11-02-2013, 05:35 PM
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 29-11-2013, 11:49 AM por Simple Man.)
Bom Dia. Boa Tarde. Boa Noite.
Confrades...
Peço licença para adentrar aqui nesse espaço com alguns tópicos de extrema relevância.
Estava procurando algum fórum sobre finanças (Orçamento Empresarial; Estudo de Mercado; Gestão e Planejamento Operacional, Tático e Estratégico; Controle de Processos; Auditoria de Processos; Tomada de Decisão; Análise de Investimento; Risco de Crédito; Contabilidade Pública, de Custos, Gerencial, Financeira; Linhas de Fomento do BNDES, Banco do Nordeste, Banco da Amazônia, BDMG, Consultoria Sebrae, Sebrae Mais).
Encontrei muitos fóruns importantes e que devem ser destrinchados exaustivamente, segue spoiler:
Caso queira saber os motivos da escolha desse fórum, clique no spoiler:
Caso alguém tenha interesse em buscar partir para a iniciativa privada (ou não veja a relação entre poupar dinheiro antes de buscar empresariar ou mesmo em montar uma infra-estrutura/recursos mínimos para estudar para um concurso) segue aqui uma sugestão de leitura.
Aliás, o aspecto que trago por hora é pouco abordado pela mídia que no caso é a Behavioral Economics (Economia/Consumo comportamental). E para mim isso é de propósito, quanto mais alienado é o cidadão do quanto seu consumo é orientado pela 'Elite Dominante' [by Barão_Kageyama] maior é o poder de manipular a ambos (o consumo e o cidadão comum).
Tenho minhas considereções sobre isso, caso queira verifique o spoiler abaixo:
Maiores informações sobre os estudiosos no assunto, leia abaixo.
Abaixo segue um texto da revista brasileira Exame.
O assunto não é absoluto e possui as mesmas limitações que a capacidade do ser humano tem de compreender o mundo que o cerca e o constitui. Portanto, caso tenham interesse em como melhor lidar melhor com o entrada e saída de dinheiro de sua vida, recomendo se aprofundarem no assunto.
Caso queiram ler mais textos sobre finanças da jornalista que fez o texto abaixo verifique o spoiler.
Te desejo boa leitura.
"Quando o assunto é dinheiro, fazemos tudo errado
Confrades...
Peço licença para adentrar aqui nesse espaço com alguns tópicos de extrema relevância.
Estava procurando algum fórum sobre finanças (Orçamento Empresarial; Estudo de Mercado; Gestão e Planejamento Operacional, Tático e Estratégico; Controle de Processos; Auditoria de Processos; Tomada de Decisão; Análise de Investimento; Risco de Crédito; Contabilidade Pública, de Custos, Gerencial, Financeira; Linhas de Fomento do BNDES, Banco do Nordeste, Banco da Amazônia, BDMG, Consultoria Sebrae, Sebrae Mais).
Encontrei muitos fóruns importantes e que devem ser destrinchados exaustivamente, segue spoiler:
Show ContentSpoiler:
[Fixo] Economia e Investimentos Bufalescos
[Livro] Dicas para sua vida financeira
[LIVRO] Pai Rico, Pai Pobre
Sobre PORQUE QUERO TER UM CARRO
Marketing Multinivel (Isso é Cilada Bino. Atenção!)
[LIVRO] Os Axiomas de Zurique
Cartão de Crédito
Uma entrevista com Jesus Huerta de Soto
Por que você ainda é um bosta (DINHEIRO)
13 Dicas para se organizar no trabalho
A bolha imobiliária brasileira
O que leva um homem a gastar todo seu dinheiro em uma festa de casamento?
[Discussão] A farsa da finitude
[Discussão]Inteligência Financeira
Imposto de Renda (IR) na Bolsa de Valores
[Dossiê] A Teoria dos Jogos
[Livro] Dicas para sua vida financeira
[LIVRO] Pai Rico, Pai Pobre
Sobre PORQUE QUERO TER UM CARRO
Marketing Multinivel (Isso é Cilada Bino. Atenção!)
[LIVRO] Os Axiomas de Zurique
Cartão de Crédito
Uma entrevista com Jesus Huerta de Soto
Por que você ainda é um bosta (DINHEIRO)
13 Dicas para se organizar no trabalho
A bolha imobiliária brasileira
O que leva um homem a gastar todo seu dinheiro em uma festa de casamento?
