto? Simples. A Fêmea Suprema também carregava em si... O Lado Obscuro Supremo. Ela poderia ser a companhia mais agradável, prazerosa, e bela que um deus ou um mortal poderia ter, mas todos os jogos sujos, manipulações, utilitarismos, posturas hipergâmicas distorcidas, libertinagens, egolatrias que uma mulher sabia fazer ou demonstrar, Vênus dominava completamente, e de forma virtualmente infalível.

Ainda sim, deuses disputavam seus favores (discreta ou abertamente), e mortais oravam por uma oportunidade de ter em suas mãos uma mulher favorecida por ela - já que julgavam demais ter a própria Vênus em sua cama, embora alguns sortudos tiveram esta graça. Ela podia ter quem ela queria, na hora em que ela queria, algumas vezes, só insinuando um olhar ou um gesto.

[ATTACHMENT NOT FOUND]

Seu parceiro mais constante, embora nem de longe o único? É nosso próximo personagem...


Marte, Deus da Guerra: O que Vênus é para a mulher, Marte é para nós homens - a Encarnação do Masculino em seu lado mais terreno e animal. Forte, impetuoso, apressado, competitivo, violento, viril, lascivo, incansável na obtenção do que deseja... tome estas qualidades, coloque-as na forma de um homem e terá Marte.

O Deus da Guerra teve muitos filhos, principalmente entre as mortais, que via, desejava, e tomava sem ser oferecida qualquer resistência; que mulher recusaria ter o Macho Alfa Supremo como amante? Pelo contrário, ela a ele que elas secretamente dirigiam suas preces para ter um amante faminto e viril para saciar suas paixões - enquanto nós orávamos a ele pela vitória e conquista nos combates e nas empreitadas.

Muitos filhos, mas jamais com uma mulher por muito tempo. Não se esqueçam que junto com todos os nossos instintos, ele era o cerne de nossa poligamia; impossível ele se prender a uma só fêmea, deusa ou mortal, quando não estava em combate, ele estava saciando sua incansável libido com a fêmea que estivesse mais a mão. Vênus era a mais frequente de todas, mas ainda sim, ela não era o suficiente para o Masculino Encarnado, pois era uma só.

[ATTACHMENT NOT FOUND]

Era de se imaginar que Vênus, carregando em si o Obscuro em toda a sua glória pervertida, jamais iria se permitir apaixonar, certo?

ERRADO.

Ela teve uma paixão. Arrasadora e definitiva, que ela jamais esqueceu. Alguém que fez ela abandonar seus deveres junto aos deuses só para ficar com ele. Alguém que fez ela ser FIEL!

Qual deus fez esta proeza? NENHUM.

O cara que domou o Feminino Encarnado era MORTAL. Um mortal chamado Adônis.

[ATTACHMENT NOT FOUND]

A história dele conta e exemplifica nossa filosofia. E nas minhas próximas postagens, a contarei a vocês, com os comentários que farão com que vocês entendam mais sobre o nosso próprio caminho.


Força e Honra.

[Pirilampo]

Acho interessante historia, mas nao tenho uma boa cara para a grega, talvez por meus professores de arte fossem todos gays. hhahahaa

continue a postagem, esta muito interessante.

[barãozin]

Eu também fiquei bem interessado nessa análise, vamos ver a conclusão q ela terá! Go Dio!

[John Romano]

Excelente, Diomedes!
Engraçado que li você falando sobre a deusa Vênus e lembrei imediatamente da lenda que conta que por causa de uma disputa fútil entre as deusas Hera, Atena e Afrodite (Vênus, para os gregos), a sangrenta guerra de Tróia começou.
Claro que é mitologia, mas é com alegorias que se falam as grandes verdades da vida.

[Vincent]

DiomedesRJ

Muito interessante o resultado da sua pesquisa, continue postando os seus estudos!

[DiomedesRJ]

Excelente, Diomedes!
Engraçado que li você falando sobre a deusa Vênus e lembrei imediatamente da lenda que conta que por causa de uma disputa fútil entre as deusas Hera, Atena e Afrodite (Vênus, para os gregos), a sangrenta guerra de Tróia começou.
Claro que é mitologia, mas é com alegorias que se falam as grandes verdades da vida.

