[ARTIGO] Manifesto pela Mulher Consciente

[DiomedesRJ]

* Eu honro seu espírito combativo e reconheço o quão essencial ele foi para que sobrevivêssemos enquanto espécie. Eu prometo parar de reclamar do quão violentos os homens são. Eu reconheço que eu estou onde estou hoje, por causa das batalhas que eles lutaram, enquanto eu só fiquei na lateral torcendo. Prometo lembrar que a chance da espécie humana prevalecer era de uma em um milhão. Não esquecerei que, há não tanto tempo atrás, a Humanidade lutava para sobreviver, e então, em um piscar de olhos da História, passamos desta condição miserável para sermos os mestres da Terra, andarmos na Lua, explorarmos planetas distantes, e penetrarmos no espaço interestelar. Não esquecerei também que devemos este progresso à luta e a competição – que é a Suprema Corte da Natureza, para a qual não há recurso nem apelação. Eu lembrarei sempre que através dos milênios, homens fortes afastaram os fracos para que eu, protegida dos genes dos excluídos, pudesse ser forte. Tal é a função reprodutiva do macho , e eu prometo solenemente respeitar até onde ela nos levou.

* Eu aprecio a grandeza de tudo que foi criado pelo homem. Eu prometo que, na próxima vez em que eu me notar no topo de um arranha-céu, ou cruzando uma grande ponte, prestar atenção em sua majestade e apreciar os homens que as tiraram da imaginação e a colocaram na realidade. Eu prometo que, quando eu estiver em frente ao meu computador para atacar as pessoas que redigiram este Manifesto, ao invés de argumentar contra suas idéias, que eu tomarei um minuto, um minuto apenas, para apreciar o milagre que esta máquina é, e honrar os gigantes que conceberam a ciência por trás dela. Prometo lembrar que a Natureza, para ser controlada, deve ser obedecida. Eu honro os homens por terem o intelecto e a vontade de domar dolorosamente as Leis da Natureza, tão misteriosas e tão profundas, e as trazer para nosso consciente, para que eu possa apreciar estas coisas maravilhosas.

* Eu honro vocês por darem direitos sobre a reprodução. Peço desculpas por exigir aos homens que se responsabilizem por aquilo que eu nunca controlei. Peço perdão por tirar qualquer direito de reprodução dos homens e exigir que eles sejam excluídos de uma das fundações de todos os sistemas legais do mundo – que ninguém pode ser responsabilizado por aquilo que não pode controlar. Peço humilde perdão por dizer aos homens que eles não tem direito de me dizer o que fazer com meu corpo, e então, força-los a dezoito anos de servidão como resultado de eu mesma ter escolhido fazer sexo inseguro, e eu mesma ter escolhido ter um filho.

* Eu honro vocës pela sua integridade e seu inabalável senso de responsabilidade. Mesmo que eu não goste de admitir, eu vejo o quanto minhas irmãs e eu exigimos direitos enquanto evitamos responsabilidades por tudo que envolve a civilização. Eu reconheço que nunca na história da Humanidade, houve uma casta tão seleta e privilegiada quanto a Mulher Moderna Ocidental. Eu peço perdão por exigir que eu tenha uma “experiência militar”, enquanto eu protesto pelas leis que me forçam ao mesmo rigor e exigência que os homens sofrem. Eu reconheço que direitos devem ser calibrados por responsabilidades que as mulheres, através da História, nunca tiveram negado nada do qual não fossem responsáveis; tivemos nosso direito a voto negado porque nunca tinham exigido dever cívico nenhum de nós.

* Eu honro vocês por criarem um sistema legal que faz do mundo um lugar seguro. Eu peço desculpas por fomentar e explorar uma presunção de culpa alarmante contra os homens, no sistema criminal.

* Eu honro vocês pelo seu comprometimento e pelo seu respeito pelo Meio Ambiente. Eu peço sonoras desculpas por acusar o homem por destruir o mundo. Como resultado do engenho masculino, vivemos hoje num mundo mais seguro e estável que nunca, e sei que o planeta não está em perigo, mas sim, em sofrimento.

* Eu honro seu comprometimento com a instituição do casamento, mesmo quando ela só significa sacrifício masculino. Eu peço desculpas por corroer esta fundação chave da civilização. Peço perdão por ouvir todas aquelas feministas lésbicas asquerosas, anos atrás, que me disseram que uma mulher precisa de um homem tanto quanto um peixe precisa de uma bicicleta, e que uma mulher poderia ter a liberdade sexual de um homem sem sofrer nenhuma consequência. Peço mil desculpas por forçar leis de divórcio sem penalidade nenhuma para nós, e usar estas leis para criar divórcios que são verdadeiros roubos. Peço perdão por reclamar que os homens não querem mais compromisso, quando eu tornei o compromisso prejuízo certo e venenoso a eles. Eu juro que não reclamarei quando eu ficar velha, e dolorosamente solitária com meus gatos, assistindo “Comer, Rezar, Amar”.

* Eu prometo que quando eu ver homens no topo da sociedade , eu também olharei para baixo, e verei os que estão no fundo. Prometo me lembrar que os homens que eu vejo no topo estão lá não por favorecimento imerecido, mas porque eles são os mais brilhantes, mais ambiciosos e os mais empreendedores do gênero humano, e que os que estão no fundo, os desempregados, os sem-teto, os aprisionados, e os desesperançados, estão lá porque o homem, e apenas o homem, se permite decair.

* Prometo me lembrar que ninguém pode subir a grandes alturas sem afundar, ocasionalmente, em grandes abismos. Prometo lembrar que os Hitlers e Stalins que os homens criaram só servem para demonstrar a grandeza que mesmo os maus homens podem criar. Prometo ler os trabalhos dos grandes escritores e ouvir a música dos grandes compositores para me lembrar sempre disto.

* Prometo não confundir honrar mulheres com denegrir homens. Prometo não pensar menos de mim mesma por reconhecer o valor de um homem; todos nós temos dons e ninguém merece devoção preferencial.