[Discussão] A farsa da finitude
[Discussão]Inteligência Financeira
Imposto de Renda (IR) na Bolsa de Valores
[Dossiê] A Teoria dos Jogos
Caso queira saber os motivos da escolha desse fórum, clique no spoiler:
Show ContentSpoiler:
1) Estar representado inicialmente por dois confrades que pactuo de muitos pontos de vista desde as minhas primeiras leituras do Fórum do Búfalo, que no caso são o Mandrake e o Gekko.
2) Ser um fórum pouco destacado mas, de suma importância para todos. Sugiro que baixem as planilhas e as utilizem. Se tiverem dúvidas de como utilizá-las, perguntem. Não tenham vergonha de participar. Pergunta sem sentido é aquela que existe e não é feita. Estamos aqui para aprender e trocar informações diante de um mundo vaginante.
3) As planilhas disponibilizadas são muito boas e acredito que quanto maior o número de confrades tiverem acesso a elas melhor será para o fortalecimento e destaque financeiro dos visitantes.
Precisamos de exemplos, de homens honrados e com condições - financeiras e psicológicas - de permanecerem na divulgação e expansão do masculinismo. Mesmo porque, nossas opositoras e opositores têm toda a ajuda financeira - pública e privada - para o fomento ideológico do lado de lá.
E nós só temos a nós mesmos, com nossas mentes, comportamentos e união.
2) Ser um fórum pouco destacado mas, de suma importância para todos. Sugiro que baixem as planilhas e as utilizem. Se tiverem dúvidas de como utilizá-las, perguntem. Não tenham vergonha de participar. Pergunta sem sentido é aquela que existe e não é feita. Estamos aqui para aprender e trocar informações diante de um mundo vaginante.
3) As planilhas disponibilizadas são muito boas e acredito que quanto maior o número de confrades tiverem acesso a elas melhor será para o fortalecimento e destaque financeiro dos visitantes.
Precisamos de exemplos, de homens honrados e com condições - financeiras e psicológicas - de permanecerem na divulgação e expansão do masculinismo. Mesmo porque, nossas opositoras e opositores têm toda a ajuda financeira - pública e privada - para o fomento ideológico do lado de lá.
E nós só temos a nós mesmos, com nossas mentes, comportamentos e união.
Aliás, o aspecto que trago por hora é pouco abordado pela mídia que no caso é a Behavioral Economics (Economia/Consumo comportamental). E para mim isso é de propósito, quanto mais alienado é o cidadão do quanto seu consumo é orientado pela 'Elite Dominante' [by Barão_Kageyama] maior é o poder de manipular a ambos (o consumo e o cidadão comum).
Tenho minhas considereções sobre isso, caso queira verifique o spoiler abaixo:
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Na minha opinião, o comportamento rege a relação do ser humano com os quatro macro-pilares da Matrix, que sustentam a formação da hierarquia piramidal mundial e que para mim são: Sexo (e aqui entra o libertador Nessahan Alita), Religião, Economia e Política.
Por que dessa minha afirmação. Acredito que tudo é produto - no plano humano (pesquisem sobre a Teoria dos Jogos e o Custo de Oportunidade)- com ou sem preço tomamos decisões de consumir ou não, o que consumir, para que consumir, se podemos consumir mas, temos consciência de que também podemos ser o produto e de que estamos sendo consumidos? E se temos essa consciência, como devemos nos portar diante desse desafio? Estamos sozinhos nessa empreitada?
Por hora meus confrades "Mister's Anderson's", sei que muitos sabem disso, ainda não possuímos totalmente o cacife para nos libertarmos, nem aos nossos entes queridos, desse contra-processo matrixiano. E assim consumimos somente para sermos consumidos de forma inconsciente ou semi-consciente e, assim, nos limitamos a uma mera 'pilha duracell' retro-alimentando o sistema. Lembram?
Acredito que a "Real" é o começo dessa libertação. Não tenhamos a angustia de não compreendermos totalmente a era em que vivemos. Nem pelo fato de termos, ainda, pouca força coletiva de reação ao que está posto goela abaixo. Devemos buscar força nas gerações futuras e em nossa responsabilidade de construir um mundo menos maligno. E isso é um processo, não um estalo, tenhamos consciência disso.
Como dizia um colega, na época da faculdade, no primeiro semestre, estudando a Regra da Cadeia, nas aulas de Cálculo: "O bagúio é lôco e o processo é lento".
