01-05-2015, 11:42 PM
Por George Reisman
Muitos acreditam que — independentemente dos problemas que podem causar — os sindicatos são instituições vitais que visam os interesses dos assalariados. Muitos realmente acreditam que se interpõem em assalariado médio e os salários de subsistência, jornadas de trabalho exaustivas e as condições de trabalho degradantes.
Os sindicatos e o público em geral ignoram quase totalmente o papel essencial desempenhado pela queda dos preços em conseguir aumento nos salários reais. Eles só vêem o aumento dos salários nominais como digno de consideração. De fato, em nosso ambiente de inflação crônica, os preços que realmente caem são relativamente raros.
No entanto, a única coisa que pode explicar o aumento dos salários reais em todo o sistema econômico é uma queda nos preços em relação aos salários. E a única coisa que alcança isso é o aumento da produtividade por trabalhador. Mais produtividade por trabalhador — maior produtividade do trabalho — serve para aumentar a oferta de bens e serviços produzidos em relação à oferta de mão-de-obra que os produz. Desta forma, reduz os preços em relação aos salários, e portanto, aumenta os salários reais e o padrão de vida geral.
O que eleva os salários em todo o sistema econômico não é o que é responsável pelo aumento dos salários reais. Os aumentos nos salários nominais são essencialmente só o resultado do aumento na quantidade de dinheiro e o consequente aumento do volume global de gastos no sistema econômico. Na ausência de um aumento na produtividade do trabalho,o aumento no dinheiro e nos gastos fariam aumentar os preços, mais ou menos do que aumentaram os salários. Este resultado é impedido apenas pelo fato de que, ao mesmo tempo em que a quantidade de dinheiro eo volume de gastos estão aumentando, a produção por trabalhador também está aumentando, com a consequência de que os preços sobem menos que os salários. A queda dos preços ainda está presente na forma de preços que são mais baixos do que teria sido se só houvesse aumentado a quantidade de dinheiro eo volume de gastos.
Com exceções relativamente menores, os salários reais em todo o sistema econômico simplesmente não sobem no sentido de salários nominais maiores. Essencialmente, eles sobem apenas no sentido de uma omaior ferta de bens e serviços com relação à oferta de mão-de-obra, e assim, dos preços serem inferior com relação aos salários. A verdade é que os meios pelos quais aumentam o padrão de vida do assalariado individual e do empreendedor e capitalista individual, e os meios pelos quais aumentam o do assalariado médio no sistema econômico, são muito distintos. Para o indivíduo, é ganhar mais dinheiro. Para o assalariado médio no sistema econômico, é o pagamento de preços mais baixos.
O que essa explicação mostra é que o aumento dos salários nominais que os sindicatos buscam não é de tudo a fonte de aumento dos salário reais, e que a fonte do aumento dos salário reais é, na realidade, o aumento da produtividade do trabalho, que sempre opera no sentido de reduzir os preços, e não do aumento dos salários nominais.
Com efeito, os esforços dos sindicatos para elevar os salários nominais vão na contramão do objetivo de elevar os salários reais e o padrão de vida. Quando os sindicatos reivindicam aumentar o padrão de vida de seus membros por meio de elevar os seus salários em dinheiro, sua política inevitavelmente se resume a tentar fazer o trabalho de seus membros artificialmente escasso. É seu único meio de aumentar os salários dos seus membros. Os sindicatos não têm muito poder real sobre a demanda de mão-de-obra. Mas que muitas vezes conseguem um poder considerável sobre a oferta de mão-de-obra. E sua técnica para aumentar os salários é fazer com que a oferta de mão-de-obra, pelo menos no setor ou ocupação com os quais o sindicato está preocupado, seja tão escassa quanto possível.
Assim, sempre que possível, os sindicatos tentam controlar a entrada no mercado de trabalho. Buscam impor programas de aprendizagem, ou ter requisitos de licença impostos pelo governo. Tais medidas pretendem reduzir a oferta de mão-de-obra na área, e assim, permitir aos afortunados admitidos ganhar rendimentos maiores. Mesmo quando os sindicatos não tem êxitos em reduzir diretamente a oferta de mão-de-obra, a imposição de suas reivindicações de salarios acima do valor de mercado ainda tem o efeito de reduzir o número de empregos oferecidos na área e, assim, a oferta de mão-de-obra na área em que podem encontrar emprego.