Para os que não conhecem o mito sobre a Guerra de Tróia:

A Deusa Tétis, divindade marinha filha do Titã Nereu, teve a honraria de continuar convivendo com os deuses do Olimpo, devido a ela e seu pai não terem combatido ao lado de seus irmãos na guerra entre Titâs e Olímpicos. Ela era muito cortejada por todos os deuses, mas ao ser descoberta uma profecia que dizia que o filho dela seria superior ao pai, Júpiter, Netuno e Apolo, se afastaram dela (Júpiter foi o que correu mais cedo, não iria querer perder a coroa para filho, já que ele tinha tomado o trono dos Deuses de seu próprio pai, Saturno...). O Rei dos Deuses então escolheu o rei mortal Peleu para desposar Tétis e acabar com o problema, oferecendo pela solução do questão uma festividade como nunca se viu, onde deuses e mortais participariam.

(Curiosidade: De Peleu e Tétis nasceu Aquiles, herói renomado da Guerra de Tróia)

Infelizmente, a única Deusa que não fora convidada foi Éris, a Deusa da Discórdia, que decidiu jogar uma água podre no feijão de todos...

No meio da festa, um burburinho começa. Júpiter pede a Mercúrio, Mensageiro pessoal dele, que veja o motivo. O Mensageiro diz ao Rei dos Deuses que uma maçã dourada havia sido encontrada numa mesa, com os dizeres "Para a mais bela" sobre ela; e que Juno, Minerva (Atena) e Vênus disputavam a posse da maçã.

Júpiter confiscou o artefato, e disse que a decisão final da dona do objeto sairia do que determinasse.

Pediu então ele a Mercúrio que trazesse até lá um mortal que tivesse amplo entendimento da beleza e da mulher para que ele decidisse (não era burro, não queria se arriscar a ter duas deusas ofendidas contra ele!).

Mercúrio então tirou de pastoreio, um jovem príncipe conhecido por suas muitas amantes desde jovem, o troiano Páris, e o levou para a festa, anunciando solenemente que os deuses o haviam escolhido para determinar qual das três deusas que falariam com ele, era a mais bela.

Juno, esposa de Júpiter, deusa dos impérios e grandes cidades, falou a sós com Páris sobre a grandeza de Tróia, sobre como ela via com bons olhos o Rei Príamo, e prometeu a ele que se fosse escolhida, mesmo ele não sendo o primogênito, que o tornaria senhor de Tróia, e que esta cidade seria a mais poderosa do mundo, em todos os tempos.

Logo após, Minerva chegou até Páris, em tom baixo e sereno, falando de como Tróia abrigava muitos sábios, se esforçando para manter a paz e o conhecimento em sua região, e prometeu a Páris torná-lo o homem mais sábio de todos os tempos.

Vênus foi até ele por último, em passos lentos e sedutores, e com voz rouca falou em seu ouvido que ele não tinha conhecido até hoje qual era a mulher mais bela e lasciva de seu tempo... e que se ele reconhecesse o óbvio, que ELA era a mais bela, que daria a ele, a paixão eterna da mulher mortal mais bela de todos os tempos...

ALGUÉM TEM DÚVIDA DE QUEM ELE ESCOLHEU? :::

Juno e Minerva ficaram tão ofendidas pela recusa que, assim que Páris, sem hesitar, sequestrou Helena, prometida ao Rei de Esparta, conforme o que Vênus prometeu a ele, dedicaram todas as suas forças para destruir Páris, sua cidade, e todo o seu legado.

O resultado foi a Guerra de Tróia.

E pela impulsividade de um manginão, se perdeu toda uma nação...


Força e Honra.

[Petulante]

sensacional!

[barãozin]

Impressionante notar como os antigos tinham uma visão realista das coisas, pelo menos nesse quesito.

Aposto q em boa parte das mitologias e religiões tradicionais há esse aviso aí contra o lado obscuro. Mas 5000 anos se passaram e cadê q o pessoal aprende? rs

No mais, vai ser burro assim lá no Hades, Paris. Júpiter e Minerva eram escolhas bem mais interessantes (e com grandes dividendos) do q boa foda com a Vênus rs

[John Romano]

Impressionante notar como os antigos tinham uma visão realista das coisas, pelo menos nesse quesito.