A "Real", por exemplo, teve sua sistematização em apenas 11|12 anos atrás (vide Nessahan Alita, se é que essa fonte é confiável!) com o primeiro texto do Nessahan. Vejam o que passamos, onde chegamos e aonde queremos chegar [DISCUSSÃO] Estatuto Masculinista.
É um processo e somos parte disso. Sejamos fortes e persistentes. Não nos deixemos abater pelo tamanho do oponente. Somos muitos e estamos andando para a frente. Lembrem-se: ""Será que não vou me libertar de suas regras rígidas? Será que não vou me libertar de sua arte inteligente? Será que não vou me libertar dos pecados e do perfeccionismo?
Digo: evolua mesmo se você desmoronar por dentro."".Clube da Luta.
E só de ter a pequena suspeita de que é a Matrix quem 'nos faz sentir o bife ser saboroso e suculento' me traz grande pavor. Um pedra fundamental já foi lançada contra esse mal pelo Nessahan, precisamos de outras pedras fundamentais para nos orientar de como proceder diante dos demais pilares e suas demais ramificações.
Até lá devemos nos fortalecer, adentrar os órgãos públicos (hoje aparelhados pela esquerda), dentro das empresas, associações, confederações empresariais (dependentes de verbas públicas e leis de fomento para se manter), das câmaras, assembleias legislativas e senado (comerciantes da ética e dos anseios do povo). E quando estivermos prontos, nós ou nossos descendentes, deveremos reverter o contra-processo de dentro da Matrix. Sejamos honrados.
E aqui peço minhas sinceras desculpas pela minha 'verborragia'.
Por que dessa minha afirmação. Acredito que tudo é produto - no plano humano (pesquisem sobre a Teoria dos Jogos e o Custo de Oportunidade)- com ou sem preço tomamos decisões de consumir ou não, o que consumir, para que consumir, se podemos consumir mas, temos consciência de que também podemos ser o produto e de que estamos sendo consumidos? E se temos essa consciência, como devemos nos portar diante desse desafio? Estamos sozinhos nessa empreitada?
Por hora meus confrades "Mister's Anderson's", sei que muitos sabem disso, ainda não possuímos totalmente o cacife para nos libertarmos, nem aos nossos entes queridos, desse contra-processo matrixiano. E assim consumimos somente para sermos consumidos de forma inconsciente ou semi-consciente e, assim, nos limitamos a uma mera 'pilha duracell' retro-alimentando o sistema. Lembram?
Acredito que a "Real" é o começo dessa libertação. Não tenhamos a angustia de não compreendermos totalmente a era em que vivemos. Nem pelo fato de termos, ainda, pouca força coletiva de reação ao que está posto goela abaixo. Devemos buscar força nas gerações futuras e em nossa responsabilidade de construir um mundo menos maligno. E isso é um processo, não um estalo, tenhamos consciência disso.
Como dizia um colega, na época da faculdade, no primeiro semestre, estudando a Regra da Cadeia, nas aulas de Cálculo: "O bagúio é lôco e o processo é lento".
A "Real", por exemplo, teve sua sistematização em apenas 11|12 anos atrás (vide Nessahan Alita, se é que essa fonte é confiável!) com o primeiro texto do Nessahan. Vejam o que passamos, onde chegamos e aonde queremos chegar [DISCUSSÃO] Estatuto Masculinista.
É um processo e somos parte disso. Sejamos fortes e persistentes. Não nos deixemos abater pelo tamanho do oponente. Somos muitos e estamos andando para a frente. Lembrem-se: ""Será que não vou me libertar de suas regras rígidas? Será que não vou me libertar de sua arte inteligente? Será que não vou me libertar dos pecados e do perfeccionismo?
Digo: evolua mesmo se você desmoronar por dentro."".Clube da Luta.
E só de ter a pequena suspeita de que é a Matrix quem 'nos faz sentir o bife ser saboroso e suculento' me traz grande pavor. Um pedra fundamental já foi lançada contra esse mal pelo Nessahan, precisamos de outras pedras fundamentais para nos orientar de como proceder diante dos demais pilares e suas demais ramificações.
Até lá devemos nos fortalecer, adentrar os órgãos públicos (hoje aparelhados pela esquerda), dentro das empresas, associações, confederações empresariais (dependentes de verbas públicas e leis de fomento para se manter), das câmaras, assembleias legislativas e senado (comerciantes da ética e dos anseios do povo). E quando estivermos prontos, nós ou nossos descendentes, deveremos reverter o contra-processo de dentro da Matrix. Sejamos honrados.
