26-07-2018, 04:01 PM
Entendo bem os confrades, passei por isso no meu último trabalho.
Tinha meu chefe(o qual tinha pouco contato, mas era a quem reportava meu trabalho em última instância) e trabalhava diretamente com uma mulher, subordinada do meu chefe, mas superior a mim, que mediava e me "ajudava" no dia a dia. O perfil da mesma é o típico de mulher que tem um ego inflado ao nível máximo, viciada em academia, morena, 40 e poucos anos mas em visível decadência, porém vindo de uma juventude toda de atenção demasiada por onde passava. Era exímia mestre na articulação dos jogos sociais e de manipulação, talvez a melhor que eu já presenciei em ação(convivia diariamente com ela, via de camarote tudo que se passava), parecia a personificação de 48 Leis do Poder e O princípe de Maquiavel, um ''talento" natural para o manejo social das aparências. Como na hierarquia do ambiente eu era inferior, necessitava constantemente agradar a suas preferências, que deveriam gravitar na esfera dos elogios diretos e indiretos, subserviência detalhista, postura desejada (gostava que mantivesse um perfil falastrão e que ouvisse atentamente a suas histórias, deveria ser extrovertido ao máximo, porém ao mesmo tempo focado e cumprindo o trabalho com diligência e destreza, sem que a mesma tivesse que intervir no processo para ajudar), etc
Ao pedir por ajuda, necessitava ter todos os detalhes do processo na ponta da língua, ao ponto em que sempre com má vontade dava sua opinião superficial sobre o trabalho, ao passo em que eu sempre deveria ou procurar ajuda com outros companheiros de trabalho ou ser autodidata e aprender sozinho. Ou seja, odiava ser solicitada quando o assunto fosse dúvida jurídica, e quando atendia, sempre procurava mostrar de forma grosseira que eu era ignorante ou não havia conhecimento o suficiente.
Quanto ao chefe superior, nunca reclamou de mim, se errasse pedia educadamente para consertar.
As histórias de assédio moral são infinitas. Ela fazia fofoca e falava de quem "não era de seu grupo", inclusive tendo inimigos ali no ambiente, mas tudo zelado, a mesma era mestre das aparências, na sua frente jamais demonstrava diretamente um ataque, mas sabia muito bem mandar indiretas bem elaboradas ao ponto de não poder ser denunciada, pois negaria que houvesse conotação negativa na indireta. Meus amigos, como não tinha como "peitá-la", a única saída era entrar em seu jogo de hipocrisia e petulância. Tomei essa decisão após não ter aderido a uma simples campanha de caridade que a mesma promoveu, pelo fato de não ter tido dinheiro na semana para contribuir e por estar envolvido com outros projetos e ter esquecido. Começaram as represálias e os ataques indiretos. Tive que ceder, aderi posteriormente a caridade e comecei a adotar a postura que a mesma desejava, mesmo que isso não tivesse nada a ver com o trabalho em si. (OBS: A mesma utilizava da caridade como autopromoção, e era tratada como rainha pelos funcionários de limpeza e segurança, já que a caridade envolvia os mesmos)
Tive que apelar para a lado pessoal e "me rendi" a ela, mantendo uma relação de amizade forçada. Era isso ou ser atacado diariamente e sofrer terror psicológico. Após me adequar ao seu código de postura social, recebia alguns benefícios(não-financeiros) no trabalho, de modo que sua discricionariedade foi utilizado ao meu favor em algumas ocasiões. Se me sentia bem com aquilo tudo? Não. Mas sabia que o emprego era passageiro e que logo aquilo tudo ia acabar, não comprei briga e acabou por ser a escolha mais inteligente.
Alguns meses depois, precisei me afastar por um período curto em razão da faculdade, "benefício" que era previsto contratualmente e por lei. Fui recebido com olhares tortos e uma quase-negativa(a mesma não tinha poderes pra negar tal pedido), e fui orientado por ela a pedir diretamente ao chefe superior, mas com a clara mensagem de que isso iria contra os interesses dela. Bom, eu necessitava do período e não podia abrir mão, tive que contraria-la e meu chefe superior aceitou meu pedido. Após isso, esse pequeno "atrito", após apenas ir contra o interesse dela e contraria-la minimamente, os jogos começaram novamente. Fofocas, comentários em tom de cochicho ao meu lado diariamente e uma frieza no trato começaram. Por sorte minha, já estava no fim do meu contrato e não teve tempo hábil para um terror de maior amplitude.
Isso foi 1% do que ocorreu. Graças a Deus estava muito bem equilibrado emocionalmente, tive frieza e calculismo absurdos para reverter as situações e saí ileso do ocorrido (até mais forte e experiente, de certo modo), tinha experiência prévia e soube lidar com a pressão. Cresci absurdamente nesse período, mas poderia fazer estragos terríveis se fosse outra pessoa menos preparada.
OBS: Eu era estagiário de direito em um órgão público estadual. Estágio em órgão público, pasmem, ainda pode ser alvo de ataques ferozes e terror psicológico.