Aposto q em boa parte das mitologias e religiões tradicionais há esse aviso aí contra o lado obscuro. Mas 5000 anos se passaram e cadê q o pessoal aprende? rs

No mais, vai ser burro assim lá no Hades, Paris. Júpiter e Minerva eram escolhas bem mais interessantes (e com grandes dividendos) do q boa foda com a Vênus rs

Por uma buça, manginão derruba um reino, perde a honra, mata os pais... :

[Tiago Sorine]

Sensacional...A Real desde os tempos mitológicos!

[DiomedesRJ]

Seguirei falando da parte que mais interessa a todos, a relação entre Vênus e Adônis; depois falarei do trágico desfecho dela. No entanto, analisando a história inteira dele em detalhes, tanto o nascimento de Adônis quanto sua morte (e o que veio depois, também!), podem-se tirar valiosas lições para qualquer realista.

Mas falemos de Adônis e resumirei como ele fisgou o peixe mais ensaboado do Olimpo...

(OBSERVAÇÃO: Não são os poetas e mitólogos que falam da convivência deles em pormenores, mas sim um poema longo de William Shakespeare, "Vênus e Adônis", que ainda sim é surpreendentemente coerente com nosso ensinamento)

::::::::::::::::::::::::::::::::

Adônis era filho do rei da ilha de Chipre e da Princesa Mirra. Por conta das circunstâncias de seu nascimento, ele foi criado em segredo por Perséfone, Rainha do Mundo dos Mortos, até sua adolescência, quando foi liberado para viver entre os outros homens.

[ATTACHMENT NOT FOUND]

([NOTA DO DIOMEDES] O Mundo dos Mortos guardava segredos incontáveis... sabem quando se falava em levar um segredo para o túmulo? Quando você morria, não tinha essa, tinha que contar TUDO para Plutão e Perséfone... Se ela foi uma boa madrasta para o garoto, ele teve acesso a aprender muita coisa que os outros mortais desconheciam... tipo nós, sabem? rs)

Quando passou a viver entre nos homens, Adônis foi exercitar sua única paixão real e eterna, algo que lhe condicionava o corpo, exercitava sua mente, provia seu sustento, lhe dava renome, e lhe proporcionava sua liberdade: ele era um dedicado e exímio caçador.

([NOTA DO DIOMEDES] Desenvolvimento pessoal desde cedo, físico, intelectual, econômico e social, e tudo condicionado a uma paixão pessoal, vejam só!)

Numa de suas passagens pela Terra, Vênus soube que na floresta onde estava, Adônis estava caçando. Se lembrando da pessoa (ela foi responsável pelas tais circunstâncias do nascimento dele, mas isto é outra história) e curiosa sobre como o bebê estaria, agora homem feito, deixou os Amores que a seguiam para trás, e foi procurá-lo.

Ao procurar pela floresta, vislumbrou um belíssimo macho, lança em riste, seminu, o corpo esbelto e enrijecido pelo exercício diário, e mal reconheceu o bebê que já teve no colo... querendo se divertir com jovem, mas ainda com uma ponta de desejo, se revelou a ele, exigindo lhe falar.

[ATTACHMENT NOT FOUND]

Resposta de Adônis: Pediu a ela, sem lhe dar muita atenção, que saísse de sua frente, pois estava espantando a caça!

([NOTA DO DIOMEDES] Deusa por deusa, ele já tinha conhecido Perséfone, visto muita coisa diferente no Reino dos Mortos, e principalmente, estava totalmente focalizado em si e no seu objetivo - além de não ser nenhum cabaço, ele já tinha esfregado no peito várias outras mortais = imunidade a insegurança causada pela beleza feminina)

Vênus insistiu a Adônis que desse atenção a uma Deusa, e então ele, por temor de perder sua presa, deu atenção a ela. Vênus se insinuou ao jovem dizendo que estava descuidado demais para alguém tão belo... se aproximou dele e se ofereceu para amarrar suas sandálias.

