18-01-2020, 08:01 PM
Degustamos cervejas que seguem à risca a lei de pureza alemã
A Reinheitsgebot, lei que define regras para a produção de cervejas na Alemanha, completa 500 anos. E, ao contrário do que se pensa, ela não limita os cervejeiros (foto: reprodução/ Shutterstock)
por Pedro Marques*
Quinhentos anos atrás foi decretada na região da Baviera (hoje parte da Alemanha) a controversa Reinheitsgebot, mais conhecida como a lei da pureza da cerveja: apenas água, malte e lúpulo eram permitidos para elaborar as fermentadas. A levedura, que só foi descoberta no século 19, passou a ser aceita em versões mais recentes da lei, assim como maltes de outros cereais, além de açúcares e alguns corantes.
Para muitos críticos, o problema da lei é que ela limitou a criatividade dos cervejeiros alemães – versões com frutas, por exemplo, praticamente não aparecem nas garrafinhas feitas no país europeu, assim como ingredientes mais inusitados. Não é à toa que as cervejas dos estilos Pilsen e Weiss são as mais populares por lá. Mas há um lado positivo: a experiência centenária com poucos estilos fez com que a Alemanha atingisse um alto nível de qualidade na produção cervejeira. “São cervejas feitas com técnica muito apurada e raramente apresentam defeito”, afirma René Aduan Jr., professor da Academia Barbante de Cerveja, em São Paulo.
Outro ponto é que, mesmo com limitações, os alemães encontraram jeitinhos para variar a bebida e produzem vários estilos, como as Rauchbier, mais defumadas, as Berliner Weisse, mais ácidas, e as escuras Dunkel e Doppelbocks, feitas com maltes torrados. E vale conferir essa variedade, tanto nas próximas páginas quanto no copo, já que as cervejas germânicas chegam por preços bem razoáveis, com bom custo-benefício.
* Reportagem publicada na edição 206
https://www.revistamenu.com.br/2016/08/1...eza-alema/
A Reinheitsgebot, lei que define regras para a produção de cervejas na Alemanha, completa 500 anos. E, ao contrário do que se pensa, ela não limita os cervejeiros (foto: reprodução/ Shutterstock)
por Pedro Marques*
Quinhentos anos atrás foi decretada na região da Baviera (hoje parte da Alemanha) a controversa Reinheitsgebot, mais conhecida como a lei da pureza da cerveja: apenas água, malte e lúpulo eram permitidos para elaborar as fermentadas. A levedura, que só foi descoberta no século 19, passou a ser aceita em versões mais recentes da lei, assim como maltes de outros cereais, além de açúcares e alguns corantes.
Para muitos críticos, o problema da lei é que ela limitou a criatividade dos cervejeiros alemães – versões com frutas, por exemplo, praticamente não aparecem nas garrafinhas feitas no país europeu, assim como ingredientes mais inusitados. Não é à toa que as cervejas dos estilos Pilsen e Weiss são as mais populares por lá. Mas há um lado positivo: a experiência centenária com poucos estilos fez com que a Alemanha atingisse um alto nível de qualidade na produção cervejeira. “São cervejas feitas com técnica muito apurada e raramente apresentam defeito”, afirma René Aduan Jr., professor da Academia Barbante de Cerveja, em São Paulo.
Outro ponto é que, mesmo com limitações, os alemães encontraram jeitinhos para variar a bebida e produzem vários estilos, como as Rauchbier, mais defumadas, as Berliner Weisse, mais ácidas, e as escuras Dunkel e Doppelbocks, feitas com maltes torrados. E vale conferir essa variedade, tanto nas próximas páginas quanto no copo, já que as cervejas germânicas chegam por preços bem razoáveis, com bom custo-benefício.
ENTENDA OS PONTOS
4,5 a 5 [ícone]
4 a 4,4 [excelente]
3 a 3,9 [de ótima qualidade]
2 ou 2,9 [boa cerveja]
1 ou 1,9 [cerveja com defeito ou mal acondicionada]
4 a 4,4 [excelente]
3 a 3,9 [de ótima qualidade]
2 ou 2,9 [boa cerveja]
1 ou 1,9 [cerveja com defeito ou mal acondicionada]
QUEM DEGUSTA
Julia Reis
Evandro Aguiar,Marcos Gonçalves, Pedro Marques e René Aduan Jr.Local da prova
Todos as cervejas são compradas pela Menu e os preços indicados são os praticados em São Paulo
https://www.revistamenu.com.br/2016/08/1...eza-alema/