Os aumentos salariais artificiais impostos pelos sindicatos resultam em desemprego quando os salários acima do mercado são impostos em todo o sistema econômico. Esta situação existe quando é possível aos sinditos formarem-se facilmente. Como nos EUA hj, tudo o que é necessário para a maioria dos trabalhadores de um estabelecimento é decidir que desejam ser representados por um sindicato, os salários impostos pelos sindicatos serão efetivos nos setores sem sindicatos.
Os empregadores nos setores sem sindicatos se sentirão obrigados a oferecer a seus trabalhadores salários comparáveis aos que os trabalhadores sindicalizados recebem — na realidade, até mesmo salários maiores — a fim de assegurarr que eles não se sindicalizem.
A extensão dos aumentos salariais que elimina um grande número de trabalhadores de numerosas ocupções, pressiona os salários de qualquer área do sistema econômico que podem seguir abertas. Estas áreas limitadas poderiam absorver o excesso de trabalhadores de outras linhas com salários suficietemente baixos. Mas as leis de salário mínimo impedem que os salários nessas linhas restantes seja baixos suficiente para absorver estes trabalhadores.
Do ponto de vista da maioria daqueles suficientemente afortunados para manter seus empregos, a conseqüência mais grave dos sindicatos é manter baixa ou reduzir diretamente a produtividade do trabalho. Com poucas exceções, os sindicatos combatem abertamente o aumento da produtividade do trabalho. Eles fazem-o praticamente como uma questão de princípio. Se opõem à introdução de maquinaria para economizar trabalho, alegando que isso provoca desemprego. Eles se opõem a competição entre os trabalhadores. Como Henry Hazlitt apontou, eles forçam os empregadores a tolerar práticas de Sinecura (em inglês, featherbedding, prática sindical de obrigar as empresas, por meio do governo, a contratar mais do que o número de pessoas necessárias para fazer algum serviço), como o clássico requerimento de bombeiros, cuja função era a pá de carvão em locomotivas a vapor, se mantiveram nas locomotivas a diesel. Eles impõem esquemas de trabalho provisório, como exigir que tubos enviados a canteiros de obras com rosca incluída já cortada de imediato. Eles impõem classificações de trabalho estreitas, e exigem que contratem especialistas com pagamento diário para realizar o trabalho que outros poderiam fazer facilmente — por exemplo, a exigência de empregar um rebocador para reparar um dano indidental em uma parede por um eletricista, que o próprio eletricista poderia reparar facilmente.
Para qualquer um que entende em aumentos os salários reais, deveria ser óbvio que a política dos sindicatos de combater o aumento na produtividade do trabalho torna-os na verdade, um inimigo principal do aumento dos salários reais. Por mais radical que possa parecer essa conclusão, por mais que se oponha à visão predominante dos sindicatos como a principal fonte de aumento dos salários reais ao longo dos últimos 150 anos, o fato é que ao combater o aumento da produtividade do trabalho, os sindicatos combatem activamente o aumento dos salários reais!
Longe de ser responsáveis pela melhoria da qualidade de vida do trabalhador médio, os sindicatos com uma ignorância total sobre o que efetivamente melhora a qualidade de vida do trabalhador médio. Devido à sua ignorância, eles são responsáveis pelas desigualdades artificiais nos salários, pelo desemprego e por manter baixos os salários reais e pelo baixo padrão de vida do trabalhador médio. Todas estas conseqüências destrutivas e anti-sociais derivam do fato de que, enquanto as pessoas a aumentam o dinheiro que ganham através do aumento da produção e da oferta geral de bens e serviços, reduzindo assim os preços e aumentando os salários reais em todo o sistema econômico, os sindicatos aumentar o dinheiro pago a seus membros por meios exatamente opostos. Reduzem a oferta ea produtividade do trabalho e assim reduzem a oferta e aumentam os preços dos bens e serviços que seus membros ajudam a produzir, reduzindo, assim, os salários reais em todo o sistema econômico.
George Reisman é Ph.D e autor de Capitalism: A Treatise on Economics.
Ele é professor emérito da economia da Pepperdine University.
