[DESENVOLVIMENTO] A Síndrome de Dependência Afetiva Negativa

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Pessoal, depois de muito tempo, estou aqui criando mais um tópico de desenvolvimento, explicando sobre a Síndrome da Dependência Afetiva Negativa, que ocorre na infância, onde incorporamos os padrões negativos dos nossos pais e também enfatizo a importância de se passar por um processo de coaching em nivel de Identidade.


O Padrão Negativo é a adoção dos comportamentos negativos, atitudes, traços e repreensões dos nossos pais. Como a grande maioria de nós não recebeu amor incondicional na infância e nossos pais eram nossos modelos mais próximos de como deveríamos agir e sentir, passamos a adotar o padrão negativo deles na esperança de que eles nos amem, caso sejamos exatamente como eles.


Algumas vezes, utilizamos estes traços para machucá-los e puni-los. Caso não isolemos estas características, nossos filhos também sofrerão, pois transmitiremos o mesmo padrão para eles.


Não importa o quanto você se tornou parecido com seus pais ou quão incansavelmente lute para se rebelar, a sua Criança Emocional necessita e quer ser amada incondicionalmente. Portanto, enquanto você não se tornar consciente destes padrões, continuará procurando o amor que nunca recebeu e fazendo escolhas erradas.


O padrão da Dependência Afetiva Negativa promove três maneiras pelas quais um indivíduo reage:

Adoção: É quando o indivíduo adquire os traços dos seus pais. Se um mesmo traço for Proveniente tanto do pai quanto da mãe, é duplamente devastador se rebelar contra ele.


Rebelião: É quando o indivíduo não gosta de um determinado traço negativo e de suas consequências, logo, reage e o reprime enfatizando um Comportamento oposto. Porém o indivíduo ainda não o eliminou, pois caso contrário não se rebelaria. Assim, vive em constante conflito interno.


Transcendência: Algumas vezes é possível transcender os traços negativos dos pais sem sentimento de conflito. No entanto, poucos traços são realmente transcendidos até que a Síndrome de Amor Negativo tenha sido desenraizada.

Alguns comportamentos podem ser notados na Dependência Afetiva Negativa, como:

Dificuldade em lidar com situações difíceis: A criança acreditou que não era capaz e com o passar dos anos, para anestesiar-se, pode vir a usar métodos, tais como, alcoolismo, drogas, violência familiar, criminalidade, compulsividade sexual, comer demais, silêncio, dentre outros.


Invalidação compulsiva: Significa desistir de si mesmo e fortalecer crenças negativas. A pessoa passa a acreditar realmente que não é digno de ser amado. “Pobre de mim”, “mártir” e “vítima”, são invalidações encontradas.


Vingança: O traço de um dos pais ou de ambos é adotado na tentativa de dizer “agora sou igual a você, você me ama?”.


Enganação: A pessoa passa a justificar o comportamento dos pais e os repete, pois se descobrir, realmente, que os pais estavam errados, confessará sua culpa ao adotar o mesmo padrão.


Negação: Prefere não encarar os padrões negativos dos pais, pois acredita que caso o faça, assumirá que também tem culpa quando os repete.

Quando a criança adota os comportamentos, as atitudes, as admoestações e os traços de personalidade negativos dos seus pais, ela se relaciona com os seus pais na limitação do Amor Negativo e a mente dela é programada de forma destrutiva.


Esta programação da mente é levada a vida toda, ou seja, a criança leva tudo o que foi adotado. Dificuldades que nós temos hoje podem ser consequências de padrões adquiridos na nossa infância. Por exemplo, se seu pai e sua mãe não demonstraram amor um pelo outro, então você terá dificuldade de manter relações amorosas.


É possível que passamos grande parte da nossa vida repetindo a programação negativa para evitar encarar a raiz do problema. Pode até ser que criamos uma mentira em torno da realidade para esconder o problema ou que nós nos anestesiamos através de alcoolismo, drogas, violência, criminalidade, impulsividade, silêncio ou outros comportamentos para evitar o confronto.