Adônis recusou, dizendo que era dever dele cuidar de si mesmo!

([NOTA DO DIOMEDES] Recusou formação de dependência desnecessária; rejeitou o feminino a não ser de forma suplementar a suas forças, sem transferir a ela seus deveres ou o motivo deles)

Vênus então lhe falou calmamente que ele estava cansado, e merecia tirar o restante do dia para seu descanso, lembrando-o que ele já tinha presas suficientes para sua refeição até o amanhecer... e que iria ser ela, em pessoa, que cuidaria dele. Enfim vendo-a um pouco mais pelo prisma do desejo, e dando razão a Deusa de que a noite já se fazia próxima, vagar pela floresta à noite seria perigoso, e que ele já tinha seu alimento garantido, aceitou a companhia da Deusa.

[ATTACHMENT NOT FOUND]

Garanto aos Confrades: Vênus deu a Adônis a foda dos sonhos de qualquer mortal, uma noite inteira...

Notem também que ela, acostumada com luxo e conforto, dormiu no mato, num colchão de folhas, sem qualquer cerimônia!

Mas de manhã... ela acorda com um suspiro e o que descobre?

Adônis largou ela sozinha, acordando cedo para não deixar de perseguir a presa que ele perdeu no dia seguinte!

([NOTA DO DIOMEDES) Objetivos pessoais sempre na frente de tudo, mesmo na frente da deusa mais gostosa do Olimpo)

Hoje, por uma deformação proposital do conceito, quando ouvimos "Adônis", pensamos apenas em um homem forte e bonito, mas ele era bem mais que isto. Ele era forte, rápido, resistente, zeloso de sua aparência (todos sabem que os homens gregos cuidavam de sua estética física, mas um caçador como ele mantinha apenas o que era estritamente necessário, sem narcisismos ou metrossexualidades), determinado, persistente, cuidadoso com a parceira (sem sacrificar nada de si), viril, dominante, tinha destaque (ainda que em atividade "humilde"), tinha seu próprio sustento, vivia sozinho e era orgulhoso disto, procurava melhorar sempre, e ainda por cima, tava pouco se lixando se era o Feminino Encarnado que tinha transado com ele, ele ainda era mais importante que tudo!

Resultado: paixão instantânea e fulminante da Deusa por ele.

Vênus, mesmo totalmente apaixonada pelo mortal, passou todos os seus dias com Adônis tentando de todos os meios convencê-lo a se dedicar unicamente a ela, cuidando dele ao chegar da caçada diária, enchendo-o de cuidado, carinho, e toneladas de orgasmos, e determinada a não sair da floresta nem estar com nenhum outro Deus até conseguir seu intento... nunca conseguiu. Adônis viveu e morreu cuidando de Vênus, mas cuidando sempre primeiro de SI MESMO.

[ATTACHMENT NOT FOUND]

Foi assim que um mortal conquistou o amor e a fidelidade da deusa mais libertina e vadia da Grécia... sendo um realista como nós, sem saber, e exercitando tudo o que hoje nós redescobrimos.


::::::::::::::::::::::


Na última postagem (aqui, no meu futuro blog falarei mais detalhadamente disto e mais), falarei de como Adônis morreu precocemente, qual o motivo de sua queda, e das armadilhas que temos que evitar para seguirmos nosso caminho com sabedoria.

Força e Honra!

[hb-]

Pô, fiquei com aquela sensação de quero mais !!
Que Suspense.

Muito show !! Esperando a próxima parte

[Dick tracy]

[barãozin]

Edificante!

Dio, pretende ir pesquisando exemplos realistas de outras culturas para nos informar? Seria extremamente interessante.

Acredito q nas culturas persas, hindus, muçulmanas e orientais em geral devem ter mais exemplos edificantes de realismo.

[DiomedesRJ]

Confrades,

nesta última parte de meu resumo sobre o Mito de Adônis, falarei de como ele morreu, e do que podemos aprender com as circunstâncias.

Lembram-se que eu citei dois personagens no início da história, Vênus e Marte?

