14-02-2015, 12:16 AM
Saudações confrades da Real.
Ontem a noite eu saí com alguns conhecidos para uma lanchonete aqui perto de casa. Éramos 6 pessoas, 2 homens e 4 mulheres. Quando cheguei estavam conversando sobre pagar a conta no primeiro encontro. Como eles me tem como um “machista retrógrado e sistemático”, as mulheres me perguntaram se eu achava certo o homem pagar a conta no primeiro encontro, provavelmente esperando minha concordância com elas.
Porém eu disse um “depende” que as surpreenderam, bem como ao outro homem na mesa. Disse que se a mulher é do tipo que fica “pagando de independente”, feminazi, militante da esquerda, que usa camisa vermelha com a estrela do PT, então o homem nunca deve pagar nada para ela.
Depois de uma risada geral, tentaram me convencer do contrário e contaram um caso onde a irmã do homem que estava na mesa conheceu um cara pelo Tinder e no encontro ele dividiu a conta. Nesse encontro ela levou uma amiga, perguntei se o cara estava ciente de que isso ia acontecer e não souberam me responder.
O fato é que esse cara não pagou a conta sozinho, a amiga da mulher com a qual marcou o encontro pagou metade e ele a metade da metade, ao invés de dividir por três. Todos na mesa acharam a atitude dele absurda. Mais uma vez discordei e disse que se fosse comigo, me despediria dela na hora, pois não aceitaria uma terceira pessoa no encontro, assim nem sequer haveria despesa.
Ao perguntar se ele estava ciente de que haveria uma terceira pessoa, demonstrei que o contexto poderia fazer com que ele estivesse correto em não pagar a conta toda e que o fato dele ter pagado 1/4 da conta ao invés de 1/3 poderia ser uma “vingança” por ela ter levado a amiga sem avisar.
Com o carnaval chegando, o assunto mudou para homens que insistem nas mulheres na balada. Elas contaram com satisfação os foras que dão em homens insistentes quando as convidaram para dançar ou mesmo para conversar, com os óculos da Real, percebi o sadismo delas em desfazerem dos homens mais insistentes.
Então falei que o problema da maioria dos homens é que eles precisam aprender a se respeitar, se ao invés de reclamarem pela rejeição a um convite para dançar eles simplesmente convidassem outra mulher, ou ainda apenas se retirassem jamais precisariam passar por qualquer desfeita.
O primeiro homem as deixou indignadas, mas depois dos meus argumentos reconheceram que ele poderia ter motivos para ter agido como agiu, mas em momento algum debocharam dele. Os homens das histórias seguintes foram lembrados como idiotas “inferiores”, pegajosos, foram motivos de piada porque demonstraram interesse e insistiram após serem rejeitados, as supervalorizaram.
Ações individuais refletem no coletivo, a cada vez que um homem se respeita ele quebra esse ciclo de destruição da dignidade masculina. Cabe a nós começarmos por nós mesmos e sempre que tivermos a oportunidade alertar nossos amigos para quem sabe um dia a balança dos relacionamentos fique mais equilibrada.
Fé e Honra,
Raito.
Ontem a noite eu saí com alguns conhecidos para uma lanchonete aqui perto de casa. Éramos 6 pessoas, 2 homens e 4 mulheres. Quando cheguei estavam conversando sobre pagar a conta no primeiro encontro. Como eles me tem como um “machista retrógrado e sistemático”, as mulheres me perguntaram se eu achava certo o homem pagar a conta no primeiro encontro, provavelmente esperando minha concordância com elas.
Porém eu disse um “depende” que as surpreenderam, bem como ao outro homem na mesa. Disse que se a mulher é do tipo que fica “pagando de independente”, feminazi, militante da esquerda, que usa camisa vermelha com a estrela do PT, então o homem nunca deve pagar nada para ela.
Depois de uma risada geral, tentaram me convencer do contrário e contaram um caso onde a irmã do homem que estava na mesa conheceu um cara pelo Tinder e no encontro ele dividiu a conta. Nesse encontro ela levou uma amiga, perguntei se o cara estava ciente de que isso ia acontecer e não souberam me responder.
O fato é que esse cara não pagou a conta sozinho, a amiga da mulher com a qual marcou o encontro pagou metade e ele a metade da metade, ao invés de dividir por três. Todos na mesa acharam a atitude dele absurda. Mais uma vez discordei e disse que se fosse comigo, me despediria dela na hora, pois não aceitaria uma terceira pessoa no encontro, assim nem sequer haveria despesa.
Ao perguntar se ele estava ciente de que haveria uma terceira pessoa, demonstrei que o contexto poderia fazer com que ele estivesse correto em não pagar a conta toda e que o fato dele ter pagado 1/4 da conta ao invés de 1/3 poderia ser uma “vingança” por ela ter levado a amiga sem avisar.
Com o carnaval chegando, o assunto mudou para homens que insistem nas mulheres na balada. Elas contaram com satisfação os foras que dão em homens insistentes quando as convidaram para dançar ou mesmo para conversar, com os óculos da Real, percebi o sadismo delas em desfazerem dos homens mais insistentes.
Então falei que o problema da maioria dos homens é que eles precisam aprender a se respeitar, se ao invés de reclamarem pela rejeição a um convite para dançar eles simplesmente convidassem outra mulher, ou ainda apenas se retirassem jamais precisariam passar por qualquer desfeita.
O primeiro homem as deixou indignadas, mas depois dos meus argumentos reconheceram que ele poderia ter motivos para ter agido como agiu, mas em momento algum debocharam dele. Os homens das histórias seguintes foram lembrados como idiotas “inferiores”, pegajosos, foram motivos de piada porque demonstraram interesse e insistiram após serem rejeitados, as supervalorizaram.
Ações individuais refletem no coletivo, a cada vez que um homem se respeita ele quebra esse ciclo de destruição da dignidade masculina. Cabe a nós começarmos por nós mesmos e sempre que tivermos a oportunidade alertar nossos amigos para quem sabe um dia a balança dos relacionamentos fique mais equilibrada.
Fé e Honra,
Raito.
Spoiler:
E sete mulheres naquele dia lançarão mão de um homem, dizendo: Nós comeremos do nosso pão, e nos vestiremos do que é nosso; tão-somente queremos ser chamadas pelo teu nome; tira o nosso opróbrio. - Isaías 4:1