E aqui peço minhas sinceras desculpas pela minha 'verborragia'.
Maiores informações sobre os estudiosos no assunto, leia abaixo.
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O maior especialista sobre a Economia Comportamental, na atualidade, é o Prêmio Nobel Daniel Kahneman.
E sugiro que assistam à palestra dele no 'aclamado' (tenho minhas ressalvas) TED(Organização sem fins lucrativos dedicada às 'Ideas Worth Spreading' - Tradução Livre: Idéias que merecem ser espalhadas).
Aqui no Brasil a principal referência é a Prof. Dra. Vera Rita de Mello Ferreira. Recomendo não levarem ao radicalismo o fato dela ser mulher, não é o caso aqui nessa minha exposição.
O mesmo ocorre, por exemplo, de alguns livros destinados aos concursos públicos. O que não faltam são mulheres (Maria de Zanella de Pietro autora de livros de Direito Administrativo), nem por isso nos preocupamos com as ideologias de cada qual.
O que importa é a informação, nesse caso, repito.
Mais informações sobre a professora acessem.
Textos
Entrevista Expo Money Internacional São Paulo 2011
Palestra ' Psicologia Econômica' no CORECON-SP 2009
Ademais, espero que não soe arrogante da minha parte mas, acreditem, levem esses ensinamentos, esse senso crítico, para todos os aspectos de sua vida e terá grande chance de sucesso. Ou ao menos, quando tiver algum poder de consumo, possa você, escolher a melhor alternativa - e com senso crítico, sem seguir modismo, sabendo o que de fato é bom para você - para seu desenvolvimento físico, espiritual, econômico e social.
E sugiro que assistam à palestra dele no 'aclamado' (tenho minhas ressalvas) TED(Organização sem fins lucrativos dedicada às 'Ideas Worth Spreading' - Tradução Livre: Idéias que merecem ser espalhadas).
Aqui no Brasil a principal referência é a Prof. Dra. Vera Rita de Mello Ferreira. Recomendo não levarem ao radicalismo o fato dela ser mulher, não é o caso aqui nessa minha exposição.
O mesmo ocorre, por exemplo, de alguns livros destinados aos concursos públicos. O que não faltam são mulheres (Maria de Zanella de Pietro autora de livros de Direito Administrativo), nem por isso nos preocupamos com as ideologias de cada qual.
O que importa é a informação, nesse caso, repito.
Mais informações sobre a professora acessem.
Textos
Entrevista Expo Money Internacional São Paulo 2011
Palestra ' Psicologia Econômica' no CORECON-SP 2009
Ademais, espero que não soe arrogante da minha parte mas, acreditem, levem esses ensinamentos, esse senso crítico, para todos os aspectos de sua vida e terá grande chance de sucesso. Ou ao menos, quando tiver algum poder de consumo, possa você, escolher a melhor alternativa - e com senso crítico, sem seguir modismo, sabendo o que de fato é bom para você - para seu desenvolvimento físico, espiritual, econômico e social.
Abaixo segue um texto da revista brasileira Exame.
O assunto não é absoluto e possui as mesmas limitações que a capacidade do ser humano tem de compreender o mundo que o cerca e o constitui. Portanto, caso tenham interesse em como melhor lidar melhor com o entrada e saída de dinheiro de sua vida, recomendo se aprofundarem no assunto.
Caso queiram ler mais textos sobre finanças da jornalista que fez o texto abaixo verifique o spoiler.
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Te desejo boa leitura.
"Quando o assunto é dinheiro, fazemos tudo errado
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“Você se deslocaria 20 minutos para economizar 5 dólares em uma calculadora que vale 15 dólares? E você dirigiria pelo mesmo tempo para economizar 5 dólares em uma jaqueta de 125 dólares?” À questão levantada por uma pesquisa realizada por Richard Thaler, especialista em finanças comportamentais e professor da Universidade de Chicago, 68% dos entrevistados responderam que dirigiriam pelo desconto na calculadora, mas apenas 29% o fariam pelo desconto na jaqueta. Apesar de a economia ser a mesma, uma das situações é considerada mais motivadora que outra.