Bem, quando o Deus da Guerra percebeu que não via Vênus a tempos, e soube que ela estava vivendo pelas florestas da Terra, com um tal de Adônis, ele foi atrás dela. Mas ela tinha um olhar diferente nos olhos... não o olhava mais com cobiça, mas sim com viva repulsa. Marte ignorou o olhar, a abraçou, beijou-a, a jogou na relva, e prestes a praticamente estuprá-la (ele era instinto puro, logo, desconhecia sutilezas sexuais), ele a viu outra vez nos olhos, e percebeu...

...pela primeira vez, uma fêmea o estava recusando. Ela olhava para Marte com NOJO.

Enfurecido, Marte a deixou sem consumar o ato, voltando para o Olimpo com uma única determinação em mente, uma única forma de vingar o desprezo que recebera: Adônis tinha que morrer.



([NOTA DO DIOMEDES] Esta parte me trouxe duas lições importantes: 1) Se tornar o tipo de homens que queremos ser é lutar continuamente para domar nossa própria natureza instintiva, mantendo sempre em mente que domar não é apagar, suprimir ou sublimar, e sim controlar, determinando modo, momento e local para esta energia ser gasta de forma saudável e produtiva; 2) Confrades, os Alfas sempre serão nossos ferrenhos opositores. A dominância que eles tem exige apenas a exploração dos demais, não a evolução do gênero, e nós, machistas realistas e esclarecidos, teríamos como consequência da nossa luta, o estabelecimento de uma meritocracia masculina verdadeiramente justa. A NOM nunca irá descansar até nos silenciar a todos.)

Uma manhã em especial, onde na noite passada, Adônis dormiu saciado por uma amante especialmente ardorosa, Vênus o aconselhou mais uma vez para deixar as caçadas de lado, dizendo do quanto a atividade era perigosa (tentando prevenir um possível encontro com Marte, e ao mesmo tempo, querendo sempre ter Adônis só para si). Adônis disse que caçar era sua vida, e que ela não poderia amá-lo, sem amar o que ele era ou fazia - e saiu para procurar uma nova presa.



Marte, de sua parte, descobriu sobre o costume de Adônis e decidiu a forma perfeita de matá-lo... e seria naquele mesmo dia.

Adônis não tardou, naquela mesma manhã, a ver pegadas de um javali muito acima da média dos que eventualmente passavam por ali; pelas pegadas, estava sozinho, incomum, mas não impossível - talvez um macho recentemente desgarrado de seu bando. Seguiu as pegadas, e não tardou a encontrar seu alvo. Enorme, robusto, muito musculoso para um animal comum, e com dois traços que ele achou mais estranhos ainda: olhos de um vermelho sangue, e uma postura muito agressiva.

O caçador conhecia bem o comportamento de um javali, e sabia que algo estava errado com ele, que ele não era normal... javalis só se tornam ferozes se acuados, principalmente junto a suas crias - fora isto, sempre preferem fugir a lutar. Ele não parecia mal alimentado, nem ferido. Ele não podia ser um javali comum...



Adônis afastou este pensamento da mente e se fixou em outro: se ele conseguisse abater este javali, sua capacidade como caçador seria incontestável! Ele seria conhecido em toda a Grécia! Ele teria uma conquista que jamais poderia ser tirada dele!

Confiando que no último intante, o animal recuaria, Adônis empunhou sua lança, e correu com seu mais alto grito de guerra contra o javali... sem demora, o javali investiu contra Adônis, cabeça baixa, presas aguçadas...

Vênus se assusta com um urro de dor vindo das profundezas da floresta, e passa a procurar Adônis incessantemente. Ao fim do dia, ela ouve gemidos fracos e uma respiração curta, e acha Adônis ao chão, a coxa perfurada de um lado ao outro por arma aguçada e rombuda, o chão lavado em sangue.

Ela chama por Adônis, já em seu colo, tentando mantê-lo acordado... o caçador caído tem tempo para olhar mais uma vez para ela, sorrindo... e sucumbe ao ferimento, morrendo em seus braços.



