14-06-2014, 10:02 PM
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 14-06-2014, 10:05 PM por Free Bird.)
(14-06-2014, 07:39 PM)Sirehorse Escreveu:(13-06-2014, 04:12 PM)Free Bird Escreveu:(13-06-2014, 03:57 PM)Gary Holt Escreveu: Mas Free bird, como trabalhar isto de forma que seja "espontânea" não deixando se "eu mesmo" de lado forçadamente?A minha resposta é que só é possível através de uma auto análise extremamente sincera.
Um exemplo meio idiota que dou: sou cara tímido e social, mas quero mudar isto, porém não quero pender para ir ao lado PUA e então qual seria o "meio termo".
Pergunto, como saber identificar uma fraqueza realmente, com um gosto como você mencionou?
Vou dar um exemplo que estou sofrendo que você pode se identificar talvez.
Eu sou anti-social PRA CARALHO. Se eu pudesse, moraria sozinho numa montanha sem ouvir uma palavra humana. Mas não posso, vivo em sociedade, tenho filha, tenho obrigações. O que eu faço?
Sem deixar de ser quem sou, eu me forcei a desenvolver meu lado social. Simplesmente comecei a sair, me obriguei a conversar com estranhos (no começo até perguntar o horário era difícil), fui em algumas festas também, etc. Me forcei a adquirir a habilidade, mas ela não mudou quem eu sou. Continuo anti-social por natureza, mas agora possuo a habilidade de me comunicar e relacionar de alguém sociável, mesmo sem ser.
Talvez eu nunca vá ser algum grande comunicador, mas tenho o nível de habilidade mínima necessária para assegurar meu sucesso em sociedade.
É uma espécie de personagem de "mim mesmo" que visto quando necessário: o free bird sociável.
Minha namorada sempre fala que eu sou o ser mais antipático que ela já conheceu, mas nas festas de familia e de amigos que vamos, ninguém jamais iria saber que sou antipático, devido ao personagem simpático e comunicativo que exibo para o público.
Você tem que analisar se é uma habilidade que fará diferença no seu sucesso. Se não fizer diferença, então é apenas questão de gosto. Se fizer, ai tem que desenvolver, criar um personagem ou usar outro método, mas tem que ter a habilidade.
Digamos que você adquiriu uma habilidade recorrente da necessidade.
"Uma mulher é incapaz de crer que um homem está fingindo quando
este simula olhar para seus decotes ou para suas pernas. Um indivíduo
arrogante não consegue desconfiar da autent ic idade do comportamento
daquele que simula ser submisso ou se envergonhar diante de seus ataques." (relações magnéticas - pag 19)
No caso da timidez acredito ser impossível "fingir" ser extrovertido, provavelmente o sujeito tímido iriá fracassar ao apresentar uma palestra.Precisa mudar o eu interior e não colocar uma "mascará".
Se analisar-mos o "eu" como sendo as paixões, desejos, sonhos e loucuras é nesses pontos que se pode encontrar o "limite" que você diz.Se mudar-mos esses quesitos muda-mos assim o limite.È ai então que o sujeito tímido deve buscar a mudança.
Citar:Eu acredito que quem se aceita como é, quem se define como isso ou aquilo, acaba se limitando.
Eu por exemplo, tenho nojo de mim mesmo. Sério. Eu sou uma versão tão lixo de mim mesmo quando comparado ao que eu posso e pretendo ser que fico com nojo do quão fraco/burro eu sou!
Porém, ao mesmo tempo, estou milhões de vezes melhor do que 5 anos atrás.
Devemos sempre estar sedentos por evolução, por nos melhorarmos. Nada de aceitar defeito nenhum. A ideia é superar todos.
Nesse caso eu diria que você tem uma tendência ao perfeccionismo devido ao "hipercriticismo".Percebe que você acaba seguindo "aquilo que você" no fim das contas? Mas concordo totalmente contigo, nada de ficar satisfeito com defeitos se pudemos neutraliza-los.
Quando eu digo pra fingir ser algo que não é, é apenas inicialmente. A longo prazo, a habilidade passa a fazer parte de você, então não é fingimento. Desa forma, difere de fingir ser algo que não é simplesmente, porque, com o tempo, a pessoa de fato se torna aquilo que inicialmente fingiu ser.
É uma questão complexa, mas tem a ver com ser uma pessoa completa.
Eu nasci anti-social. Por necessidade, exercitei meu lado social, emulando um comportamento social a princípio (que era notável pelas mulheres), até que com o passar do tempo, tomei para mim essa característica e me tornei sociável. A partir do momento que eu absorvi a habilidade e parei de emular, ela não é mais perceptível como fingimento perante as mulheres, e sim como uma característica/habilidade nata, mesmo sem ser!
Mas ai que entra a grande jogada: eu me tornei sociável sem deixar de ser anti-social!
É algo que inicialmente parece um paradoxo, mas se analisar bem, é possível. Da mesma forma que existem ambidestros (que tem preferencia pela direita ou pela esquerda as vezes, embora consiga usar perfeitamente bem as duas), é possível existir um anti social capaz de ser sociável. Obter as duas características é formar um indivíduo mais completo. Dessa forma a pessoa não perde nada de si originalmente e adquire outra característica, se tornando mais completo.
Mas, obviamente, existem características que devem ser perdidas, pois são defeitos e fraquezas, como já falei. É um assunto bem complicado que mereceria até um tópico à parte.
Eu sou extremamente crítico de mim mesmo porque acredito no meu potencial. Se eu não me pressionar fortemente a evoluir, tenho medo de morrer atingindo apenas uma parcela do meu potencial total como homem e como ser humano.
Mas é como falei acima, eu não deixo de ser eu mesmo enquanto ganho novas habilidades que são absorvidas e se tornam parte de mim.
Imagine uma pessoa como um diamante bruto.
A pessoa nasce com pontos positivos, que é o diamante, e defeitos, que são as impurezas.
Para que tenha valor, é necessário, que se remova as impurezas. A pessoa deve acabar com seus defeitos para poder se tornar um diamante perfeito.
Porém, não adianta apenas perder as impurezas, pois o diamante precisa ser polido, precisa ser misturado com outros elementos para se tornar completo, precisa ser polido novamente, precisa passar por diversos processos químicos, enfim, precisa ser REFORÇADO até atingir a perfeição. A esses processos eu chamo de adquirir as habilidades que não obtivemos de nascença (como habilidades sociais, para quem nasce anti-social).