Esse tipo de comportamento, que matematicamente não faz sentido, mas que de alguma forma encontra base dentro dos nossos pensamentos é uma anomalia estudada pela psicologia econômica e pela economia comportamental chamada “contabilidade mental”, ou em inglês, mental accounting. Essa anomalia, que é responsável por muitas de nossas distorções na relação com o dinheiro, foi explorada profundamente e mostrada em diversas situações na prática pela primeira vez por Thaler, economista americano que é referência mundial em economia comportamental.
Aqui no Brasil, uma das principais estudiosas sobre o fenômeno da contabilidade mental é Vera Rita de Mello Ferreira, professora de psicologia econômica da Fipecafi e autora de diversos livros de psicologia econômica, entre eles “A Cabeça do Investidor” e “Decisões Econômicas – você já parou para pensar?”.
Em entrevista à EXAME.com, ela explicou quais são as mais típicas distorções que fazemos em relação ao dinheiro e como a contabilidade mental nos atrapalha mais do que notamos. “A contabilidade mental é um jeito enviesado e deformado de lidar com o dinheiro, que não corresponde à realidade. É a contabilidade mental e não real. É o fato de a pessoa fechar na cabeça uma conta, que, se usasse uma calculadora ou o Excel, não fecharia”, explica.
Veja a seguir as explicações sobre algumas distorções da contabilidade mental e como você pode evitá-las para ter uma melhor relação com o dinheiro
Por que concordamos em pagar parceladamente o que não poderíamos pagar à vista?
Em uma de suas pesquisas, Richard Thaler submeteu os participantes às seguintes questões: Se você fosse ao cinema, e tivesse gastado 10 dólares pela entrada, mas ao chegar descobrisse que perdeu o ingresso, você pagaria 10 dólares novamente para ver o filme? E se você decidisse assistir um filme cuja entrada era de 10 dólares e assim que entrasse no cinema você descobrisse que havia perdido uma nota de 10 dólares, ainda assim você pagaria o tíquete?
Quando Thaler conduziu a pesquisa, ele descobriu que apenas 46% comprariam outro ingresso na primeira situação e 88% aceitariam pagar a entrada na segunda. Segundo Thaler, a explicação é que ir ao cinema é normalmente visto como uma transação, na qual o custo do tíquete é associado à experiência de ver o filme. Por isso, comprar uma segunda entrada torna a experiência muito cara, já que é como se um único ingresso saísse por 20 dólares. Mas, no segundo caso, a perda de dinheiro não é colocada na conta do filme, por isso não nos importamos em gastar mais 10 dólares.
Estas experiências contradizem o que é pregado pela economia tradicional, de que 1 real é sempre 1 real, ou seja, que o dinheiro é um bem fungível, que pode ser substituído por outro da mesma espécie, qualidade e quantidade. Segundo a contabilidade mental, na prática, as contas mentais nos levam a tratar o dinheiro de forma diferente. “A contabilidade mental fica muito distante do que a economia tradicional defende, de que as pessoas lidam com dinheiro pelo valor objetivo”, afirma Vera Rita.
Isto pode explicar por que ao se deparar com um objeto de alto valor monetário, o consumidor não aceita pagá-lo à vista, mas concorda em pagar o produto parcelado. “O sujeito pode estar com o orçamento apertado e pensar que 1.500 reais é um gasto muito alto, que não dá para pagar. Mas, se ele puder pagar em cinco prestações, é como se diminuísse o valor. E apesar de não diminuir, alivia a consciência, ele pensa “só cinco vezes de 300 reais”, mas é o mesmo gasto”, explica a professora.
Seria por esse motivo que muitas vezes gastamos um valor que, na verdade, não temos ou não podemos pagar. Segundo Vera Rita, essas compras por impulso ocorrem com muito mais facilidade se o comprador estiver com cartões de débito, crédito ou com cheque, do que se estivessem com cédulas de dinheiro. “Doeria mais ver o dinheiro vivo indo embora do que com outras formas de pagamento”, explica. Por isso, ela recomenda que, em uma situação de endividamento, o consumidor utilize apenas dinheiro vivo.
Por que preferimos pagar altos juros em empréstimos, do que mexer na poupança?
A separação do dinheiro em contas mentais remonta a uma outra típica situação, que é o fato de nos relacionarmos de uma maneira com o dinheiro em conta corrente e de outra forma com o dinheiro investido em aplicações. Muitos preferem, por exemplo, entrar no cheque especial ou no rotativo do cartão de crédito e pagar juros altíssimos do que resgatar parte do dinheiro investido na poupança.