Um padrão adotado muito comum é da Invalidação compulsiva (auto-invalidação). A Invalidação compulsiva alimenta a desistir de si mesmo, culpando os outros para a sua auto-desistência de mudar. Frequentemente estas pessoas sentem pena de si mesmo e acreditem que são vítimas. A tragédia dos Padrões de Dependência Afetiva Negativa é que continuamos vivendo o programa de autodestruição quando esquecemos e bloqueamos a sua origem. E fazemos isto por acomodação, medo e por que é doloroso enfrentar.


Mas, é possível mudar. Nós não somos condenados por repetir sempre os mesmos padrões negativos adotados. Neste momento é importante enfatizar a palavra adotado. Não é genético! Ou seja, a programação que ocorreu na infância pode ser reprogramada ou desprogramada. Isto requer esforços nos níveis emocional, intelectual e espiritual.


O simples fato de ler sobre os Padrões de Dependência Afetiva Negativa ajuda, mas não basta. Para se libertar é preciso focar em si e olhar com honestidade para a sua vida. No inicio, pode parecer difícil e doloroso, mas as recompensas são a liberdade auto-aceitação, auto-perdão e amor por si mesmo.


Primeiramente é necessário identificar os padrões negativos dos seus pais e do seu ambiente familiar que você usa algumas vezes ou sempre. Você precisa analisar criteriosamente o seu ambiente:

Quais são os comportamentos, ações e reações dos seus pais e do seu ambiente familiar na sua infância?

Quais você apresenta ainda hoje?

Quais são as capacidades e habilidades que seus pais tinham?

Quais delas você tem hoje?

Quais foram as crenças e valores dos seus pais na sua infância e do seu ambiente familiar?

Quais você possui hoje?

Em seguida é preciso entender as consequênicas. Como estes padrões te limitam e prejudicam?

Quais influências os padrões negativos têm sobre você?

Quando a origem de comportamentos, crenças e valores limitantes é identificada, os prejuízos e limitações são compreendidos e é visualizado, quais benefícios as mudanças trarão para a sua vida, você precisa se abrir e ter atitude.


É necessário ter compaixão e compreensão, sem julgar os seus pais. Entender que os seus pais também foram crianças e tiveram infância. Talvez eles passaram pelo mesmo processo e talvez não tinham este conhecimento. É necessário perdoar, aceitar e amar incondicionalmente.


Como eu sou Coach, vou enfatizar a minha profissão dizendo do beneficio do processo de Coaching no nível de identidade do indivíduo. O Coaching apoia a caminhada do participante na reprogramação de tudo aquilo que foi adotado na infância, que atrapalha na sua vida e na sua evolução. Através dele, o participante explora profundos estados emocionais e espirituais, para alcançar um novo estado de consciência sobre seus comportamentos negativos, crenças limitantes, as suas origens, como elas atrapalham e o que pode ser feito para corrigi-los.


Ele promove a possibilidade de uma compreensão superior e proporciona a interação de quatro aspectos só seu: Corpo Físico, Intelecto, Emoção e Essência ou Ser Espiritual.


No Coaching no nível de identidade, o estado desejado é estar profundamente conectado com nós mesmos e vivermos conscientes, presentes e plenamente. O nosso objetivo mais profundo no nível de identidade é responder, continuamente, a pergunta “Quem sou eu?”


Nós respondemos essa pergunta, em qualquer momento, pelo modo como reagimos na vida. Quando estamos centrados, presentes no nosso corpo e conectados com nós mesmos e com o mundo a nossa volta, nós ficamos naturalmente em contato com o significado e o propósito da nossa vida.


Um resultado importante do coaching no nível de identidade é capacitar a pessoa a expandir e aprofundar a sua compreensão de quem ela é, a reagir às oportunidades e aos desafios apresentados pela vida – mesmo durante as horas de crises e de desafios.

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Fonte: http://verticeconsultores.com.br/blog/o-...dentidade/
Texto por Bianca Cassettari

De nada.