([NOTA DO DIOMEDES] Confrades, não é a mulher que é nossa real fraqueza. Não são as Bestas do feminazismo, do Esquerdismo, do Gayzismo, que são nossos inimigos. O verdadeiro inimigo do Homem é o EGO. Este mito me faz acreditar nisto com toda a convicção. Um Ego dominado não dá brechas para o Homem cair em tentação alguma, em armadilha nenhuma, não permite que orgulho ou vaidade tola nenhuma sabote seus projetos, ou o faça querer aquilo que ele não está pronto para ter e manter. Combatam este inimigo dentro de si mesmo sem descanso, ou manterão aberta a porta que sempre poderá nos levar ao fracasso)

Enquanto Marte lavava o rosto sujo do sangue de Adônis, exultante pelo fim daquele que o humilhou, Vênus chorou por ele uma noite inteira, suas lágrimas diluindo o sangue derramado ao chão. Ao amanhecer, os Amores que andavam com ela o enterraram, e da última poça do sangue puro de Adônis, a Deusa do Amor criou a flor de anêmona, com a qual cobriu seu túmulo, e que serviria para que ela não mais esquecesse o único ser a quem ela realmente amou.



::::::::::::::::::::::::::::::::

Assim termino minha análise deste mito, Confrades. Fica esta como mais uma prova que os Antigos já sabiam tudo o que nós, com muita dificuldade, redescobrimos hoje: o que elas trazem dentro de si, o que podem oferecer de bom, o que podem nos fazer de mau, como ser o homem que nascemos para ser, e os perigos por evitar.

Saibamos olhar com os olhos certos para os legados da História - estou certo que eles ainda terão muito mais para nos re-lembrar.

Força e Honra!

[Petulante]

Sinta-se aplaudido de pé, investi 15 minutos da minha vida lendo este post inteiro agora no trabalho, e digo, valeu a pena!

[DonGeovanni]

Muito boa a análise. Os mitos representam sim o entendimento que o homem antigo fazia da psicologia dos sexos. Esse entendimento acumulado por eras é demonstrado nos mitos, religiões e na arte.

[Mestre Laveley]

Muito bom o desfecho da história. Realmente, adônis muito se parecia com o "modelo de homem ideal" descrito por NA, exceto por uma coisa: o seu ego!

E esse foi justamente o motivo de sua queda.

Outra coisa legal é a respeito de Marte, o Deus da guerra que seria a imagem do homem em seu estado mais instintivo e viril. Mesmo ele se apequenou aos olhos de Vênus, diante de Adônis, o que nós dá a lição de que o "homem ideal" é distante do macho alfa totalmente instintivo... assim como dizia NA, esse tipo de sujeito (que normalmente é a característica dos cafas) acaba, uma hora ou outra, colhendo as consequencias de seus atos impensados e depravados.

[Viril]

DiomedesRJ

Cara, parabéns.
Sem palavras para esse texto e essa análise.
Ficaram perfeitos.

Muito bom o desfecho da história. Realmente, adônis muito se parecia com o "modelo de homem ideal" descrito por NA, exceto por uma coisa: o seu ego!

E esse foi justamente o motivo de sua queda.

Outra coisa legal é a respeito de Marte, o Deus da guerra que seria a imagem do homem em seu estado mais instintivo e viril. Mesmo ele se apequenou aos olhos de Vênus, diante de Adônis, o que nós dá a lição de que o "homem ideal" é distante do macho alfa totalmente instintivo... assim como dizia NA, esse tipo de sujeito (que normalmente é a característica dos cafas) acaba, uma hora ou outra, colhendo as consequencias de seus atos impensados e depravados.

Lavely, e nisso vemos como N.A nos deixou um material FODA.
Fico imaginando de onde ele tirou todo o conhecimento para escrever os livros...

[Njord]

Alguém mais lembrou-se dessa passagem?

''A capacidade de resistir aos enfeitiçamentos e encantamentos femininos é um dos pré-requisitos dos heróis míticos, os quais resistem aos temores e atrativos, não permitindo que os desejos e temores lhe roubem a alma e turvem a consciência. Por uma simples questão de saúde espiritual e sobrevivência emocional, o homem deve reconciliar-se com os padrões masculinos retratados nos mitos (JUDY, 1998).'' (Alita, N.)

Diomedes, texto genial, parabéns!