Financeiramente, isso não traz vantagens, uma vez que o rendimento da poupança não supera 0,5% de rentabilidade ao mês, enquanto os juros dos empréstimos no cheque especial ou do rotativo do cartão podem ser de 10%. “As pessoas fazem isso porque têm uma percepção correta de que nunca mais vão repor o dinheiro investido se elas o resgatarem. É ruim do ponto de vista financeiro porque se paga juros no empréstimo, mas é uma espécie de defesa para garantir a conta de poupança”, explica Vera Rita.
Ela avalia que neste caso, não mexer na poupança pode ser a melhor opção. Principalmente se o objetivo da poupança for o pagamento da faculdade dos filhos, a compra de um imóvel e outras finalidades que terão grande importância no futuro. “Se o sujeito mexer na conta poupança, ele não sabe se vai conseguir voltar a repor o dinheiro. Por isso, se ele tem essa necessidade no futuro, é melhor não mexer porque isso vai dar segurança para ele não desistir do investimento”, explica.
Para não chegar a essa situação, de pagar mais juros em empréstimos do que o que se ganha em aplicações, é importante lembrar da máxima que “poupar é mais importante do que investir”. Isto é, antes de ter investimentos é importante ter uma vida financeira organizada, que permita ao investidor ter recursos suficientes para arcar com as despesas mensais e ainda investir recursos em suas aplicações regularmente.
Por que fazemos as contas em cima do salário bruto e não líquido?
Outra conta mental que prejudica o orçamento é considerar o valor do salário sem pensar nos descontos. “Muita gente nem sabe direito quanto ganha, não sabe dizer qual é o salário bruto ou líquido e não sabe direito em cima de qual valor fazer as contas”, afirma Vera Rita.
Ela explica que, se o orçamento ficar baseado no salário bruto, sem considerar os impostos, contribuições sindicais e outros valores descontados, sempre haverá um “buraco” nas contas. “Se os descontos que normalmente chegam a 30% do salário não são descontados no planejamento das contas, o salário não vai cobrir as despesas nunca, sempre vai ter um buraco de 30%”, avalia.
Por isso, é essencial que o planejamento do orçamento sempre considere todos os descontos e apenas a receita real.
Por que o décimo terceiro nos deixa endividados?
Um último e conveniente alerta sobre as consequências da contabildiade mental é sobre o décimo terceiro salário. “As pessoas recebem o décimo terceiro ou vão receber e já pensam primeiro em quitar dívidas, pensam no IPTU, no IPVA, depois no material escolar e depois só falta subir aos céus e virarem santas”, brinca a psicóloga. Segundo ela, apesar das boas intenções, o dinheiro extra do final do ano acaba levando muitos a se endividarem no começo do ano.
O erro consiste em sempre pensar no décimo terceiro como um valor bruto, sem se descontar todos os gastos para os quis ele está sendo destinado. “Normalmente as pessoas pensam: eu tenho 5.000 reais, então eu posso trocar de celular, posso fazer essa viagem, posso comprar os presentes de Natal. E elas não somam os gastos, sempre acham que os 5.000 reais continuam lá, sem se dar conta de que o dinheiro está diminuindo. Quando chega no final fevereiro e março, elas não conseguem pagar o IPTU, o IPVA e fizeram mais dívidas ainda”, explica Vera Rita, acrescentando que esta é uma das explicações para o aumento da inadimplência no início do ano.
O que ocorre neste tipo de situação, segundo a psicóloga, é que as pessoas se relacionam com o dinheiro de forma distante. Mais uma peça que a contabilidade mental acaba pregando. Neste caso, a recomendação é não fazer suposições sobre o dinheiro que resta em conta, mas ter um controle próximo sobre a conta, checando os extratos sempre que preciso.
Saber como a mente se relaciona com o dinheiro, pode não ser a solução para todos os problemas, mas pode ajudar bastante na prevenção de alguns erros. “A contabilidade mental é o primeiro passo. Algumas pessoas leem sobre o fenômeno e às vezes cai a ficha e pensam ‘vou mudar’. Outras, na hora acham interessante, mas depois por terem os hábitos muito arraigados acabam fazendo o que estão acostumadas. De todo modo, é importante conhecer esse funcionamento e muitos outros erros sistemáticos que temos para nos prevenirmos”, conclui. [Por Priscila Yazbek - Exame]
Esse tipo de comportamento, que matematicamente não faz sentido, mas que de alguma forma encontra base dentro dos nossos pensamentos é uma anomalia estudada pela psicologia econômica e pela economia comportamental chamada “contabilidade mental”, ou em inglês, mental accounting. Essa anomalia, que é responsável por muitas de nossas distorções na relação com o dinheiro, foi explorada profundamente e mostrada em diversas situações na prática pela primeira vez por Thaler, economista americano que é referência mundial em economia comportamental.
