22-06-2014, 03:04 AM
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 22-06-2014, 03:05 AM por Dumont.)
Desculpa n. 2: “Um dia eu vou ganhar mais”
Essa era a desculpa na qual eu mais acreditava. Afinal de contas, eu sempre achei que em um certo ponto eu iria começar a ganhar mais de $23.000 por ano. E realmente, eu comecei a ganhar mais de $23.000 por ano, mas demorou pra cair a ficha e perceber que a hora de poupar é agora, não importa o quanto você ganha ou talvez vá ganhar no futuro.
O que eu fiz para deixar de usar essa desculpa
Eu queria aproveitar o agora. Pela primeira vez na vida, eu estava ganhando mais que $10/hora, e eu queria aproveitar essa situação. E então eu percebi que é possível aproveitar o momento e ainda poupar para o futuro. Poupança automática foi uma coisa que me ajudou bastante, bem como um orçamento bem planejado, mas o que mais teve impacto foi a idade. Quando eu comecei a sentir que eu estava “chegando no futuro”, comecei a tratar minhas finanças com mais seriedade. Acho que isso faz parte do envelhecimento.
Eu queria que fosse mais fácil de explicar para os mais jovens por que é importante começar a poupar agora e desenvolver bons habitos financeiros agora, embora eu já saiba que as pessoas que realmente iriam ouvir meu conselho já sabem disso. Saber que “o futuro é agora” também me ajudou em outras situações financeiras, como por exemplo, escolher uma modalidade de previdência privada: você tem que saber que é o seu futuro que está em jogo.
Desculpa n. 3: “Eu não ligo pra dinheiro”
Pra uma pessoa que “não ligava pra dinheiro”, posso dizer que eu gastava até bastante. A primeira vez que eu dei essa desculpa foi na época do meu crédito de estudante. Eu dizia que não me preocupava em ficar pagando uma dívida durante anos, afinal eu não ligava pra dinheiro. “Eu não sou materialista”, disse a mim mesma. Obviamente, agora que eu sou adulta, eu sei perfeitamente que isso é apenas uma justificativa para a preguiça financeira. Não é questão de materialismo, é questão de independência.
Mais tarde, usei essa mesma desculpa porque estava com medo de pedir um aumento, o que eu acho que é pior ainda. Eu ficava tentando me convencer que, ao pedir aumento no salário, eu estava sendo muito materialista, então dizia a mim mesma pra calar a boca e continuar trabalhando, enquanto aparentemente, alguém se aproveitava disso. Uma outra versão dessa desculpa que eu já ouvi foi “Eu sou um artista. Dinheiro não faz diferença.” Não vou me meter nesse assunto, mas esse cara aqui tem uma opinião bem interessante sobre como gerenciar suas finanças, independente de qual seja sua carreira.
O que eu fiz para deixar de usar essa desculpa
Eu queria viajar pra Europa. Esse foi um dos primeiros gastos em que eu precisei poupar dinheiro, e isso me fez cair a ficha que, sim, dinheiro me importa, ou pelo menos as coisas que eu posso adquirir com o dinheiro que eu tenho. As coisas de que eu mais gosto só podem ser adquiridas com dinheiro, então a melhor coisa a fazer foi parar de fingir que não estava nem aí pra isso. Eu percebi que se eu quisesse mesmo aproveitar as coisas que o mundo tem pra me oferecer, teria que arrumar dinheiro, até por que esse negócio de viajar “com uma mão na frente e outra atrás” (do original, “finding yourself” trips) não é pra qualquer um.
CONTINUA...
Essa era a desculpa na qual eu mais acreditava. Afinal de contas, eu sempre achei que em um certo ponto eu iria começar a ganhar mais de $23.000 por ano. E realmente, eu comecei a ganhar mais de $23.000 por ano, mas demorou pra cair a ficha e perceber que a hora de poupar é agora, não importa o quanto você ganha ou talvez vá ganhar no futuro.
O que eu fiz para deixar de usar essa desculpa
Eu queria aproveitar o agora. Pela primeira vez na vida, eu estava ganhando mais que $10/hora, e eu queria aproveitar essa situação. E então eu percebi que é possível aproveitar o momento e ainda poupar para o futuro. Poupança automática foi uma coisa que me ajudou bastante, bem como um orçamento bem planejado, mas o que mais teve impacto foi a idade. Quando eu comecei a sentir que eu estava “chegando no futuro”, comecei a tratar minhas finanças com mais seriedade. Acho que isso faz parte do envelhecimento.
Eu queria que fosse mais fácil de explicar para os mais jovens por que é importante começar a poupar agora e desenvolver bons habitos financeiros agora, embora eu já saiba que as pessoas que realmente iriam ouvir meu conselho já sabem disso. Saber que “o futuro é agora” também me ajudou em outras situações financeiras, como por exemplo, escolher uma modalidade de previdência privada: você tem que saber que é o seu futuro que está em jogo.
Desculpa n. 3: “Eu não ligo pra dinheiro”
Pra uma pessoa que “não ligava pra dinheiro”, posso dizer que eu gastava até bastante. A primeira vez que eu dei essa desculpa foi na época do meu crédito de estudante. Eu dizia que não me preocupava em ficar pagando uma dívida durante anos, afinal eu não ligava pra dinheiro. “Eu não sou materialista”, disse a mim mesma. Obviamente, agora que eu sou adulta, eu sei perfeitamente que isso é apenas uma justificativa para a preguiça financeira. Não é questão de materialismo, é questão de independência.
Mais tarde, usei essa mesma desculpa porque estava com medo de pedir um aumento, o que eu acho que é pior ainda. Eu ficava tentando me convencer que, ao pedir aumento no salário, eu estava sendo muito materialista, então dizia a mim mesma pra calar a boca e continuar trabalhando, enquanto aparentemente, alguém se aproveitava disso. Uma outra versão dessa desculpa que eu já ouvi foi “Eu sou um artista. Dinheiro não faz diferença.” Não vou me meter nesse assunto, mas esse cara aqui tem uma opinião bem interessante sobre como gerenciar suas finanças, independente de qual seja sua carreira.
O que eu fiz para deixar de usar essa desculpa
Eu queria viajar pra Europa. Esse foi um dos primeiros gastos em que eu precisei poupar dinheiro, e isso me fez cair a ficha que, sim, dinheiro me importa, ou pelo menos as coisas que eu posso adquirir com o dinheiro que eu tenho. As coisas de que eu mais gosto só podem ser adquiridas com dinheiro, então a melhor coisa a fazer foi parar de fingir que não estava nem aí pra isso. Eu percebi que se eu quisesse mesmo aproveitar as coisas que o mundo tem pra me oferecer, teria que arrumar dinheiro, até por que esse negócio de viajar “com uma mão na frente e outra atrás” (do original, “finding yourself” trips) não é pra qualquer um.
CONTINUA...
Citar:A thoroughly noble anything is an unlikely product of natural selection, because in the competition among genes for representation in the next generation, noble guys tend to finish last.Steven Pinker - The Blank Slate