Tinha meu chefe(o qual tinha pouco contato, mas era a quem reportava meu trabalho em última instância) e trabalhava diretamente com uma mulher, subordinada do meu chefe, mas superior a mim, que mediava e me "ajudava" no dia a dia. O perfil da mesma é o típico de mulher que tem um ego inflado ao nível máximo, viciada em academia, morena, 40 e poucos anos mas em visível decadência, porém vindo de uma juventude toda de atenção demasiada por onde passava. Era exímia mestre na articulação dos jogos sociais e de manipulação, talvez a melhor que eu já presenciei em ação(convivia diariamente com ela, via de camarote tudo que se passava), parecia a personificação de 48 Leis do Poder e O princípe de Maquiavel, um ''talento" natural para o manejo social das aparências. Como na hierarquia do ambiente eu era inferior, necessitava constantemente agradar a suas preferências, que deveriam gravitar na esfera dos elogios diretos e indiretos, subserviência detalhista, postura desejada (gostava que mantivesse um perfil falastrão e que ouvisse atentamente a suas histórias, deveria ser extrovertido ao máximo, porém ao mesmo tempo focado e cumprindo o trabalho com diligência e destreza, sem que a mesma tivesse que intervir no processo para ajudar), etc
Ao pedir por ajuda, necessitava ter todos os detalhes do processo na ponta da língua, ao ponto em que sempre com má vontade dava sua opinião superficial sobre o trabalho, ao passo em que eu sempre deveria ou procurar ajuda com outros companheiros de trabalho ou ser autodidata e aprender sozinho. Ou seja, odiava ser solicitada quando o assunto fosse dúvida jurídica, e quando atendia, sempre procurava mostrar de forma grosseira que eu era ignorante ou não havia conhecimento o suficiente.
Quanto ao chefe superior, nunca reclamou de mim, se errasse pedia educadamente para consertar.
As histórias de assédio moral são infinitas. Ela fazia fofoca e falava de quem "não era de seu grupo", inclusive tendo inimigos ali no ambiente, mas tudo zelado, a mesma era mestre das aparências, na sua frente jamais demonstrava diretamente um ataque, mas sabia muito bem mandar indiretas bem elaboradas ao ponto de não poder ser denunciada, pois negaria que houvesse conotação negativa na indireta. Meus amigos, como não tinha como "peitá-la", a única saída era entrar em seu jogo de hipocrisia e petulância. Tomei essa decisão após não ter aderido a uma simples campanha de caridade que a mesma promoveu, pelo fato de não ter tido dinheiro na semana para contribuir e por estar envolvido com outros projetos e ter esquecido. Começaram as represálias e os ataques indiretos. Tive que ceder, aderi posteriormente a caridade e comecei a adotar a postura que a mesma desejava, mesmo que isso não tivesse nada a ver com o trabalho em si. (OBS: A mesma utilizava da caridade como autopromoção, e era tratada como rainha pelos funcionários de limpeza e segurança, já que a caridade envolvia os mesmos)
Tive que apelar para a lado pessoal e "me rendi" a ela, mantendo uma relação de amizade forçada. Era isso ou ser atacado diariamente e sofrer terror psicológico. Após me adequar ao seu código de postura social, recebia alguns benefícios(não-financeiros) no trabalho, de modo que sua discricionariedade foi utilizado ao meu favor em algumas ocasiões. Se me sentia bem com aquilo tudo? Não. Mas sabia que o emprego era passageiro e que logo aquilo tudo ia acabar, não comprei briga e acabou por ser a escolha mais inteligente.
Alguns meses depois, precisei me afastar por um período curto em razão da faculdade, "benefício" que era previsto contratualmente e por lei. Fui recebido com olhares tortos e uma quase-negativa(a mesma não tinha poderes pra negar tal pedido), e fui orientado por ela a pedir diretamente ao chefe superior, mas com a clara mensagem de que isso iria contra os interesses dela. Bom, eu necessitava do período e não podia abrir mão, tive que contraria-la e meu chefe superior aceitou meu pedido. Após isso, esse pequeno "atrito", após apenas ir contra o interesse dela e contraria-la minimamente, os jogos começaram novamente. Fofocas, comentários em tom de cochicho ao meu lado diariamente e uma frieza no trato começaram. Por sorte minha, já estava no fim do meu contrato e não teve tempo hábil para um terror de maior amplitude.
Isso foi 1% do que ocorreu. Graças a Deus estava muito bem equilibrado emocionalmente, tive frieza e calculismo absurdos para reverter as situações e saí ileso do ocorrido (até mais forte e experiente, de certo modo), tinha experiência prévia e soube lidar com a pressão. Cresci absurdamente nesse período, mas poderia fazer estragos terríveis se fosse outra pessoa menos preparada.
OBS: Eu era estagiário de direito em um órgão público estadual. Estágio em órgão público, pasmem, ainda pode ser alvo de ataques ferozes e terror psicológico.