Aqui no Brasil, uma das principais estudiosas sobre o fenômeno da contabilidade mental é Vera Rita de Mello Ferreira, professora de psicologia econômica da Fipecafi e autora de diversos livros de psicologia econômica, entre eles “A Cabeça do Investidor” e “Decisões Econômicas – você já parou para pensar?”.
Em entrevista à EXAME.com, ela explicou quais são as mais típicas distorções que fazemos em relação ao dinheiro e como a contabilidade mental nos atrapalha mais do que notamos. “A contabilidade mental é um jeito enviesado e deformado de lidar com o dinheiro, que não corresponde à realidade. É a contabilidade mental e não real. É o fato de a pessoa fechar na cabeça uma conta, que, se usasse uma calculadora ou o Excel, não fecharia”, explica.
Veja a seguir as explicações sobre algumas distorções da contabilidade mental e como você pode evitá-las para ter uma melhor relação com o dinheiro
Por que concordamos em pagar parceladamente o que não poderíamos pagar à vista?
Em uma de suas pesquisas, Richard Thaler submeteu os participantes às seguintes questões: Se você fosse ao cinema, e tivesse gastado 10 dólares pela entrada, mas ao chegar descobrisse que perdeu o ingresso, você pagaria 10 dólares novamente para ver o filme? E se você decidisse assistir um filme cuja entrada era de 10 dólares e assim que entrasse no cinema você descobrisse que havia perdido uma nota de 10 dólares, ainda assim você pagaria o tíquete?
Quando Thaler conduziu a pesquisa, ele descobriu que apenas 46% comprariam outro ingresso na primeira situação e 88% aceitariam pagar a entrada na segunda. Segundo Thaler, a explicação é que ir ao cinema é normalmente visto como uma transação, na qual o custo do tíquete é associado à experiência de ver o filme. Por isso, comprar uma segunda entrada torna a experiência muito cara, já que é como se um único ingresso saísse por 20 dólares. Mas, no segundo caso, a perda de dinheiro não é colocada na conta do filme, por isso não nos importamos em gastar mais 10 dólares.
Estas experiências contradizem o que é pregado pela economia tradicional, de que 1 real é sempre 1 real, ou seja, que o dinheiro é um bem fungível, que pode ser substituído por outro da mesma espécie, qualidade e quantidade. Segundo a contabilidade mental, na prática, as contas mentais nos levam a tratar o dinheiro de forma diferente. “A contabilidade mental fica muito distante do que a economia tradicional defende, de que as pessoas lidam com dinheiro pelo valor objetivo”, afirma Vera Rita.
Isto pode explicar por que ao se deparar com um objeto de alto valor monetário, o consumidor não aceita pagá-lo à vista, mas concorda em pagar o produto parcelado. “O sujeito pode estar com o orçamento apertado e pensar que 1.500 reais é um gasto muito alto, que não dá para pagar. Mas, se ele puder pagar em cinco prestações, é como se diminuísse o valor. E apesar de não diminuir, alivia a consciência, ele pensa “só cinco vezes de 300 reais”, mas é o mesmo gasto”, explica a professora.
Seria por esse motivo que muitas vezes gastamos um valor que, na verdade, não temos ou não podemos pagar. Segundo Vera Rita, essas compras por impulso ocorrem com muito mais facilidade se o comprador estiver com cartões de débito, crédito ou com cheque, do que se estivessem com cédulas de dinheiro. “Doeria mais ver o dinheiro vivo indo embora do que com outras formas de pagamento”, explica. Por isso, ela recomenda que, em uma situação de endividamento, o consumidor utilize apenas dinheiro vivo.
Por que preferimos pagar altos juros em empréstimos, do que mexer na poupança?
A separação do dinheiro em contas mentais remonta a uma outra típica situação, que é o fato de nos relacionarmos de uma maneira com o dinheiro em conta corrente e de outra forma com o dinheiro investido em aplicações. Muitos preferem, por exemplo, entrar no cheque especial ou no rotativo do cartão de crédito e pagar juros altíssimos do que resgatar parte do dinheiro investido na poupança.
