25-03-2014, 11:56 AM
No Brasil temos universidades gratuitas públicas
BUENOS AIRES. Para os jovens de classe média no Chile, a passagem pela universidade virou um verdadeiro calvário. A maioria se sente a grande vítima de um sistema injusto construído ainda na ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) basicamente para fazer dinheiro. Alguns, como Julio Maturana, de 24 anos, obtêm uma boa pontuação na exigente Prova de Seleção Universitária e conseguem uma vaga na Universidade do Chile, uma das melhores do país. Mas essa é só a primeira vitória numa longa e difícil batalha. Depois chega o inevitável endividamento da família para pagar mensalidades altíssimas que, muitas vezes, obrigam os alunos a abandonarem as carreiras.
Julio está no quarto ano de Engenharia Civil. Apesar de ter um crédito que cobre 75% dos US$ 8 mil anuais, nos últimos anos o jovem não conseguiu financiar os US$ 2 mil restantes e está tentando renegociar a dívida.
- É por isso que muitos jovens preferem trabalhar a estudar. Você sofre e, quando termina a faculdade, deve entre US$ 15 mil e 30 mil - critica.
Se sua negociação fracassar, Julio perderá o esforço de muitos anos e deverá procurar um emprego precário para saldar as dívidas.
Há dois anos, o mesmo problema obrigou Paz Coppelo a deixar a Faculdade de Psicologia de Valparaiso. No terceiro ano, a dívida já era impagável.
- Senti que estava num abismo - lamenta Paz, que conseguiu emprego numa escola.
Mas não foi fácil para ela conseguir a vaga. Algumas portas se fecharam quando descobriram seu nome na lista de devedores universitários. Filha de um operário do aeroporto de Santiago e uma cabeleireira, ela diz que "no Chile só estuda quem tem dinheiro".
- Ninguém se preocupa com a educação, só querem que paguemos.
Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/chile-siste...31596.html
BUENOS AIRES. Para os jovens de classe média no Chile, a passagem pela universidade virou um verdadeiro calvário. A maioria se sente a grande vítima de um sistema injusto construído ainda na ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) basicamente para fazer dinheiro. Alguns, como Julio Maturana, de 24 anos, obtêm uma boa pontuação na exigente Prova de Seleção Universitária e conseguem uma vaga na Universidade do Chile, uma das melhores do país. Mas essa é só a primeira vitória numa longa e difícil batalha. Depois chega o inevitável endividamento da família para pagar mensalidades altíssimas que, muitas vezes, obrigam os alunos a abandonarem as carreiras.
Julio está no quarto ano de Engenharia Civil. Apesar de ter um crédito que cobre 75% dos US$ 8 mil anuais, nos últimos anos o jovem não conseguiu financiar os US$ 2 mil restantes e está tentando renegociar a dívida.
- É por isso que muitos jovens preferem trabalhar a estudar. Você sofre e, quando termina a faculdade, deve entre US$ 15 mil e 30 mil - critica.
Se sua negociação fracassar, Julio perderá o esforço de muitos anos e deverá procurar um emprego precário para saldar as dívidas.
Há dois anos, o mesmo problema obrigou Paz Coppelo a deixar a Faculdade de Psicologia de Valparaiso. No terceiro ano, a dívida já era impagável.
- Senti que estava num abismo - lamenta Paz, que conseguiu emprego numa escola.
Mas não foi fácil para ela conseguir a vaga. Algumas portas se fecharam quando descobriram seu nome na lista de devedores universitários. Filha de um operário do aeroporto de Santiago e uma cabeleireira, ela diz que "no Chile só estuda quem tem dinheiro".
- Ninguém se preocupa com a educação, só querem que paguemos.
Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/chile-siste...31596.html