01-06-2018, 03:07 PM
Meu post sobre o tema no LR
1 - O brasileiro pensa que vai resolver os seus problemas de forma INDOLOR, ele é da crença que ainda é possível reverter o estado atual das coisas apenas com abaixo assinados, mostrando suas indignações em redes sociais ou o que é pior e até contraditório, o brasileiro não acredita nas suas instituições mas querem que representantes das instituições da teia de poder do Estado sejam os agentes de mudança ... ISTO NUNCA VAI ACONTECER.
2 - Os caminhoneiros são uma classe sem o menor poder de algutinação, falo por experiência própria que o caminhoneiro é muito desunido, alguns se comportam como verdadeiros kamikazes das estradas desrespeitando os outros motoristas e próprios colegas na estrada, ocorre todavia, que um sentimento de cada um vai se transformando em uma panela de pressão que em certa hora explode;
3 - Esse tipo de liderança difusa que começa com um movimento forra do ESTABILSHMENT SINDICAL, pegou o governo de surpresa, quando o movimento estourou e os Sindicatos tentaram de pegar o protagonismo da coisa foram rechaçados dos bloqueios, os próprios donos de transportadoras não se opuseram a paralisação;
4 - Teve um colega que postou uma frase interessante no foicebook, (não sei se a frase é de autoria dele) que dizia: O caminhoneiro não é de esquerda pois não tem tempo para assistir televisão, isto é correto, pois o caminhoneiro vive a vida real sem rodeios, ele não é o alunxs tetinha de humanas que fica objetando sobre coisas que sequer conhece;
5 - Quando eles viram que a reboque da paralisação os caminhoneiros começaram a pedir intervenção militar, abaixo a classe política, corte de impostos, ou seja "pautas mais abrangentes" no lugar de "pautas comuns" como: preço do Diesel, vaalor mínimo para fretes (uma bosta, isso), etc.
6 - Não sei se os Senhores repararam: A mídia sempre evidenciou que os bloqueios eram violentos, que havia coerção violenta para que eles parassem de trabalhar, mostrou galinhas e porquinhos mortos para sensibilizar a população, inventava que nos bloqueios as cargas de perecíveis, oxigênio para hospitais e cargas vivas eram impedidas de passar nos bloqueios (o que as redes sociais desmentiram) ... O objetivo da mídia era ao meu ver mostrar que a greve tinha uma pauta política criada pela turma da direita, como os apioadores de Bolsonaro, intervencionistas, etc.
7 - O suposto acordo para o fim da greve na semana passada foi algo patético, pois o governo fez um acordo de fachada com entidades e sindicatos de caminhoneiros cujos líderes nunca dirigiram um caminhão na vida, claro que o acordo foi sem legitimidade alguma.
8 - O governo no último fim de semana endureceu o discurso e atribuiu a paralisação a uma pauta política de radicais (da turma da intervenção) e autorizou uso de forcas federais para restabelecimento do combustível nos postos de gasolina e ameaçou usar de força para debelar os bloqueios nas estradas.
9 - O pior pesadelo para um governo é não ter ao seu lado suas habituais redes de negociações e coerções para manter essa democracia fajuta de pé, ainda que você concorde ou discorde da greve, ela mostra que só uma desobediência civil massiva (vou escrever sobre)pode desalojar e quebrar as estruturas do poder no Brasil.
Como disse um colega no mesmo foicebook:
Sexta passada eu falei que os sindicatos não tinham o controle da greve e que essa manifestação dos caminhoneiros tinha mais semelhanças com as manifestações de 2013 do que com as de 2015 - embora todas façam parte de um mesmo estado de coisas e concorram para o agravamento da revolta e da cisão do povo com o estamento burocrático.
Alguns dias depois, é possível afirmar que aquelas impressões iniciais estavam mesmo corretas e que os caminhoneiros autônomos não respeitam e nem reconhecem os sindicatos. Ainda é possível afirmar que as pautas, embora díspares, convergiram numa mesma direção: redução de impostos, diminuição da ingerência do estado na vida dos cidadãos comuns e rejeição completa aos membros do estamento burocrático (políticos, sindicatos, associações governamentais, etc.).