Seu website: http://www.capitalism.net/
Seu blog: http://georgereismansblog.blogspot.com.br/
Texto original em inglês: Labor Unions Are Anti-Labor
Muitos acreditam que — independentemente dos problemas que podem causar — os sindicatos são instituições vitais que visam os interesses dos assalariados. Muitos realmente acreditam que se interpõem em assalariado médio e os salários de subsistência, jornadas de trabalho exaustivas e as condições de trabalho degradantes.
Os sindicatos e o público em geral ignoram quase totalmente o papel essencial desempenhado pela queda dos preços em conseguir aumento nos salários reais. Eles só vêem o aumento dos salários nominais como digno de consideração. De fato, em nosso ambiente de inflação crônica, os preços que realmente caem são relativamente raros.
No entanto, a única coisa que pode explicar o aumento dos salários reais em todo o sistema econômico é uma queda nos preços em relação aos salários. E a única coisa que alcança isso é o aumento da produtividade por trabalhador. Mais produtividade por trabalhador — maior produtividade do trabalho — serve para aumentar a oferta de bens e serviços produzidos em relação à oferta de mão-de-obra que os produz. Desta forma, reduz os preços em relação aos salários, e portanto, aumenta os salários reais e o padrão de vida geral.
O que eleva os salários em todo o sistema econômico não é o que é responsável pelo aumento dos salários reais. Os aumentos nos salários nominais são essencialmente só o resultado do aumento na quantidade de dinheiro e o consequente aumento do volume global de gastos no sistema econômico. Na ausência de um aumento na produtividade do trabalho,o aumento no dinheiro e nos gastos fariam aumentar os preços, mais ou menos do que aumentaram os salários. Este resultado é impedido apenas pelo fato de que, ao mesmo tempo em que a quantidade de dinheiro eo volume de gastos estão aumentando, a produção por trabalhador também está aumentando, com a consequência de que os preços sobem menos que os salários. A queda dos preços ainda está presente na forma de preços que são mais baixos do que teria sido se só houvesse aumentado a quantidade de dinheiro eo volume de gastos.
Com exceções relativamente menores, os salários reais em todo o sistema econômico simplesmente não sobem no sentido de salários nominais maiores. Essencialmente, eles sobem apenas no sentido de uma omaior ferta de bens e serviços com relação à oferta de mão-de-obra, e assim, dos preços serem inferior com relação aos salários. A verdade é que os meios pelos quais aumentam o padrão de vida do assalariado individual e do empreendedor e capitalista individual, e os meios pelos quais aumentam o do assalariado médio no sistema econômico, são muito distintos. Para o indivíduo, é ganhar mais dinheiro. Para o assalariado médio no sistema econômico, é o pagamento de preços mais baixos.
O que essa explicação mostra é que o aumento dos salários nominais que os sindicatos buscam não é de tudo a fonte de aumento dos salário reais, e que a fonte do aumento dos salário reais é, na realidade, o aumento da produtividade do trabalho, que sempre opera no sentido de reduzir os preços, e não do aumento dos salários nominais.
Com efeito, os esforços dos sindicatos para elevar os salários nominais vão na contramão do objetivo de elevar os salários reais e o padrão de vida. Quando os sindicatos reivindicam aumentar o padrão de vida de seus membros por meio de elevar os seus salários em dinheiro, sua política inevitavelmente se resume a tentar fazer o trabalho de seus membros artificialmente escasso. É seu único meio de aumentar os salários dos seus membros. Os sindicatos não têm muito poder real sobre a demanda de mão-de-obra. Mas que muitas vezes conseguem um poder considerável sobre a oferta de mão-de-obra. E sua técnica para aumentar os salários é fazer com que a oferta de mão-de-obra, pelo menos no setor ou ocupação com os quais o sindicato está preocupado, seja tão escassa quanto possível.
Assim, sempre que possível, os sindicatos tentam controlar a entrada no mercado de trabalho. Buscam impor programas de aprendizagem, ou ter requisitos de licença impostos pelo governo. Tais medidas pretendem reduzir a oferta de mão-de-obra na área, e assim, permitir aos afortunados admitidos ganhar rendimentos maiores. Mesmo quando os sindicatos não tem êxitos em reduzir diretamente a oferta de mão-de-obra, a imposição de suas reivindicações de salarios acima do valor de mercado ainda tem o efeito de reduzir o número de empregos oferecidos na área e, assim, a oferta de mão-de-obra na área em que podem encontrar emprego.