Financeiramente, isso não traz vantagens, uma vez que o rendimento da poupança não supera 0,5% de rentabilidade ao mês, enquanto os juros dos empréstimos no cheque especial ou do rotativo do cartão podem ser de 10%. “As pessoas fazem isso porque têm uma percepção correta de que nunca mais vão repor o dinheiro investido se elas o resgatarem. É ruim do ponto de vista financeiro porque se paga juros no empréstimo, mas é uma espécie de defesa para garantir a conta de poupança”, explica Vera Rita.
Ela avalia que neste caso, não mexer na poupança pode ser a melhor opção. Principalmente se o objetivo da poupança for o pagamento da faculdade dos filhos, a compra de um imóvel e outras finalidades que terão grande importância no futuro. “Se o sujeito mexer na conta poupança, ele não sabe se vai conseguir voltar a repor o dinheiro. Por isso, se ele tem essa necessidade no futuro, é melhor não mexer porque isso vai dar segurança para ele não desistir do investimento”, explica.
Para não chegar a essa situação, de pagar mais juros em empréstimos do que o que se ganha em aplicações, é importante lembrar da máxima que “poupar é mais importante do que investir”. Isto é, antes de ter investimentos é importante ter uma vida financeira organizada, que permita ao investidor ter recursos suficientes para arcar com as despesas mensais e ainda investir recursos em suas aplicações regularmente.
Por que fazemos as contas em cima do salário bruto e não líquido?
Outra conta mental que prejudica o orçamento é considerar o valor do salário sem pensar nos descontos. “Muita gente nem sabe direito quanto ganha, não sabe dizer qual é o salário bruto ou líquido e não sabe direito em cima de qual valor fazer as contas”, afirma Vera Rita.
Ela explica que, se o orçamento ficar baseado no salário bruto, sem considerar os impostos, contribuições sindicais e outros valores descontados, sempre haverá um “buraco” nas contas. “Se os descontos que normalmente chegam a 30% do salário não são descontados no planejamento das contas, o salário não vai cobrir as despesas nunca, sempre vai ter um buraco de 30%”, avalia.
Por isso, é essencial que o planejamento do orçamento sempre considere todos os descontos e apenas a receita real.
Por que o décimo terceiro nos deixa endividados?
Um último e conveniente alerta sobre as consequências da contabildiade mental é sobre o décimo terceiro salário. “As pessoas recebem o décimo terceiro ou vão receber e já pensam primeiro em quitar dívidas, pensam no IPTU, no IPVA, depois no material escolar e depois só falta subir aos céus e virarem santas”, brinca a psicóloga. Segundo ela, apesar das boas intenções, o dinheiro extra do final do ano acaba levando muitos a se endividarem no começo do ano.
O erro consiste em sempre pensar no décimo terceiro como um valor bruto, sem se descontar todos os gastos para os quis ele está sendo destinado. “Normalmente as pessoas pensam: eu tenho 5.000 reais, então eu posso trocar de celular, posso fazer essa viagem, posso comprar os presentes de Natal. E elas não somam os gastos, sempre acham que os 5.000 reais continuam lá, sem se dar conta de que o dinheiro está diminuindo. Quando chega no final fevereiro e março, elas não conseguem pagar o IPTU, o IPVA e fizeram mais dívidas ainda”, explica Vera Rita, acrescentando que esta é uma das explicações para o aumento da inadimplência no início do ano.
O que ocorre neste tipo de situação, segundo a psicóloga, é que as pessoas se relacionam com o dinheiro de forma distante. Mais uma peça que a contabilidade mental acaba pregando. Neste caso, a recomendação é não fazer suposições sobre o dinheiro que resta em conta, mas ter um controle próximo sobre a conta, checando os extratos sempre que preciso.
Saber como a mente se relaciona com o dinheiro, pode não ser a solução para todos os problemas, mas pode ajudar bastante na prevenção de alguns erros. “A contabilidade mental é o primeiro passo. Algumas pessoas leem sobre o fenômeno e às vezes cai a ficha e pensam ‘vou mudar’. Outras, na hora acham interessante, mas depois por terem os hábitos muito arraigados acabam fazendo o que estão acostumadas. De todo modo, é importante conhecer esse funcionamento e muitos outros erros sistemáticos que temos para nos prevenirmos”, conclui. [Por Priscila Yazbek - Exame]