1 - O brasileiro pensa que vai resolver os seus problemas de forma INDOLOR, ele é da crença que ainda é possível reverter o estado atual das coisas apenas com abaixo assinados, mostrando suas indignações em redes sociais ou o que é pior e até contraditório, o brasileiro não acredita nas suas instituições mas querem que representantes das instituições da teia de poder do Estado sejam os agentes de mudança ... ISTO NUNCA VAI ACONTECER.
2 - Os caminhoneiros são uma classe sem o menor poder de algutinação, falo por experiência própria que o caminhoneiro é muito desunido, alguns se comportam como verdadeiros kamikazes das estradas desrespeitando os outros motoristas e próprios colegas na estrada, ocorre todavia, que um sentimento de cada um vai se transformando em uma panela de pressão que em certa hora explode;
3 - Esse tipo de liderança difusa que começa com um movimento forra do ESTABILSHMENT SINDICAL, pegou o governo de surpresa, quando o movimento estourou e os Sindicatos tentaram de pegar o protagonismo da coisa foram rechaçados dos bloqueios, os próprios donos de transportadoras não se opuseram a paralisação;
4 - Teve um colega que postou uma frase interessante no foicebook, (não sei se a frase é de autoria dele) que dizia: O caminhoneiro não é de esquerda pois não tem tempo para assistir televisão, isto é correto, pois o caminhoneiro vive a vida real sem rodeios, ele não é o alunxs tetinha de humanas que fica objetando sobre coisas que sequer conhece;
5 - Quando eles viram que a reboque da paralisação os caminhoneiros começaram a pedir intervenção militar, abaixo a classe política, corte de impostos, ou seja "pautas mais abrangentes" no lugar de "pautas comuns" como: preço do Diesel, vaalor mínimo para fretes (uma bosta, isso), etc.
6 - Não sei se os Senhores repararam: A mídia sempre evidenciou que os bloqueios eram violentos, que havia coerção violenta para que eles parassem de trabalhar, mostrou galinhas e porquinhos mortos para sensibilizar a população, inventava que nos bloqueios as cargas de perecíveis, oxigênio para hospitais e cargas vivas eram impedidas de passar nos bloqueios (o que as redes sociais desmentiram) ... O objetivo da mídia era ao meu ver mostrar que a greve tinha uma pauta política criada pela turma da direita, como os apioadores de Bolsonaro, intervencionistas, etc.
7 - O suposto acordo para o fim da greve na semana passada foi algo patético, pois o governo fez um acordo de fachada com entidades e sindicatos de caminhoneiros cujos líderes nunca dirigiram um caminhão na vida, claro que o acordo foi sem legitimidade alguma.
8 - O governo no último fim de semana endureceu o discurso e atribuiu a paralisação a uma pauta política de radicais (da turma da intervenção) e autorizou uso de forcas federais para restabelecimento do combustível nos postos de gasolina e ameaçou usar de força para debelar os bloqueios nas estradas.
9 - O pior pesadelo para um governo é não ter ao seu lado suas habituais redes de negociações e coerções para manter essa democracia fajuta de pé, ainda que você concorde ou discorde da greve, ela mostra que só uma desobediência civil massiva (vou escrever sobre)pode desalojar e quebrar as estruturas do poder no Brasil.
Como disse um colega no mesmo foicebook:
Sexta passada eu falei que os sindicatos não tinham o controle da greve e que essa manifestação dos caminhoneiros tinha mais semelhanças com as manifestações de 2013 do que com as de 2015 - embora todas façam parte de um mesmo estado de coisas e concorram para o agravamento da revolta e da cisão do povo com o estamento burocrático.
Alguns dias depois, é possível afirmar que aquelas impressões iniciais estavam mesmo corretas e que os caminhoneiros autônomos não respeitam e nem reconhecem os sindicatos. Ainda é possível afirmar que as pautas, embora díspares, convergiram numa mesma direção: redução de impostos, diminuição da ingerência do estado na vida dos cidadãos comuns e rejeição completa aos membros do estamento burocrático (políticos, sindicatos, associações governamentais, etc.).