Os aumentos salariais artificiais impostos pelos sindicatos resultam em desemprego quando os salários acima do mercado são impostos em todo o sistema econômico. Esta situação existe quando é possível aos sinditos formarem-se facilmente. Como nos EUA hj, tudo o que é necessário para a maioria dos trabalhadores de um estabelecimento é decidir que desejam ser representados por um sindicato, os salários impostos pelos sindicatos serão efetivos nos setores sem sindicatos.
Os empregadores nos setores sem sindicatos se sentirão obrigados a oferecer a seus trabalhadores salários comparáveis aos que os trabalhadores sindicalizados recebem — na realidade, até mesmo salários maiores — a fim de assegurarr que eles não se sindicalizem.
A extensão dos aumentos salariais que elimina um grande número de trabalhadores de numerosas ocupções, pressiona os salários de qualquer área do sistema econômico que podem seguir abertas. Estas áreas limitadas poderiam absorver o excesso de trabalhadores de outras linhas com salários suficietemente baixos. Mas as leis de salário mínimo impedem que os salários nessas linhas restantes seja baixos suficiente para absorver estes trabalhadores.
Do ponto de vista da maioria daqueles suficientemente afortunados para manter seus empregos, a conseqüência mais grave dos sindicatos é manter baixa ou reduzir diretamente a produtividade do trabalho. Com poucas exceções, os sindicatos combatem abertamente o aumento da produtividade do trabalho. Eles fazem-o praticamente como uma questão de princípio. Se opõem à introdução de maquinaria para economizar trabalho, alegando que isso provoca desemprego. Eles se opõem a competição entre os trabalhadores. Como Henry Hazlitt apontou, eles forçam os empregadores a tolerar práticas de Sinecura (em inglês, featherbedding, prática sindical de obrigar as empresas, por meio do governo, a contratar mais do que o número de pessoas necessárias para fazer algum serviço), como o clássico requerimento de bombeiros, cuja função era a pá de carvão em locomotivas a vapor, se mantiveram nas locomotivas a diesel. Eles impõem esquemas de trabalho provisório, como exigir que tubos enviados a canteiros de obras com rosca incluída já cortada de imediato. Eles impõem classificações de trabalho estreitas, e exigem que contratem especialistas com pagamento diário para realizar o trabalho que outros poderiam fazer facilmente — por exemplo, a exigência de empregar um rebocador para reparar um dano indidental em uma parede por um eletricista, que o próprio eletricista poderia reparar facilmente.
Para qualquer um que entende em aumentos os salários reais, deveria ser óbvio que a política dos sindicatos de combater o aumento na produtividade do trabalho torna-os na verdade, um inimigo principal do aumento dos salários reais. Por mais radical que possa parecer essa conclusão, por mais que se oponha à visão predominante dos sindicatos como a principal fonte de aumento dos salários reais ao longo dos últimos 150 anos, o fato é que ao combater o aumento da produtividade do trabalho, os sindicatos combatem activamente o aumento dos salários reais!
Longe de ser responsáveis pela melhoria da qualidade de vida do trabalhador médio, os sindicatos com uma ignorância total sobre o que efetivamente melhora a qualidade de vida do trabalhador médio. Devido à sua ignorância, eles são responsáveis pelas desigualdades artificiais nos salários, pelo desemprego e por manter baixos os salários reais e pelo baixo padrão de vida do trabalhador médio. Todas estas conseqüências destrutivas e anti-sociais derivam do fato de que, enquanto as pessoas a aumentam o dinheiro que ganham através do aumento da produção e da oferta geral de bens e serviços, reduzindo assim os preços e aumentando os salários reais em todo o sistema econômico, os sindicatos aumentar o dinheiro pago a seus membros por meios exatamente opostos. Reduzem a oferta ea produtividade do trabalho e assim reduzem a oferta e aumentam os preços dos bens e serviços que seus membros ajudam a produzir, reduzindo, assim, os salários reais em todo o sistema econômico.
George Reisman é Ph.D e autor de Capitalism: A Treatise on Economics.
Ele é professor emérito da economia da Pepperdine University.
Seu website: http://www.capitalism.net/
Seu blog: http://georgereismansblog.blogspot.com.br/
Texto original em inglês: Labor Unions Are Anti-Labor